Haviam corpos por todos os lados. Pobres almas, vidas dilaceradas pela fome voraz de criaturas bestiais. O cenário era de guerra. De um lado, aquelas criaturas berravam, urravam e se aproximavam. Eram humanoides com traços animalescos variados: uns possuíam garras e presas de felinos, outros tinham asas de morcego ou serpentes no lugar da cauda e terceiros eram dotados de bicos de pássaros e patas traseiras de bode. Do outro, ninjas desgastados, vulneráveis. Pessoas assustadas, apavoradas e sem esperança. Como poderiam enfrentar seres tão nefastos e hediondos? As probabilidades apontavam para sua mais absoluta derrota.

No entanto, uma única pessoa acreditava que o contrário era possível. De pé, uma mulher estava sobre uma grande criatura branca com manchas azuladas similar a uma lesma de proporções sobrenaturais. Por ser a líder, ela deveria acreditar. Seus olhos azuis demonstravam convicção. Sua testa, marcada por um símbolo de losango, parecia se opor aos inimigos como uma muralha impenetrável. Seus cabelos loiros esvoaçantes dançavam pelo ar como folhas que caem dos galhos durante o outono. Sua vestimenta azul escura, coberta por algumas peças de armadura, só não era mais chamativa do que a grande lança empunhada por sua mão direita. Uma bandeira acoplada à lança anunciava aquilo no que ela sempre acreditou: “Pela paz”.

— Katsuyu, você sabe o que fazer? – questionou a mulher para a criatura abaixo de si, mantendo o olhar firme na direção do exército monstruoso que se aproximava.

— Sim, minha senhora – garantiu o ser “exótico”.

— Caso eu não volte, por favor… – a loira saltou para o ar, sem olhar para trás, mas completando as suas próprias palavras em seguida. – Faça aquilo por mim. Faça por meus dois frutos…

O símbolo em sua testa brilhou e começou a se espalhar como marcas incomuns por todo o seu corpo. Aquilo era o sinal de que ela estava disposta a tudo para lutar e proteger todos que, um dia, jurou defender. Aquilo era o anúncio do seu legado e o auge de seu orgulho. Porém, diferente do que a brava guerreira esperava, não seria o fim… Era apenas o começo…

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Cinco anos depois… Janeiro, dias atuais. País do Fogo…

— Haruzinho, acorde! – exclama um sujeito na cozinha, na casa que divide com o irmão mais novo. – Você precisa tomar seu café da manhã reforçado antes de ir para a Academia Ninja!

Seu nome é Aiden Flynn Senju. Apesar de sua energia típica da puberdade, o homem de cabelos verdes escuros, olhos de mesma coloração e pele parda já está na casa dos 27 anos. Muitos consideram curioso o quanto, apesar da diferença de idade entre eles, é o irmão mais novo quem parece ser o mais responsável e sensato dos dois.

Haruki Senju, no entanto, jamais poderia reclamar. Ambos não podem mais contar com os pais e Aiden sempre se esforçou para cuidar de tudo e criar o seu jovem irmão. E no fim das contas, hoje é um dia extremamente importante para a carreira ninja de quem o expert na cozinha chama de “Haruzinho”. Oras, estamos em um mundo ninja! Em poucas horas, Haruki poderá se graduar como Gennin ou ser reprovado para tentar novamente no ano que vem. O que será que nos aguarda no caminho do jovem Senju?

— Já estou acordado faz tempo – garante um garoto muito semelhante a Aiden, mas com olhos castanhos bem escuros e cabelos negros crespos e curtos. – Não precisa de todo esse caos apenas por causa de um café da manhã.

Descendo as escadas, Haruki se aproxima e se assenta na mesa no centro da cozinha. Aiden, sorrindo sem olhar para ele, permanece de costas para o irmão e de frente para o fogão. Os movimentos ágeis do mais velho estão dedicados a concluir a preparação de um saboroso omelete.

