Capítulo 4 – Cinema “ Eu estou aprendendo a cair Eu mal posso respirar Não se preocupe comigo enquanto esotu caindo Já que você disse que não vê Eu não quero saber se você sabe, deveria ter sido eu Você está realmente com ela ? Ou isso foi somente uma mentira? Ela não pega você como eu faço E você não sabe porque Você troca de roupa e seu cabelo Mas eu não posso mudar sua mente Palavras gritando na minha cabeça Porque você foi embora? E eu não consigo parar de sonhar Assistindo você e ela Quando deveria ter sido Deveria ter sido eu E você sabe disso tão bem quanto eu sei respirar...” Nós fizemos a percurso até Port Angeles calados, Jake passou na casa da Bella e pegou ela e o colega dela. Quil não foi ele estava passando mal ou sei lá o que, e os amigos da sem sal também não foram, só um, Mike. Fomos todos calados, e quando chegamos ao cinema, eles queriam vê um filme chamado “Soco na cara”, como eu e Jake não podíamos comprar, então a Bella comprou pra gente. Sentamos na ordem: Eu, Jacob, Bella e Mike, e tenho que admitir que aquele filme era uma droga. Pelo menos o início. Até que eu e Jacob começamos a trocar comentários sobre como o sangue era falso, e sobre como era engraçado. Então a Bella perguntou o que era, e quando jake a explicou riu também. E o outro garoto, o Mike, ficou com uma cara de quem está morrendo o filme todo, até que ele saiu correndo do cinema. - Eu vou... – Jacob disse se levantado. - Não, aproveite suas oito pratas de carnificina Jake, eu vou... – Bella riu e saiu, mas Jacob continuou indo. Naquele momento eu pensei “Droga, eu vou ter que ir também...”. Eu saí de lá seguindo os dois, e Bella correu para o banheiro atrás de Mike, deixando eu e Jacob sozinhos. Eu vi um banco e corri para me sentar, e fui puxando o braço de Jake que veio comigo sem dizer nada. Sentamos lá e eu escorei a cabeça no ombro dele, enquanto ele passou o braço pela minha cintura, e meus pensamentos estavam tão longe... Mais exatamente em La Push. Eu não conseguia tirar o Embry e tudo que aconteceu da cabeça, era demais pra mim. A sensação de perda era esmagadora, acho que eu não conseguiria perder mais alguém, e pela minha cabeça a remota possibilidade de que o mesmo que aconteceu com Embry acontecer com Quil e Jacob, atormentava-me dia e noite. Eu poderia afirmar com certeza absoluta que eu não poderia viver sem Jacob, ele era tudo pra mim. Ele era o pilar em que a minha vida estava apoiada, e se ele se fosse, minha vida com certeza despencaria. Sem ele, tudo seria noite, não haveria mais alegria, a vontade de viver sumiria, não haveria motivos para continuar a seguir em frente. Ele era mais que um amigo, mais que um irmão, ele era meu anjo da guarda, tenho certeza que Deus o colocou na minha vida com essa missão, se Jacob não tivesse aparecido... Meus olhos já úmidos por causa dos meus pensamentos ameaçavam deixar as lágrimas escorrerem, mas eu segurei aquela sensação e não deixei que aquilo me tomasse. Até que uma lágrima teimosa desceu pelo meu rosto, e quando minha mão já estava a caminho para limpar Jake foi mais rápido e a limpou pra mim. Ele nada disse, só limpou a lágrima e me apertou mais a ele. Deus, como ele estava quente! Ele parecia estar com uma febre muito alta. - Se estiver chorando por causa daquele idiota novamente juro que vou te bater, Lê. – Jake disse rindo. - Não... É por que a remota possibilidade de acontecer à mesma coisa com você passou pela minha cabeça Jake. E eu simplesmente não poderia viver sem você, é demais pra mim. – Eu disse calmamente e ele se virou para olhar nos meus olhos. - Eu nunca me juntaria a eles... Sabe como odeio o jeito como Sam me