Klívia acordou desorientada, sentindo a região superior das costas desnuda tocar num chão frio e úmido. Os pulsos e as canelas amarrados por um forte nó de corda. O ambiente era escuro.

Contorceu-se, grunhiu em desespero.

Não se lembrava ao certo como veio parar ali, apenas tinha breves flashes. 

Era de manhã, dia posterior à investigação na casa de Adair. Seu coração estava a mil e foi relutante até a padaria naquela manhã. Saiu do estabelecimento, desceu a rua e... O que aconteceu depois mesmo?

Pensa, pensa!

Um carro parou do seu lado, a rua estava deserta e o homem chegou por trás, tentou correr, mas foi alcançada, ele cobriu sua boca com um pano branco que cheirava forte.

O mundo girou para ela.

Tentou gritar, mas não conseguiu. Ninguém a ouviu.

Com dificuldades, sentou-se e encostou à parede, tentou ao máximo visualizar o local.

Deslizou pelas paredes e tomou um susto ao sentir um buraco na superfície plana.

Deduziu se tratar de uma pequena porta.

Tentou alcançar a maçaneta com as pontas dos dedos, chegou à conclusão de que não havia maçaneta pelo lado de dentro.

Suspirou frustrada e avistou algo semelhante a alguém deitado, do seu lado oposto.