A fada que o escreva escrita por Creeper


Capítulo 31
Extra VI: O acidente das maldições - Parte I


Notas iniciais do capítulo

Hey! Desculpem o atraso da postagem, espero que gostem do capítulo ♥



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Floresta da Alvorada

Havia ido a poucas festas de casamento, mas nenhuma tão divertida quanto a minha, modéstia à parte.

Gaspar e eu dançávamos animadamente com os braços entrelaçados e batíamos nossas canecas de cerveja, em contrapartida Dante e Calíope seguravam os estômagos em uma das mesas compridas de madeira. Pedi uma pausa para recuperar o fôlego e o inventor foi atrás de Oliver que se ocupava com a montanha de pão de milho montada em seu prato.

— Dan, vamos dançar! – penteei os cabelos suados para trás e ergui minha caneca no alto.

— Suichiro, eu estou vendo dois de você. Isso seria até bom se fosse verdade, mas não é e por isso não consigo dançar. – ele resmungou zonzo.

— Você é amigo de todo mundo aqui, alguém com certeza vai querer ser seu parceiro de dança. – Calíope gesticulou tonta.

Olhei ao redor, registrando o que cada convidado estava fazendo. Lissa e Aurora dançavam em um canto mais afastado, trocando sussurros e carícias; Kenjiro havia acabado de ser rejeitado por uma de minhas vizinhas e Manjiro ria discretamente da idiotice de seu gêmeo; papai e Sr. Arendel estavam totalmente imersos em conversas só deles e Mai apenas observava tudo de longe, ora ou outra rindo de alguma coisa com seus servos.

— Como é que nossos pais conseguem beber tanto e nós estamos derrubados com uma caneca? – Calíope afundou o rosto nas mãos.

Procurei por meus sogros, encontrando-os sentados nos barris de cerveja, brindando sem parar e gargalhando sem motivo nenhum, já vermelhos e suados. Roy estava com eles, óbvio.

Suspirei entediado, ajoelhei-me no chão e apoiei os cotovelos na mesa. Dante que havia deitado a cabeça entre os braços, levantou-a e soltou o ar como se tivesse sido derrotado.

— Tudo bem. – ele ergueu-se.

Meus olhos brilharam em êxtase e eu fiquei de pé em um pulo, puxando-o pelas mãos até onde os varais de luzes se encontravam e colocando-me em sua frente. A banda tocava uma música divertida e Gaspar havia me ensinado que deveríamos bater nossas mãos e depois dar dois rodopios.

O que foi uma péssima ideia, porque só de me ver rodopiar, as írises de Dante giraram sem foco e seu corpo foi para trás, caindo em um baque seco na grama. Soltei um gritinho de pavor e abaixei-me imediatamente ao seu lado, dando tapinhas em seu rosto úmido de suor.

— Acho que eu matei meu marido. – rangi os dentes. 

— Ótimo, quem quer ser o próximo a casar com o Suichiro? – Gaspar levantou sua caneca para um brinde.

— Gaspar! – o repreendi desesperado.

Depois de ser auxiliado por meu pai, Dante estava novinho em folha para nossa viagem de lua-de-mel que aconteceu no dia seguinte, cujo destino era secreto para ele, pois eu quem planejei tudo sozinho.

É claro que com meu histórico de explorações, o exorcista hesitou, mas assim que pisamos na areia branquinha e nosso olhar se perdeu nos quilômetros de água cristalina, Dante soube que eu não poderia ter feito escolha melhor.

Deixamos nossas malas na formosa cabana de madeira em que passaríamos os próximos três dias e nos sentamos em frente a uma fogueira, aninhados um ao outro para admirar o pôr-do-sol. 

— Agora vai me contar o porquê desse lugar ser tão bonito e mesmo assim não ter outros viajantes aqui?

Ele tinha razão, éramos apenas nós dois naquela praia incrível. Respirei fundo, deitei a cabeça em seu ombro e apontei para alguns rochedos que formavam uma caverna no meio do mar:

— Está vendo aquelas pedras? Ali mora um bicho de sete cabeças. Cada uma de um animal diferente.

