Problem Girl - Seth Clearwater escrita por belovedfreedom


Capítulo 2
1| Delegacia


Notas iniciais do capítulo

Boa Leitura, espero que gostem!
https://youtu.be/btXFrcDfhK4



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A música alta ecoava alto por todo o local. Havia carros estacionados dos dois lados da avenida. Carros de todas as cores e modelos. Todos com um motor potente customizado de acordo a exigência de cada dono.

O lugar estava lotado. Tinha pessoas dançando, outras se beijando. Algumas conversando e outros se gabando, mostrando o motor que tinha.

Porém, tinha um homem alto, forte de cabelos pretos e olhos verdes que observava tudo afastado, como se estivesse procurando algo ou alguém. Quando seus olhos encontram a garota, ele faz um sinal negativo, um pouco descrente.

Era sempre assim, por mais que ele tentasse colocar algum tipo de juízo naquela cabecinha oca, ele sempre a encontrava assim, dançando no centro da multidão seduzindo os homens.

A garota era conhecida e respeitada ali. Além da sua fama de ser boa de briga, ela era a melhor piloto dali recebendo o título de “Princesa da Pista”, por conta da pouca idade que tinha. Ela também era conhecida por seus casos de uma noite só.

Apesar dos homens a procurar apenas para uma noite de sexo, eles acabavam se apaixonando. Por consequência com o coração partido. Muitos ainda tentavam conquista-la e conseguir outra noite quente, mas ela apesar de não lembrar dos nomes nunca esquecia de um rosto.

“Amor, figurinha repetida não completa álbum”.

 

“Foi realmente muito bom ontem à noite, mas… não o suficiente para eu querer repetir”.

 

“Sabe, se eu não tivesse essa regra de nunca dormir com o mesmo cara duas vezes… eu poderia repetir a dose”.

Essas eram algumas de suas desculpas, mas, na verdade, ela só não queira que se aproximassem emocionalmente dela. Se há algo que ela aprendeu é que… amar alguém é dar poder a essa pessoa para destruí-la. E ela não queria ser destruída, não de novo.

A garota era dona de uma beleza exótica, um corpo escultural e um gênio forte que nada condizia com seu rosto angelical. Ela dançava sedutoramente chamando atenção dos homens. Ainda dançando ela começa analisar os homens a sua volta procurando um que despertasse algum interesse nela. Assim que ela fixa seu olhar em um, como uma águia que fixar o olhar em sua presa, vai em sua direção o puxando selando seus lábios nos dele num beijo quente e cheio de desejo. Fazendo os outros saírem resmungando, pois, ela já havia escolhido quem terminaria a noite ao seu lado.

O homem vendo a garota vai até o som desligando-o e pega o megafone que estava ali do lado.

— Está na hora!

Isso foi o suficiente para fazer todos se espalhar em direção aos seus carros. A garota reconhece a voz e olha em direção ao homem, aborrecida. Ela sabia que ele havia feito de propósito, mas não ia gastar seu tempo se irritando com isso porque se tinha uma coisa que a deixava de bom humor, era correr.

Correr e sexo, e bom… isso ela teria depois.

O homem anda em direção a garota que o encarava com uma sobrancelha levantada de maneira questionadora.

— Não me olhe assim, foi… necessário. Agora vamos já está na hora.

Os dois vão em direção aos seus carros que estavam estacionados um ao lado do outro.

— Hoje a vitória vai ser minha, princesa! — O homem fala fazendo menção de entrar no Camaro.

— Vai sonhando, coração! — rebate a garota em tom de deboche antes dos dois entrarem em seus carros.

Os dois se encararam desafiadoramente. A garota liga a carro e ao ouviu o ronco do motor ela se desliga de tudo a sua volta.

Uma mulher vai ao centro da pista, passando o olhar sobre os pilotos. Ela levanta as bandeiras e os roncos dos motores soam alto se preparando para a largada. A “Princesa da Pista” encara desafiadoramente com um sorriso nos lábios o melhor amigo que, apenas sorri encanto acena negativamente. Quando enfim, a mulher abaixa as bandeiras em sinal de largada os carros passam por si, cantando pneu.

Vários carros dirigiam em uma velocidade incrivelmente alta naquela noite em Los Angeles. Estava acontecendo mais uma corrida ilegal mais conhecida como “rachas”, apesar de ter vários carros participantes haviam dois carros em especial que tinham uma enorme vantagem entre os outros.

