CelleXty Saga escrita por Basco Khassan


Capítulo 4
Sangue e Prazer




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Outono de 1996.

 

Na volta para o Brasil, Basco encontrou o imóvel onde morou, em São Paulo, vazio. Percebeu que já devia estar naquela situação há algum tempo. Aquilo o pegou de surpresa e o rapaz imaginava se a casa não havia sido, enfim, invadida por intolerantes caçadores de mutantes. Basco olha pela janela e observa um homem escorado em um carro que olhava fixamente para a sua casa. O senhor que aparentava ter não mais que 60 anos era mais baixo que Basco, corpulento e ostentava um grande bigode grisalho. Vestia uma calça social simples e uma camisa de botão branca com finas listras verticais. Seu olhar era profundo e parecia ter um leve pesar. Ele fez sinal para Basco com um aceno e caminhou até ele. Deu um pequeno sorriso de canto de rosto e apressou o passo para atravessar a rua movimentada. Khassan foi recebê-lo na calçada.

— As-Salamu Alaikum, Basco! Finalmente nos encontramos, rapaz! Eu sou Saalim, seu tio. Sou o irmão mais velho de Thamine. — Revelou o homem com forte sotaque libanês.

—Alaikum As-Salaam! — Respondeu, Basco! — Irmão da minha mãe? Desculpe, mas a minha mãe nunca mencionou ter um irmão no Brasil.

— Bom… ela também nunca mencionou para mim que tinha um filho, dentre outras coisas. Eu vim para o Brasil há muito tempo. Tentar a sorte e acabei ficando por aqui.

— Onde está minha mãe?

A voz de Saalim demonstra um grande pesar. — Basco, venha comigo… precisamos conversar!

Saalim convida Basco para entrar em uma velha Brasília azul 1978. O rapaz sentia que de alguma forma, Saalim dizia a verdade e aceita o convite. O carro pegou a avenida principal até o bairro da Consolação. Alguns minutos depois estavam chegando em um dos maiores cemitérios do estado de São Paulo. Eles deixam o carro no estacionamento. Basco insiste que o tio revele onde está sua mãe. Saalim apenas olha para os portões que dão acesso principal ao Cemitério da Consolação. Segundo Saalim, Thamine temia que antigos inimigos da família ameaçassem a ele também por isso demorou a fazer contato. Ela acreditava que estando separados seria mais seguro, contudo, dias antes do acidente, Thamine revelou a seu irmão toda a verdade sobre como e, porque veio ao Brasil.

— Acidente? — Pergunta Basco

Saalim revela a Basco que a jovem libanesa havia sofrido um acidente fatal. Um carro em alta velocidade há algumas semanas. O motorista não parou para prestar socorro. Segundo testemunhas, Thamine havia acabado de sair de um supermercado quando ocorreu a fatalidade. Ela foi levada às pressas para o hospital, mas infelizmente não sobreviveu. A polícia havia encontrado um número de telefone da bolsa de Thamine. Minutos depois, Saalim recebia a ligação da morte da irmã. O velho e experiente comerciante de tecidos que há décadas morava em um cortiço nas ruelas próximas à rua 25 de março não sabia ao certo sobre o paradeiro de Basco nos Estados Unidos e torcia para que o sobrinho pudesse retornar. Basco ouvia atentamente o relato do seu tio sem derramar uma gota de lágrima. Apenas a sua respiração ficou mais ofegante e seu coração mudou o seu compasso. Saalim, no que lhe concerne, não conseguia conter as lágrimas. Depois de décadas longe da família no Líbano, não era esse o tipo de reencontro que esperava com um familiar. Ele rondava a rua e o quarteirão da casa de Thamine, todos os dias. Conversava com vizinhos e amigos da irmã sempre que possível na esperança de conhecer Basco e apoiá-lo diante de triste infortúnio. Basco parecia não acreditar nas palavras do seu tio. Saalim convida Basco a adentrar o cemitério. O velho libanês também percebe que Basco se mantêm em silêncio durante todo o tempo. Também fica preocupado com uma forte neblina que começa a tomar conta de todo o ambiente ao redor. Após alguns minutos de caminhada entre túmulos e mausoléus ricamente ornados onde repousavam os restos mortais de inúmeras pessoas famosas, o tio de Basco para em frente a um modesto jazigo familiar. Ele revela que ali já descansavam sua esposa e sua filha e agora… sua irmã. Saalim aponta para um dos túmulos cobertos de flores. Eram Lírios!