Meu marido ficou quieto por cerca de um segundo até conseguir se virar para mim e exclamar:

— Não acredito que você nos trouxe para o lar de uma criatura terrível em nossa lua-de-mel.

— O que foi? – sorri travesso. – Eu estava apenas garantindo nossa privacidade de recém-casados. – fiz um biquinho.

— Não sei você, mas ser observado por um monstro marinho não é muito bem minha ideia de privacidade e também não é algo que me deixa… “Animado” para outras coisas. – arqueou uma sobrancelha e aproximou o seu rosto do meu.

Ruborizei de vergonha, afundei os dedos na areia e ousei perguntar baixinho:

— Quais outras coisas?

Dante fitou-me por um momento em um silêncio tortuoso, então afundou o rosto em meu ombro e beijou meu pescoço, fazendo a pele sensível se arrepiar.

— Já anoiteceu, eu vou entrar. – levantou-se como se não tivesse feito nada. – Você vem? – olhou-me de soslaio.

— Acho que vou ficar mais um minutinho. – abracei meus joelhos.

O rapaz assentiu e adentrou a cabana, deixando-me ali com o vento que levava meus cabelos para trás, a espuma do mar que tocava a areia e meu coração acelerado que ardia em chamas.

Fiz menção de tocar meu pescoço, todavia, um grunhido me chamou a atenção. Virei a cabeça à procura do barulho, avistando algumas pequenas pedras onde as ondas batiam, das quais me aproximei a passos curtos e silenciosos.

— Mi! – um som agudo ecoou dali.

Levantei as sobrancelhas e recuei um pouco ao vislumbrar uma forma na água. Esfreguei os olhos para ter certeza de que não estava enxergando mal e subi em uma das pedras, agachando-me para observar a criatura que se assemelhava a um gato felpudo de cor creme, mas tinha uma estrela-do-mar azul em suas costas e outra em sua testa.

— Mimi! – ele repetiu e balançou o rabo turquesa.

Sabia que já havia lido sobre sua espécie, mas precisei me esforçar um pouco para lembrar seu nome.

— V-Você é um mimicon? – fiquei boquiaberto. – É a coisa mais fofa do mundo! – ri bobamente.

O mimicon abriu os olhos que pareciam duas bolinhas cianas e continuou a “miar” para mim. Mesmo depois daquele episódio com o coelho-de-luxo, quis tentar a sorte e toquei-o com meu indicador.

— Por favor, não conte para o Dante que não existe criatura terrível nenhuma e que o motivo de não ter ninguém aqui é porque essa é a praia particular da exploradora Efebeth Fanning.

Ele ronronou em resposta, aproveitando o carinho que recebia em sua cabeça.

— Claro que ela só me deixou usá-la em troca de alguns talheres de ouro do papai. Mas não vão fazer falta para ele, eu lhe garanto. – sussurrei.

— Minhai! 

— Eu preciso ir. Acho que vou perder a virgindade, me deseje sorte. – acenei brevemente e desci das pedras.

Respirei fundo, dei leves tapinhas em minhas bochechas e andei determinado até a cabana. Assim que abri a porta, encontrei Dante apoiado em uma das janelas, observando as estrelas que começavam a pontilhar o céu.

Sem dar-lhe chance de se virar, abracei-o por trás e encostei meu rosto em suas costas para aspirar seu perfume.

— O que é isso agora? – ele riu baixinho.

— Agora são as coisas que só acontecem depois do casamento. – deslizei meus dedos por seu abdômen.

Instintivamente, Dante segurou minhas mãos e as afastou de si. Confuso, dei alguns passos para trás e ele voltou-se para mim com uma expressão de surpresa.

— Não precisa desse nervosismo, prometo que serei carinhoso. – falei em um tom brincalhão e lhe mandei uma piscadela.

O exorcista revirou os olhos e agarrou a parte de trás das minhas coxas, erguendo-me com firmeza e instigando-me a cruzar as pernas em seu torso e entrelaçar os braços em seu pescoço.

