O primeiro cavaleiro assopra a trombeta, Eduardo e Luiza trocam olhares confusos. Algo foi liberado, vozes e passos de crianças correndo assustam o casal.

Luiza distingue uma das palavras ditas entre risos, recorda do jogo que os irmãos insistiam em praticar quando estavam na piscina. É impossível não querenciar a lembrança, sente o coração apertar ao gritar:

— Marco!

A resposta vem do andar de cima:

— Polo! — Henrique e Tomás respondem.

Luiza sobe os degraus às pressas enquanto recita a brincadeira, paralisando ao chegar em frente ao armário da suíte.

— Marco — sussurra com receio.

— Polo! — As portas do móvel são escancaradas com violência.