olha. É como se me esperasse, e eu nunca, jamais me juntaria a eles, e muito menos te deixaria. – As palavras dele me confortaram, e é claro que eu acreditei nele. - Prometa Jacob. – Eu sussurrei chegando mais perto dele e deixando nossos rostos a centímetros de distância. - O quê? – Ele perguntou sussurrando também. - Que nunca vai me deixar, e não conseguiria viver sem você Jacob. – Eu sussurrei e cheguei um pouco mais perto - Quando eu acordo de manhã, não há vontade de viver... Mas é quando eu te vejo sorrir pra mim que ela volta sabe... Aquela vontade de continuar em frente... Você é a melhor parte do meu dia... - Eu juro que nunca vou te magoar... Entenda, eu nunca te machucaria Letícia, como o Embry e o Jared. Você... Pra mim você é tão importante... Em muitos momentos chegou a ser tudo pra mim, mas agora tenho outras pessoas que também são tudo pra mim. Mas existe um conjunto de coisas sem as quais eu não conseguiria viver, e você com certeza está nele. Eu nunca, jamais te faria infeliz. – Ele disse sorrindo torto, daquele jeitinho que eu tanto amo. - O que me mata é que a primeira coisa da lista é uma pessoa que além de não te merecer, você conhece à tão pouco tempo... Ás vezes eu acho que deveria ser eu. – Eu disse tímida, mas eu precisava dizer aquilo. Nossos rostos estavam a milímetros de distância, e nossas bocas estavam quase te encontrado, então Bella apareceu. Perfeito. Eu não pude evitar pensar duas coisinhas básicas: “Viu mãe? É por isso que eu não gosto dela!” e “Deus! Como eu amo esta garota!” - Ele está mal, agente deveria ir embora. – Eu e Jake nos assustamos a nos afastamos de repente. – Me desculpa, eu interrompi alguma coisa? - Ela perguntou receosa e eu neguei. – jake, poderia ir lá buscá-lo? – Jacob assentiu e correu pro banheiro masculino, enquanto a Bella sentava do meu lado. – Hey... Desculpa se estou me intrometendo, mas você e o jake?... – ela perguntou e mostrou um sorriso tímido e ao mesmo tímido. - Não, Não! –Quem me dera, eu completei mentalmente. - Ah. – Ela disse sem graça. - Porque você não dá uma chance pro Jacob? Ele só quer te fazer feliz... – Eu disse sorrindo pra ela. Eu gostava de Jacob o suficiente para querer que ele fosse feliz independentemente de com quem ele estava. - Eu... Só acho que não consigo. Acho que nunca mais poderei amar, sabe. Ele deixou meu coração em farrapos... – Ela sorriu tristonha. - Sei como se sente... Sei como é perder que você mais gosta no mundo... – Eu disse suspirando e ela riu sarcástica. - Com certeza que não... Nem tente entender. – Ela disse olhando para fora do cinema. - Perdi minha mãe há um ano. – eu disse rapidamente e ela olhou pra mim de repente surpresa. - Ah. Desculpa. – Ela disse sem graça. – Eu não sabia. - Não tem problema... Eu só acho, não, na verdade tenho certeza, de que você não passou pelo o que eu passei. Sei como você ficou, mas acho que eu fiquei um pouco pior, se não fosse pelo Jacob... – Eu sorri e ela também sorriu. – Eu fiquei doente, muito doente. Anorexia nervosa. Ainda estou em tratamento, me encheram de antidepressivos e vitaminas, mas tenho certeza de que tudo que melhorei foi por causa do Jacob, e não dos remédios, sabe. Se você desse a ele uma chance, ele te faria melhorar, assim como fez comigo, Bella. Acho que o que eu estou tentando dizer é que se alguém como ele quisesse estar comigo, eu com certeza daria uma chance, por mais que meu coração batesse por outro. – Eu sorri e ele ficou pensando. Eu amava tanto Jacob, e por isso eu deveria ajudar ele a achar a felicidade dele, se ele estava feliz, eu estava feliz... Não é? Era disso que eu tentava me convencer. - Eu... Só... – Ela