O Camaro preto que era pilotado por um homem moreno de olhos verdes, estava focado em ultrapassar seu adversário que estava praticamente colando seu carro na traseira do Lamborghini Gallardo também preto.

Já no carro da frente, a garota que era denominada “Princesa da Pista” pilotava seu Lamborghini com um sorriso no rosto ao ver, a tentativa falha de seu adversário ultrapassa-la. Não era atoa que ela, apesar da pouca idade e do pouco tempo correndo, tinha garantido aquele título.

O sorriso some assim que ela vê mais na frente, várias viaturas de polícia que os aguardavam após uma denúncia sobre a corrida.

Droga! — solta a garota dando um murro no volante e pegando os rádios de comunicação que os participantes usavam. — Os tiras estão logo à frente. Dispersar.

Logo que a garota os avisa os carros começam a ir em diferentes direções. Já ela por estar bem na frente não teria como fugir eles já tinham a visto, o jeito seria despistá-los. O homem do Camaro percebendo o que a garota pretendia, a seguiu para lhe ajudar.

Os dois carros seguiram virando à esquerda e os policiais entram correndo em suas viaturas após o medidor marcar que os carros passaram a mais de 180 km/h fazendo a curva com um drift perfeito e desviando dos carros que haviam pela avenida com uma enorme facilidade.

Chegando em um bairro nobre os dois carros diminuem a velocidade e se misturam com os carros caros e chiques que passavam por ali sem nem ter ideia do que estava acontecendo.

Os policiais procuram pelos dois carros sem obter sucesso. Mas um policial reconhece a placa do Lamborghini a pedindo para encostar. A garota se repreendeu mentalmente por esquecer de trocar a placa, agora precisaria de uma distração para o fazer sem ser notada pelo policial.

Assim que encosta ela puxa a blusa fazendo seu decote ficar maior e seus seios mais à mostra. Com um sorriso angelical no rosto ela abaixa o vidro mostrando sua melhor cara de inocente.

— Boa noite… senhorita! — começa o policial meio surpreso por se tratar de uma linda adolescente ao volante de um carro que ele tinha certeza que estava participando do racha.

— Boa noite policial! Fiz algo errado? Oh! Céus, esqueci de dar a seta não foi? — disse a garota num tom falso de desespero.

— Foi algo mais do que esquecer a seta, senhorita. — o policial diz com a voz dura não caindo no teatro a sua frente. — Sua carteira de motorista e o documento do carro.

— Claro, só um instante policial. — ela fala vendo que teria que jogar duro dessa vez.

Ela pega os documentos no porta-luvas do carro e já apertando o botão da troca de placa que ficava escondido ali, após olhar para o retrovisor para ver se não tinha ninguém ali atrás para perceber a troca.

Descendo lentamente e de maneira sensual do carro a garota entrega os documentos ao policial que após descer o olhar sobre a menina engole em seco. A garota estava usando um cropped bem decotado. O pedaço descoberto, mostrando a cintura fina, e ainda usava uma calça jeans cintura alta colada, quase como uma segunda pele, dando uma bela visão das coxas grossas e definidas da bela morena.

— Rn-rum — o policial faz um barulho coçando a garganta tentando recobrar a consciência diante da beleza da jovem. Ele volta a atenção a documentação entregue pela garota e seus olhos se arregalam diante do sobrenome da jovem — Evans? Da Evans’s Incorporation?

— Sim, empresa da minha mãe. — a garota respondeu simples. Era sempre assim quando viam seu sobrenome, devido à empresa de renome da mãe.

— É filha de Charlotte Evans? — soltou o homem olhando o documento como se buscasse provas.

— Isso. — a garota refreou a língua, afinal teria que fingir ser educada para não ir presa como da última vez. — Posso saber o que fiz de errado policial?

— Ha ha — o policial solta uma risada debochada. — Participar de uma corrida ilegal te diz algo?

— Não sei do que o senhor está falando! Eu nunca passei de 80 km/h. — a garota diz teatralmente.

— Garota, pode parar com o fingimento! Eu vi a placa do seu carro passando a mais de 180 km/h. — o policial fala meio desconcertado e tentando manter a postura toda vez que olhava o rosto angelical da garota.