Basco já tinha certa experiência em magia arcana graças aos estudos que havia feito com Illyana Rasputin, no Limbo e por conta disso, poucas pessoas conseguiam enganá-lo. Não havia dúvidas… seu tio falava a verdade. Khassan deu alguns passos… se aproximou do túmulo com o nome de sua mãe. Havia uma foto acima do nome. Era Thamine sem dúvida, bem mais jovem. Saalim diz ser a única foto que tinha de Thamine, que ela enviara há muitos anos. Enquanto fecha os seus punhos, Basco pergunta ao seu tio se o motorista que causou o acidente havia sido preso.

— Ele foi indiciado, mas como não havia sido pego em flagrante, foi liberado. Está respondendo em liberdade. O cara tem os melhores advogados que o dinheiro pode comprar. É filho de um médico famoso lá para os lados de Alphaville pelo que eu soube.

— Tio… eu preciso ir! Preciso resolver alguns assuntos particulares. Pode levar as minhas bagagens com o senhor? Irei revê–lo em breve.

— Basco, espere… habibi…não saia assim…eu imagino que deve estar sendo muito difícil para você. Eu quero te ajudar rapaz... — Saalim tira um cartão do bolso e entrega a Basco. Era de sua floricultura que ficava no centro da cidade. — Assim que resolver teus assuntos, por favor, me procure, sim!?

— Teremos muito tempo para nos conhecermos, meu tio. Agora eu preciso mesmo resolver um assunto meu!

Basco vira as costas e deixa o cemitério. Saalim entendeu que o rapaz precisava de um tempo sozinho. O velho libanês dá uma última olhada para o túmulo de Thamine, leva a sua mão à boca e toca a foto da jovem libanesa que agora descansa em paz em seu leito final.

 

 

A noite caiu rápido na cidade, porém, enquanto muitas pessoas retornavam para suas casas após mais um exaustivo dia de trabalho, a Rua Augusta no centro da cidade, ganhava luzes coloridas e movimento. Bares, clubes e casas noturnas movimentavam diversos trechos dividindo o espaço com garotos e garotas de programa, artistas circenses e público eclético. A Augusta sempre foi palco da diversidade, seja ela musical, cultural ou de gênero e isso atraia os mais diversos tipos de pessoas. Era comum carros luxuosos diminuírem sua velocidade enquanto seus motoristas selecionavam qual o tipo de prazer que mais lhes agradavam. Em um BMW vermelha, um belo rapaz de cabelos dourados, pele clara e porte atlético buscava esse prazer. Ostentava não apenas um carro de luxo, como suas roupas e um genuíno Rolex denunciavam estar ali para fazer a alegria de alguém financeiramente. A pessoa escolhida foi uma linda morena de cabelos negros, seios fartos e pernas bem torneadas. Ele estaciona o carro e a moça se aproxima da janela do carona. Após alguns minutos ela adentra o veículo. Com o valor do programa combinado, ambos vão para um “flat”, algumas quadras à frente. Eles sobem o elevador e já no “flat”, a moça pede para ir ao banheiro se preparar e colocar algo mais confortável. Ela sabia como agradar os clientes mais exigentes e sofisticados. Enquanto isso, o rapaz tira sua camisa mostrando um físico bem definido. Ele prepara 2 bebidas enquanto coloca uma música ambiente para esquentar o clima. Subitamente um vento gélido adentra as janelas fazendo as cortinas dançarem de maneira fantasmagórica. Apesar de estranho, aquilo não chegou a intimidá-lo. Ele termina de dosar os drinks e se aproxima da cama sem perceber quem uma estranha névoa começa a tomar conta do local. O que veio depois foi muito rápido, mas ninguém poderá dizer que foi indolor. Um denso nevoeiro invadiu o ambiente. A primeira reação do jovem foi gritar, mas parte da fumaça se solidificou e “selou” os seus lábios. Sem poder falar, ele ainda consegue caminhar alguns passos indo em direção ao banheiro na tentativa de pedir socorro a acompanhante, mas algo o arrasta de volta e o lança violentamente de encontro a cama, prendendo pernas e braços. Seus olhos perplexos e aterrorizados vislumbraram um rosto tomando forma sobre ele. A face grotesca apenas sorria enquanto partes do nevoeiro adentravam o corpo do rapaz pelo nariz, ouvidos e olhos. Seu peito começa a inflar como um balão de um dia festivo no Halloween. A dor parecia ser insuportável, mas ele não conseguia soltar nem mesmo um leve assovio. Seu peitoral cresce até o ponto que a pressão se torna insustentável. A pequena explosão expele seus pulmões, coração e demais órgãos de maneira violenta pelas paredes, teto e a cama do “flat”. Segundos depois o nevoeiro se dissipa do local como se nunca tivesse ali invadido. Ao abrir a porta do banheiro, a jovem se deparou com a pior cena de terror que poderia imaginar. Algo que ficará marcado em sua memória para sempre. O cheiro de sangue estava denso, quente e o corpo do rapaz ainda dava pequenos espasmos como se algo ainda tentasse viver naquela carcaça. O relógio dourado em seu pulso, agora ostentava apenas o brilho do vermelho rubro que escurecia a cada segundo enquanto escorria até o chão.

