Scorose - Quase sem querer escrita por Aline Lupin


Capítulo 20
A procura de David


Notas iniciais do capítulo

Pessoal, tudo bem com vocês? Fiquei um tempo sem postar essa história, pois estou com um bloqueio enorme para escrever. Estou mudando o rumo dessa história. Quero mostrar mais os outros personagens e um desfecho para a história de David. Hoje resolvi escrever em terceira pessoa, para explicar melhor os eventos. Esses capítulos que virão serão decisivos para Scorpius, então vai ter muita coisa a ser resolvida ainda em sua vida, com relação ao seu pai. Espero que gostem.



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Alvo correu o mais rápido que podia. Procurou David por toda a rua, mas não via nada. Droga, pensou. Ele poderia estar em qualquer lugar agora, de baixo da capa da invisibilidade. Seus amigos o alcançaram, todos pareciam exaustos.
— Não o avistou? - perguntou Rose, preocupada.
— Não, ele deve estar de baixo da capa, com certeza - respondeu Alvo, respirando fundo.
Rose parecia preocupada, pois sabia que David estava fugindo de um lugar a outro, para não ser encontrado por Adrian, seu tio.
— Quem vocês estãvam procurando? - perguntou Meridith, enrolando sua mecha verde no dedo.
Alvo envolve sua sua cintura, beijando sua bochecha. Ela o olhou de cara amarrada.
— Não faça essa cara, Meri, sei que você gosta - ele diz, com presunção - E se está tão curiosa, vou pedir para que guarde esse segredo. Hugo e Sophie também tem que prometer não abrir suas bocas grandes.
Sophie riu e Hugo fez um carranca.
— Pois bem, estamos procurando um amigo nosso, David - ele explica, depois que todos juraram segredo - Ele está fugindo, pois seu tio é um cara louco e cruel. Fez David jurar obediencia e lealdade, mas só machucou nosso amigo. Ele pegou minha capa sem consentimento, é claro, mas vejo que está sendo mais útil para ele. Não sou um cara generoso, Meri?
Ele continuava a apertar Meridith contra si, para irritar a garota. Ela empurrou ele com força, gerando a risada de todos.
— Não, você é um idiota - ela diz, furiosa.
Ele coloca a mão sobre o peito, como se estivesse de coração partido.
— Não faça assim, meu amor - ele diz, dramático - Assim você me machuca.
Rose intervém, vendo que Meridith está com o punho cerrado, pronta para bater nele.
— Chega, Alvo - ela diz, em tom de advertência. Ele mostra a língua - Meri, peço desculpas pelo meu primo, as vezes ele não parece normal.
Ela sorri.
— Tudo bem, eu já estou sabendo lidar com ele - ela lança um olhar raivoso para Alvo.

Rose ri e o pessoal continua a caminhar. Scorpius abraça Rose pelo ombro e beija seus cabelos, sempre que pode. Ela sente que está no paraíso somente por estar com ele. De repente eles escutam uma confusão e um explosão, mais a frente. Rose se sobressalta, apertando o braço de Scorpius. Ela saia correndo, para ver o que está acontecendo, se desvenciliando de Scorpius. O loiro segue atrás, sendo seguido por seu grupo. Há variás pessoas gritando, saindo correndo em direção oposta a Rose. Ela consegue ver duas pessoas duelando. É Adrian e David. Os dois portam as varinhas e não proferem os feitiços, são feitiços não verbais, nota Rose. Os raios são de várias cores e atigem os carros, os prédios e um feitiço ricocheteia, abrindo uma fenda no asfalto. Ela não sabe o que fazer por seu amigo, pois não pode praticar magia fora da escola. Isso não parece impedir Alvo, que saca a varinha e lança um estupefaça contra Adrian. O mesmo sai voando e bate a cabeça e um carro estacionado.

— O que você pensa que está fazendo, Alvo? - ela indaga, em voz esganiçada.

Ele ri, dando de ombros.

— Salvando David - ele diz, dando de ombros.

Todos seus amigos estão com as varinhas sacadas, inclusive Hugo. David os encara, incrédulo.

— Vocês não deveria estar aqui - David diz, irritado. Seus olhos amarelos encaram Rose, com preocupação, apesar disso - Rose, por favor, vá embora e leve eles.

Rose hesita. Quer ficar para ajudar David. Ela aperta a varinha contra seu corpo.

— Não David - ela nega - Vamos ficar, vou ajudar você. Irei falar com meu pai...

David bufa.