— Tenho certeza que o senhor se confundiu. Por que não confere de novo a placa? — inquiriu a garota.

O policial levanta novamente o documento próximo ao rosto surpreso por não ser igual e na mesma hora vai atrás do carro conferir. A placa do carro e do documento batiam, mas não era a mesmo que ele tinha certeza que viu antes de mandar a garota encostar. Com um misto de confusão e raiva, volta onde a garota o olhava com um sorriso satisfeito no rosto.

— Eu não sei o que você fez e como fez, mas tenho certeza que após desmontarmos essa belezinha aqui terá provas suficientes que você estava participando do racha. E por consequência… — o policial leva a mão passando de leve no rosto da garota que se esquiva fechando a cara na hora. — ficará atrás das grades.

— Olha aqui seu imbecil, idiota de farda… — ela começa deixando de lado o teatro, com uma raiva crescendo dentro de si. — Se você gosta da vida que leva e desse seu empreguinho de merda, sugiro que não me irrite. Ninguém, ouviu?! Ninguém toca no meu “bebê” a não ser meu mecânico e eu.

Ali naquele instante o policial percebeu que não estava na frente de uma simples corredora, e sim, diante da “Princesa da Pista”.

Ele já ouvira falar da fama dela, nunca perdeu uma corrida apesar da pouca idade. E tinha um ciúme exagerado de seu carro, o tratando sempre por “bebê”. 

O único que já viram com ela no carro foi seu amigo mecânico. O “mecânico” em questão era praticamente a sombra da garota, porém ao contrário dela ele não era visto com nenhuma outra, além dela.

Ele estava encrencado sabia disso.

A garota a sua frente era problema.

“Será que mãe dela sabia onde a filha estava metida? Não, claro que não! Pessoas ricas estão ocupadas demais para prestar atenção aos filhos.” Pensou.

“Princesa da Pista”! — o homem soltou chocado com a descoberta, por ninguém saber a identidade da garota.

A garota sorriu diante da descoberta do policial, “ele já ouviu falar de mim!” pensou. A garota de forma lenta e sensual aproximou do policial.

— Quero ver você provar! — sussurrou sensualmente no ouvido dele, fazendo o coração do policial errar uma batida e engolindo em seco. Ela se afasta um pouco para o olhar nos olhos desafiadoramente ainda sorrindo.

Ele estava começando a entender a fama da garota de rosto angelical. Recobrando os sentindo o policial a afasta a virando de costas e já pegando a algemas.

— Está presa, senhorita! — Começa já colocando as algemas em um dos braços da garota. — Por desacato a autoridade. Você tem o direito de permanecer calada, tudo que disser pode e será usado contra você.

— Já que está me algemando, poderia pelo menos deixar minhas mãos para frente assim posso pedir para um amigo vir buscar meu carro. Já que o motivo de me prender é por desacato e não tem nada a ver com a forma de como eu dirijo. — ela diz com um sorriso debochado nos lábios. Pelo menos seu “bebê” estava a salvo.

O policial fica levemente irritado por perceber isso, não teria como a prender pelo racha em questão, sem provas. E não poderia simplesmente guinchar o carro da menina por hipóteses. Ele girou a garota colocando de frente para si, colocando a outra, algemas no outro braço e a soltando em seguida.

A garota vai em direção ao carro e o policial a puxa pelo braço no mesmo instante.

— Aonde pensa que vai? — questiona.

— Fugir é que não é, né idiota! — indaga.

Já estava encrencada mesmo não precisava fingir ser educada. Ela coloca o joelho no banco e debruça para alcançar, devido às mãos algemadas, a bolsa que estava no assoalho do carro próximo ao banco passageiro fazendo o policial ter uma bela visão das suas nádegas, levemente empinada.

Assim que pega sua bolsa e saindo do carro a garota percebe que o policial a olhava de maneira ‘abobalhada’ e viu que ela ainda poderia o persuadir de outra forma. Ela tranca o carro e olha-o de cima a baixo.

“É ele até que é bonito! Não será sacrifício nenhum o seduzir”. Pensou a garota mordendo o canto do lábio.

E sob o olhar do policial pegou seu celular mandando mensagem para seu amigo buscar seu carro, logo o guardando na bolsa com a chave do seu Lamborghini, já que seu amigo tinha a cópia, e dando início com seu plano de seduzir o policial.