Alguns becos ao norte do “flat”, escuro e sem vida, o nevoeiro causador de horrenda morte, toma a sua forma real. Horas antes o mesmo nevoeiro havia invadido o 25.º DP onde sutilmente conseguiu acesso aos dados do causador do acidente que vitimara uma jovem libanesa há alguns meses. Não foi difícil seguir as pistas que levaram ao arrogante e bem-sucedido rapaz que jaz na cama do “flat” na Rua Augusta.

Basco Khassan teve a sua vingança. 

Os dias viram semanas. Basco decide morar por um tempo com o seu tio Saalim. O rapaz voltara a estudar, mas não tinha muita paciência na escola. Foi uma grande mudança realmente. Um período de vazio.... De medo... E incertezas para Khassan! Jamais revelou ao tio o que ocorreu na Rua Augusta. Saalim soube pelos jornais. A princípio a suspeita recaiu inteiramente sobre a garota de programa, porém, dado o estado aterrorizada que a jovem se encontrava quando os policiais chegaram, sua participação no assassinato do rapaz foi descartada. A polícia seguia nas investigações e pelo estado do corpo, nada poderia ser descartado, nem mesmo a hipótese de o fato ter sido provocado por um mutante!

Um lado obscuro da alma de Khassan estava cada vez mais presente devido a influência arcana dos encantamentos que aprendeu com Illyana Rasputin, a jovem mutante conhecida como Magia! Restava saber se ele teria controle sobre essas emoções ou permitiria que elas o dominassem.

Não havia muitos mutantes na cidade de Barueri, grande São Paulo, naquela época. Ao que parecia, graças a Lei nº 13472, as autoridades haviam dado cabo da maioria dos mutantes delatados e os que ainda existiam se mantinham na clandestinidade. O refúgio de Basco era suas frequentes visitas a uma velha boate chamada Mascarade na capital! Um lugar em estilo dark britânico onde sempre havia eventos musicais. Nightwish, Lacuna Coil, Lacrimosa e Saviour Machine foram algumas das bandas que Basco prestigiou naquele lugar! Meses após seu retorno, o rapaz ainda recebia notícias de seus amigos nos EUA. Em uma das cartas, Mancha Solar, por exemplo, revelou a aniquilação dos mutantes em Genosha, uma ilha refúgio que Magneto havia chamado de “santuário para a mutandade”... Mais de setecentas mil vítimas pelas mãos de uma nova invasão dos Sentinelas de um futuro sombrio! Basco sentia-se aliviado por não ter aceitado o convite de Magneto de viver em Genosha, mas ficou preocupado com seus colegas que o seguiram, Amara, Rhane e Warlock e que Roberto ainda não tinha notícias! Pedia a Allah que os protegesse. Basco não era um jovem religioso, mas lembrava com carinho e saudade dos ensinamentos do alcorão, herdados de sua mãe. Thamine era muçulmana e mesmo se casando com um homem católico, isso não a fez esmorecer em sua fé! Era a Allah, o Misericordioso, que Thamine clamava toda a vez que sua família era ameaçada. Em sua essência, no mais profundo de sua alma, Basco ainda mantinha algumas fagulhas de fé e esperança herdadas de seus pais.

