— Me perdoe, Chronoa... - Demigra sentia uma paz tão profunda, que mal conseguia falar - Me perdoe por tudo... Sensei... - os olhos de Demigra já não exalavam aquele ar de terror de outrora, mas sim de sabedoria. Ele se colocara então de coluna ereta, olhando para os céus a ecoarem em trovões e reluzirem em raios - O que foi que eu fiz...?

— Bem-vindo de volta, Demigra! - Uub exclama, já em forma base, guardado por seus amigos - Aquele que estava o usando, já não se encontra mais nessa vida...

— Uub-Kun, me desculpe por tudo o que fiz vocês passarem. Eu segui um caminho das trevas após renegar o caminho que minha mestra Chronoa me apontou. - Demigra diz, se voltando para o jovem guerreiro - Querendo ou não, fui usado através de minhas próprias escolhas erradas, então no final, eu sou culpado do mesmo jeito.

— Ainda há tempo de redenção, Demigra... - Uub responde, percebendo a chegada de Chronoa, calculando que a barreira que impedia o exército de chegar ali, sumira - Chronoa-Sama, você está bem?

— Sim, Uub! Parabéns por seu desempenho como Último Lendário! - Chronoa, ainda de longos cabelos laranja e manto Kaioshin amarelo, segue até o grupo - E é bom vê-lo também, Demigra. O que passou, passou. 

— Eu entendo que você queira usar de sua benevolência, Sensei. Mas querendo ou não, de certa forma, eu queria reconhecimento e por isso, fiz coisas terríveis. - Demigra posiciona seu báculo - Eu fiz com que meus amigos morressem. Eu fiz com que meu povo sofresse e morresse por meus objetivos. Eu sentia o temor de Akira e o achava bom. Aquilo me dava poder, esse era o meu pensamento depois de sucumbir a vontade dele. Se eu não fui forte o suficiente para renegar sua possessão, eu me considero inteiramente culpado...

— Demigra... - lágrimas brotaram sob os olhos de Chronoa - Seus companheiros Makaioshins estariam orgulhosos de você agora.

— Não se preocupem, eu irei reparar todo o mal que eu causei, como um último ato. Não sei se meu corpo irá suportar ao utilizar de magia tão profana, mas tenho que começar o quanto antes. - Demigra conjura energia vermelha em seu báculo, quando cinco pequenas Orbs de energia escarlate brotam a seus pés, assim, como uma Orb maior brota atrás delas e outras 4 Orbs ainda maiores brotam, próximas de Chronoa - Os vestígios deles já foram encontrados. Seus corpos irão ser restaurados e seus espíritos retornarão para eles, mesmo que de forma diferente da anterior... - Demigra então acena com a cabeça para Uub - Eles não irão mais causar problemas.

Diante dos ali presentes, cinco bebês Makaiohs nasceram. Esses bebês eram Chamel, Robelu, Gravy, Putine e Salsa, chorando e fazendo os olhos a lacrimejar de Chronoa derrubarem suas lágrimas, assim como Marron estava emocionada. Assim como Beel, que se aproximara junto de Goku, Gohan e Vegeta, também estavam. Até Sealas, que agora estava ao lado de sua amada, não conseguiu conter totalmente as emoções, ao contemplar cena de tal teor de beleza:

— Eles agora são seres puros. Jamais se tornarão Makaioshins, então não precisam se preocupar com eles... - Demigra diz, então se voltando para Beel - Beelzebub, você é o Rei do Makai, não é? Leve esses pequenos para lá, os treine e torne-os parte de sua guarda pessoal...

— Você está dizendo que vou ser babá de crianças choronas agora? - Beel sentia a bebê Robelu subindo em sua perna - Eu tô fora, sinceramente! Posso até treiná-los, mas ficar bancando a babá não é comigo não e...

— Ei, seu puto... - a voz de Shroom ecoa atrás de Beel, um Shroom ainda mais jovem, vestindo camisa e calça preta, sem seus adereços Makaioshin - Se estou certo, sou eu que vou cuidar de todos esses bebês chorões, não é? - Shroom se ajoelha em meio aos bebês Chamel, Robelu, Gravy, Putine e Salsa, com os pequenos indo até ele - O que o fez me conceder tarefa tão honrosa, Demigra?

— Você sacrificou seus poderes para salvar seu amo, Mechikabura, no passado. - Demigra responde - Nada mais justo que dar a tarefa de cuidar dos pequenos para alguém tão corajoso e leal... - Demigra sorri de canto, ao ver Shroom cair na gargalhada - Aliás, você poderá dar seu último adeus a seu amo e senhor... ele irá aparecer a qualquer momento. Chronoa-Sama, esses últimos, quero que os leve para o Livro das Lendas, junto do garoto, pois seus espíritos se recusaram a renascer. Eles já são conscientes demais de seu papel para recomeçarem...

— Mechikabura-Sama! - o jovem Shroom, de cabelo espetado e pele rosada, segue junto dos bebês Makaiohs e se prostra perante a uma cadeira de rodas, onde Mechikabura, dezenas de vezes mais velho que o normal, enrugado e com um sorriso débil no rosto, fulgurava - Você está de volta, senhor... Quer dizer, você vai ficar bem, não é?

— Sim, meu caro Shroom... - a voz de Mechikabura ecoava fraca e dócil - Pela misericórdia de Towa, eu irei ficar bem. Ela já disse que vai cuidar de mim, até que eu me vá... - lágrimas escorriam pelo rosto enrugado de Mechikabura, ao ver os bebês Makaiohs pularem em seu colo - Olha, mas que criaturas lindas são vocês...