Ele começa a levar em direção a viatura e a garota simplesmente para pouco antes de chegar. O policial achando se tratar de uma possível fuga se vira rapidamente desconfiado.

— Sabe… se me ‘queria’ algemada era só ter falado. Tenho algemas muito mais bonitas do que estas, que tem acessórios bem interessantes. — ela diz sensualmente com a voz aveludada.

O policial desconcertou com a fala da morena, a imaginado algemada em uma cama somente de ‘lingerie’. Logo soltou um pigarro tentando tirar a cena de sua mente.

— Está tentando me seduzir para se livrar da cadeia? — ele forçou a voz, mas a única coisa que conseguiu foi um sussurro meio ofegante o denunciando estar entrando no jogo dela.

— Que isso policial! Apenas estou dizendo onde essas algemas seriam melhores aproveitadas. — continuou a garota sensualmente. — Que tal um ‘show’ de ‘Pole dance’ particular e depois você pode me algemar na cama e fazer o que quiser. — finalizou provocativa.

O policial engoliu em seco diante da provocação da linda morena. O coração acelerou imaginando a cena logo o deixando excitado e ofegante.

— E-Eu n-não posso. — o policial respondeu com dificuldade e a respiração entrecortada. ‘Droga’ pensou ele já avisara que levaria uma garota por desacato pelo rádio enquanto observava a bunda da garota quando ela pegava a bolsa. E também tinha sua noiva, ele era apaixonado por ela. E agora tinha essa morena em sua frente que era uma tentação que ele precisava resistir.

— Por que não? — questionou ainda com a voz sensual. — Os outros não se importaram antes.

— E-Está me dizendo que outros policiais se deitaram com você para te livrar da cadeia? — questionou o policial surpreso e ainda tentado a se sucumbir a oferta tentadora, ‘não’ não podia ser fraco a esse ponto e trair seu amor.

— Estou dizendo meu caro policial, que os outros antes de você, souberam aproveitar a oportunidade que lhe caiu de mão beijada. — continuou galante.

O policial parecia estar em uma luta interna se aceitava ou não a oferta. Era realmente uma garota tentadora, tinha um corpo como se tivesse sido esculpido, um rosto angelical e sabia seduzir isso ele tinha que admitir. Mas ele amava sua noiva e não podia simplesmente a trair e a magoar por um ato egoísta e momentâneo. Não! Ele não ia sucumbir à tentação.

— Eu já disse que não. — o policial diz saindo do ‘transe’ com a imagem de sua linda noiva em mente. — E é melhor parar de tentar me seduzir se não acrescentarei isso a sua ficha.

A garota parou o analisando de maneira bem descarada.

— É um homem apaixonado! — afirmou a garota desistindo de o persuadir.

— Como? — questionou não entendendo como ela chegara a essa conclusão.

— Está apaixonado! — repetiu — Homens apaixonados param pra pensar nas consequências, enquanto os outros só pensam com a cabeça ‘debaixo’. — explica a garota diante da surpresa e confusão no rosto do homem. — Tenho pena de você!

— Por quê? O amor é um sentimento único. Estar com quem se ama é maravilhoso! Um sorriso, uma mensagem de bom dia, um carinho ou demonstração de afeto da pessoa amada faz com um dia complicado e difícil se torna mais simples e leve. Não digo ser fácil… ainda mais quando se tem pessoas empenhadas em te seduzir. — o policial a olha de maneira repreensora. — Mas a determinação de não machucar ou magoar a pessoa amada te dá forças para resistir.

— Boa sorte com isso amigo! O amor como tudo na vida, passa. Nada dura para sempre! E quando acabar, os dois vão sair feridos, machucados, cheios de ódio. — a garota fala dando um tapinha de leve no ombro do policial. — O amor meu caro, é um furacão! Ele destrói tudo onde toca.

A garota finaliza entrando no banco traseiro da viatura de bom grado. O policial pelo retrovisor encarava o rosto triste e com um olhar distante observando a paisagem enquanto a levava a delegacia, imaginado o que teria acontecido a bela jovem para ter um olhar tão triste.


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Notas finais do capítulo

Não se esqueçam de me dizerem o que estão achando.

Como eu ainda estou escrevendo pode ser que as atualizações demorem.
Beijinhos e Até o próximo Capítulo.



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