Sonho Renascido escrita por Janus


Capítulo 19
Capítulo 19




Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/80537/chapter/19

Medo. Era isso que ele sentia. Medo puro e simples. Percorrendo seus músculos na forma de pequenos espasmos incontroláveis, girando em seus olhos cujas pálpebras pareciam vibrar, causando calafrios em sua espinha lhe dando uma incorreta percepção de frio. Conhecia aquilo, já tinha sentido antes. Quando o tinham pêgo fazendo alguma coisa errada, quando esteve em perigo, quando estava em eminente preocupação. Não era novidade. Mas naquele instante lhe era um mistério.

Por que estava com medo? Não podia ser da possibilidade de serem atacados, ele estava ali para isso. Mesmo que tinha sido apenas uma forma da hokage escapar de seu trabalho chato e não esperassem que nada ocorresse, ele era o responsável pela sua segurança. Ainda que até pudesse ser mais um teste sendo executado, ainda assim ele não devia estar com medo.

Mas ele estava!

Estava com medo porque não conseguia imaginar o que podia ocorrer, e a expressão séria da hokage apenas aumentava isso.

- Hokage-sama, isso é mais um teste seu?

Ela não lhe respondeu. Permaneceu sentada e com os olhos voltados para a frente, mas não o observando. Com certeza estava concentrada em seus outros sentidos. Sua audição, talvez até pudesse pressentir a aproximação de alguém. Tinha ouvido muitas histórias sobre ninjas na academia e outras no curto tempo em que era gennin. Historias de shinobis que podiam sentir chakra, que podiam ver no escuro, que podiam até derrubar montanhas. Algumas da hokage diziam que ela podia derrubar prédios ou abrir enormes crateras no chão.

Talvez fosse por isso que sentisse medo. Ela estava séria e concentrada, seu sensei apenas os posicionou para uma defesa e foi direto para as árvores sem dizer o que ia fazer. Provavelmente investigar, ou então ficar de tocaia vigiando, ou simplesmente os observar como iriam cuidar do assunto.

Mesmo assim, mesmo sabendo de tudo isso, mesmo gritando para sua mente que precisava se concentrar no que ocorria ali seu corpo demonstrava um medo enorme. Um medo que o fazia questionar a causa, pois parecia sem sentido. Porque estava com aquele medo irracional?

Observou a postura de Ayame. Ela estava com a kunai na mão pronta para qualquer coisa, e na beira do lago Haruka ficava um pouco afastada de Shiromaru, mas com a mão já na sua bolsa para pegar algo de lá. Tentando controlar o tremor de suas mãos, ele abriu a bolsa que tinha na cintura as costas. Só para a eventualidade de pegar algo rápido lá. E enquanto observava ao redor já escuro e com algum farfalhar de folhas vindo das arvores, tentava lembrar o que tinha na bolsa. Sabia que tinha algumas kunais, uma bomba de fumaça e alguns conjuntos de shurikens. Também tinha duas tarjas explosivas. Na bolsa da perna tinha alguns materiais para primeiros socorros e mais shurikens. Chegou a pensar em fazer alguns clones quando o movimento feito pela hokage chamou sua atenção.

Ela tinha ficado de pé, e as maçãs que estavam no seu colo rolaram ao chão. Ela olhava um pouco de lado e sua respiração estava mais devagar. Seria mesmo um teste? Estavam próximos demais da aldeia para um ataque surpresa. Talvez seu medo se devesse a acreditar que era o teste final da hokage, e temia não passar. Temia deixar de ser gennin. Mas estranhamente começou a se questionar afinal o porque dele querer ser um gennin. Porque ser um shinobi? Ninguém pediu para ele fazer aquilo. Ele apenas achou que seria o máximo poder fazer aquelas coisas dos ninjas quando era pequeno. Era só por isso que tinha ido para a academia.

- Minato-kun – murmurou ela para ele de forma pausada – quero que você se proteja... assim que eu der o sinal, vá até Ayame e saiam os dois daqui!

Seus olhos se abriram. Ela queria que ele se protegesse? Mas ele estava ali para proteger a ela, não o contrário. Não era essa a missão, não era. Sentiu os dentes baterem uns nos outros quando o tremor atingiu sua mandíbula de forma incontrolável. Ele estava apavorado mesmo! Mas ainda achava aquilo absurdo, algo totalmente sem sentido. Não encontrava motivos para sentir aquele medo. Estava sim em uma situação de grande ansiedade, com a possibilidade de sofrerem um real ataque de um inimigo desconhecido, um inimigo que sem duvida devia estar visando a hokage, mas mesmo assim, mesmo naquela situação não era para ele se sentir daquele jeito, não era. Trincou os dentes para que estes parassem de tremer e uma expressão de raiva começou a se formar em seu rosto. Raiva de si mesmo, de seu corpo que queria traí-lo, de suas emoções que pela primeira vez na vida decidiram se rebelar contra ele. Já tinha sentido medo antes, até em maior intensidade, mas tinha sido justificado, não algo baseado no desconhecido. Era isso que o deixava mais e mais furioso. Foi quando um rosnado diferente de Shiromaru lhe chamou a atenção. Quando olhou na direção dela, ela tinha se virado para o lago e latia nesta direção. O lago explodiu em um jato de água e no centro da coluna havia uma imagem negra delineada pelo reflexo da lua na água. Uma imagem de uma figura humana.