— Obrigado por nos trazer de volta, Demigra. - Mira diz, trajando sua malha vermelha, de Potara nas orelhas - Nós, como os três últimos Makaioshins... - ele se referia a ele, Towa, sua esposa e Fu, seu filho - ...a última linhagem, aceitaremos sua decisão. Partiremos rumo ao Livro das Lendas, para viver em paz...

— Isso mesmo, Demigra. Após tanto tempo, finalmente encontramos a paz e que bom que foi pelas suas mãos. - Towa, de cabelos brancos a escorrer por cima da malha escarlate, diz - Se você queria se redimir pelo que causou, para nós, você conseguiu. Meu filho aqui não gostou muito da ideia de viver selado no Livro das Lendas, mas pode deixar que ele não causará problemas! 

— Hahahahaha, se você tá falando, mãe... - Fu então parte sua espada em pedaços ao atirá-la ao chão - Aqui, diante de minha espada partida, eu prometo que jamais irei atentar contra o Multiverso. Viveremos nossas vidas no Livro das Lendas, afinal... - Fu sorri para Demigra - Há espécimes muito interessantes para se estudar lá, não é? 

— Sim, Fu, acredito que sim. - Demigra então se volta para Beel - Caro Rei do Makai, também tenho outros que você precisa levar. Infelizmente, não poderei trazer de volta as almas dos demônios mortos em guerra, os quais usei para criar meus clones, pois o poder demoníaco deles é fraco demais para deixar vestígios o suficiente para que eu o faça. Mas saiba que eu ainda tinha mais clones reserva, logo aqui... - Demigra retira de uma fenda em suas vestes, uma orb rosa, onde milhões de demônios microscópios estavam trancafiados - Eu pretendia os usar para criar novos clones meus, caso o exército de Chronoa desse conta dos anteriores. Leve essa orb e quando estiver no Makai, a quebre, libertando-os. Assim, você e seu povo, poderão lamentar seus mortos juntos... Me desculpe por tudo...

— Tá legal, Demigra. Só vou te poupar por que estava sendo manipulado, tá legal? - Beel pega a orb em mãos, então olhando para Uub - Parece que vou ter um grande trabalho ao chegar ao Makai, pelo visto! - os dois sorriem um para o outro - Ei, Shroom e sua corja de bebês chorões, fiquem perto de mim! Não querem deixar o Rei do Makai zangado, não é? - Shroom apanas da de ombros, fazendo Beel ficar puto da vida, o que deixara Uub e seus amigos a rir descontroladamente

— Ah, olá pessoal! - a voz de Brave Yuki ecoa, quando o guerreiro que vagava entre dimensões, retornara - Irão gostar de saber algo. Ao o espírito de Ragnar retornar para seu Pilar, ele disse que o espírito de Zeno entraria em contato a qualquer momento. Então, Demigra... é melhor você selar logo os Buracos Dimensionais restantes antes que ele chegue, até por que eu e minha nova amiga aqui, vencemos o jogo! - Brave Yuki e Chronoa chocam seu punhos, Sealas sorrindo e agradecendo por Brave Yuki tê-la salvo

— Pois bem, já estava quase me esquecendo. Obrigado por me lembrar... - Demigra coloca o báculo posicionado - Obrigado por me lembrar, Grave Yuki... - naquele momento, Brave irrompera em impropérios, puto da vida por Demigra ter pronunciado seu nome errado, sendo segurado por Goten e Trunks, enquanto Demigra selava os Buracos Dimensionais restantes - Os buracos já estão selados... - Demigra vê que Chronoa estava feliz pelo desfecho da guerra, o Makaioshin, sendo tomado por memórias de tempos há muito esquecidos

"Hoje, Demigra, você irá aprender a magia de materialização!" - Chronoa, de cabelos curtos e manto Kaioshin rosa, diz -"É uma habilidade básica para qualquer Kaioshin. Se realmente pretende alcançar os poderes de um Deus, deve dominá-la perfeitamente!" - Chronoa apontara os braços para o piso branco, fazendo surgir um sapo de brinquedo - "Basta imaginar o formato e aura do objeto em questão e com sua energia, moldá-lo, numa descarga só!"

"Eu sei, Chronoa-Sensei..." - o pequeno Demigra, sem marcas nos olhos e de longos cabelos vermelhos, responde - "É que já estamos aqui a horas e nada ainda..." - o jovem apontava a mão para o piso do palácio de Toki Toki, na Sala de Treinamento Kaioshin, sem sucesso - "Poderei alguém como eu, sem talento natural, alcançar meus objetivos?" - os anos se passam e Demigra já era o melhor discípulo de Chronoa, a ajudando em combate contra Mechikabura, O Rei Negro

"O nome dele é Demigra, não é?" - Mechikabura, eras atrás, em seu resplendor, descarregava uma rajada de energia contra uma Chronoa a arfar - "Ele tem um potencial tremendo. Isso é tudo força de vontade?" - ele vê o jovem Demigra sair da nuvem de fumaça e vir até ele, de punhos carregados de energia - "Você é mesmo incrível, garoto! Se algum dia quiser aprender mais sobre o que um Makaioshin de fato o faz, venha até mim!" - a batalha total eclode, com Mechikabura saindo vencedor, mas deixando Chronoa e Demigra vivos - "Ah, então você veio..." - e assim, Demigra debandara para o lado de Mechikabura, aprendendo as artes profanas e superando tanto sua antiga mestre, como seu atual - "Você agora é mais poderoso que quase todos os seres da existência, Demigra. Não deixe que isso suba a sua cabeça, pois sabe que sou eu o rei, não sabe?"

