Dramione: O Que o Futuro Nos Reserva escrita por Natty Duarte Chuka


Capítulo 16
Contando o Segredo


Notas iniciais do capítulo

Hello, potterheads, boa leitura!



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/799856/chapter/16

Rose

Saí com Scorp do Ministério e fomos para um restaurante, já era horário de almoço. Contei para Scorp tudo que conversei com tio Harry e ele ligou para Alvo, pedindo para que ele parasse de procurar pistas e nos encontrasse na minha casa à noite. Alvo ficou confuso, mas concordou. 

— Rose, eu tenho medo… - Scorp disse e suspirou. 

Suspirei e olhei pela janela. - Eu sei que não é algo simples que está acontecendo. É algo maior do que imaginamos, só pela forma que o tio Harry falou.

— Será que eles correm perigo? 

— Com certeza. - voltei a olhá-lo. - Meu pai e meu tio estão estranhos há dias, trabalhando como loucos, quase não param em casa. Com certeza é algo perigoso.

— Que merda… - ele suspirou.

Roubei uma batata frita do prato dele e passei no ketchup, comendo em seguida, ainda bem tensa e preocupada. Ele me olhou e levantou uma sobrancelha. 

— O que? Eu fico com mais fome quando estou nervosa, você sabe. - dei um sorrisinho leve.

Chamei a garçonete, pedindo mais uma porção de batata frita com bacon e cheddar e um copo grande de refrigerante. Os trouxas sabiam muito bem como aproveitar a vida, nessa parte.

— Você é igualzinha seu pai nisso, né? - ele riu baixo e terminou de comer, me dando o que sobrou de suas batatinhas.

— Fazer o que, né… - ri baixinho enquanto atacava as batatas e esperava pela próxima porção. - Mas assim vai ser fácil para você descobrir quando estou nervosa e me agradar.

— Ah, é? Comida vai ser como um aviso de uma Rose Malfoy estressada?

— Rose Malfoy… - sorri, olhando-o.

— Claro… ainda vai demorar um pouquinho, mas já posso chamá-la assim. - ele disse com um brilho no olhar e aquele sorriso que sempre me fazia ficar boba.

— Sempre que quiser, Malfoy. - pisquei para ele e terminei de comer. 

— Vou querer sempre, Malfoy. - ele disse e piscou para mim também. Eu tinha tanta sorte por ter Scorp, pela relação linda que tínhamos… 

 

¤ ▪︎ ¤ ▪︎ ¤

 

À noite, Alvo chegou e ficamos conversando na sala, enquanto esperávamos meu pai e tio Harry chegarem. Assim que ouvimos a porta ser aberta, ficamos em silêncio. Eles entraram e foram direto para a sala, tensos, especialmente meu pai.

— Desembuchem! - falei de uma vez, enquanto eles sentavam no sofá de frente para o nosso. 

— Rose… - meu pai suspirou. 

— Pai, por favor, o que estão escondendo? 

— É complicado… 

— Então nos explique. Merecemos isso. 

Ele olhou pro meu tio, que falou: - Rose e Scorp, os pais de vocês estão em uma missão para o Ministério. 

— Meu pai? Mas ele não trabalha no Ministério. - Scorp respondeu. 

Segurei sua mão e respirei fundo. - Continue… 

Tio Harry suspirou e continuou: - Rodolphus Lestrange fugiu de Azkaban, seguramos a notícia para não deixar o mundo em caos, assim como fizemos com alguns ataques que já ocorreram em algumas vilas pequenas.

— Ataques? Vocês estão escondendo o perigo, pai? - Alvo disse indignado. 

— É mais complicado que isso, filho… - ele suspirou. - Draco foi procurado para se aliar a eles, mas tinha que provar sua lealdade sequestrando uma Granger… - ele me olhou. - Hermione ou você.

Senti meu coração parar por um segundo e esqueci como respirar. Scorp apertou minha mão.

— Draco nos contou, Hermione bolou um plano e agora eles estão lá. Draco está protegendo-a, e estamos sempre em contato, mas ainda não conseguimos uma brecha boa para atacarmos sem machucar Hermione ou ele.

— Não… - sussurrei e ofeguei. Scorp respirou fundo e me olhou. Senti as lágrimas caindo pelo meu rosto e tentei respirar fundo, com dificuldade. 

— Amor, respira fundo… - Scorp disse num tom baixo, tentando manter a calma. 

— Não, minha mãe… - balancei a cabeça negativamente e olhei para a parede, tremendo um pouco e suando frio, ainda com dificuldade para respirar.