— Você não entende, Adrian é louco, vai machucar você - diz em despespero. Ele dá alguns passos, apertando a mão dela - Você minha irmã agora, ruivinha, não posso deixar que ninguém toque um fio de cabelo seu.

Adrian, mais longe, parece tomar a consciência. O feitiço que recebeu foi tão forte que a pancada o deixou desorientado. Ele geme de dor e sente raiva. Não sabe de onde veio o feitiço, mas irá fazer pagar quem quer que seja essa pessoa.

— Vão logo, Adrian está acordando - diz David.

— Mas e você? - ela pergunta, em desespero.

— Tenho que ficar, ele me convocou, mas não vou sem uma boa luta - ele responde, com um sorriso maroto.

Alvo e Scorpius se aproximam.

— Eu chamei meu pai, os aurores já estão vindo para cá - Alvo diz - Temos que impedir Adrian de escapar.

David suspira, vendo que seus novos amigos não tem juizo algum. Adrian está levantando, os olhos vermelhos de raiva e parece irradiar uma aura escura. Olha para os adolescentes a sua frente e ri, sarcástico.

— Resolveu reunir seu secto, David? - ele diz, com desdém. Seu tom é gélido e sua voz irradia ódio - Acha que pode me desobedecer dessa maneira? Não vai querer que seus amigos sofram, não é?

David fica na frente de Rose, pois ela está mais próxima dele.

— Isso tem haver comigo e com você. Deixe eles fora disso - diz David, com raiva - Lute comigo, seu covarde.

Adrian gargalha com gosto. Scorpius puxa Rose pelo braço, afastando-a do duelo. Adrian e David lançam mais feitiços no ar, mas nunca se acertam. É como se David evitasse feri-lo e por sua agilidade, ele consegue desviar facilmente dos feitiços do bruxo.

— Estou sem paciência com você, David - diz Adrian, em tom lento - Vai pagar caro por sua insolência. Vamos embora comigo de forma pacifica, ou vou torturar um dos seus amiguinhos.

David não cede, e continua sua defesa. Scorpius e Alvo participam da luta, tentando distrair Adrian.

— Não tomem o lado dessa luta, garotos, vão acabar se queimando - ameaça Adrian, lançando um feitiço que com certeza parece um crucio, mas Rose conjura uma magia de escudo para protegê-los do ataque.

Adrian começa a ficar feroz, ricocheteando os feitiços, para todos os lados, quebrando as paredes, como se fossem duas cordas elétricas.

— Não vamos aguentar por muito tempo - diz Scorpius, suando frio, tentando manter o escudo com Rose, sobre todos. David continua a se defender sozinho, usando sua própria magia - Cade seu pai, Alvo?

Alvo olha de esguelhar, pois não faz ideia onde ele pode estar.

— Eu tenho um plano - diz Lorcan. Todos param para escutar - Alguém precisa alcançar David, para que ele venha para o escudo. Nós precisamos entrar em um lugar seguro e entrar dentro disto - Lorcan mostra sua maleta - Aqui ninguém vai nos encontrar e Rose - ele olha para ela - Você sabe fazer um feitiço que o local que façamos abrigo fique invisivel?

Ela assente.

— Muito bem, alguém precisar chamar David - ele diz.

Rose tenta pensar. Como vai tira-lo da luta. Ela tem uma ideia espera que funcione. Sai do escudo de proteção e profere o feitiço:

— Bombarda - aponta sua varinha para um carro próximo a David e Adrian.

Ocorre uma explosão e David é arremaçado para um lado e Adrian a outro da rua. Rose corre e sacode David, que está caido no chão. Sangue escorre da testa do meio bruxo. Ele está pálido e fraco.

— Que merda você fez? - ele sussurra, com um sorriso, mostrando seus caninos pontudos.

Ela ri.

— Tentando salvar sua pele, seu idiota - ela diz, limpando o sangue que está escorrendo do rosto dele com sua manga -Vamos levantar e sair daqui, você consegue?

Ele tenta, mas é dificultoso. Scorpius já estava atrás e ajuda David a levantar. Enquanto isso, Alvo e Rose sustentam o escudo, protegendo todos. O grupo se desloca o mais rápido possível e entra no primeiro prédio que encontram. A recepção está vazia e Rose aperta os botões com força, para que eles possam subir. O elevador chega e todos pulam para dentro. Ela aperta o botão para o terraço e o elevador sobe.

— Detesto essas caixas de metal - diz David, com uma meia voz, escorado em Scorpius - Acho que vou vomitar.

Todos riem, apesar de tensos.