"Sim, mestre..." - anos depois, Demigra usurpara o trono de Mechikabura e juntara uma legião de demônios para um combate final contra os deuses, o que causou em seu selamento pelas mãos de sua própria sensei - "Por que, Chronoa... por que fez isso comigo?" - da prisão celestial, trancafiado, Demigra indagara

"Por que você transformou seus anos de luta em pura desonra, Demigra. Você deixou seu ego falar mais alto e foi tomado por desejos gananciosos, que visavam apenas você. Se esqueceu da lição número um..." - Chronoa termina o selamento - "Criar e vigiar, tornar segura e abundante, essa terra adorada..." - assim, Demigra ficou trancado por eras, até ter seu primeiro contato com Ragnar, que inconscientemente, colocara a essência de Akira no corpo de Demigra, que despertaria no momento certo - "Parece que o destino quis assim. Demigra ainda tinha salvação, mas agora..." - Chronoa olhava através da vidraça da Justiceira, em direção ao espaço - "Agora é tarde demais. Ele se deixou ser possuído e causará a destruição de tudo, tudo para provar que merece estar no topo. Teremos de começar nosso Plano de Salvamento do Universo já, Sealas-San!"- e assim, tudo culminou na guerra contra o Império do Mal de Demigra, que atualmente havia acabado

De volta ao presente, o espírito de Zeno aparecera, resplandecendo em partículas azuis, dentre os presentes, sob os destroços do Castelo do Mal. Zeno começara seu discurso falando de algo que Chronoa já sabia, afinal, era clarividente e tinha contato com as Hordas do Tempo:

— Chronoa-Sama e Uub devem adentrar o Livro das Lendas, assim como Mechikabura e os seus! - aquela informação deixara Uub sem reação, pois realmente não esperava - Vocês realizaram façanhas sob as quais são impossíveis de haver retorno. São poderosos demais para continuarem a viver nesse universo. O Livro das Lendas lhes trará paz e consolo, agora que completaram seu ciclo...

— Eu não irei, Zeno-Sama! - Uub vocifera, cabisbaixo - Eu jamais abandonaria meus amigos... - o outro Uub sorri, vendo que sua contraparte era assim como ele - Eu jamais deixaria Goten, Trunks, Marron, Pan e Gill para trás! Eu não teria conseguido sem eles, então isso está fora de cogitação. Me desculpe... 

— Pois bem, Último Lendário. Se assim você deseja, peço a Demigra para realizar um novo ato de reparação. - o espírito de Zeno se volta para o Makaioshin - Uub irá ter seu contato com as Hordas do Tempo rompido para todo o sempre, assim como não poderá manter suas memórias sobre os eventos recentes. Ele quer ficar com seus amigos, mas tudo tem um preço. Demigra, livre Uub da magia das Hordas e quebre a esfera de memórias em seu coração...

— Sim, Zeno-Sama, é o mínimo que posso fazer depois de tudo o que causei... - Demigra então aponta seu báculo para Uub, que sente seu corpo mais leve - Creio que suas memórias irão sumir daqui alguns dias, caro Uub...

— Vocês falam de as memórias sumirem... - Uub encarava suas mãos - Eu não irei me lembrar de nada do que vivi desde que cheguei a Justiceira?

— Seu destino Uub, como Último Lendário, era lembrar de tudo e se manter como um dos representantes das Hordas do Tempo. Mas sua escolha mostrou que não estava pronto para isso... - Zeno sorri pra ele, o confortando - E creio que nunca estará, não é? Você é meio parecido com Goku nesse ponto! Todos os Lendários terão apenas resquícios de suas estadas aqui em sua mente, pois precisam continuar seu caminho em sua histórias, sem interferência, mas você, Uub... você já fez sua história! Querer ficar com seus amigos só mostra que você considera que sua história ainda não acabou e para que ela continue, você terá de se esquecer de muita coisa que viveu aqui, assim como seus amigos esquecerão...

— Entendo, mas considero isso um pequeno preço a se pagar... - Uub e seus amigos se abraçam, ele, de lágrimas nos olhos - Eu jamais ficaria longe de meus amigos e tenho certeza de que tomei a decisão certa! 

— Se podemos escolher, eu também não irei, Zeno-Sama... - Chronoa murmura, sem jeito, pra surpresa de Sealas - Eu sei que como uma divindade, eu deveria se sentir lisonjeada por tal convite, mas meu coração está aqui, com Sealas. Eu não posso partir, não agora... 

— Chronoa-Sama... - Sealas colocara a mão sob o ombro de sua suserana - Se for por minha causa, pode ir... eu ficarei bem...

— Não, Sealas, eu até queria ser nobre como você imagina, mas é que eu realmente não consigo ficar mais longe de você... - eis que o corpo de Chronoa sofre uma rachadura, ela, retornando a forma base, de cabelos curtos - Mas, o que foi isso?

— Você enfrenta uma infeliz condição, Chronoa. Esforçou seu corpo demasiadamente ao conjurar os Lendários, o que tornou seu tempo aqui escasso. Se permanecer aqui... - Zeno a informa - Terá apenas poucos dias de vida! Então, qual é sua decisão? Ficar aqui e morrer ou ir para o Livro das Lendas e viver uma glória eterna?

