Todos os Clichês de Amor escrita por KodS


Capítulo 1
Prólogo




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Então não comece com as suas coisas

Porque eu já tenho problemas demais

~ Deathly - Aimee Mann

 

Poderia parecer um simples ato de fofoqueiros, mas a verdade é que grande parte de se ser uma divindade tinha a ver com ficar encarando telas imensas em uma sala branca demais.

Claro que quando você é eterno a vida tende a ser bastante chata, então acompanhar as vidas que acontecem em seu mundo é um trabalho que beira a diversão.

— Aidê, você poderia, por favor, fazer o seu trabalho! — comentou aquilo que chamaremos apenas de "Parte Feminina".

Lidar com criaturas celestiais é um pouco mais difícil do que séries de comédia sobre a morte podem te fazer acreditar. A maioria delas não possui absolutamente nada, não é aquela bolinha iluminada que fica pairando por ai.

Talvez a melhor forma de descrever esses seres seja... Bem, não existe uma boa forma.

— Vou mandar Aidê para outro departamento!

A Parte Masculina não concordava com isso. 

Transferência de almas era seu departamento e sempre dava mais dor de cabeça do que gostava de admitir e tinha orgulho de dizer que não fazia isso há quase dois séculos completos.

Não deixaria a parte feminina acabar com o seu recorde.

— Por que não damos mais uma chance para Aidê? Talvez ela só não tenha tido o incentivo certo ainda.

Aidê era um caso especial. Estava na divisão de cupidos desde que morrera em 1242 em uma incursão dos exércitos Cruzados. Mas ela não lembrava de nada da sua vida anterior, porque se recusava a se aproximar dos humanos, mas sua vida havia deixado marcas em sua alma e por isso deixara de acreditar no amor.

Algo que não servia para cupidos.

— Aidê! — a anja jovem se retesou, ainda tinha uma aparência humana com longos cabelos negros — Se você conseguir concluir o próximo trabalho que lhe passarmos, vamos te promover a "Guardiã".

Guardiões não tinham mais vantagens, mas tinham mais deveres. Aidê, porém, ficaria longe do amor como sempre queria e também perderia um pouco daquela imagem desconcertante de humano, talvez um olho a mais ou um rabo a fariam bem.

Era um plano perfeito e podiam colocá-la junto com a outra pedra no sapato.

Ansiosa, ela perguntou sobre sua nova missão, sem se aproximar do território das divindades. Se sentia desconfortável falando com o nada, por mais que não admitisse isso em voz alta.

— Sua nova missão é Júlia Oliveira — disseram, naquele uníssono desconfortável que parecia fazer sua pele molenga de humana tremer. — Você tem dois meses para fazê-la se apaixonar por qualquer um.

Júlia Oliveira. O quão difícil isso poderia ser se levasse a sério? Humanos estavam sempre atrás de sua cara-metade, a sua metade da laranja. Dois amantes, dois irmãos e todo aquele blablá esotérico e dessa vez ela poderia escolher qualquer um.

Já tinha um plano em mente quando foi até o pequeno apartamento duplex para observar seu alvo.

Jogar todos os pretendentes possíveis e focar no que ela se mostrasse mais inclinada.

 


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Notas finais do capítulo

Eu não uso notas finais desde que escrevia fanfic de Percy Jackson, mas vamos lá:
O que acharam do prólogo?
Porque esperam da história?
Gostaram da Aidê?
Algum erro de português? Que possa melhorar?

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