- HARUKA-CHAN! – gritou Sakura empurrando Minato e correndo na direção dela.

Minato caiu no chão com seu empurrão e com os olhos arregalados viu alguma coisa brilhando passar perto de onde sua cabeça estava antes. O som característico não deixou duvidas sobre o que se tratava, shurikens! Ele nem as percebeu se aproximando devido a estar tão concentrado em suas emoções que pareciam estar se manifestando sem motivo lógico. Isso apenas aumentou sua raiva. Na verdade, aumentou de tal forma que ele simplesmente acabou bloqueando a percepção do medo que seu corpo demonstrava. Olhou para onde a hokage tinha ido e notou Haruka saltando para escapar de um pé que quase a acertou na nuca. Um ninja tinha acabado de sair do lago, bem onde ela estava. Shiromaru saltou para atacar o invasor e recebeu um golpe deste, quase afundando a cabeça no solo. O atacante bloqueou um contra golpe de Haruka e saltou bem para trás quando a hokage atingiu o solo estando ainda há cinco metros dele. Várias ondas se formaram no lago com a onda de choque, e o solo se despedaçou como se uma bomba explodisse ali. Os três gennins ficaram alguns segundos sem ação quando presenciaram aquilo. Agora sabiam que as histórias que tinham ouvido sobre ela eram na verdade menores do que a realidade.

Ele se levantou e ouviu um grito nas suas costas. Quando se virou viu Ayame lutando, ou melhor, sendo surrada por outro atacante. Também estava todo de preto como o anterior e a forma como atacava Ayame mostrava que ele era bem habilidoso, desviando-se dos golpes que ela fazia e atingindo-a com força. Por duas vezes ela tentou fazer o jutsu de clone das sombras e em ambas as vezes seu oponente atingiu seus braços impedindo isto.

Ele tinha prioridades. Sua missão era proteger a hokage, por isso devia dar apóio contra o atacante dela primeiro. Pegou uma kunai com tarja e começou a correr na direção onde o primeiro a atacar tinha saltado para escapar do golpe da hokage. Haruka estava vendo como sua parceira estava após receber aquele golpe, e a hokage olhava na direção de Ayame. Minato desejou que ela não tentasse ir proteger Ayame agora, ou ia dar as costas ao um inimigo, e também ficou imaginando onde seu sensei estava que ainda não tinha vindo os ajudar. Tinha certeza de que ele e suas amigas mal poderiam atrasar esses oponentes, quanto mais os vencer. Estava convencido de que quem os iria derrotar seria seu sensei e a hokage.

- Eu disse para você ir com Ayame embora! – disse ela para ele de forma autoritária.

- Não! – gritou ele de volta – estamos aqui para te proteger, e nós vamos fazer isso!

Ela chegou a ficar de boca aberta quando ele disse aquilo. Ele ainda sentia a raiva por ter deixado seu medo irracional o controlar, e estava usando esta raiva para direcionar seus atos. Sem receios, sem muito planejamento, sem avaliação de conseqüências. Ele fixou na mente que tinha que protegê-la e agora nada iria fazê-lo parar.

- Ayame-chan! – gritou Haruka desesperada.

Ele se virou na direção dela e ficou estático. Ayame estava imobilizada com uma kunai no pescoço.

- Não a machuque – disse a hokage – por favor...

Não acreditou naquilo. Estavam usando Ayame de refém. Viu o outro saltar para trás de Haruka e fazer o mesmo com ela. Shiromaru ameaçou atacá-lo, mas foi a hokage quem a fez parar.

- Muito bem – disse ela com uma expressão de rancor – o que vocês querem?

Ouviu um farfalhar de folhas no alto e quanto olhou na direção do som, viu mais um ninja pousar no alto de uma árvore.

- O que acha que queremos? – a voz era de uma mulher – é claro que queremos a hokage de Konoha. E se quiser que essas crianças continuem com saúde, vai se entregar sem resistência.

Sakura apertou os lábios e pressionou os punhos. Mas seu olhar era resignado. Ela não tinha escolha. Não podia proteger todos eles ao mesmo tempo. A missão que devia ser apenas um passeio em um lago acabou se tornando em um terrível caso de seqüestro – isso se não ficasse ainda pior. E o seu sensei? Onde ele estava? Estaria esperando uma oportunidade para aparecer?