Dante me beijou com tanta intensidade que senti o ar me faltar e todo meu corpo se arrepiou quando sua mão tocou minhas costas por debaixo da camisa. Seu coração palpitava tão rápido quanto o meu e cada encontro de olhares me provocava um formigamento.

Chuviscou do lado de fora e alguns singelos relâmpagos iluminaram o interior da cabana, mas nada daquilo conseguia chamar nossa atenção, apenas as roupas jogadas no chão, os gemidos abafados e as peles quentes se tocando.

 

***

 

Deitados sob os lençóis e esboçando sorrisos cansados, Dante selou os lábios nas costas de minha mão e eu enrosquei minhas pernas nas suas, apesar da dor no quadril.

— Ainda não acredito que aconteceu. – suspirei satisfeito.

— Podemos fazer de novo para que você acredite... – ele provocou.

Fitei-o com um ar zombeteiro e acomodei minha cabeça em seu peito enquanto ele abraçava minha cintura.

— Mi!

Arregalei os olhos e cerrei os dentes, paralisando no lugar ao saber que teria que dar as explicações que o semblante assustado do exorcista pedia graças ao barulho em nossa janela.

— Então, meu amor, que barulho exatamente faz o bicho de sete cabeças? – Dante estava estático.

— Mimi!

O som pareceu ainda mais próximo, como se o mimicon já tivesse saltado da janela e estivesse no chão do quarto. E estava, pois rapidamente deu a volta na cama e surgiu ao meu lado, com a água salgada e da chuva pingando de seu pelo e formando uma poça no assoalho.

— Deuses do céu, o que é isso? – meu marido remexeu-se para conseguir enxergar a criatura.

— É um mimicon. – coloquei o cabelo atrás da orelha, constrangido. – Eles vivem em bandos. Mas como esse estava sozinho lá na praia, talvez seja um filhote que se perdeu ou a família... – engoli em seco. – Morreu. – sussurrei.

— Não precisa falar tão baixo, tenho certeza de que ele não entende palavras humanas. – Dante analisou o animal.

Tive um estalo na cabeça, encolhi os ombros e cocei minha nuca, procurando as palavras certas.

— Na verdade... – estiquei os braços e entrelacei os dedos sobre os joelhos.

Meu marido arqueou uma sobrancelha e ajeitou-se na cama até ficar sentado. Agarrei minha camisa que foi parar na cabeceira e a vesti por causa da brisa fria que entrava pela janela.

— Existem lendas de que esses lindinhos são transfiguradores. – pigarreei. – E podem virar humanos.

Ainda focado em meu rosto, Dante puxou uma ponta do lençol e cobriu seu torso desnudo. Soltei uma risada abafada, estiquei-me para pegar o mimicon no chão e ergui-o como se estivesse brincando com um bebê.

— Ele é macho. Não tem nada que nós não tenhamos, caso possa se transformar mesmo em humano. – gargalhei.

No livro que li sobre espécies diferentes, havia um curto capítulo sobre os mimicons, que evidenciava que as fêmeas tinham uma pequena bifurcação no rabo enquanto os machos não.

— Minhai! – ele agitou as patinhas.

— Você está começando a secar. – inclinei a cabeça. – Precisa ficar hidratado com a água salgada. Vem, vamos te levar de volta para sua casinha.

Os próximos dias correram bem até que chegou a hora de nos despedirmos da majestosa praia e partirmos para Saintenia. Caminhávamos pela areia com as cabeças viradas para o mar, soltando longos suspiros de exaustão ao lembrar quantos mergulhos demos ali e como nossas peles ficaram bronzeadas.

— Você está parecendo um camarão. – o exorcista comentou.

— Muito romântico da sua parte. – revirei os olhos.

— Eu gosto de camarão. – ele ergueu as sobrancelhas de maneira sugestiva e sorriu.

Estava pronto para rebater sua piadinha, entretanto, fui interrompido pela brusca parada de Dante e seu grunhido de susto. Nossos olhares o encontraram ao mesmo tempo: mimicon estava agarrado em sua calça.