— Eu decido ficar! - Chronoa esbraveja, de cabeça baixa - Eu morrerei ao lado daqueles que amo...

— Se assim você deseja, tudo bem. - Zeno então se volta para Mira, Towa, Fu e o enrugado Mechikabura - Graças a Demigra, receberam uma nova chance. Uma chance de viverem a glória do Livro das Lendas. Vocês não terão escolha, como Uub e Chronoa tiveram. Terão de ir para lá, para repensarem suas vidas e conseguir tirar da glória daquele local, em outras palavras, paz... - eles assentem a decisão de Zeno

— Me perdoe, Zeno-Sama, mas não posso deixar isso acontecer... - Demigra segue até o corpo rachado de Chronoa - Eu ainda tenho um último ato a realizar... - ele coloca seu báculo sob a cabeça de sua mestra, restaurando a rachadura, aos poucos 

— Parece que você realmente quer se redimir a tal ponto que você irá desaparecer da existência para tal... - Zeno vê o ato final de Demigra, sorrindo - Muito nobre de sua parte, Demigra. Dar sua vida para salvar a vida de Chronoa! É o maior presente que um aluno pode dar a seu mestre, pois na verdade, é o papel do mestre zelar pelos alunos, para que seu estilo viva... 

— Não, Demigra! Você não pode se sacrificar por minha causa e...

— Nem mais uma palavra, Chronoa-Sensei... - Demigra continua, sua vida, sendo transferida aos poucos e a rachadura no corpo de Chronoa, sendo restaurada - Sei que agora está em boas mãos. - ele se referia a Sealas - E sei que precisa continuar a vigiar o Multiverso. Draugon é um bom vigia, mas você tem algo que ele não tem. Você tem as Hordas do Tempo, Chronoa, e por isso deve ficar... eu me despeço aqui, Sensei... - o corpo de Demigra começa a se desfazer em partículas, sua vida, sumindo da existência - Obrigado por tudo...

Naquele momento, Uub e seus amigos, Goku e os outros, assim como Shroom, Beel e os Makaioshins, prestaram respeito ao sacrifício de Demigra, ficando em silêncio. Tudo o que podia ser ouvido era o choro de Chronoa, que fora consolada por Sealas. Depois de um tempo, Brave Yuki guiara Towa, Fu, Mira e Mechikabura ao Livro das Lendas, eles, finalmente encontrando a paz. O espírito de Zeno então se vai e Brave retorna para junto dos Patrulheiros do Tempo, levando toda a galera para próximo da Justiceira, onde reencontrara Zaiko, os dois, socando um o outro no rosto, de lágrimas nos olhos.

Após os mortos serem recolhidos e selados num cubo de contenção para serem enterrados num local apropriado, os Patrulheiros do Tempo adentram a Justiceira, com Iaas revertendo o caminho, fazendo a nave sumir e reaparecer em sua órbita anterior. A dimensão criada pelas Hordas do Tempo fora desfeita por Chronoa assim que eles saíram de lá e o Castelo do Mal, sumira da existência, assim como o senhor que ali reinava, Demigra. Sealas saúda Iaas por seu desempenho e diz que irá promovê-lo a vice-capitão, o deixando de lágrimas nos olhos. Juntos da tripulação da Justiceira, agora estavam Beel, Dabura, Shroom e seus bebês Makaiohs e é claro, Brave Yuki. Os mortos do exército de Chronoa seriam enterrados na Nova Toki Toki, enquanto Beel lamentaria por seu povo morto, no Makai. Para quebrar o clima de tensão e comemorar a vitória, uma festa fora anunciada.

Antes da festa, Uub ainda tinha de realizar um último pedido de seu amigo Beel. Beel queria dominar o poder de criar luas, planetas, estrelas e galáxias artificiais, assim como Uub, pois queria utilizar os poderes do Deus Demônio Galáctico para proteger seu povo, mas ao mesmo tempo, não queria causar destruição para tal. Uub concordara em o fazê-lo e juntos, eles seguiram para a Sala de Gravidade Espacial, que tinha piso prateado, era vasta e espaçosa, tomada por cabos cibernéticos em suas muradas, como também, tinha um miasma contínuo a brotar como fumaça do teto. Lá, haviam alguns dias, pois o tempo ali dentro se passava de forma totalmente diferente do que do lado de fora, lá, após terem se alimentado por meio de suprimentos levados em cápsulas, Uub continuava a ensinar seu novo pupilo, Beel:

— Engraçado, não é? Seu pai me treinou, assim como treinou você e agora sou eu quem o estou treinando... - Uub sorri, vendo Beel, sob a face do Deus Demônio, se posicionar em campo, erguendo os braços pra cima, a assentir - Agora que reparei, Beel, seu canalizador de magia, tipo, ele não era um soco-inglês antes? Por que agora é um controle de videogame?

— Não foi somente meu canalizador que mudou, Uub e sim minha própria transformação de Deus Demônio. Após trinar com meu pai, eu acabei despertando parte de meus poderes contra Mechikabura, como você lembra, mas eles estavam incompletos. Os soco-inglêses eram parte de meu estado inicial de Deus Demônio, quando ainda não havia dominado a técnica. Eu finalmente consegui despertar meus poderes ao treinar com meu pai no Makai, ajudando você a gerar a Genki Dama final e eu pensei que era aquele o meu poder... - a forma inicial do Deus Demônio de Beel vem a sua mente, de marcas vermelhas em torno dos olhos, chifres maiores que o normal, cabelos a descer até a altura das costas, Potaras roxos pendurados as orelhas e preservando os óculos de aviação a testa. Um pano roxo se tornara uma longa capa, presa ao pescoço por uma corrente dourada, assim como ele vestia calça de couro e sapatos coturno de cano alto. - Eu pensei que aquele era realmente meu potencial total como Deus Demônio, até ser obrigado a realizar o treinamento profano de Robelu...

