POV EDWARD

Mais algumas semanas se passaram, com isso percebi que a Bella não saiu de casa para absolutamente nada. Só foi buscar as coisas dela e ficou o tempo todo no quarto. Eu trabalho todos os dias, mas saio as vezes mais cedo e fico em casa também, de certa forma é uma maneira de saber se ela está precisando de alguma coisa.

Hoje é sábado e eu estava no escritório trabalhando e batem a porta, eu peço que entre e Bella aparece linda como sempre, com um vestido amarelo claro florido e curto. Eu não consigo não olhar, ela é simplesmente linda até de manhã cedo.

— Bom dia, Edward! Está muito ocupado? – Ela perguntou.

— Bom dia, não! Pode ficar à vontade. O que deseja? – Eu perguntei olhando para ela.

— Queria falar algo com você.

—Pode falar, estou aqui.

— Bom, antes de tudo aquilo acontecer, eu estava conversando com uma editora que queria me contratar de forma fixa para trabalhar, tipo ser exclusiva. Como teve essas coisas, infelizmente pedi um tempo, mas já está na hora de eu continuar com meus planos.

— Acho ótimo, mas você quer isso?

— Sim, é uma forma de eu ter emprego na área que amo e além disso terei mais retorno.

— Bom, se você quer. Eu apoio. – Eu disse e ela sorriu.

— Obrigada, Edward. Então, isso envolve eu ter que ir embora daqui.

— Porque?

— Porque eu atrapalhei a sua vida desde o dia que caí naquele maldito golpe e mais uma vez estou eu aqui, tomando seu tempo e sua privacidade de novo.

— Bella, por favor não seja absurda. Nos conhecemos, já namoramos, como pode dizer uma bobeira dessa? Tem algo te incomodando?

— Claro que não! Só estou me sentido desconfortável com essa situação, preciso procurar uma casa e sair daqui, desde que voltei eu não saio de casa. Eu não posso andar com medo, sabe?

— Claro que não, não tem o que temer, nada vai te acontecer e sim, vai ter um momento que você vai sair daqui, mas não precisa ser agora. – Ela anda de um lado para outro.

— Edward, você não entende que não é tão fácil assim?

— O que eu não entendo é você estar se sentindo desconfortável aqui, achei que você estava bem.

— Mas estou bem,  desconfortável com essa situação.

— Bella, eu vou ajudar você arrumar um lugar seguro, não tenha pressa. Pode ir no seu trabalho que está vendo, sem problemas. Eu disse que estou com você, não precisa sentir isso .Eu adoro ter você aqui e poder ficar de olho. – Eu me aproximo dela.

— Edward, eu nunca vou saber te agradecer por tudo.

— Então para de falar que vai embora, você só sai dessa casa quando eu ver o lugar e garantir que é seguro. – Ela sorrir.

— Você é tão mandão sabia?- Ela diz rindo.

— Sabia sim, eu gosto de ser mandão. – Ela sorrir mais.

— E muito convencido também.

— Eu sei disso também e você é linda. – Ela fica corada.

— Bom, eu já vou. – Ela fala e eu me aproximo mais.

— Já vai é? -  Ela recua e eu vou me aproximando até que ela encosta totalmente na parede.

— Sim, eu já , é eu...- Ela tenta falar, mas cora.

— Está tudo bem, Swan? – Eu a provoco.

— Porque não estaria? – Ela diz aparentando estar nervosa.

— Parece nervosa. – Eu continuo provocando-a e olho para ela do corpo ao rosto, sem nenhum pudor. Eu sei que sou um filho da puta, mas sou homem.

— Para  Edward.... – Eu passei a mão no rosto dela e fui descendo até o pescoço e ela fechou os olhos, mordendo os lábios como sempre e me deixando com um puta de uma ereção.

— Só tem uma coisa que você me incomoda muito nessa casa. – Eu disse.

— O que? – Ela perguntou, mas pareceu mais um sussurro.

— Me incomoda muito saber que você está no quarto ao lado do meu e, eu não posso fazer nada. – Corto a curta distância entre nós e dou beijos castos em seu pescoço.

— Você não imagina como tem me deixado, todos esses dias que você está aqui, Swan. Você é uma garota muito má. – Eu falei e senti ela toda arrepiada.

