Afire Love escrita por eve


Capítulo 43
Capítulo 43


Notas iniciais do capítulo

Boa noiteeee, como vocês estão?
Eu jurava que tinha postado um capítulo na semana passada, mas aparentemente eu sou muito lerda e não postei. Desculpas por isso, essa autora aqui tá muito áerea.
Como vocês sabem o capítulo passado terminou de um jeito bem tenso, mas já estamos na reta final da história.
Boa leitura!



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/801526/chapter/43

P.O.V. Daryl

—Sophie! -grito na hora que percebo o que tá acontecendo.

O Salvador estava prestes a atirar nela de novo quando Dwight surge jogando ele no chão. Dwight estava desarmado então eu descarrego a arma no homem que acabou de atirar nela, tudo isso leva apenas alguns segundos e ele já está bem morto quando eu corro pro corpo de Sophie no chão.

—Ei, ei. -digo segurando seu rosto. -Ei, acorda.

O tiro a atingiu nas costas, o filho da mãe não deu a ela nem a oportunidade de reagir. A bala atravessou então eu a viro e tento fazer pressão sobre o ferimento, mas ela estava sangrando muito. 

—Daryl! -ouço Aaron gritar, eu nem tinha notado que ele estava agachado ao meu lado. -Para o carro, agora!

Eu a pego no colo enquanto Aaron tenta tomar conta do ferimento.

—Eu dirijo. -diz Dwight correndo até o lado do motorista de um dos carros.

—De jeito nenhum. -tento resistir.

—Para o Reino. -diz Aaron e eu não vou brigar agora. Se ele quer que Dwight dirija então eu acho bom que ele pelo menos ande rápido.

[...]

Eu não saí de seu lado nem por um segundo. Quando nós chegamos ao Reino, Sophie já estava por um fio, ela perdeu muito sangue no caminho e enquanto eu a segurava, pude sentir seu pulso ficando cada vez mais fraco. Nós não tínhamos tempo, ela precisava de um médico imediatamente.

—Eu sinto muito. -diz Carol.

A essa altura já não tinha mais confronto, tudo já havia sido resolvido e Carol veio me procurar na enfermaria do Reino, pelo que sei Rick não matou Negan, na verdade haviam médicos tentando salvar o desgraçado nesse exato momento, mas eu não vou me preocupar com isso agora.

Eu acabo chorando quando Carol me abraça tentando me confortar. Foram poucas as vezes que eu chorei quando perdi alguém pra esse mundo, mas com Sophie só a ideia de que isso possa acontecer já faz com que eu perca as estruturas. E foi por isso que os médicos pediram para que eu me afastasse enquanto Aaron e Sophie faziam uma transfusão de sangue.

Eles avisaram várias vezes que o mais provável é que ela não fosse resistir, mas mesmo assim Aaron insistiu que podia doar sangue pra ela. Eu também poderia, já que nossos tipos sanguíneos eram compatíveis, mas depois que eu gritei com os médicos, todos acharam que não deveria ser eu a fazer isso.

—Ele está mais calmo? -pergunta um médico que eu não tive a oportunidade de aprender o nome.

—Ela tá bem? -pergunto me afastando de Carol.

—O amigo de vocês não comeu ou dormiu direito nos últimos dias, ele está fraco demais para doar mais alguma coisa. -explica o doutor. -Eu preciso que você faça isso, mas você tem que estar calmo.

—Eu estou. -minto e sei que todos percebem, mas se eu sou a única alternativa então eles sabem que vão ter que me usar de todo jeito.

Eu volto para o lado da sua cama e me sento do lado oposto ao de Aaron, ele estava branco feito papel e fraco demais até pra ficar sentado.

Eu não me importo quanto o médico começa a me espetar para tirar o meu sangue, é claro que eu daria meu sangue para salvar a vida dela.

[...]

Dois dias se passaram e Sophie ainda não tinha acordado. O médico disse que ela estava se recuperando, mas ainda não tinha como saber se ela iria sair dessa. 

Eu não saí do seu lado nem por um segundo durante todo esse tempo, Aaron também passa a maior parte do tempo aqui e Carol vem me trazer o que comer ao longo do dia, mas eu não estou sentindo fome, na verdade eu não estou sentindo nada além de medo desde que vi ela sendo atingida por aquele tiro.

Rick e Michonne também se revezam para ficar aqui com Carl, que estava sendo tratado depois que foi atingido em Alexandria, mas ele já estava bem melhor. O garoto estava consciente e os médicos tinham certeza de que ele ia ficar bem. Negan, que estava em Alexandria, também já estava fora de perigo.

Sophie era a única que ainda estava em um estado preocupante. Mesmo com a boa quantidade de médicos que nós tínhamos agora, a única coisa que podia ser feita era esperar.

—Como você está? -pergunta Rick quando Carl já havia adormecido.

—Vou estar bem quando ela acordar.

—Você gosta mesmo dela, não gosta?

—Ela sempre acreditou em mim, nunca me deixou pra trás. -respondo, mas não quero falar disso agora.

—Eu fico feliz por isso.

—Por que está desperdiçando recursos e tempo pra salvar o Negan?

—Enquanto eu estava lá fora tentando fazer Jadis mudar de lado, Carl escreveu uma carta para o Negan. Ele queria que nós tentássemos fazer isso de outro jeito, sem que precisássemos nos matar. -explica Rick olhando para o filho. -Eu não podia arriscar não cumprir o que poderia ser o último desejo do meu filho.