— Claro que precisa! Hoje é o seu dia! – exclama o maior, ainda totalmente dedicado ao omelete.

Haruki boceja suavemente enquanto observa a mesa farta diante de si: pães integrais, queijo, torradas, doce de goiabada e suco de uva em uma jarra de vidro. Há muitas opções e a verdade é que Haruki devoraria todas se pudesse. Porém, sabe que não deve se empanturrar tanto em um dia tão importante. Redirecionando o olhar para o mais velho, decide questionar:

— Por que acha que eu serei selecionado hoje? É o meu primeiro ano como elegível para a graduação de Gennin. Muitas pessoas tentam três anos ou mais e são reprovados. Nada garante que eu passarei hoje.

É quando Aiden sorri. Tomando para si, com a mão direita e com extrema agilidade, um prato de porcelana, o mais velho repousa o omelete aromaticamente delicioso. Virando-se para o irmão mais novo enquanto se aproxima, o moço de cabelos verdes diz:

— Ninguém tem um controle de chakra tão refinado quanto o seu assim tão jovem. Nem mesmo eu tinha, na minha época. Você com certeza puxou isso da mamãe.

Em seguida, ele puxa a segunda cadeira ao redor da mesa e se assenta bem diante de Haruki. Enquanto o mais jovem mastiga uma torrada, o master chef da casa continua:

— Mesmo que a Aldeia da Folha seja conhecida por ter alguns dos melhores em controle de chakra da história do mundo ninja, em escala numérica absoluta, pessoas com um talento como o seu são muito raras.

Haruki mastiga seu alimento enquanto ouve atentamente o irmão. Ao terminar, pegando um pedaço de queijo com uma mão e a faca com goiabada com a outra, suspira e se manifesta outra vez:

— É, mas isso não significa muita coisa. Eu ainda sou bom apenas com técnicas básicas.

— Você é que se cobra demais – garante Aiden, entre garfadas e mastigadas em seu omelete. – Haruki, você tem apenas 12 anos. Está na média da maioria dos ninjas que se graduam como Gennins. Não tem nenhuma obrigação de ser um prodígio excepcional assim tão cedo. O nosso Hokage, por exemplo.

— O que tem? – pergunta o jovem curioso.

— O senhor Goro se graduou como Gennin aos 12 anos, diferente da maioria dos ninjas que eram considerados geniais naquela época. Mesmo assim, ele se desenvolveu rapidamente em seguida e ultrapassou a maioria dos colegas. Fez história e, hoje, é o nosso Terceiro Hokage. Nem todas as histórias precisam seguir uma mesma fórmula de sucesso. Você pode e deve encontrar o seu próprio caminho ninja e seguir lutando pelo que acredita. Respeite a sua própria história. Poucos ninjas da sua idade precisaram lidar com tantas coisas ao mesmo tempo.

Sem dizer nada, Haruki compreende bem cada palavra do irmão. Ambos nunca conheceram o pai e somente sabem que ele foi um honrado ninja da Aldeia da Nuvem, no País do Relâmpago. A mãe dos dois foi uma grande ninja da Aldeia da Folha no passado, mas morreu cinco anos atrás. Embora tenham recebido todo o apoio da alta cúpula da vila, viverem sozinhos pouco tempo após todo o caos que tomou conta da região foi extremamente desafiador. Ao mesmo tempo, existia uma crença não-verbalizada de que os dois deveriam ser como a mãe e honrarem a Folha com habilidades, no mínimo, extraordinárias.

Por outro lado, no fundo Haruki acredita que o peso maior repousou sobre os ombros de Aiden e não sobre os seus. Embora já fosse um Chuunin na época, Aiden precisou sacrificar muito para criar o irmãozinho. Se desdobrou para ajudar a Aldeia da Folha em tempos de crise e para estabelecer um lar saudável e seguro para os dois filhos da falecida líder do clã Senju. Todos esperavam que ele seguisse os passos da mãe e se tornasse um ninja lendário e inesquecível.