se embolou e colocou os joelhos no banco, abraçando-os. – A dor é muito grande, é como se tivessem aberto um grande buraco no peito, quando ele se foi, levou tudo, incluindo minha vontade de viver. E quando eu estou com Jacob, consigo uma parte dela de volta, e é como se um bandaid tampasse o buraco. – Ela disse preocupada. – Não acho certo, usá-lo desse jeito, passar tanto tempo com ele, é iludi-lo, quando dentro de mim tenho a certeza de que nunca o amarei como ele me ama, e que nunca ficarei com ele. - Sei bem como é. Comigo é mais ou menos assim também. Jacob é... Tudo par mim. Acho que neste momento eu o descreveria como minha vida toda. Só quero que ele seja feliz sabe... – Eu respirei fundo e vi Jacob chegar com Mike escorado nele. - Vamos? – Ele disse com uma cara enjoada. Eu e Bella nos levantamos e seguimos os dois. Jacob foi até o balcão do cinema e conversou alguma coisa com a mulher, que deu pra ele uma balde de pipoca vazio. – nem pensar que vou o deixarele sujar meu caro novo. – Jacob resmungou e eu ri. - Você devia sair com alguém mais legal Bells... Alguém que ri do sangue que provoca vômito nos homens mais fracos. – Eu disse rindo e ela riu também. – Alguém como Jacob! - Jake entregou o balde a Mike e nós fomos para o carro, eu entrei no banco da frente enquanto Bella e Mike entravam no banco de trás. Jake fez o percurso rapidamente, e eu notei que ele não parecia bem, ele suava mais que o normal e parecia estar muito quente. Sua expressão também não era das melhores, mas eu fiquei calada e esperei que chegássemos a Forks. Jacob parou o carro em frente à casa do Mike e Bella o levou até na porta da casa, onde a mãe dele foi pegá-lo, e eu aproveitei para conversar com Jacob. - O que você tem Jake? Você não parece nada bem... – Eu coloquei a mão da testa dele. – Deus! Você deve estar com uma febre de uns 40 graus Jake! Deixa que eu dirijo... – Eu disse preocupada. - Não, eu estou bem, sério. Acho que devo estar pegando o mesmo que o boboca ali. – Ele disse com uma voz estranha. – Mas eu agüento até La Push, não se preocupe... - Tem certeza? Se você bater o carro jake... juro que te mato! – Eu disse rindo e ele fez que não. Então Bella voltou para o carro e entrou com uma cara triste. Jacob deu partida no carro e logo estávamos em frente da casa dela. - Eu te levo até a porta Bella... – Eu disse saindo do carro junto com ela. Fui até a porta da casa dela e me despedi com um caloroso abraço. – Foi bom te conhecer Bella... Temos tanto em comum! – Eu disse soltando ela e ela concordou. - Claro... Foi realmente ótimo te conhecer Letícia... O Jake falava tanto de você... Espero que sejamos boas amigas! Até logo!... – Ela disse entrando em casa e eu voltei ao carro. Jacob ligou o carro, e eu fiquei prestando atenção nele o caminho todo. Ele parecia inquieto, e parecia estar realmente passando mal. Ele acelerou o carro, fazendo o percurso até La Push passar rapidamente. Ele parou na porta da minha casa, e eu peguei minha bolsa. - Você tem certeza que está bem Jacob? – Eu perguntei e ele assentiu com a cabeça. – Assim que chegar em casa, por favor me liga... – Eu disse dando um beijo na bochecha dele e saindo do carro. Eu entrei em casa e joguei minha bolsa num canto qualquer, correndo para o meu quarto e me jogando na cama. Fiquei me remexendo na cama inquieta, esperando a ligação de Jacob, mas ele não ligou, me fazendo ficar mais nervosa. Eu rolava de um lado para o outro na cama, mas o sono não chegava. Então eu ouvi um uivo alto, que me fez ficar toda arrepiada, tinha alguma coisa familiar naquele uivo, e, além disso, alguma coisa parecia estar extremamente errada.