Eu queria dizer que Carl está vivo e que Negan deve morrer e tudo que ele pode fazer é entender que isso precisa acontecer. Não existe redenção para o Negan, mas eu não estou com energia pra discutir isso agora.

A noite passa e durante o dia o médico que eu ainda não aprendi o nome libera Carl. Eu estava sentado na poltrona ao lado da cama quando ouço sua respiração acelerar. Eu passei noites suficiente com ela pra saber que Sophie está acordando. Ela leva alguns minutos, mas finalmente abre os olhos.

—Ei. 

Ela não me responde, na verdade Sophie parece meio desorientada.

—Água. -diz ela com a voz rouca e eu me levanto para pegar um copo pra ela. 

Ajudo Sophie a levantar a cabeça e ela vira o copo de uma vez só.

—Quer mais? -pergunto, mas ela nega com a cabeça. -Você está bem? Tá sentindo alguma coisa?

—Me desculpe, quem é você? -pergunta ela e eu congelo assustado, mas ela apenas sorri. -Eu estou brincando, Daryl Dixon.

—Você quase me matou de preocupação. -digo apertando suas mãos, eu queria poder abraçar ela, mas tenho medo que isso a machuque.

—O que aconteceu? Nós ganhamos? Aaron está bem? Você está bem? Eu não estou morta, estou?

Ela está com a voz fraca e ainda está bem rouca então apesar de ter passado um inferno pra ouvir essa voz de novo eu quero muito que ela fique quieta.

—Nós ganhamos, você levou um tiro pelas costas e Aaron está bem, todos nós estamos. Ele estava aqui ainda agora, mas saiu para ter notícias da Gracie.

—Gracie?

—Sim, a bebê que nós encontramos, você lembra disso?

—Claro que eu lembro, Daryl Dixon. Eu levei um tiro, não fiz uma lobotomia.

—Será que você pode só confirmar com a cabeça ao invés de ficar falando?

—Por que você me fez uma pergunta se não queria que eu respondesse?

—Por que você é tão teimosa? -pergunto mas ela fica muda, agora ela fica muda. -Sophie?

—Eu não sei como responder isso com um aceno de cabeça, Daryl você está me deixando confusa.

—Só fica quieta, você já está falando demais.

—Me desculpe Daryl Dixon, o senhor quer que eu volte a ficar apagada por sei lá quanto tempo? Falando nisso, quanto tempo faz?

—Você levou o tiro três dias atrás, está dormindo desde então.

—Mais água, por favor. -pede ela e então eu pego mais um copo que Sophie vira rapidamente. -Você não deveria avisar alguém que eu acordei? 

Ela está certa então eu saio pra procurar um médico e quando volto para Sophie ela estava tentando se sentar.

—Eu só queria que você ficasse quieta, é pedir muito? -pergunto, mas ela me ignora.

O médico faz a ela algumas perguntas que ela responde com acenos, depois ele parece avaliar ela e então olha o ferimento.

—Eu vou morrer? 

—Você chegou bem perto, mas agora eu diria que está tudo bem.

—Pode dizer isso ao meu namorado? Olhando nos olhos dele de preferência, para ele saber que você não está mentindo. -pergunta ela e eu acabo sorrindo.

—Ela não vai morrer por causa desse tiro. -diz o médico olhando pra mim, agora ele parece estar se divertindo com a situação. -Seu namorado não nos deu um segundo de paz desde que chegaram aqui, eu servi no exército e nunca trabalhei sob tanta pressão na minha vida.

O médico faz algumas recomendações, diz que vai pedir pra prepararem algo pra ela comer e nos deixa sozinhos novamente. Pra minha sorte ele pede pra que ela fique em repouso total e eu começo a usar isso contra ela.

—Se você me contar tudo o que aconteceu eu fico quieta. -propõe Sophie e eu conto toda a história desde Rick e eu encontramos as armas até o momento em que ela acordou.

Ela fica preocupada quando eu conto sobre Carl, mas agora o garoto já está bem. Também digo que Rick poupou a vida de Negan.

—E Dwight? -pergunta Sophie.

—Ele nos ajudou a trazer você pra cá, não o vi depois disso.

—Daryl não saiu daqui desde que chegamos. -diz Aaron entrando na sala. -Como você está?

—Daryl não me deixa falar. -responde ela enquanto Aaron se senta na beira da cama. -Mas eu estou ótima, só parece que um caminhão passou por cima de mim.

—Quem sabe se você ficasse quieta você se sentiria menos cansada. -digo.

—Está vendo pelo que eu tenho que passar? -diz Sophie.

—Você não sabe o que nós passamos com o Daryl com você desacordada, agora é a sua vez.

Aaron nos atualiza sobre o que está acontecendo nas comunidades, como eu não saio daqui não faço a menor ideia do que aconteceu depois da invasão dos Salvadores. Para a nossa sorte, Hilltop não sofreu nenhum dano e Alexandria já estava sendo restaurada.

Em breve nós poderíamos voltar pra casa.


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

Espero que vocês tenham gostado.
Me contem o que vocês estão achando do final da fanfic.
Beijooos e muito obrigada por tudo. Espero que todos tenham uma ótima semana.



Hey! Que tal deixar um comentário na história?
Por não receberem novos comentários em suas histórias, muitos autores desanimam e param de postar. Não deixe a história "Afire Love" morrer!
Para comentar e incentivar o autor, cadastre-se ou entre em sua conta.