"Ela me castigava e me sujeitava a coisas terríveis, mas no final, isso teve uma consequência boa, ao menos em termos de proteger meu povo. Eu consegui alcançar meu verdadeiro poder de Deus Demônio, conjurando um canalizador que combinava mais com minha essência..." - ele mostra o báculo encabeçado com um joystick de videogame, ao invés dos antigos soco-inglêses - "...e otimizando minhas vestes para um estilo de luta Makaioh..." - de Potara nas orelhas e manto Makaioshin preto com detalhes vermelhos, a pele de Beel continuava rosada e seus caninos afiados a mostra, assim como as marcas vermelhas nas pálpebras. - "E agora, com esse poder, pretendo dominar o Deus Demônio Galáctico de forma artificial, Uub... assim, meu povo não sofrerá mais com adversidades, pois estarei lá para protegê-los quando meu pai se for, isso sem causar dano ao cosmos!" - naquele momento, Beel começara a mover os braços de forma frenética, fazendo a energia em seu peito circular pelos braços e gerar luas e planetas artificiais em miniatura, que iam se reunindo em meio ao miasma da Sala de Gravidade Espacial - "Isso, eu finalmente estou conseguindo!"

— Sim, Beel! Com trabalho duro sempre conseguimos! - Uub comemora, junto de seu novo aprendiz - Você ainda precisa praticar mais, afinal, o poder de luas e planetas não são tão poderosos quanto os de sóis e galáxias. Se quer realmente o poder para proteger seu povo, precisa conseguir criá-los também, mas por agora... - Uub via o despertar do Deus Demônio Galáctico de Beel, assim como ele vira em seu combate final contra ele - ...por hora, você está de parabéns, Beel!!! 

— É isso aí! Obrigado por tudo Uub... por ter tido a paciência de me resgatar e por ter me livrado das trevas! - de asas de morcego formadas por poeira estelar, dois longos chifres de energia solar sob a cabeça e sapatos a brilhar como nebulosas, Beel se revelara - E obrigado pelo treino também, "Sensei"! - os dois sorriem, entrando em pleno combate na Sala de Gravidade Espacial

Uub e Beel saem da Sala horas antes da festa se iniciar na Justiceira, tomando um banho e descansando, para aproveitarem aquele momento de júbilo. O Salão de Festas da Justiceira, uma gigante sala com feitiço de expansão, capaz de abrigar a todos os membros da Justiceira para tais ocasiões, se revelara e lá, os pratos inusitados se revelavam ao serem atirados por cápsulas em direção as mesas prateadas geradas por magia. A festa se inicia com um discurso de Chronoa e a diversão começa. Vários grupos foram sendo formados, debatendo assuntos e trocando farpas, enquanto o hino da Patrulha do Tempo ecoava em versão remix ao fundo, o que deixava Vegeta irritado:

— Pelos deuses, já não bastava escutar essa porcaria de hino todo dia ao acordar, ter que escutar isso em plena festa, é de tirar qualquer um do sério, viu? - Vegeta vira dois pratos de carne em dois bocados - Se bem que isso está muito bom...

— E como está, pai... - Trunks competia com seu pai, devorando coxas de frangos ininterruptamente - Ande logo ou vai ficar para trás!! - os dois então aceleram o ritmo, com Freeza sorrindo de canto, tomando uma taça de vinho, calmamente 

Espalhados pelo salão, outros grupos curiosos podiam ser vistos. Os dois Goku's se encontravam juntos de Velho Uub e do Uub da Dimensão Real, comemorando a derrota de Akira e então comentando sobre a luta de exibição que Goku travaria ao fim da festa. Em outra mesa, Gohan, Goten, Piccolo, Chi-Chi, Lord, Toppo e Jiren conversavam sob o potencial dos pequenos, Piccolo saindo correndo atrás de Chi-Chi e Lord ao eles puxarem suas orelhas, o que fez todos rirem. Sentados sob bancos de madeira, Broly, Kid Goten, Kid Trunks, Chronoa e Sealas conversavam sob os contos apócrifos que Chronoa citara e sobre a definição de um Lendário. Já perto do palco, onde dali a pouco haveria uma competição de Karaokê, Kogeta, Hitto, Brave Yuki e Zaiko, conversavam sobre batalhas passadas, se vangloriando de seus atos.

O grupo de Uub, o Último Lendário, agora livre de seu fardo, jantavam em torno de uma longa mesa, Uub, Beel e Dabura devorando doces dos mais variados tipos feito loucos. Taino entrara no jogo também, assim como vários Majins presentes na festa. Número 17 achava aquilo tudo uma perda de tempo, tomando uma lata de refrigerante com ar de tédio, enquanto Gill e o jovem Shroom apostavam em quem comeria mais doces, os bebês Makaiohs saltando sob a mesa e começando devorá-los também. O único a não comparecer na festa era Iaas, que por decisão própria, ficaria no controle da Justiceira, mesmo que a nave tivesse piloto automático. Ele apenas queria cuidar para que tudo corresse bem, afinal, não é todo dia que alguém é nomeado vice-capitão. 