—  Edward, eu ... – Ela não conseguia terminar de falar.

— O que você quer Bebê? – Já estava quase fora de controle quando batem a porta. Puta que pariu! Eu vou matar o filho da puta que me atrapalhou. Ela se sobressalta e se afasta toda vermelha.

— Entre. – Eu disse de uma forma nada satisfeito. Raymond entra.

— Bom dia, desculpe se atrapalho.

— Bom dia, pode falar Raymond. – Eu disse demonstrando meu estresse. Ele olhou para a Bella.

— Na verdade estava procurando você, Bella. Não a vi lá em baixo. – Ele disse sorrindo pare ela. Mais que merda é essa?

— Desculpe, Ray. Eu já ia te chamar. – Ela disse. Porra de Ray.

— O que houve? Eu quis saber.

— A Bella pediu que eu a levasse na cafeteria hoje. Raymond disse.

— Não será necessário, eu a levo. – Eu disse tirando o sorrisinho maldito da cara do Raymond que já estava me irritando.

—Eu não me importo de leva-la , Sr Cullen. – O filho da puta tentando me irritar, não é possível.

— Claro que não, mas eu a levo. Pode ir. – Eu disse encerrando.

— Tudo bem, com licença.

— Obrigada, Ray. – Bella disse e sorriu. Claro que ele sorriu de volta. Ele saiu.

—  Edward, qual o seu problema? – Bella perguntou.

— Nenhum, se queria ir na cafeteria, era só me pedir.

— Mas você disse que posso falar com eles para não sair sozinha.

— Sim disse, mas quando eu estiver aqui é comigo que você fala, ele ou Felix são apenas na minha ausência.

— O Ray é legal comigo. – De novo Ray. Droga!

— Com certeza ele é, imagino. – Eu disse de mau humor.

— Você está bravo? – Ela disse e eu me toquei que preciso controlar a porra do meu ciúme, mas que droga!

— Não, me desculpa, só não gosto de ser interrompido. – Eu disse e ela ficou vermelha.

— Tudo bem, acho que pode deixá-lo me levar então.

— Não falei sobre isso, e se você quer ir na cafeteria é comigo que vai, vamos! Dei a mão e ela segurou sorrindo. Quando descemos encontramos os seguranças.

— Preciso busca-la? – Raymond falou escondendo um sorriso, esse filho da puta está fazendo de propósito.

— Não, se eu precisar eu peço, Raymond. Ela vai e volta comigo.

— Ok, chefe.

Já no carro, a Bella falou que eu fui grosso com o Raymond.

— Ele já está me irritando apenas isso. Não tenho sangue de barata. Ela sorriu.

— É impressão minha ou você está com ciúmes? – Ela disse rindo. Eu não respondi, estava com raiva ainda. Quando chegamos próximo á cafeteria  em vez destravar o carro eu a puxei para cima de mim.

— Estou morrendo de ciúmes mesmo, e daí? E não quero o filho da puta do Raymond com gracinha com você, você é minha! – Eu disse e a beijei com tanta força que parei porque minha vontade era dar meia volta para casa e mostrar a ela o quão minha ela é.

— Edward, calma! O Raymond é só amigo. Eu não sabia que você era assim tão ciumento. – Ela estava me provocando.

— Eu não sabia, até você entrar na minha vida, porra Bella! eu te amo e te quero tanto que fico um louco quando se trata de você.

— Mas a gente não tem mais nada. Ela disse.

— Volta pra mim amor, eu quero você, não suporto mais ficar só te olhando. Eu te amo Bella. – Ela não respondeu e me beijou.

— Isso é um sim? – Eu perguntei sem esconder a felicidade.

— Eu nunca deixei de ser sua, eu te amo também, Edward. – Ela me beija de novo.

— Mas você vai pedir desculpas ao Ray quando voltarmos. – Eu suspiro e reviro os olhos.

— Tudo bem, eu peço. Mas não quero ele de brincadeira com você na minha frente, porque eu fico possesso.

— Se controle apenas amor, eu te amo e o Ray deve ter percebido que você estava bravinho e te provocou, ele e o Felix me respeitam.

— Eu sei, confio neles, mas eu sou ciumento mesmo, culpa sua que desde que entrou na minha vida faz isso comigo.

— Eu te amo seu bobo, amo muito.