- Deixe-os ir e eu me entrego – disse ela.

Sua raiva já era tanta que seu rosto começava a ficar vermelho. Além de terem fracassado eram os responsáveis por tudo aquilo. Mal tiveram tempo de fazer alguma coisa. Simplesmente foram as vitimas da história.

- Primeiro venha até onde estou, depois as crianças podem ir.

Viu ela andar devagar o caminho que a separava da árvore. Ela passou ao seu lado, e murmurou para ele não fazer nada, que iria dar um jeito na situação. Não era ela que devia fazer aquilo. Não era. Eles eram os protetores ali, e mesmo que fossem incapazes disto, não seriam os responsáveis por ela ser capturada! Olhou para Haruka e esta retribuiu o olhar. Virou-se na direção de Ayame, sendo que a hokage estava passando do lado dela agora e Ayame fez sinal com os olhos de que se ele pudesse distrair seu oponente, ela conseguira escapar.

A hokage saltou para a árvore e imediatamente a ninja segurou suas mãos as costas e colocou uma kunai no pescoço dela.

- Agora crianças, seu sensei não vai poder vir ajudá-los, e se tentarem algo, a querida hokage de vocês vai ser ferida. Portanto...

- Se quisesse feri-la, já o teria feito! – gritou ele colocando uma das mãos para trás. Era uma aposta, mas se eles quisessem mesmo matar a hokage, ela teria feito isso no momento em que colocou aquela kunai no pescoço dela. De qualquer forma, sua raiva não o deixava ponderar muito sobre o assunto, e na verdade ele não queria – se acha que vai levá-la assim tão fácil, está muito enganada!

Ele pegou a bomba de fumaça e a arremessou no chão diante de si. Logo em seguida todos ouviram ele usar o jutsu clone das sombras e três clones dele saíram da fumaça seguindo a direção de Haruka e outros três pularam indo para Ayame. Tanto a hokage quanto sua captora olharam aquilo com os olhos arregalados.

- Acha que clones fracos me derrubam? – disse aquele que mantinha Ayame prisioneira. Sem tirar a kunai do pescoço dela, ele a moveu para trás para ter espaço para dar um chute no primeiro clone que se aproximava, e para sua surpresa, este clone segurou seu pé e o segundo pisou no ombro dele para ir direto para seu rosto com o punho fechado.

Ele devia ter pensado que com tantos clones ele tinha de acabar acertando logo o original. Soltou Ayame e moveu a kunai para atingi-lo. O clone desapareceu assim que o espetou, mas logo atrás vinha o terceiro clone e este conseguiu acertar seu peito com um pontapé. Era impossível se desviar com a perna ainda segura.

Ayame criou seis clones de uma vez e todos foram direto para ele. Acabou se desfazendo da sandália para poder se desviar e contra atacar. Chegou a destruir dois clones da menina com a kunai, mas precisou começar a bloquear os golpes dela.

Aquele que estava mantendo Haruka não quis se arriscar e a empurrou para longe enquanto atacava os clones. Os dois primeiros foram facilmente destruídos, e o terceiro suportou o seu golpe, portanto devia ser o original.

- Ninken kage bunshin no jutsu – disse Haruka chamando a atenção daquele ninja para ela e logo em seguida olhou surpreso ao redor. Haviam vários clones da pequena cadela. Com um sorriso detrás da mascara que cobria o seu rosto ele se preocupou mais em atacar Minato com a kunai, causando alguns ferimentos em seus braços, até que de repente ele desapareceu.

- Bunshin? – disse ele não acreditando. Nenhum clone era tão resistente assim. Um pouco irritado por ter sido enganado, ele voltou sua atenção para as varias cadelas que pulavam sobre ele. Saltou para trás e arremessou varias kunais na direção delas, fazendo todas desaparecerem. Quando pousou no chão gritou de dor pois algo ferira seu calcanhar. Quando olhou viu que era a cadela original. Com raiva a chutou com o outro pé e ela desapareceu. Também era um clone?

Olhou para a frente e as duas – a cadela e Haruka -  estavam correndo na sua direção, e a menina estava quase que correndo como se fosse uma ninken também. De repente ela saltou e fez alguns selos com as mãos, e em seguida duas ninken idênticas o atacavam. Ele já tinha visto ninjas do clã Inuzuka transformarem seus parceiros em clones dos próprios, mas era a primeira vez que via ser feito o oposto. Concentrou-se no animal que vinha pela esquerda, que era a menina transformada e quando foi acertá-la com a kunai, ela voltou a forma original e desviando a kunai com o braço esquerdo, girou o corpo para sair do caminho de sua parceira. Neste momento ela fez outros selos e a parceira se transformou a centímetros dele, só que se transformou em uma ninken adulta. Ela agarrou seu ombro com suas mandíbulas causando uma forte dor, mas nem teve tempo de gritar, pois foi atingido no estomago por uma joelhada de Haruka.