Tanto peso tornou a jornada de Aiden um fardo aos olhos de Haruki. Até hoje, o mais novo se sente culpado em seu íntimo. Culpado por ter sido como uma algema de aço limitando o futuro brilhante que o mais velho poderia ter alcançado. Como seria a vida de Aiden sem a sua existência? Talvez, a Aldeia da Folha pudesse ter, em suas fileiras, um ninja tão extraordinário quanto aquela que se foi. Talvez, Aiden poderia ser mais feliz tornando-se poderoso e cuidando apenas de si mesmo. Talvez, uma vida tão pesarosa não deveria existir e causar tantos problemas aos outros. Haruki jamais verbalizou tudo isso, mas são os pensamentos genuínos de sua alma eternamente ferida pela perda.

— Bem, hora de ir – diz Haruki, comendo a última torrada da sua manhã e se levantando da cadeira. – Obrigado por acreditar em mim, irmão. Eu honrarei a sua confiança.

— Eu sei que vai, independente do que aconteça – garante o maior, ainda assentado, mas quase terminando com o seu omelete. – Tenha um bom dia, Haruzinho.

— Obrigado. Você também. Até mais tarde! – e dessa forma, o jovem estudante ninja se despede sorridente do irmão mais velho.

Correndo em direção à porta da sala, Haruki se afasta com mil pensamentos na cabeça. Ele está tentando acreditar que poderá se graduar como Gennin hoje. Está tentando acreditar que poderá vencer esse pesado sentimento que o faz ver apenas o pior de si mesmo. E está disposto a vencer.

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Minutos mais tarde, na Academia Ninja da Aldeia da Folha…

— Booooooooooom diaaaaaaaaa!!! – exclama uma jovem adulta de cabelos rosados, olhos extremamente empolgados de mesma coloração, pele clara e estatura mediana.

Seu nome é Yuri Haruno Nomoru, a Diretora da Academia Ninja da Aldeia da Folha. Trajando o uniforme típico dos ninjas do vilarejo, ela está carregando a bandana da Folha em seu pescoço e enfeitando o próprio rosto com um largo sorriso. Embora seja uma professora há anos, Yuri parece nunca perder o seu entusiasmo diário com os seus alunos. E ela não está sozinha: em seus braços está uma pequena porca rosada portando um casaquinho vermelho e um colar de pérolas. Curiosamente, a porquinha chamada Tonton vibra com o mesmo entusiasmo enérgico de sua companheira humana.

—  Bom dia, professora Yuri! – toda a classe, composta por cerca de 80 estudantes, corresponde à saudação da tutora.

— Estão animados para o dia de hoje!? – ela questiona, carregando sua porquinha enquanto seus olhos passeiam por toda a vasta extensão dessa sala de aula.

Apesar do entusiasmo de Yuri, o sentimento comum entre os alunos é de ansiedade. Uma vez por ano, no primeiro mês do ciclo letivo, 1 a 12 estudantes são avaliados pela alta cúpula da Aldeia da Folha de acordo com o desempenho acumulado desde o primeiro dia na Academia Ninja. As vagas para Gennins podem variar de acordo com as vagas ainda ocupadas por Gennins de anos anteriores que ainda não se tornaram Chuunins.

— Como vocês sabem, a classe Gennin é a primeira categoria de graduação ninja – ela começa a explicar antes mesmo de receber quaisquer respostas dos seus alunos referentes ao questionamento feito há poucos instantes. – Vocês, estudantes, permanecem praticando na Academia Ninja até serem considerados elegíveis para o Exame Gennin.

— Teremos que fazer prova!? – pergunta um jovem aluno sentado ao lado direito de Haruki Senju, na terceira fileira.

