Dramione: O Que o Futuro Nos Reserva escrita por Natty Duarte Chuka


Capítulo 15
Entrando no Ministério


Notas iniciais do capítulo

Hello, potterheads, boa leitura!



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Rose

Fomos para uma das cabines telefônicas que levava para o Ministério e coloquei a capa antes de ser vista, entrando na cabine com Scorp. Ele digitou a senha e fomos para o Ministério, mas eu nunca me acostumava com isso. Respirei fundo, controlando a respiração. Não era a primeira vez que eu me escondia com a capa, mas era a primeira vez de algo tão… ilegal.

Scorp entrou no Ministério e cumprimentou alguns bruxos, indo até a recepção e avisando que queria conversar com meu pai. A recepcionista o avisou e ele mandou Scorp subir. Fiquei próxima a ele o tempo todo, tomando o máximo de cuidado para não esbarrar em ninguém. 

Ele agradeceu e foi para o elevador, entrando e me dando tempo para entrar também. Subimos em silêncio, havia mais uma pessoa no elevador e câmeras também. Saímos do elevador e Scorp bateu na porta do meu pai, mas um auror avisou que ele estava na sala do tio Harry.

— Estranho… - sussurrei para que só ele ouvisse.

— Shh… - ele sussurrou, estava bem tenso, mas era justificável e ninguém parecia reparar, de qualquer forma. Fomos até a sala do tio Harry e ele bateu na porta. 

— Olá, Scorp. - meu pai abriu a porta e sorriu. - Aconteceu algo?

— Na verdade… talvez. - Scorp suspirou. 

— Entre, Scorpius… - tio Harry falou e meu pai abriu mais a porta. Scorp entrou e eu entrei rápido atrás dele antes que meu pai fechasse a porta. - Está tudo bem?

Me aproximei dele e olhei em seu computador estrategicamente virado para que ninguém do outro lado pudesse ver a tela. Estava com um site aberto em um mapa e uma localização estranha, Jesstone. Talvez onde minha mãe estava em missão.

— E eu não sei, acho que pode ter acontecido algo… - Scorp dizia, mas eu não estava prestando atenção o suficiente para entender sobre o que ele estava falando.

Tio Harry suspirou. - Acho que deveria…

— Rose? - meu pai interrompeu e fiquei imóvel onde estava, próxima ao computador. Senti meu coração acelerar e prendi a respiração, tentando não fazer besteira. Ele se abaixou e pegou meu colar, que tinha quebrado o fecho sem que eu percebesse. Merda, xinguei mentalmente. 

— Merlin, eu não vi que caiu do meu bolso! - Scorp disse rápido ao ver o colar na mão do meu pai. - Rose pediu para eu levar para arrumar, mas ainda não fui. Ela iria me matar se eu perdesse esse colar. 

— Sério? - meu pai levantou uma sobrancelha, mas deu o colar para Scorp.

— Ron, não surta, Rose não está aqui. - tio Harry falou e suspirou. - Eu preciso terminar um assunto, você pode conversar com Scorp, por favor?

Meu pai suspirou e assentiu, indo para a porta ainda meio desconfiado. Scorp respirou fundo e se levantou, indo atrás do meu pai, mas resolvi ficar, tio Harry era mais promissor do que meu pai. Com ele, pode ser que eu consiga…

— Rose, pode tirar a capa agora. - ele interrompeu meus pensamentos. Continuei segurando a respiração e me mantive imóvel. Ele se levantou e olhou bem para sua sala. - Eu já tive uma capa da invisibilidade, que dei para Alvo… acho que eu reconheceria a diferença no ambiente com ela… - e se virou para mim.

Suspirei e tirei a capa da cabeça, mantendo só no corpo. - Tio Harry, eu posso…

— Eu sei porque. - ele suspirou e foi até sua cafeteira, fazendo dois cappuccinos. - Sente, nós vamos conversar.

Suspirei e tirei a capa, me sentando no sofá, ainda mais preocupada. - Por que não contou para o meu pai?

Ele voltou com as canecas e me entregou uma, sentando ao meu lado. - Ele iria surtar a toa, conhece seu pai. - suspirou e tomou um pouco de cappuccino. - Vocês querem saber sobre sua mãe e Draco, não é?