A competição de Karaokê se inicia no Salão de Festas, com Taino e vários Majins, Namekuseijns, Saiyajins e Arcosianos, cantando o hino da Patrulha do Tempo, o que fez Vegeta despertar o Super Saiyajin por impulso e ter de ser segurado pelos dois Goku's, as gargalhadas, para que não varresse o coral do mapa. Depois, Zaiko e Brave Yuki reproduziram as músicas de punk rock que Zaiko costumava cantar com seus amigos, a Patrulha Laranja. Para a surpresa de todos, Freeza se posicionara para cantar, escolhendo um tema nada inesperado, o tema [F], em homenagem a si mesmo, o que deixara Vegeta ainda mais puto, ao ver os Arcosiano rebolarem até o chão em homenagem ao Imperador. Eis que o evento final chegara, a luta de exibição, onde tanto Freeza, como Hitto, enfrentariam Goku. A luta terminara com Goku pisando sob os corpos de Freeza e Hitto e agitarem bandeiras brancas, comicamente, encerrando assim a grande festa em comemoração ao salvamento do Mundo Definitivo. 

Depois da festa, Chronoa fez seu último pronunciamento, dizendo que chegara a hora de partir. Jiren se colocara de prontidão, ao saber que aqueles que pertenciam a Dimensão Real não teriam suas memórias apagadas ou parcialmente apagadas sobre os eventos, pois vinham de uma linhagem a muito ciente de tais acontecimentos. Assim como a Patrulha do Tempo, eles se lembrariam de tudo. Toppo, capitaneando a Orgulho Eterno 2.0, que se encontrava na pista de pouso da Justiceira, guiara os guerreiros da Dimensão Real de volta  a seus respectivos lares, pois sua nave podia atravessar dimensões, a única do tipo, que sucedera o primeiro protótipo, assim como a Justiceira o fazia. 

Assim se foram Vegeta, Goku, Gohan, Velho Uub, Chi-Chi, Lord, Jiren, Toppo, Broly, Freeza e Hitto, se despedindo de todos, os dois pequenos, as lágrimas, dizendo que sentiriam saudades da Pan. Brave Yuki ficara, pois iria embora por si mesmo, quando quisesse, afinal, podia. Boatos contam que todos foram obrigados a vestir a malha da Tropa do Orgulho pra viagem de volta, o que causou uma briga generalizada na Ogulho Eterno 2.0 por parte de Vegeta e Piccolo, que se negavam a tal. A tropa de malucos se vai, com um grande "Justice" ecoando pelos confins do Universo.

Os Nove Guardiões então foram guiados por Sealas e Chronoa, que conjuraram a magia em conjunto, revelando fendas no espaço-tempo, atirando os guerreiros de volta ao exato momento do qual foram tirados. Kid Goten aparecera diante do tirano Ragnar, revelando seu cabelos brancos, ao confrontar o mago de madeixas vermelhas. Kid Trunks aparecera a portar a Espada Z, frente a esferas de mundo, enquanto Tenshin esperava seu momento de agir. Kyabe surgira sob o corpo caído de Broly, ao lado de Nappa e Turles. Número 17 se encontrara com Zeno-Sama, recebendo seu presente. Uub aparece frente a Piccolo, que saía do corpo uma fusão esquisita, naquele momento. Zaiko se encontrava frente ao Grande Arauto, o espírito de Goku rugindo dentro dele, em sua batalha derradeira. O Goku do Futuro confrontava Ahms, poucos segundos antes de despertar o Instinto Superior e quanto a Kogeta, terminava sua luta contra Granolah, pouco antes de dominar por completo o Punho da Espada. Brave Yuki segue por si só para sua linha temporal, ao chutar a Bomba de Fogo em direção a Genki Dama final de Goku, fazendo sua homenagem final a Zaiko. Assim, os lendários e o maluco viajante de dimensões, se vão. 

Eis que chegara o momento de Beel e seu povo partirem, Beel, segurando a orb que Demigra o concedera. Ele estava ciente de que lembraria ao menos daquilo, para atirar a Orb e libertar os demônios que haviam sobrevivido ao domínio de Demigra e sabia que Shroom cuidaria dos pequenos, que no futuro seriam seus leais servos, num reinado bondoso que o Makai jamais viu. E ele sabia que continuaria honrando seu velho pai, que deixaria seu legado para ele, morrendo tempos depois. De resto, Beel não sabia se se lembraria de mais nada, levando em conta o que Chronoa revelara. Ele então se volta para Uub:

— Mais uma vez, amigo Uub, obrigado por tudo! - Beel exclama, de lágrimas nos olhos - Espero sua visita no Makai e também espero me lembrar de como dominá-lo! O Deus Demônio Galáctico não pode morrer nessa dimensão, não é mesmo? - naquele momento, os Makaiohs sorriem, então se teleportando junto de Beel, através do portal criado por Chronoa e Sealas, aparecendo sob o piso do Makai, sentindo quase todas suas memórias sobre os eventos contra os Makaioshins sumirem - Ah, então só restou o que é realmente essencial para prosseguirmos... - e assim, Beel liberta os demônios e lamenta pelos mortos, um futuro grande pela frente como Rei do Makai

Os últimos a partirem seriam Uub e seus amigos, mas antes de partiram, eles tinham uma última viagem a realizar. A Justiceira seguira seu curso, avançando para além do Mundo Definitivo e do Mundo Espelhado, como passando pelos Pilares do Mundo. Acima de tudo aquilo, num antro de escuridão, uma gigantesca plataforma se encontrava. Aquela plataforma era uma cidade flutuante, seu nome, Nova Toki Toki. A Justiceira pousa na pista de pouso, com a horda de soldados descendo e levando o cubo onde se encontravam seus mortos. Um funeral fora feito, em homenagem a eles e então o passeio por Nova Toki Toki continuara, onde Uub e seus amigos conheceram os dojos, lojas, museus e bibliotecas que ali se encontravam. Um pássaro viera voando até Chronoa, que o abraçara, com saudade. Era o pássaro símbolo daquele local e companheiro inseparável da Kaioshin, assim como Taino.