— Se vomitar em mim, juro que vou mata-lo - diz Scorpius, irritado - Você só me dá trabalho.

Sophie, Meredith e Lily estão com as mãos entrelaçadas, parecem estar com medo, nota Rose. Hugo está com uma cara obstinada, como se pudesse enfrentar o mal, Alvo bate o é impaciente no chão e Lorcan tem o semblante pacifico. Quando o elevador chega no terraço, todos saem e tem a visão de Londres anoitecendo. De longe veem o rio tâmisa e a roda gigante. Rose começa a lançar os feitiços.

— Protego - ela profere - Salvia.

Enquanto isso, Lorcan coloca a maleta aberta no chão. Ele orienta que todos entram na maleta e fique dentro da casa de madeira e não abram a porta da frente, ele enfatiza. Todos entram e ele fica esperando Rose terminar os encantamentos de proteção e invisibilidade do local. Há uma redoma invisivel sobre eles, fazendo com que quem for até esse lugar não possa enxerga-los.

— Tudo pronto - ela diz.

Lorcan assente e os dois entram. O que Rose vê não era o que esperava. Nunca havia entrado um lugar como aquele. Sabia que era possível enfeitiçar qualquer coisa, para ter um espaço enorme por dentro. Mas nunca havia presenciado isso de verdade, só leu nos livros. Estava em um casa de madeira simples e pode ver plantas mágicas, inclusive mandragoras, todas espalhadas em prateleiras. Seus amigos estavam em pé, esperando por eles. David estava no chão, de olhos fechados. O sangue ainda escorria da sua tempora. Ela se ajoelhou em frente a ele, tocando seu machucado, de leve.

— Aí, quer me matar? - ele diz, irritado.

— Rose, você não tem noção mesmo heim - diz Scorpius, provocando.

— Ah, cale essa boca, Malfoy - ela retruca.

Ele lhe oferece um sorriso maroto.

— Vem calar - ele continua a provocação.

Ela pensa em levantar e lhe acertar um tapa, mas há coisas mais importantes. Saber das extensões dos ferimentos de David.

— Lorcan, você tem uma maleta de curativos? - ela pergunta.

Ele assente e procura em um dos seus armários. Ela examina David, com cuidado. Tateia sua testa e crânio, procurando cortes mais profundos e lesões. Ele permite, gemendo um pouco de dor. Ele aperta seu braço, para aliviar a tensão e fica de olhos fechados. Scorpius não gosta da aproximação do dois, mas tenta entender que os dois tem uma amizade sincera, apenas isso. Rose constata que David está com um corte moderado da tempora até a testa. 

— Preciso de uma poção limpa ferida, Lorcan - ela pede - Você tem isso ai?

Lorcan assente e procura no armário. Rose continua o exame e apalpa David, o mesmo resmuga de dor. Ele está com uma costela quebrada. 

— Você por acaso não tem esquelece? - ela pergunta, fazendo uma careta.

Ele nega, entregando a poção para curar a ferida de David. Tem a cor púrpura. Ela pega o algodão da mão de Lorcan e passa na ferida dele. A poção fumega e David geme de dor.

— Isso ta queimando, porra - ele exclama.

— Calma, já vai acabar - ela diz, segurando sua mão.

Ele a fita com seus olhos amarelos, irritado. 

— Vou passar em você, sua bruxa - ele resmunga - Vamos ver se é bom.

Ela ri.

— De fato sou uma bruxa, seu tolo.

Ele fecha os olhos, mas não solta sua mão. Sua respiração é fraca.

— Isso tudo é culpa sua, Rose - ele diz, com um sorriso.

— Pare de reclamar - ela diz. Olha para Alvo e Scorpius, que observam tudo. O loiro está com a testa franzida e o moreno está querendo rir - Precisamos levar ele ao Saint Mungus, não posso cuidar dos ossos rompidos. 

— Como se fosse fácil sair lá fora, Rose - resmunga Alvo.

— Eu não vou sair daqui - diz Lily, nervosa, segurando a mão de Sophia - Aquele doido vai estar procurando a gente.

Rose suspira.

— Consegue falar com seu pai, Alvo? - ela pergunta.

Alvo assente e conjura o feitiço do patrono, para enviar a mensagem ao seu pai, dizendo que eles estão bem e falando sua localização. Da ponta da sua varinha, sai um fio prateado que se transforma em uma águia. Ela sai voando e desaparece.

— Agora é só esperar - ele diz.

Todos estão nervosos. Não sabe o que vai acontecer lá, fora. Rose espera que os aurores cheguem a tempo de deter Adrian. 


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