- Certo... – murmurou a mulher que tinha a hokage nos braços – isso realmente não estava previsto...

Do alto da arvore as duas tinham uma visão privilegiada do que estava acontecendo. E estupefatas, apenas observavam o que ocorria. Ayame recriava os clones conforme eles eram destruídos, e pelo jeito o Minato original era o que estava do lado dela observando as duas companheiras e olhando ocasionalmente para onde a hokage estava. Devia estar pensando no que fazer para libertá-la.

- Chega de brincar – disse o oponente de Ayame. Ele saltou para cima e começou um jutsu - Katon: Goukakyuu no Jutsu(Técnica da Grande Bola de Fogo).

Uma bola de fogo começou a ser lançada de sua boca na direção dos clones que o seguiram e também para os dois no solo. Ayame saltou para o lado e Minato saltou para o alto, arremessando duas kunais contra ele. Ele virou a bola de fogo que estava soprando para as kunais e com os olhos arregalados percebeu que eram kunais com tarjas amarradas. Cobriu o rosto pouco antes de explodirem, recebendo uma onda de choque que lhe causou um pequeno impulso para trás. Olhou para baixo avaliando onde ia cair e lá já haviam quatro clones da menina o esperando. Todos aqueles gennins podiam fazer clones, ele não acreditava naquilo ainda. Arremessou shurikens para limpar o terreno em que ia cair quando por instinto moveu o cotovelo para bloquear um pontapé que veio nas suas costas. Era a menina novamente. Seria a original? Arremessou uma kunai e ela desapareceu. Olhou para o solo novamente e pelo menos aqueles clones tinham sumido. Assim que pousou usou taijutsu para bloquear o garoto que o atacava com uma kunai, e seus olhos pareciam cheios de determinação.

Ou ódio.

Ele devia estar apavorado, não com raiva. Como será que ele fez para conseguir se controlar? Usou um golpe de sua outra mão para fazê-lo soltar a kunai e atingiu seu peito com o pé. Ele podia ser perseverante, mas não tinha experiência de luta. Deu outro golpe em seu ombro e ele gritou. Conforme o fazia recuar olhou de lado para seu companheiro que estava enfrentando alguém que provavelmente era um Inuzuka, embora estivesse usando técnicas de lutas totalmente inesperadas e talvez justamente por isso seu companheiro acabava confundindo o que devia fazer. Mas precisou se concentrar no garoto em sua frente, forçando-o a se defender e a recuar, impedindo-o de fazer clones, pois esse – segundo sua sensei – podia fazer dezenas de clones. E isso seria problemático caso conseguisse. Na verdade estava surpreso por não ter feito muitos ainda.

Mais um golpe e se abaixou para se esquivar da garota que veio em defesa dele, mas não ia se incomodar com ela. Esta também já tinha feito muitos clones e imaginava que seu chakra devia estar acabando para ela ir diretamente contra ele assim. Atingiu-o mais duas vezes no peito e pegou uma kunai de sua bolsa. Já que ele queria lutar para valer, ele ia lhe dar isso. Assim que ele ficou na posição certa, chutou o seu braço para ter uma abertura e investiu a kunai em sua direção, mirando um ponto não vital. Não queria matar ninguém ali, mas podia tranqüilamente causar ferimentos doloridos.

Ouviu a amiga dele retornando e gritando para que ele se abaixasse, mas era tarde demais. Sentiu a kunai perfurar o corpo dele e ir fundo. Tomou o cuidado de não atingir o coração e nem perfurar o pulmão dele, apenas queria que o mesmo ficasse muito dolorido para continuar reagindo daquela forma.

Foi quando ele desapareceu em uma nuvem de fumaça e totalmente estarrecido pela visão, não se preocupou em se desviar da amiga que lhe acertou um chute violento em sua boca, cortando seu lábio e quase lhe quebrando um dente. Ficou tonto com o impacto e recebeu mais dois golpes antes de se recompor e bloqueá-la. Deu dois passos para trás e sentiu para seu terror um movimento atrás de si. Era ele que tinha acabado de revelar que estava escondido sobre uma capa. Mas que malandro! Mesmo com todo aquele medo que estava sentindo ele planejou se manter oculto desde o momento em que tinha lançado a bomba de fumaça, enviando apenas seus clones para ajudar as amigas. E clones mais resistentes que o normal. Tinha que reconhecer, tinha sido uma tática exemplar. Sabia que não seria páreo diretamente contra eles e usou de subterfúgios.

