POV EDWARD

O dia que mais tive ódio na minha vida foi na merda que a Kate aprontou se fingindo de doente, tenho tanta raiva dela que não imaginava que algo ia superar, isso porque foi por causa dela, que eu e a Bella nos separamos, tive minha culpa, mas se aquela miserável não fizesse aquilo, jamais eu estaria longe da Bella agora. Só que ouvir que a Bella foi quase violentada superou todo ódio que eu estava e se tornou o motivo da minha ira, mas aquele filho da puta vai pagar, isso é fato.

Eu estava tentando assimilar tudo que eu ouvi naquela cafeteria, a Alice tinha marcado de me ver hoje, para acertarmos o assunto da nossa viagem, eu viajaria, mas não para o mesmo lugar que ela, a Alice viajaria a trabalho, mas precisava da minha assinatura para umas coisas que coloquei meu nome na época que ela abriu galeria dela. Mas eu estava com tanto ódio que só deixei a Bella em casa e estava indo deixar a Alice, mas minha vontade era colocar as mãos naquele verme o mais rápido possível.

— Edward, você está bem? Se quiser podemos deixar para amanhã. – Ela disse ainda estávamos dentro do meu carro.

— Sim, estou. Amanhã eu assino tudo e resolvemos, se você não se importar. Eu preciso fazer umas coisas ainda hoje.

— Você vai atrás do cretino?

— Não quero que diga nada a Bella, Alice.

— Tudo bem, só cuidado com o que vai fazer, lembre-se da sua essência, o que nossos pais sempre nos ensinaram, nada de violência. Eu estou com tanta vontade de bater naquele cara, maninho, mas sei que não valeria a pena. – Eu não queria decepcionar os ensinamentos dos nossos pais, mas dessa vez eu ia seguir o que estava com vontade.

— Tudo bem, não vou fazer nada demais. Mas me fala, ela contou detalhes? Ele a machucou?

— Ela foi no churrasco na casa dele em Forks e quando estava indo embora ele se ofereceu para leva-la, no caminho parou em um lago e tentou violentá-la só parou depois de tanto tentar.

— Aquele desgraçado! – Eu estava apertando o volante com tanta força que Alice tocou em mim para me acalmar.

— Edward, calma maninho! – Eu assenti.

— Ela deveria ter me avisado eu sairia daqui e independente de estarmos separado eu iria lá quebrar a cara dele.

— Ela disse que ligou pra você assim que chegou na casa dos pais, mas você não atendeu, talvez porque era tarde. – Droga! Eu lembro de uma ligação dela de madrugada, e pior eu estava acordado, mas optei por não atender.

— Eu estava acordado e não atendi. – Eu disse triste.

— Mas não se culpe Edward, você não ia impedir de acontecer, ela estava longe. Mas pensa sobre isso de não falar mais com ela, eu sei que vocês terminaram, mas não tem porque você a destratar, fale com ela o necessário, ajude se ela precisar de algo, não precisa ser presente, mas se mostre presente caso ela precise. A Bella é sozinha aqui em Nova York, só tinha de confiança essas pessoas, mas até a amiga dela, Ângela está afastada porque o escroto do namorado acha que a Bella está errada de acusar o cretino lá que eu nem gosto de falar o nome.

— Você tem razão. A Bella desde que eu a conheci ela está envolvida em algum perigo, as vezes parece uma menina que acredita em todo mundo, acha que as pessoas são todas boas. – Eu disse.

— Não julgue ela maninho, você era assim, sempre via o melhor das pessoas, a diferença é que você é mais velho e homem então é mais fácil pra você reconhecer uma maldade, vive no mundo dos negócios, lida com seus piores inimigos concorrentes ou não, então você tem uma vasta experiencia.

— Verdade, mas ainda assim a Bella precisa abrir mais os olhos. Eu morro de medo de algo acontecer com ela, ainda mais agora que não estamos mais juntos.

— Só não se afaste. Vocês terminaram e se não tivessem namorado? De qualquer forma ela seria a pessoa que você aceitou na sua casa, seriam amigos, se não quiser tanto contato só faça o que eu disse, se mostre presente em ajudar se ela precisar. Eu sempre vou estar por perto dela, eu amo a Bella, mas ter mais pessoas é bom. – Ela me disse e eu rir.

— Eu te amo pequena. Todos falam de mim, mas você é resposta da educação que nossos pais nos deram, esse seu coraçãozinho é grande desde quando você deu seu primeiro passo. – Ela sorriu.

— Te amo também e eu queria ter o seu coração. – Ela me deu um beijo no rosto e deixei ela na casa dela, Jasper estava em frente esperando.