Nevoeiro, agora com 17 anos, muda-se para a cidade de Fortaleza, no Ceará, por causa da profissão que seu tio exercia como comerciante de produtos agrícolas e que o fazia mudar-se de cidade com frequência. Basco preferia os barzinhos e velhos casarões da cidade onde sempre havia bandas de garagem se apresentando e tocando os mais variados estilos de Heavy Metal! Gostava de andar pelas madrugadas cearenses, descompromissado e sem medo, principalmente pela orla das praias ouvindo o som do mar e o quebrar das ondas no litoral que mesmo à noite emanavam o clima quente do outono nordestino. Afinal ninguém seria louco o bastante para tentar enfrentá-lo, pensava o rapaz. Suas experiências de combate junto com os Novos Mutantes lhe garantiam certa vantagem nas noites perigosas da cidade! Não foram poucas às vezes em que se metera em encrencas com gangues pela cidade, mas todos souberam, com o tempo, que se meter com o Filho do Nevoeiro era problema na certa, não apenas pelos seus dons mutantes, mas também pelos seus “truques” mágicos! Basco adotou o estilo gótico de vida, estilo e de vestuário. Andava com frequência com roupas pretas, anéis cadavéricos e correntes pelo corpo. Suas amizades também eram, na maioria, simpatizantes do movimento gótico, pequeno, mas florescente nas noites cearenses. As vezes se perguntava se o seu visual mais dark era por escolha própria ou por influência do Limbo. Foi nesta cidade do nordeste brasileiro onde ele conheceu seres bem diferentes dos mutantes.

Em um show de uma de suas bandas favoritas que estava de passagem pelo Brasil, o Orphaned Land, Basco conheceu uma bela jovem paulista chamada Verônica que estava visitando a capital cearense. Ela tinha um forte sotaque do seu estado e sua pele pálida e seus cabelos negros chamaram a atenção de Basco. A jovem o convidou para um inocente drink em seu apartamento, uma cobertura na praia do Futuro, um dos cartões postais da cidade. Ela era jovem sim, porém, mais velha que Basco. Vestia roupas de couro no bom e velho estilo gótico europeu! A moça possuía um ar misterioso bem peculiar. Algo que Basco se encantou assim que a viu. O estilo dark da jovem foi o que mais lhe chamou a atenção. Mais até do que seus longos caninos brancos e a pele pálida! Naquela noite, Basco teve sua primeira noite de amor. Sempre sonhou que seria com Illyana, a sua primeira vez, mas não negou os beijos dos lábios carnudos da morena de pele alva e de cabelos longos e negros que se despia sobre a cama. Verônica possuía uma bela tatuagem em formato de uma rosa vermelha em seu seio direito. O caule da rosa descia pelo corpo esguio da moça até um pouco abaixo de seu umbigo. Os espinhos em um belo estilo tribal, pareciam realmente espetar as mãos de Basco quando tocava o corpo da jovem o que fazia o sangue de Basco ferver de excitação ainda mais. Assim que começou a penetrar o corpo de Verônica o prazer se intensificou e isso ficava evidente na respiração ofegante de ambos. As carícias tornavam-se cada vez mais ferozes a ponto de as unhas afiadas da jovem cravarem nas costas de Basco que diante de tamanho prazer parecia não sentir dor alguma. Nevoeiro, apesar de um pouco nervoso, tentava manter o controle sobre seus poderes. Não queria transformar-se em fumaça naquele momento especial. Ao olhar de relance para o grande espelho na parede próximo à porta e que mostrava toda a cama de casal, podia jurar que estava a fazer amor.... Sozinho! Seria o efeito da bebida que trocou com Verônica minutos antes? Das palavras estranhas que a moça sussurrava em seu ouvido em uma língua que jamais ouvira antes? O fato que Basco desconhecia era que Verônica era uma vampira, líder de um grupo de vampiros paulistas conhecido como a Geração Vamp, há séculos instalados em diversos pontos na região central de São Paulo.