No alto da árvore a hokage não conseguiu evitar de sorrir ao ver a cena do atacante ser encurralado daquela forma. Viu ele se desviar de Minato e de Ayame dando saltos e tentando obter distancia, pois ele estava claramente inferiorizado contra dois combatentes de corpo a corpo que podiam usar clones a qualquer momento. Minato deixou Ayame atacar um pouco e fez novamente seis clones. Pelo que reparou, dois destes sempre eram mais fortes que o normal, e não parecia ser fácil descobrir quais seriam. Talvez um ninja sensor pudesse determinar a diferença, ou talvez não. Talvez fosse apenas o chakra inicial usado que determinava a diferença, e o chakra no geral era compartilhado.

Mais atrás ainda na beira do lago, Haruka dava trabalho para o outro oponente encapuzado. Estava constantemente transformando a parceira em adulta e depois em filhote novamente para ajudá-la a escapar dos contra golpes. E também transformava a si própria em ninken para atacar e revertia a transformação para se esquivar.  Mas era evidente uma coisa para todos eles. Não iam conseguir manter aquilo por muito tempo. Os oponentes podiam não querer matá-los, mas não estavam preocupados se os ferissem. Eles deviam ficar atentos para aquilo. E ela não queria que eles ficassem feridos.

- Parem com isso agora mesmo! – gritou ela para eles.

Haruka que estava mais distante talvez não tivesse ouvido, e Minato ela já estava quase certa que a tinha ignorado. Mas a resposta de Ayame a deixou sem fala.

- Pode até nos expulsar da aldeia, mas não vamos te abandonar.  E antes que eu me esqueça, que tal agir como a fera de cabelos rosas de sempre e dar uma surra nessa daí para se libertar?

- “Fera de cabelos rosas?” – murmurou de forma jocosa a mulher que segurava a kunai contra seu pescoço.

- Cala a boca! – respondeu ela com raiva.

Cansado de ser feito de tolo, o oponente de Haruka tomou distância e fez selos com as mãos, indicando que ia fazer um jutsu. Haruka imediatamente criou vários clones de Shiromaru e se transformou em ninken, sendo que todos foram correndo na direção dele talvez esperando estar próximos quando ele terminasse o jutsu.

- Doton: Tsuchi Bunshin no Jutsu (Técnica do Clone de Terra).

Dois clones dele apareceram subindo do solo e todos eles – incluindo o original – arremessaram kunais contra as que ele acreditava ser a original e a garota transformada. Quando percebeu que ambas se desviavam das kunais, teve a certeza de que eram elas as que ele queria.

- Doton: Doroku Gaeshi(Capotagem de Lama).

Assim que ele bateu o pé no chão, uma parede de pedra se ergueu entre ele e os ninken que se aproximavam. Os clones atravessaram esta parede segundos depois e atacaram todos os que estavam próximos. No começo apenas clones eram atingidos – e desapareciam quando recebiam os golpes – mas então um deles ganiu e caiu ao chão. Tentou se esforçar para se levantar, mas estava muito tonto para isso. Um outro ninken mais atrás parou de correr e começou a fugir. Os clones entraram no solo e saíram logo a frente deste, agarrando suas patas. Logo depois ela se transformou em sua forma humana e imediatamente foi imobilizada.

Satisfeito, ele se aproximou lentamente dela, disposto a mostrar o preço por ter sido uma menina mal educada. Ele não queria fazer aquilo realmente, mas tinha que seguir o roteiro da história. A menina ia ter de ficar machucada como a parceira ficou.

- Você deu trabalho mocinha, e confesso que nunca vi um Inuzuka lutar como você. Parabéns pela originalidade.

- Não sou uma Inuzuka – disse ela olhando-o com raiva nos olhos enquanto ele ia com o punho com toda a força para o seu rosto. Mas quando a atingiu ela desapareceu em uma nuvem de fumaça. Ficou atônito com aquilo. Era um clone? Claro! Um clone ninken que ela transformou em clone dela própria. Mas então onde ela...

Sentiu uma rasteira e percebeu que ela na verdade estava ali do seu lado o tempo todo, escondida em uma técnica de kakuremino, devia ter feito aquilo enquanto ele erguia a parede de terra. Enquanto ele caia no solo, ela arremessou kunais contra os clones que desapareceram e depois arremessou uma kunai contra ele que já estava no chão. Ele conseguiu desviar-se mas agora ficou preocupado. Aquela menina estava demonstrando que tinha andado treinando lutar daquele jeito. E na verdade tinha sim. Graças a Tsume que quando percebia algo que ela podia fazer dava sugestões de como usar. E usar sua capacidade de fazer clones da parceira e os transformar estava se tornando a especialidade dela. Mas curiosamente sua habilidade em transformação era na verdade um efeito inesperado de tanto que ela usou o jutsu erótico.

 Ayame recebeu um pontapé violento na têmpora esquerda e caiu arrastada no chão. Minato e seus clones chegaram perto dele bem a tempo do mesmo retirar uma corda de sua bolsa e enrolar uma kunai numa ponta. Ele pulou para trás e girou a corda com a kunai atingindo os clones e fazendo os mais fracos sumirem. Logo apenas três Minatos se aproximavam dele. E os três estavam fazendo jutsu para fazer mais clones.