— Ela está tendo um ataque de pânico, Harry! Por isso eu não queria contar! - ouvi meu pai dizer parecendo desesperado, mas não consegui pensar no que ele disse, só pensava em minha mãe nas mãos de bruxos do mal. Minha mãe sofrendo. - Filha, olha para mim… - ouvi meu pai e senti ele segurar meu rosto entre as mãos, delicadamente. - Está tudo bem, meu amor… 

Olhei para ele e, com muita dificuldade, consegui focar. - Pai… - sussurrei.

— Oi, Rosie… - ele sorriu. - Está tudo bem, sua mãe vai ficar bem, meu amorzinho… 

— Eu tenho medo… - balancei a cabeça e ofeguei. Ele me abraçou e deu um beijinho na minha cabeça e finalmente consegui respirar, chorando baixo e soluçando um pouco, abraçando-o um pouco forte.

— Não precisa ter medo, estamos fazendo tudo para que dê tudo certo, filha… - meu pai disse com a voz tranquila. 

Balancei a cabeça concordando e respirei fundo algumas vezes, me acalmando um pouco. Não me lembrava de algo assim ter acontecido comigo antes, mas algo me dizia que já aconteceu. Scorp me deu um copo de água quando meu pai se afastou um pouco, mas continuou abaixado perto de mim. Bebi a água devagar e consegui me acalmar. 

— Pai… eu já tive isso? - olhei para ele.

— Quando era mais nova, antes de entrar em Hogwarts… - ele suspirou. - Não achamos que aconteceria novamente, já que não aconteceu em tantos anos.

— Isso é horrível… - suspirei e apertei o copo um pouquinho. 

— Vamos cuidar disso, meu amor.

Balancei a cabeça levemente, mas olhei pra o tio Harry e depois para ele. - Nós vamos ajudar vocês.

— Filha… 

— Não, pai. A mamãe poderia não querer me contar, mas eu não vou simplesmente sentar e esperar enquanto ela e meu sogro correm perigo. E vocês também. - suspirei.

— Não tem como fazer vocês mudarem de ideia, né? - ele olhou para nós e se levantou. Negamos com um leve aceno de cabeças. - Tudo bem, mas vão seguir regras e não vão fazer besteiras.

— Fazemos como quiserem… - Scorp respondeu e voltou a segurar minha mão. 

— Filho, sua mãe não pode nem desconfiar disso, entendeu? - tio Harry falou para Alvo e ele balançou a cabeça concordando. 

— Ninguém vai saber sobre isso, pai. 

— Ótimo. Descansem e amanhã nos encontramos no Ministério de manhã para explicar tudo melhor para vocês. 

— Obrigada, tio Harry. - dei um sorriso leve e ele sorriu para mim, saindo com Alvo.

— Rose, você quer algo? Vou fazer o jantar. - meu pai falou.

— Não quero comer nada, pai, eu só quero deitar… 

— Filha, come pelo menos um pouco… por favor. - ele insistiu. Claro, eu sempre fui uma mini cópia da fome dele e era estranho não ter fome, principalmente depois do que aconteceu.

— Tudo bem, só um pouquinho. - aceitei. - Mas posso comer na cama?

— Como quiser, meu amor. - ele sorriu e deu um beijinho na minha cabeça antes de ir para a cozinha.

— Devíamos pedir comida, você sabe né? - Scorp disse baixo.

Ri baixinho e fiz uma caretinha. - Ainda bem que vou ser obrigada a comer pouco, já você… - dei de ombros e ele revirou os olhos.

— Como você é maldosa, Rosie. 

— Só um pouquinho… - sorri e ele me deu um selinho, logo saindo do ar brincalhão.

— Eu fiquei preocupado, amor… não sabia o que fazer… - ele suspirou. - Desculpa… 

Acariciei seu rosto delicadamente. - Está tudo bem, nem eu sabia que tinha isso. - suspirei. - Mas não se preocupa, estou bem, só quero minha cama… 

— Eu te levo. - ele se levantou e me pegou no colo com cuidado, como se eu pudesse quebrar, subindo as escadas devagar. Deitei minha cabeça em seu ombro e fechei os olhos, cansada depois dessa crise, ainda pensando em minha mãe e também em Draco. Eles estavam correndo tanto perigo… 

 


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!




Hey! Que tal deixar um comentário na história?
Por não receberem novos comentários em suas histórias, muitos autores desanimam e param de postar. Não deixe a história "Dramione: O Que o Futuro Nos Reserva" morrer!
Para comentar e incentivar o autor, cadastre-se ou entre em sua conta.