Tudo aquilo maravilhava Uub, que estava feliz por ter vivido todas aquelas aventuras após tanta dor e sofrimento. O mundo finalmente estava em paz e ele estava com seus amigos. Chronoa e o Pássaro Tokitoki seguem, a Kaioshin dizendo que ele já a ajudara em várias ocasiões. O próximo ponto de parada dos turistas era Conton City, o topo daquela imensa fortaleza, onde chafarizes se revelavam. Lá, o grupo de de Uub, juntos de Sealas, Chronoa, Tokitoki e Taino, encontraram três indivíduos, um deles, coberto por uma capa preta. O primeiro deles era Miroku, O Deus Pássaro, guardião do conhecimento, agora, sem seus poderes divinos:

— Olá, Guerreiros da Outra Existência... - Miroku, um pássaro amarelo de bico longo, de chapéu verde com pena vermelha adornada, trajando uma capa de mesma cor, a portar um bandolim que estava sempre a tocar e declamar, como um bardo, dissera - Estávamos a sua espera! - tudo o que ele dizia, soava poético, como uma cantiga épica - Parece que conseguiram terminar a tarefa a tempo de nos fazer uma visitinha, não é? Muito prazer, eu sou o Deus Pássaro, Miroku, o guardião da sabedoria e do conhecimento! Se estão aqui, eu também tenho parte nisso, não acham? - Uub, Goten, Marron, Trunks, Pan e Gill ficam com gotas a escorrer da nuca, perplexos 

— Entendi. Você parece ser alguém muito importante, não é mesmo? - Uub diz, então se voltando para a outra figura - E quem exatamente é você?

— Eu sou o Grande F! Fui o responsável por manter a Terceira Outra Existência de pé, quando sua linha temporal escapuliu do evento do Novo Mundo, muito prazer! - de cabelos pretos cacheados, a pequena figura vestia camisa vermelha, com as siglas FLS, assim como calça bege e botas brancas. Uma máscara de gás dourada tapava suas feições e Uub não deixou de notar que Grande F segurava uma espécie de celular, assim como mantinha um computador e um bloco de notas próximo de si - No momento estou ocupado. Estou sempre ocupado, tipo, é tanta coisa pra resolver! Mas digamos que tive tempo de não deixar seu universo cair enquanto estive sob controle dele! - a voz de Grande F era aguda e calma, ecoando pelo filtro da máscara

— Como assim? - o Grande F só fizera deixar Uub confuso - Quer dizer que nossa linha temporal se tornou uma Outra Existência? Como isso funciona?

— Deixe-me explicar... - o encapuzado então se levanta da beirada da fonte, tirando o capuz, para a surpresa de Trunks e dos outros - Ah, olá meu outro eu! - o Trunks da Patrulha do Tempo se revela, de longos cabelos lilás e dispositivo cibenético no braço esquerdo, uma espada de lâmina azul apoiada as costas - Considerando que já viu uma cópia de você antes, não pensei que ia ficar tão surpreso ao me ver, mas enfim... vamos primeiro a pergunta de Uub! Pra isso, temos de voltar ao advento do Novo Mundo...

"Quando Ragnar e Os Magos Eternos romperam o tecido da realidade e fundiram os dezoito universos e dimensões, ouve uma parte de Dimensão Futura, uma de suas possíveis linhas temporais, que escapara do feitiço. Essa Linha Temporal é a qual vocês pertencem!" - ao Trunks dizer aquilo, tudo começara a fazer sentido - "Zeno-Sama não viu utilidade para vocês como guerreiros naquele momento, então para mantê-los em segurança, gerou a Terceira Outra Existência. A primeira eram os Domínios de Ragnar, a segunda, o Mundo dos Dragões e a terceira, o mundo de vocês. Dessa forma, os eventos do Novo Mundo não tiveram impacto sobre vocês, mas anos depois, isso sairia pela culatra."

"Demigra acessou a Terceira Outra Existência e por meio dessa brecha, que ainda vigorava no Mundo Definitivo, não pertencendo a nenhuma das faces daquele mundo, Demigra conseguiu romper sua prisão e começar sua vingança. A Terceira Outra Existência se tornou basicamente um falha na matriz, então o espírito de Zeno, sob os Pilares do Mundo, convocou Chronoa, sua Guardiã do Tempo, a única deusa que restara após a instauração do Mundo Definitivo, a que mora em Nova Toki Toki, que fica além de todos as existências, onde estamos agora, para lutar por ele. Com o auxílio de Zeno, Chronoa revirara as Hordas do Tempo e finalmente encontrara a chave. A Terceira Outra Existência caíra ao Mundo Espelhado, o mundo refletido do Mundo Definitivo, onde as dimensões se encontram. Ao passo que vocês passaram a fazer parte do plano vigente, Demigra não poderia romper os Pilares do Mundo facilmente e ele teve de recorrer a um plano segundo, romper as dimensões e causar o caos, para tentar romper os pilares e conseguir as Esferas do Dragão Celestiais e instaurar seu reinado de terror."