- Não desta vez – murmurou. Enquanto permitisse que aqueles gennins fizessem clones, aquela luta não ia acabar nunca. Tinha que reconhecer que o sensei deles devia receber elogios pelos alunos terem aprendido tão bem a usar aquele jutsu. Eles deixavam os clones fazerem a parte pesada da luta e cuidavam dos originais não poderem ser detectados, sempre surpreendendo-o. Isso não se aprende por instinto, é preciso prática. E apostava que eles andaram praticando bastante desde que se tornaram gennins. Podiam só saber esse jutsu, mas o sabiam muito bem.

Ele saltou na direção do que estava no centro e ao mesmo tempo em que atingia este no peito cortando seu jutsu, arremessou a kunai contra o que estava a direita, esta se cravou no seu peito e em seguida ele desapareceu. Assim que pousou no chão girou o corpo e chutou a boca do que estava a esquerda. Este caiu cambaleante para trás mas não desapareceu.

Porém, não havia sangue na boca dele... era isso! os clones não sangravam apesar de serem mais resistentes. Pegou outra kunai de sua bolsa – era a ultima – ao mesmo tempo em que Ayame se levantava. No alto da árvore Sakura observava a ação e sabia o que ia acontecer. Minato estava ainda abalado pelo golpe e provavelmente não conseguiria se defender. Pressionou os punhos de tal forma que suas unhas quase cortaram sua pele, mas não podia fazer nada naquele momento, ou melhor, não devia fazer nada. Observou impassível ele erguer a kunai e movê-la em direção ao ombro do garoto, perfurando este de forma profunda e em seguida dando uma joelhada em sua barriga.

- MINATO-KUN! – gritou Ayame ao ver aquilo.

O grito fora tão forte que até Haruka que estava ocupada se distraiu para olhar bem a tempo de ver Minato cambalear para trás com uma kunai cravada no ombro. Aquele que tinha feito aquilo agora se voltava para Ayame, e pelo jeito iria fazer um jutsu contra ela que estava distante. Ela com o rosto totalmente desfigurado pela raiva que transmitia colocou as mãos para fazer o jutsu clone das sombras, mas para o oponente era evidente que mesmo que ela o fizesse não adiantaria pois ele iria atacar com uma bola de fogo. Pelo menos era o que ele imaginava...

- Kage bunshin no jutsu – gritou ela cheia de raiva, e em seguida todos ficaram de olhos arregalados, pois não foram meros seis clones que surgiram, mas para Sakura que observava a cena foi como ver algo que não via fazia muito, mas muito tempo. Pelo menos uma centena de clones de Ayame surgiram, um numero que era comum para Naruto.

- Isso não pode ser possível – murmurou a mulher que mantinha a hokage cativa com o rosto incrédulo – não pode!

Quanto ao oponente que pensou que ia se livrar da menina, este apenas deu um passo para trás e engoliu em seco antes de murmurar mamãe...

E tinha razão para temer. Ele só tinha enfrentado os clones de Konohamaru até então, e eram no máximo dez. Mesmo que fossem frágeis e fossem destruídos com um só golpe, enfrentar dezenas deles – que estavam totalmente furiosos com ele – não seria tarefa fácil.

As que estavam na frente correram na sua direção, as que estavam atrás pularam e atacaram por cima, e todas estavam desejosas de vingança. Ele pressionou os dentes e começou a bater com força em tudo o que se aproximava, fazendo os clones sumirem, mas começou a imaginar que iria ficar cansado em breve.

Minato se ergueu arrancando a kunai do ombro e viu a cena diante de si. Sorriu levemente tendo uma idéia e observou a hokage ainda refém no alto da árvore. Naquele momento aquele medo que o perseguiu tinha desaparecido por completo, e já sabia o que fazer para libertá-la.

Ignorando a dor do ombro, ele correu para trás em direção a onde Haruka estava e arremessou uma kunai com tarja na sua direção. Depois correu para onde estavam os clones de Ayame enfrentando seu oponente e pediu impulso para um deles. Duas delas imediatamente fizeram uma escada com as mãos para ele pisar em cima e o arremessaram ao mesmo tempo em que ele fazia seu jutsu de clones das sombras, mas desta vez ele não fez aquela quantidade pequena com alguns mais resistentes. Enquanto a explosão da kunai que ele tinha arremessado para perto de Haruka ocorria,  ele fez o mesmo que Ayame, criando dezenas de copias. Na verdade tinha feito o maior numero de copias que era capaz no momento, talvez um pouco maior que os que Ayame tinha feito antes. Tanto a hokage quanto a mulher que a ameaçava o olharam assustadas e abriram a boca de espanto quando quase todas aquelas dezenas de copias lançaram kunais com tarja na direção delas. Foi tão imprevisto e um ato tão inconcebível que ambas ficaram imóveis observando as kunais se aproximarem. Podiam ser apenas copias, mas todas iriam explodir enquanto o jutsu não fosse desfeito, e uma explosão de dezenas de tarjas explosivas era literalmente para arrasar um quarteirão. Mas no momento em que as duas iam começar a se mover, todos os clones sumiram, fazendo as kunais sumirem também.