— Os vampiros existem, e andam entre nós,— dizia a moça no ouvido de Basco, enquanto ambos gozavam de prazer! Mal terminaram o enlace e Verônica mostrava os caninos afiados para Basco que com grande reflexo salta para fora da cama enquanto a jovem sorria! Verônica testificava mais uma vez a Basco quem ela era: uma vampira. E sim, eles sobrevivem bebendo o sangue humano. Mas os mitos não vão mais longe que isso. Cruzes, alho e água benta? Segundo a jovem, não tinham qualquer efeito.

Verônica descreve para Basco que vampiros, são criaturas de contradições. São imortais, mas continuam agarrados aquilo que ainda tem de humanos. Poderosos, mas sempre cautelosos para manter a sua existência escondida da sociedade humana e mutante. Verônica procurava no nordeste brasileiro, servos que pudessem ser seus informantes naquela região do país para expandir o clã do qual fazia parte. Ela conta a Basco que existiam 13 diferentes clãs vampirescos, nos tempos modernos. Outros clãs já não eram mais que histórias e mitos. Verônica se levanta da cama seminua.  Ela alcança uma taça de vinho e se aproxima da sacada com visão direta para o mar. Basco estava no canto do quarto. Rapidamente vestia suas roupas enquanto ainda tentava assimilar tudo o que estava presenciando naquele momento. Não conseguia acreditar que vampiros existiam. Longe de se parecerem com os personagens dos filmes e das séries que já vira ou ouvido falar. Enquanto isso, Verônica parecia hipnotizada pelo som das ondas do mar naquela madrugada. A jovem revela a Basco que pertencia a um dos clãs remanescentes de vampiros denominados de Toreador! De todos os clãs, os Toreador são os vampiros com maiores ligações ao mundo dos mortais, enquanto outros vampiros veem os humanos como gado ou como simplesmente sustento. Os Toreador são os vampiros que mais têm probabilidades de se envolverem emocionalmente com mortais, e eles rodeiam-se com as melhores, mais elegantes e luxuriosas coisas — e pessoas — que o mundo tem para oferecer.

Verônica desejava sugar o sangue de Basco intensamente quando o convidara para aquele drink inocente em seus aposentos. Havia algo de “especial” naquele rapaz, pensou ela, porém, ficou surpresa, quando Basco manifestou seus dons, transmutando-se em um denso nevoeiro e evitando o ataque certeiro da jovem! Com um simples gesto das mãos de Verônica, três homens surgem saltando sacada adentro! Infelizmente os três desconheciam o passado do rapaz que queriam capturar. Verônica tentava “abraçar” Basco, um jeito carinhoso de dizer que sua presa seria o prato principal! Os vampiros não conseguiam segurar Basco em sua forma “fumacenta”. Era sua vantagem. Nevoeiro pensou em apenas fugir dali, mas fez algo mais. O rapaz envolveu os três vamps em seu nevoeiro condensando a nevoa ao redor. Instintivamente Basco os lança pela janela do apartamento visualizando segundos depois seus corpos empalados pelas grades dos portões no térreo! Quando pensou em fazer o mesmo com Verônica à moça já havia fugido!

Basco deixou a cobertura, aproveitando que a moça desaparecera! O rapaz imaginava se não haveria mais daquelas criaturas pela cidade. Seres das sombras que outrora vira apenas em filmes e leu em histórias de terror! Basco queria enfrentá-los novamente. Levar a cada um deles a experimentar os tormentos que o outro mundo reservava! Porque esperar encontrá-los no acaso? Não seria mais fácil ir até à fonte, em São Paulo? Não muito longe dali, do alto de um edifício ao lado, Verônica observava o mutante deixar os seus aposentos pela sacada. Seu ódio por ser pega desprevenida era evidente em seu olhar. Jurou que no próximo encontro com Basco, iria destroçá-lo!

 


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