Já tinha entrado em contato com meus seguranças, Felix e Raymond e como bons eficientes que são, já estavam na casa do verme que eu estava sedento em colocar as mãos. Já fui entrando e procurando ele.

— Posso saber que merda é essa? – O desgraçado falou e quando ouvi a voz dele já fui em cima e acertei um soco na cara dele.

— SEU FILHO DA PUTA! ISSO É PARA VOCÊ NÃO ENCOSTAR MAIS UM DEDO EM MULHER NENHUMA SEM PERMISSÃO. – Eu disse e continuei batendo nele.

— ME LARGA SEU IMBECIL EU NÃO FIZ NADA COM A BELLA. – Ele disse com a boca já sangrando.

— FODA-SE! NUNCA MAIS ENCOSTE UM DEDO MALDITO NELA, VOCÊ ME OUVIU? NUNCA MAIS. – Disse e chutei ele.

— SOCORRO! PORRA EU JÁ PEDI DESCULPAS. – Ele falou.

— CALA ESSA BOCA! – E dei mais socos e socos e chutes. Até que Felix me segurou.

— Edward chega! Já deu. - Raymond falou me segurando também.

— Agora você vai sentir na pele o que ela sentiu, todo medo que você a fez passar seu maldito. – Eu disse entredentes. Acenei para que Raymond chamasse os caras que eu pedi que trouxesse.

— ESTÁ LOUCO CULLEN? O QUE VOCÊ VAI FAZER, PORRA! EU NÃO CONCLUÍ NADA COM ELA EU JURO PORRA, ME DEIXA. – Ele estava chorando e gritando quando viu os 2 homens que meus seguranças contrataram se aproximando e olhando pra ele com segundas intenções.

— POR FAVOR, NÃO FAZ ISSO, SOCORRO. – O desgraçado chorou e gritou aclamando ajuda.

Os caras tiraram a roupa dele e amedrontaram ele como se fosse violenta-lo, o infeliz chorou igual criança de medo até quase desmaiar, mas quando vi que ele sentiu o medo de ser tocado sem permissão, vi medo e angustia em seu rosto eu pedi que parassem, minha intenção só era faze-lo sentir medo e passar pelo menos na pele o que ele fez com a Bella. E ele foi torturado bastante.

— Agora, eu vou embora e espero que nunca mais na sua vida você chegue perto dela de novo e de nenhuma outra mulher sem permissão, sentiu seu filho da puta o que você fez com ela? – Eu perguntei.

— SENTI, SENTI PORRA. PARA POR FAVOR NÃO DEIXA ESSES HOMENS FAZEREM ISSO, EU NÃO VOU MAIS FAZER NADA COM ELA E COM NINGUÉM.

— Isso que eu queria ouvir e se pensar em procurar ela mais uma vez, eu vou colocar você na cadeia e lá não vai ter minha ordem, agora aprende respeitar uma mulher seu desgraçado. Imagina o medo que você a fez sentir sozinha lá naquela porra de lago? VOCÊ PENSOU NISSO? RESPONDE PORRA.

— Sim sim, sim, eu errei e não vou mais fazer isso Cullen, agora vão embora daqui e leva esses caras por favor.

— Ok.

Se eu me orgulho disso, claro que não! Mas estou satisfeito de pelo menos ter feito ele sentir na pele o que a Bella passou nas mãos dele. Nunca precisei fazer isso, mas faria de novo se fosse qualquer mulher da minha família. Odeio injustiças e sei que se levasse isso a policia aquele filho da puta pagaria fiança e estaria aí solto, se fez isso com a mulher que ele viu crescer, imagine o que não é capaz de fazer com outras que conhece em algum lugar e lhe dão um não. E se ele for esperto nem perto da Bella ele vai chegar novamente.

Mais uma semana de trabalho e estava quase perto de eu viajar, já tinha acertado tudo com a Alice. Sobre o tal do Jacob eu acabei contando para meu irmão e meu cunhado que para minha surpresa ficaram rindo e disse que faria o mesmo, mas que eu não contasse ao meu pai. Certamente não contaria isso nunca ao Carlisle, ele ficaria decepcionado comigo, mas não estou arrependido. Alice tentou saber se fiz algo, mas omiti várias coisas, disse apenas que fui conversar com ele e acabamos na porrada, mas nada demais, ela aceitou minha explicação e essa seria a mesma que eu falaria para a Bella caso ela me perguntasse. Elas não precisavam saber das medidas sórdidas que tomei. Desde que a deixei em casa no dia que soube de toda aquela merda, ainda não a vi, e por coincidência eu estava indo na cafeteria e a vi lá tomando seu fiel capuccino e trabalhando no notebook.