"Mas Chronoa continuou firme com o papel que Zeno lhe atribuiu e invocou os guerreiros lendários, ditos no conto apócrifo e o escreveu, ou melhor, Miroku e Grande F escreveram, enquanto vocês o protagonizavam, fazendo frente a magia de Demigra. Eu fiquei aqui, protegendo a Nova Toki Toki e os escribas, enquanto vocês lutaram contra Demigra e seus Makaioshins e exterminaram o último vestígio de Akira. As Hordas do Tempo agora só existem dentro de Chronoa. Elas deveriam estar no Livro das Lendas, mas algo me diz que nem tudo foi como Zeno quis, não é?" - Trunks sorri para Chronoa, que olha pra Sealas, corada - "Pois bem, vocês estão aqui, pois somente aqui poderiam compreender o que acabei de falar. Sua linha temporal é a culpada dos eventos recentes e isso só quer dizer uma coisa, Uub! Seu espírito clamava por essa batalha. Como Último Lendário, você moveu as Hordas do Tempo inconscientemente e seu mundo ficou de fora do Novo Mundo, para lá na frente, lutarem essa batalha. O conto apócrifo agora está escrito e você cumpriu sua jornada. Agora que sabem disso, já podem partir em paz..."

Aquilo tudo deixara Uub e seus amigos em êxtase. Eles sentiram que tudo aquilo valera a pena no final. Trunks então reforjara a espada quebrada de sua contraparte e travara um breve combate com o mesmo, no despertar do Super Saiyajin Deus, contra a forma Simian de Trunks. Depois da luta de despedida, chegara a hora de Uub e seus amigos partirem. Trunks, o Líder da Patrulha do Tempo, então dissera:

— Estaremos sempre aqui em cima, vagando pelo desconhecido. Ao menor sinal de perigo, o exterminaremos... - Trunks sorri, confiante - O Vigia não terá mais problemas agora que todos os contos foram escritos, caros amigos! Retornem a sua terra natal, pois agora é minha história que começa! - a espada de lâmina azul brilha, trazendo tranquilidade a todos no local 

— Isso se tivermos paciência, meu caro Trunks! - Miroku exclama, o Grande F, escrevendo tudo - Isso se tivermos paciência... - todos caem na gargalhada, assim como Trunks, o Patrulheiro do Tempo

Chronoa e Sealas então realizam o feitiço, Uub e seus amigos, tendo seus corpos a retornar ao exato momento em que haviam sido sugados pelos mesmos quando a viagem começara. Uub sentia a maioria de suas memórias a respeito da luta contra os Makaioshin, da viagem na Justiceira, dos conflitos e piadas com os outros Lendários e do treinamento de Beel, tudo aquilo eram apenas fragmentos vagos, mas que no fundo ele sabia que o necessário iria permanecer. Ele mal esperava para que pudesse ir visitar Beel no Makai e ver como seu reinado havia ficado depois de tudo o que passara. Uub, no fundo, sabia que se treinasse, poderia despertar o Deus Demônio Galáctico naquele mundo, a AGE 791 da Dimensão Futura, agora em sua Localização atual - Montanha Paozu. O treino de Pan terminara e Uub a saudara, com Trunks dizendo:

— E como combinado, vamos direto pra Corporação Cápsula! - Trunks estava animado, com Gill a flutuar próximo de seu ombro - Os sorvetes de pistache estão a nossa espera! Se é que Bills já não comeu tudo, não é? O que estamos esperando? - Uub percebera a cena se repetir diante de seus olhos, um verdadeiro deja vu, então sorrindo

— Sim, vamos tomar sorvete, pessoal! - de lágrimas nos olhos, Uub partira junto de seus amigos - Vocês não querem falar nada a respeito, pessoal? Do ocorrido?

— Ah, sim! A Pan foi realmente demais! - Marron exclamara, abraçada com Goten - Você é um ótimo Sensei, Uub!

— Considerando que até Daishinkan gosta dela, Uub, eu tomaria cuidado! - Goten diz, provocando - Ela pode ultrapassar até mesmo você, manda-chuva!

— Nisso eu concordo com o Goten! - Trunks sorri, colocando o braço em torno do pescoço de Uub, Gill o orbitando, a repetir "Gill, Gill, Gill" - Lembre-se que temos sangue Saiyajin, Uub! É só questão de tempo! - todos seguem, felizes da vida, com Uub não mencionando mais o assunto

Anos depois, em uma reunião de fim de tarde na casa dos já casados Goten e Marron, o assunto simplesmente veio naturalmente. Todos relembraram dos incríveis momentos que passaram como Patrulheiros do Tempo, como se fosse um sonho que nunca queriam que acabasse. Uub, naquele momento percebera... não haviam limites para as aventuras que eles poderiam viver. Ele presenciou a revoluação que Beel causara no Makai em sua recente visita até lá e percebera que ele, com seus poderes de Deus Demônio Galáctico mais fortalecidos que nunca, agora, poderia também revolucionar terras onde o mal ainda imperava em seu mundo. Naquele dia, após se despedir de seus amigos, ele subiu sob a nuvem voadora, pegou o seu bastão e partiu sorridente, em busca de novas aventuras. O mundo estava em paz...

                           ...e as Esferas do Dragão Celestiais, reluzindo em seu brilho azul, jamais seriam perturbadas novamente...

                                                      FIM