Balancei a cabeça levemente concordando e suspirei. - Estamos preocupados e não gostamos que nos tratem como crianças, nós precisamos saber o que está acontecendo e queremos ajudar, tio.

— Eu entendo, Rose, mas tem coisas que são muito complicadas e mesmo a sua mãe e o pai de Scorp gostariam que vocês não soubessem.

— Mas por que? - suspirei e bebi um pouco de cappuccino.

— Vamos fazer assim, vou conversar com seu pai e vamos decidir como contar à vocês. Hoje à noite, na sua casa. Mas você vai embora com Scorpius e não vai fazer nenhuma besteira, tudo bem?

— Tudo bem… - suspirei. - Mas por favor, tio Harry, nós precisamos de respostas.

— E vocês vão tê-las, Rose, só nos dê algumas horas.

— Vamos esperar, tio. - suspirei e bebi mais cappuccino, pensando no que ele disse. Então eu realmente estava certa e estavam escondendo algo de nós. Infelizmente, dessa vez, eu gostaria de estar errada.

 

¤ ▪︎ ¤ ▪︎ ¤

 

Ron

— Você ficou louco, Harry Potter?! - praticamente gritei e bufei, andando de um lado para outro na sala dele. 

Harry só poderia estar ficando louco querendo envolver Rose e Scorpius nessa confusão em que estávamos metidos. Era perigoso e arriscado demais, e prometemos a Hermione e Malfoy não contar nada para a segurança deles próprios. Isso era insano até para nós mesmos, para dizer o mínimo. 

— Ron, pensa um pouco. Rose e Scorp não vão desistir de saber o que aconteceu com seus pais, e eles iriam dar um jeito de descobrir, você sabe como eles são. Inclusive, tenho certeza de que Alvo também está envolvido nisso. - ele suspirou. 

— Harry, isso é loucura, quanto menos eles souberem…

— Mais vulneráveis vão estar. - ele interrompeu.

Olhei para ele e levantei uma sobrancelha. - Se Alvo quiser ajudar e se envolver nisso, vai deixar? Gina vai surtar, Harry.

— Eu me viro com Gina, inclusive ela pode querer se meter.

— Se ela se meter, todos os Weasley vão acabar sabendo e querendo se meter também. - revirei os olhos, irritado. - Harry isso não pode acontecer. Todos eles tem que saber o mínimo possível.

— Rose, Scorpius e Alvo precisam de uma resposta hoje, Ron. - ele disse. - Eu vou contar tudo para meu filho, e vou protegê-lo se ele quiser ajudar. 

— Harry… - reclamei. - Mesmo que eu não conte, Alvo vai contar para Rose e Scorpius. - me sentei e passei as mãos pelo cabelo. - Quando Hermione souber, você vai assumir a culpa e aguentar a fúria dela.

— Por mim, tudo bem. - ele suspirou. - E nós nos envolvemos numa aventura muito mais perigosa quando éramos mais novos do que eles e estamos vivos, mais fortes. Agora eles têm os pais para ajudá-los e protegê-los… eles precisam disso, não são mais crianças, apesar de nunca acharmos isso, Ron. Eles precisam fazer parte das nossas vidas, mesmo e especialmente nos momentos mais difíceis, eles precisam saber que podemos contar com eles, assim como sempre puderam contar com a gente.

— Isso não deixa de ser loucura só porque nós também fizemos algo parecido quando éramos mais novos, Harry. E olha tudo que passamos! Perdemos amigos, perdemos família, pessoas que amávamos... - balancei a cabeça negativamente.

— Mas, de certa forma, nos fez ficar mais fortes, Ron, nos fez chegar onde chegamos. Nada vai acontecer com eles, porque vamos protegê-los.

— E se algo acontecer com a gente?

— Independente de estarem envolvidos ou não, eles iriam sofrer da mesma forma, Ron. Isso não mudaria.

— Ainda acho uma loucura e acho que Hermione e Gina vão nos matar. - suspirei. - Mas vamos fazer isso. E vamos torcer para que nada ruim aconteça, Harry… 

— Vai dar tudo certo, Ron.

Fechei os olhos, me recostando no sofá, e pensei em Hermione, minha Mi, com aqueles bruxos idiotas… e Rose, minha pequena Rosie, que poderia correr ainda mais perigos se se envolvesse nessa história. Que merda!, xinguei mentalmente e suspirei, nem um pouco ansioso para a chegada da noite.


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