Logo que a conheceu, Orochimaru a achara chata e barulhenta. Ele nunca admitiria isto em voz alta, pois certamente Tsunade levaria sua primeira impressão para o lado pessoal.

Mas, conforme o tempo passou e a convivência foi os aproximando de um jeito que só entende quem luta lado-a-lado centenas de batalhas, a antipatia foi se tornando admiração e aos poucos a admiração foi consolidando-se em um sentimento que por muito tempo ele não soube dar nome.

No fundo ele continuava sem saber como dar nome a intensidade do que sentia toda vez que acordava com Tsunade em seus braços, quando ela ainda sonolenta agarrava-se a seu peito, manhosa, exigindo que ele ficasse cinco minutos a mais na cama.

Ou quando, ela aparecia em seu quarto carregando uma bandeja com frutas, pães e geleias, mas nenhuma sardinha... Ela dizia que ele tinha que aprender a se alimentar melhor e ele só concordava, apesar de achar suas sardinhas suficientemente nutritivas.

Ou então, quando ela o fazia acordar 2h da manhã dizendo que teve um pesadelo e surpreendentemente querendo colo. Não o deixando dormir, porque quer que ele vigia seu sono... Coisa que ele faz com prazer, ainda mais agora que eles finalmente tinham encontrado o tão sonhado equilíbrio em sua relação.

“Minha doce Waifu”. – Então por algum motivo ele lembrou de uma expressão que ele ouviu em suas viagens, sobre as personagens fictícias que se tornam ideais de esposas nos sonhos dos seus admiradores. Orochimaru se sentia realizado, pois encontrara uma Waifu absolutamente real e tangível ao seu toque e ele iria aproveitar isso... Oh, se ia! Esse foi seu pensamento antes de acordar sua princesa com um beijinho e algo mais...