— Não, amorzinho. Anualmente, as aldeias educam quatro equipes com três Gennins cada. O Exame Chuunin, que se inicia em agosto, é que define quantas vagas para Gennins estarão abertas no ano seguinte de acordo com a quantidade de Gennins anteriores que se graduarem como Chuunins. Certas circunstâncias especiais também podem contribuir para essas vagas. Neste ano, por exemplo, temos oito vagas – a tutora dos jovens alunos explica calmamente. – Geralmente, o Chuunin encarregado da diretoria envia uma lista para a alta cúpula com os nomes dos estudantes elegíveis para o Exame Gennin. Esse exame nada mais é do que uma avaliação criteriosa feita pela alta cúpula para escolher, entre os nomes indicados, aqueles que ocuparão as vagas disponíveis de Gennins. Essas regras são as mesmas em todas as maiores aldeias do mundo ninja.

— Neste ano, temos 20 elegíveis, não é isso? – quem questiona agora é uma aluna sorridente ao lado esquerdo de Haruki Senju.

— Correto. Desses 20, oito foram criteriosamente avaliados pela alta cúpula. A lista dos aprovados como Gennins estará na porta da sala e vocês poderão conferi-la quando saírem. Caso tenham sido aprovados, serão guiados pelos Jonins designados como tutores de suas respectivas equipes. Como sabem, Jonins são os ninjas de elite de toda aldeia. Costuma ser o mais alto nível que um ninja pode atingir – ela segue com a explicação pacientemente. – Aqueles dentre os elegíveis que não tiverem sido aprovados continuarão estudando comigo até que possam tentar novamente no ano que vem.

Repentinamente, Tonton ronca como se desejasse enfatizar a fala de Yuri e já consolar aqueles que não se graduarem como Gennins no dia de hoje. Embora uma porquinha vestida seja algo inusitado, a presença dela no ambiente escolar da Aldeia da Folha é comum há anos. A diretora sempre está acompanhada de sua querida amiga rechonchuda. Haruki, por sua vez, observa a criaturinha com um sincero sorriso em seu rosto.

— Encarem o destino que os aguarda com firmeza independente do que seja – Yuri solicita, alternando seu olhar de forma equivalente entre os vários alunos presentes nesta sala. – Se esforcem como sempre, se empenhem e deem o seu melhor. Muitos de vocês estão estudando comigo já há alguns anos, mas também é o primeiro ano de alguns como elegíveis para o Exame Gennin. Nunca é tarde demais para alcançarem os seus sonhos desde que lutem com muita fibra e com a determinação de fogo para isso.

Ouvindo com atenção cada palavra, Haruki suspira ansioso. Como ela mencionou, já está na classe há alguns anos, mas este é o primeiro no qual ele teve o seu nome elegível na lista de sugestões da diretora. Poderia ele conseguir se graduar como Gennin assim tão prematuramente? Haruki está ciente dos obstáculos e do quão difícil é conquistar esse mérito. Por isso, reflete e questiona a si mesmo: seu desempenho merece essa conquista? Alguém como ele é digno o suficiente para tal?

— Agora levanta, cambada! – declama a moça de cabelos rosados, ansiosa para ver a reação dos alunos aprovados. – A aula de hoje está encerrada! Descubram agora o que o futuro reserva para cada um de vocês!

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Enquanto isso, não muito longe dali…

O local é a respeitada sala do Hokage. Aqui, o líder da Aldeia da Folha realiza a grande maioria das suas tarefas administrativas. O atual Hokage, Goro Nomoru, está sentado em sua cadeira com os cotovelos apoiados sobre a mesa e os dedos entrelaçados suportando o peso de seu largo rosto. Seus cabelos grisalhos contrastam com seus sérios olhos de cor magenta. Embora seja um homem experiente e nitidamente muito forte em termos musculares, aquilo que povoa seus pensamentos neste momento parece desafiar quaisquer seguranças internas que o pai de Yuri possui.