A mulher olhou ao redor tentando entender o que tinha ocorrido, quando sentiu o galho balançar e ouviu o garoto usando o jutsu novamente. Ele a tinha enganado! Enquanto ficava observando incrédula as kunais indo na sua direção – e também em direção a quem ele devia proteger – ele devia ter mudado sua trajetória provavelmente com a ajuda de um dos clones e desfez o jutsu pouco depois disto, de forma que a hokage nunca esteve realmente em perigo. E aproveitando-se disto tinha chegado onde estavam sem ser detectado. Ia tentar se agarrar melhor ao pescoço de sua vitima mas já era tarde. Sentiu duas pernas enlaçaram seu pescoço e uma mão agarrar o seu pulso fazendo a kunai se afastar do pescoço da hokage. Ele tinha feito um clone quando chegou ao galho em que estavam e a atacou pela frente e por trás, mas ainda podia se livrar daquilo. Deixou-se ser puxada pelo que a tinha enlaçado no pescoço e fixou seus pés no galho para ficar dependurada de cabeça para baixo.

Não adiantou. Na parte de baixo dos galhos haviam quatro clones dele esperando por ela, que a socaram violentamente na barriga e na boca, fazendo-a despencar ao chão. Enquanto se movia para se levantar sentiu seu pulso ser agarrado e puxado com força, deixando seu peito exposto para o garoto que se aproximava dela com uma kunai. Kunai que não pôde terminar seu trajeto porque uma mão tinha detido o movimento de seu braço. Quando ele se virou para ver quem tinha feito aquilo, viu a hokage o observando com o rosto levemente envergonhado.

- Saiu do controle – disse ela – meus parabéns, Minato-kun. Vocês fizeram o que achávamos impossível, viraram o jogo contra três chuunins. EQUIPE MOEGI, ACABOU! – gritou ela. E logo em seguida ela se transformou revelando que não era realmente a hokage. Era a namorada de seu sensei.

- M-moegi-chan? – murmurou ele surpreso. Fazia meses que não a via, desde antes de se formar na academia, mas sabia que ela e seu sensei namoravam.

- Time seis – agora ele ouvia seu sensei gritando – já chega! Vocês venceram.

Os clones de Ayame pararam de lutar e mais distante Haruka que estava já ficando fraca de tanto usar chakra de forma continua também tinha parado. Todos eles retiraram as mascaras e revelaram suas identidades. Todos usavam bandana de Konoha.

Minato agarrou o ombro cheio de dor e Moegi imediatamente o fez se deitar e começou a usar sua habilidade médica para curá-lo.

- Ei! – gritou aquele que estava lutando contra Ayame antes – sou eu, o Satoki, o irmão de Miyoko, para de me bater!

- É por isso mesmo que estou te batendo – retrucou ela com raiva enquanto os clones o enchiam de tapas – sua irmã está infernizando minha vida!

Meia hora depois Haruka e Ayame estavam ajoelhadas formando um semi circulo ao redor de Minato e Moegi que tratava dele. Ninguém tinha dito nada ainda sobre o ocorrido, mas estavam pensando que tinham sido enganados.

- Foi tudo um teste? – perguntou Minato agora que se sentia bem melhor.

- Não – disse seu sensei de forma séria – foi uma simulação. A missão era real e o perigo era real. O time Moegi ia mesmo ferir vocês se não os deixassem levar a suposta hokage. Ela me explicou isso enquanto estava conversando com ela no lago. Por isso me afastei na hora em que eles se aproximaram. Era para ficarem sozinhos e serem derrotados ou apenas observar ela ser levada por eles, e depois iríamos arquitetar um plano de resgate. Se tentassem impedi-los eles iriam atacá-los usando o que fosse preciso para detê-los, mas... – olhou para Ayame que ainda prestava atenção em Minato – eles no fim não sabiam o que estavam enfrentando e estavam temerosos de feri-los gravemente.

Minato fechou os olhos e podia-se ver uma lagrima escorrendo deles.

- O que foi, Minato-kun? – perguntou Moegi – não foi um teste, apenas uma simulação na qual podíamos ter o controle das coisas, ou pensamos que podíamos ter...

- Eu... – ele soluçava – não sirvo para ser um gennin – suas amigas o olharam não acreditando – eu estava cheio de medo, totalmente apavorado e depois fiquei com tanta raiva por isso que não pensei direito no que fazia... um ninja não pode se deixar dominar pelas emoções...