Meu queixo caiu de surpresa e meus olhos se arregalaram, pois imaginei que a criatura já tivesse nadado para longe em busca de comida.

— Não, você não pode ir com a gente. – o rapaz balançou a perna. – Seu habitat natural é aqui, entende? – franziu o cenho, preocupado.

— Mi! – o animal fechou os olhos com força e afundou as garras no tecido.

Bati a mão na testa, mordi o lábio inferior e contei:

— Eles são extremamente carentes, por isso vivem em bando. Agora ele deve achar que somos o bando dele.

Dante encarou-me perplexo por alguns segundos, depois olhou de mim para a criatura, expirou e pegou o mimicon delicadamente, empurrando-o para mim.

— Muito bem, quem pariu que balance! – anunciou.

— Hã? – arquei uma sobrancelha e abri a boca. – Esqueceu que somos casados e moramos juntos agora? Se o filho for meu, vai ser seu também! – abracei o animal e inconscientemente o ninei.

O exorcista interrompeu seus passos novamente, abaixou a cabeça e suspirou colocando as mãos na cintura.

— É cedo demais para pedir o divórcio? – fitou-me de soslaio.

— É tarde demais, você já tirou minha pureza! – inflei as bochechas coradas. – E tirou de novo, e de novo, e retirou mais uma vez... – afastei uma mecha de cabelo para trás da orelha e desviei o olhar.

É, foram longos três dias.

— E já ganhamos um filho. – Dante abraçou-me, tendo cuidado com o mimicon em meu colo. – É a gestação mais rápida da história. – acariciou minha cabeça.

Fiz um biquinho emburrado e franzi o cenho, mas logo me rendi a curta risada presa em minha garganta e passei o braço do exorcista por meus ombros para retomarmos nosso percurso até o porto.

Mimicon havia dormido e eu finalmente percebi como era indelicado chamá-lo daquele jeito.

— Precisamos encher uma garrafa com água salgada, não é? Para hidratá-lo durante a viagem... – Dante revirou sua bolsa.

— Sea. – sussurrei.

— O quê? – o exorcista me fitou confuso.

— O nome dele. – exclamei. – Vai ser Sea. – esbocei um pequeno sorriso.

Meu marido estudou a criatura por alguns segundos, soltou uma risada abafada e concordou que era um bom nome. Contudo, mesmo em silêncio, sabíamos que estávamos pensando na mesma coisa: como cuidaríamos de um animal feito Sea?

 

***

 

Meses depois, Saintenia

Concentrei-me na maneira em que o ar entrava e saia de meus pulmões em uma respiração calma e mantive os olhos fechados, a fim de apenas sentir o que estava ao meu redor.

Alguém me rodeava, andando a passos lentos e precisos, avaliando-me. 

Cerrei os punhos e levantei a cabeça com confiança, indicando que estava pronto. Ele se encontrava atrás de mim. 

— A maldição que você receberá agora é... – colocou as mãos em meus ombros e aproximou a boca de minha orelha, provocando-me um arrepio. – A de ser casado comigo.

Abri os olhos rapidamente, fiz um biquinho e reclamei em um tom manhoso:

— Dante!

— O que foi? – ele riu e mordiscou minha orelha.

— Quero uma maldição de verdade. – cruzei os braços. 

— Vejamos, até agora já lhe passei a primeira e a terceira. Sem contar a sétima na cidade de Pomar, acho que isso foi há um ano. – ele ponderou. – Mas não sei se você está preparado para as outras.

— Claro que estou. – assenti ansioso. – Por favor, me deixa escolher!

Dante ficou diante de mim, cruzou os braços e olhou-me de cima a baixo. Não me deixei intimidar, continuei de queixo erguido e com um semblante sério, mostrando que era capaz.

— Sabe o quanto as maldições podem doer. Tem certeza disso? – ele arqueou uma sobrancelha.

— Absoluta! – afirmei determinado.