— Senhor Hokage – se manifesta uma voz acompanhada de leves batidas à porta.

— Entre – Goro permite, observando com atenção a porta de sua sala.

Ela se abre. Diante dos olhos do Terceiro Hokage se revela a presença de uma uma mulher de longos cabelos dotados de um tom que se confunde entre o profundo negro e o denso roxo. Sua face está ocultada por uma máscara branca, assim como o seu corpo porta vestimentas típicas das Forças ANBU da Aldeia da Folha.

— Com sua licença – diz ela, caminhando em sua direção até dobrar o joelho direito e se curvar quando próxima o suficiente da mesa do mais velho. – Estou retornando da missão de reconhecimento, senhor Nomoru.

— Não são necessárias todas essas formalidades, Kagura – explica o líder, suspirando profundamente enquanto mantém a mesma postura de antes.

Erguendo o seu rosto, a mulher mascarada logo se coloca de pé outra vez. Assim como o Hokage, os pensamentos que povoam a mente dela são tensos e angustiantes. Por outro lado, talvez seja possível presumir que os seus são ainda piores dadas as informações obtidas por sua missão recém-concluída.

— Como temíamos, a informação foi comprovada. Encontramos rastros de Bestiamorfos em um pequeno vilarejo no País das Trevas. Nenhum vestígio dos moradores foi encontrado mesmo com todos os esforços da equipe de apoio enviada junto com a equipe principal – apesar do seu temor, Kagura explica calmamente, palavra por palavra. – Infelizmente, não foi possível identificar a causa do desaparecimento em massa, nem precisar quantos Bestiamorfos estavam naquela região.

— Entendo… – ele se manifesta, finalmente repousando suas mãos sobre a mesa.

Há três semanas, viajantes alegaram para a Aliança Shinobi que avistaram uma criatura que poderia ser um Bestiamorfo em uma região remota do País das Trevas. Embora o território em questão seja isolado por oceanos e não faça fronteira direta com nenhum outro país, tal informação poderia ser uma pista alarmante. Poderia ser um indício de que as criaturas, até então consideradas extintas, estão se multiplicando novamente.

Desde então, os cinco grandes países do mundo ninja se empenharam em descobrir a veracidade das informações recebidas. No passado, os Bestiamorfos se revelaram como a pior ameaça já enfrentada pelo planeta. Incontáveis clãs, aldeias e países inteiros foram devastados por criaturas de natureza ainda pouco revelada. A mínima chance desses seres retornarem tem de ser levada muito a sério. A missão da qual Kagura fez parte, portanto, era crucial para que a Aliança Shinobi obtivesse novas informações para medidas cabíveis.

— Acreditamos que, devido à natureza geográfica do País das Trevas, os Bestiamorfos não poderão atravessar as fronteiras e atacar outros países independente de sua quantidade. No entanto, sabemos que sua capacidade de multiplicação é perigosa. Caso contaminem muitos civis no País das Trevas, poderemos nos deparar com o início de uma nova pandemia de Bestiamorfos – ela complementa, observando com atenção o pesar no olhar do Terceiro Hokage.

— Estou ciente – ele confirma, suspirando profundamente em seguida. – Vivemos em paz por cinco anos e eu realmente quis acreditar que o sacrifício de tantos na última guerra seria o bastante para acabar com esse ciclo de horror.

— Quais são as suas ordens, senhor Hokage? – indaga a mais jovem.

— Vamos aguardar o contato dos demais países e as orientações da ONSU – diz Goro, tentando acreditar na melhor saída para a crise que se anuncia. – Acredito que todos os líderes concordarão que não é o momento para informar a população sobre o que está ocorrendo. Espalhar o pânico agora não resultará em nada. Pelo contrário, devemos preparar os nossos futuros ninjas para uma possível guerra. É provável que o futuro do mundo esteja nas mãos da nova geração…

Arco 1 - Vale da Lua de Prata… Começou!