- Foi minha culpa – disse a loira que estava um pouco mais afastada – usei um genjutsu em você para deixá-lo com medo, porque era você quem mais temíamos que seria difícil controlar. Não esperava que pudesse usar raiva para combater isso...

- Pode me fazer sentir medo, moça?

- Posso manipular todos os seus sentidos com isso. Fiz você acreditar que seu corpo estava demonstrando medo. A propósito, meu nome é Isaki.

- Então a hokage nunca esteve conosco?

- Não Ayame-chan – respondeu Moegi terminando o tratamento e verificando o estado de Minato – desde o começo era eu. Eu retornei ontem e minha mestra me convocou para participar disto, por isso que mantive meu retorno oculto, querido – ela olhou para Konohamaru – mas você acabou percebendo... De qualquer forma, minha mestra está com o time cinco, e Shizune-sempai a esta personificando para o time três. Todos os três times receberam a mesma missão de escoltar a hokage. Essa é a avaliação que ela ia fazer, mas não é um teste. Qualquer que seja o resultado, ele irá constar de suas fichas. Como se sente, Minato-kun?

Ele se sentou no chão e experimentou mover o braço. Não sentia mais dor, apenas ficou chateado da sua roupa estar com aquele buraco enorme. Ia ter de usar a reserva e rezar para conseguir achar um alfaiate para consertar aquilo.

- E como nos saímos? – Perguntou Haruka que observava Shiromaru farejar aquele que tinha sido seu oponente.

- Bom – ela sorriu meio sem graça – nós falhamos em nossa missão. Não era para descobrirem quem nós éramos ou que era uma simulação. Mas se eu não parasse o Minato-kun ele teria matado a Isaki-chan.

- Sem dúvida – disse Isaki agarrando os ombros e tremendo um pouco – mas ninguém esperava que os dois pudessem fazer tantos clones assim... – ela os olhou e ficou pensando um pouco – vocês são irmãos?

- Espero que não – disse Ayame com os olhos arregalados.

- Definitivamente vamos ter que fazer um exame neles – murmurou Moegi para o namorado. Este apenas assentiu com a cabeça.

- O mesmo vai acontecer com os outros times?

- Já esta acontecendo – disse Ikkou, aquele que estava enfrentando Shiromaru e sua parceira no lago – Haruka... essa mordida aqui não é da Shiromaru... – ele apontava para uma marca de dentadas no seu ombro.

Ela não respondeu, mas deu uma risada divertida.

- E agora? O que fazemos?

- Agora, Minato-kun? – ela sorriu – já que só devemos voltar amanhã, que tal aproveitarmos aquela lenha para fazer fogo e acamparmos? Vocês fizeram algo totalmente inesperado. Começaram uma missão C, a tentamos torná-la uma missão B e por incrível que pareça, ao enfrentar estes três chuunins e conseguirem libertar a “hokage” por conta própria e provavelmente eliminar um deles – ela olhou para a integrante de seu time que ficou constrangida – a transformaram em uma missão A. Em outras palavras, não há como minha mestra os reprovar agora. São gennins e a prova de que meu namorado sabe ensinar bem, embora eu acredite que foram mais os seus alunos que queriam se empenhar em aprender os golpes de seu ídolo. Não é mesmo?

- Tenho culpa se essas duas consideram Naruto-niichan o herói de suas vidas? Se bem que agora que Ayame pode fazer tudo isso de clones... parece que arrumei ágüem que vai ficar no meu pé para aprender tudo o que ele podia fazer...

- Pode apostar nisso – disse ela sorridente – e pensar que eu achava que estava gastando muito chakra... não acredito! Posso fazer o mesmo que você, Minato-kun – sua voz estava um tanto infantil – acho que isso é um sinal, não acha?

Ele a olhou de lado e sorriu levemente. Haruka apenas cruzou os braços emburrada.

Vendo que o clima estava mais ameno agora, Moegi se aproximou de Konohamaru e o abraçou, deixando os gennins e chunnins ali levemente encabulados esperando que se beijassem, mas isso não aconteceu. Eles não iam fazer isso na frente deles.

Pelo menos até o dia seguinte poderiam ficar tranqüilos e conversarem sobre como lutaram e trocar idéias e desculpas pelo ocorrido, no entanto o irmão de Miyoko iria ficar escutando um monte sobre a irmã até a hora de dormirem...


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

Espero que apreciem.

Normalmente não peço reviews, mas desta vez, eu os quero para saber se gostaram ou não.



Hey! Que tal deixar um comentário na história?
Por não receberem novos comentários em suas histórias, muitos autores desanimam e param de postar. Não deixe a história "Sonho Renascido" morrer!
Para comentar e incentivar o autor, cadastre-se ou entre em sua conta.