— Oi, posso sentar com você? – Eu cheguei perto dela.

— Oi, sim, pode se você quiser. – Ela disse e estava corada. Linda como sempre.

— Porque não está trabalhando em casa? – Eu perguntei.

— Acho que aqui eu me sinto mais criativa, eu queria tanto alugar aquele apartamento, mas nem gosto tanto de lá como no início. – Ela explicou.

— Pode se mudar de novo, qual problema?

— Sim, claro. Mas vou esperar mais um pouco, mas estou mesmo querendo sair de lá.

— Algum problema com vizinhos?

— Não, não. É só questão de não ser tão confortável mesmo.

— Entendi, se acontecer alguma coisa é só me avisar. – Ela me olhou fixamente.

— O que foi? – Eu perguntei.

— A última vez que tentei falar com você, você disse que não queria saber de nada e mal queria me receber, porque isso agora, Edward? Está com pena de mim por causa do que o Jacob me fez? – Droga! Eu fui frio com ela mesmo daquela vez.

— Bella, primeiramente quero pedir desculpas por aquele dia, não deveria ter tratado você de forma tão fria. Mas eu pensei bem e não é porque terminamos que temos que agir como inimigos, eu te conheci e tenho mesmo respeito e admiração por você, não deu certo nosso namoro, mas somos adultos para entender que nem tudo é como planejamos, minhas sinceras desculpas, eu quero que você saiba que quando precisar pode contar comigo. Eu não vou ficar ligando, mandando mensagem todo dia, mas a hora que precisar, pode me procurar e isso não tem nada a ver com pena.

— Obrigada, Edward! Eu também digo o mesmo pra você e me desculpa ter falado assim com você, com certeza não precisamos agir como desconhecidos. – Eu assenti e sorrir pra ela.

— Mas está tudo bem com você? Aquele babaca te procurou? – Eu quis saber.

— Sim estou bem, ele não me procurou ainda bem.

— Ótimo! – Eu disse e ela desconfiou.

— Edward, você falou algo sobre o que houve com ele?

— Sim, eu acabei encontrando-o num bar e tirei satisfação e brigamos, nada além disso e pedi que não chegasse mais perto de você.

— Edward! Você é louco e se ele te machucasse? – Ela ficou procurando marcas ou hematomas em mim.

— Ele só não pode machucar você, mas não se preocupe eu bati mais nele do que ele em mim, mas agora vamos encerrar isso, deixa esse babaca pra lá.

— Verdade, não quero nem mais lembrar dele. – Ela disse.

— Vai embora como? – Eu perguntei.

— A pé mesmo! São 15 minutos andando, não precisa se preocupar não vou de taxi.

— A pé sozinha e de táxi é quase a mesma coisa, Bella. – Eu disse.

— Você sempre exagerando. – Ela disse revirando os olhos.

— Bella, eu vou viajar esse final de semana, vou ficar um mês ou dois fora. Se acontecer alguma coisa, precisar de algo ligue para meus seguranças. – Eu disse dando os cartões de Felix e Raymond.

— Não precisa Edward, mas obrigada.

— Por favor! Pegue e salve na sua agenda, não custa nada.

— Tudo bem! – Ela revirou os olhos mais uma vez.

— Então, vamos! Amanhã você termina isso ou a noite na sua casa, já são 21 horas.

— Eu tenho alternativa?

— Não. – Eu sorrir e ela me acompanhou até o carro. Foi inevitável eu não olhar para as pernas dela. Ela estava de short jeans curto e uma blusa grande, mas suas coxas lindas estão perfeitas dentro da bermudinha. Ela é linda, simplesmente perfeita arrumada ou simples. E de repente me peguei com saudade dela. Droga.

— É... você vai viajar a trabalho com a Alice? – Ela perguntou.

—Não! Eu só resolvi umas coisas pra ela, viajamos no mesmo dia, ela vai a trabalho e eu vou tirar férias mesmo.

— Humm, entendi. Isso é bom. – Ela disse apenas até que chegamos.

— Chegamos, obrigada Edward! – Ela disse descendo do carro.

— Boa noite, Bella. – Eu a esperei entrar para assim eu sair com o carro.

Essa viagem que eu vou fazer, vai me fazer bem. Quem sabe eu não tiro logo a Bella da minha cabeça. Cheguei em casa e me aliviei no banheiro igual um adolescente na puberdade, porra! Eu precisava de sexo. E ver a Bella só me fez piorar, porque foi ela que eu homenageei no banho. Droga!