Já havia lidado com a maldição de ouvir os murmúrios do passado (sétima), a de sentir os espíritos (primeira) e a de ouvi-los no presente (terceira). Era um processo cansativo, mas eu adorava estar mais próximo do trabalho de Dante, além de que era altamente interessante explorar aquele lado do nosso mundo.

— Qual você quer? – Dante pousou a mão em meu coração.

— A sexta maldição. – falei convicto. – A de ver a névoa!

— Nem pensar. – ele suspirou pesadamente e afastou-se.

— Vamos lá, eu aguento! – choraminguei.

— O impacto é muito forte. Você vai se machucar. – o exorcista protestou.

Neguei com a cabeça e agarrei sua mão, colocando-a de volta em meu peito.

— Você sempre fala dessa névoa. É o que você mais vê, então eu também quero vê-la. – encarei-o no fundo dos olhos.

Dante torceu a boca e franziu o cenho. Travamos um embate por contato visual que não durou muito tempo, pois o rapaz foi o primeiro a ceder, soltando outro suspiro e relaxando os ombros. 

— Ainda vai se arrepender das coisas que me pede, sabia? – alertou.

Ergui as sobrancelhas e esbocei um sorriso travesso. Ele respirou fundo, mas antes que fizesse qualquer outra coisa, escutamos pequenos passos adentrando a sala.

Os pingos de água acumularam-se em uma poça no chão e seus olhos cianos observaram-nos com curiosidade. Abri ainda mais o sorriso e ajoelhei-me em sua frente, pegando-o no colo e erguendo-o até a altura do meu rosto.

— Ei, Sea, diga para o papai que dará tudo certo!

— Mimi! – Sea agitou suas patinhas.

Soltei uma risadinha e esfreguei minha bochecha em seu pelo molhado. Graças ao Gaspar, tínhamos um tanque de pedra no quintal que servia como uma piscina de água salgada para o mimicon e ainda contava com um telhado para protegê-lo do sol e da chuva.

— Você acha que ele vai virar humano algum dia? – Dante inclinou-se para afagar a cabeça de Sea.

— Sinceramente, acho que não passa de uma lenda. – balancei a cabeça com certa frustração. – Mas se dermos muito amor a ele, quem sabe... – coloquei-o no chão.

— Mesmo humano, ele teria de viver no tanque de água? – o exorcista brincou.

— Menos tempo do que vive como mimicon. – suspirei. – Agora é melhor você se hidratar, Sea. Eu e o papai estamos um pouco ocupados.

Sea chacoalhou seu rabo, ronronou em minha mão e deu meia volta para retornar ao quintal. Fiquei de pé novamente, virei-me para Dante e afastei o cabelo do rosto.

Ele respirou fundo, preparou-se e ditou:

— Suichiro Whitlock, sob a mão de Dante Vulpecula, você recebe parte da sexta maldição do exorcismo: o dom de enxergar a névoa, cuja preta representa morte e a púrpura, possessão. Se concordar, deve pagar com sangue.

Pensei que seria capaz de suportar a dor por já ter recebido outras três maldições, entretanto, estava completamente enganado. Foi tudo dez vezes pior. Minhas costelas pareciam estar sendo esmagadas e esfareladas e o aperto descomunal em meu peito fez todo o ar desaparecer. Arfei desesperadamente e cuspi uma quantidade preocupante de sangue. 

Meu coração falhou por um instante e o impulso da mão de Dante empurrou-me para trás. Registrei sua expressão de puro arrependimento e pavor quando ele tentou me segurar, todavia, eu já estava no chão e usara uma das mãos para amortecer a queda.

A dor dobrou de tamanho.

 

Continua na parte II...


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Notas finais do capítulo

Semana que vem (ou melhor, essa? Se a postagem ocorrer na sexta-feira como normalmente) é o último capítulo!
Não falem que eu dividi o capítulo em duas partes apenas para terminar com um número par de capítulos. Mas se falarem, foi isso mesmo ashausha. E não se esqueçam de me contar o que acharam!

Até mais!
Beijos.
—Creeper.



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