Gibbs e Jenny haviam se casado há quase duas semanas e depois de quase três anos entre idas e vindas do hospital, espiões e casos, os dois finalmente estavam casados.

Gibbs havia feito um barco especial em homenagem a esposa. Era um belo barco pronto para navegar em mar aberto.

— Que lugar bonito. – Jenny sorriu. – É tão calmo.

— Diferente do clima da agencia. – Gibbs afastou alguns cabelos da testa dela e a beijou. – Eu acho que nunca vou me cansar de você, minha deusa.

— Hmm. – Ela sorriu também. – É reciproco.

— Que bom. – Gibbs a viu se sentar no barco. – Eu quero te levar para a viagem em mar aberto da SS Jenny Gibbs.

— Esse nome literalmente combinou. – Jenny o espiou sobre os óculos de sol.

Ela sentiu a energia de estar navegando e entendeu porque Gibbs adorava esse passatempo. Alguém de LA estava enviando revistas de barcos e ela realmente queria descobrir e mandar um presente.

— Eu gostei de você ter me trazido. – Jenny colocou as mãos através da cintura do marido. – Mas talvez seja a hora de deixar pegar o mastro.

— Você pode pegar o mastro há qualquer hora e o leme também há qualquer hora. – Gibbs a corrigiu levemente, com uma indicação de segundo sentido. – Vem aqui.

Jenny foi para o lugar de Gibbs e ele foi para trás dela, a deixando navegar.

— Olha, eu estou pilotando o barco. – Jenny sentiu a segunda arma de Gibbs ganhar vida. – Eu estou sentindo uma segunda arma por aí?

— Talvez mais tarde minha linda esposa descubra. – Gibbs sorriu e a levou para onde sabia que havia uma casa. – Olhe para sua esquerda.

— Que casa linda. – Jenny olhou para a casa. – Quem será que mora ali?

— Acho que uma senhora sozinha. – Gibbs sorriu inventando uma história. – Acho que viúva. O marido dela morreu no mar. Todas as noites ela se senta na varanda achando que ele vai voltar.

— Sério? – Jenny suspirou, sabendo que se acontecesse com Gibbs, ela não viveria.

— Não. – Gibbs a ouviu soltar um suspiro e deu uma risada. – Pelo o que eu sei está abandonada há anos. Os donos não queriam ela, mas nunca conseguiram vender.

— Se eu tivesse uma casa assim, eu nunca abandonaria. – Jenny sorriu.

Naquele momento Gibbs soube o que deveria fazer.

Chegando em terra firme depois de deixar Jenny se vestir para o trabalho, afinal era segunda feira, ele procurou a imobiliária com uma coisa em mente.

— Posso ajudar? – A mulher que atendia na imobiliária se levantou.

— Claro. – Gibbs se sentou. – Eu quero comprar uma casa. Mas eu já tenho em mente qual.

— E qual é? – A moça adorava pessoas decididas.

— Essa aqui. – Gibbs deu a ela uma foto. – Sei que os donos já faleceram, mas eu quero comprar ela.

— Ninguém quer comprar essa casa por ela ser afastada. – A mulher falou. – Apesar de ter um jardim com um pedaço de lago ninguém quer sequer fazer uma visita.

— Eu sei que ela precisa de uma boa pintura, remodelagem, mas minha esposa adorou e eu quero dar para ela. – Gibbs viu a mulher sorrir. – E eu já conheço uma amiga arquiteta.

— O preço é esse. – Ela mostrou o preço. – Eles nem tinham mais esperanças de venderem. Pelo menos, vão ter algum retorno.

— Eu vou fazer o deposito. – Gibbs sorriu, já com as chaves na mão.

Ele tinha um bom nome sendo agente federal e foi direto para a empresa da amiga.

— Nicky? – Gibbs deu um abraço na garota. – Então, deu uma olhada nas fotos que eu te mandei?

— Sim, e quando quiser, as plantas já estão prontas. – Nicky tocou o ombro de Gibbs. – Vai ficar perfeito.

Gibbs olhou para a mão da garota e sabia se Jenny visse ela daria um jeito na garota.

Se passaram dois dias antes que a ligação chegasse. Gibbs colocou Jenny no carro e a vendou. Ele a levou para uma surpresa. O anel de casamento e de noivado no dedo dela.

Gibbs parou na entrada da casa e ajudou Jenny a sair do carro.

— Que surpresa é essa? – Jenny sorriu quando a venda foi tirada dela. – Jethro...

— Eu estava falando sério com você quando eu disse que eu comprei a melhor casa para a gente. – Gibbs viu Jenny sorrir e olhou para ele. – Você gostou.

Ela apenas correu até ele e o beijou apaixonada. A mão dela tocava os cabelos dele. Era um amor lindo de se ver.

— A arquiteta está nos esperando. – Gibbs sorriu, sabendo que Jenny não iria tolerar a intimidade que Nicky tinha com ele e que ele se incomodava também. – Nicky Grant, essa é minha esposa, Jenny Gibbs.

— É um prazer. – Nicky lançou um olhar gelado para Jenny. – Eu devo falar para você. Aquela sua prisão de ontem foi perfeita.

Jenny ficou um momento parar. Ela via que Gibbs não gostava daquele jeito de Nicky. Ela também sabia o que deveria fazer.

—Eu pensei em fazer algo assim. – Nicky abriu a planta. – Ar central, paredes brancas, um sistema ecológico todo remodelado.

— Em outras palavras, você vai derrubar essa casa? – Jenny não queria destruir a casa que ela gostou. – E se a gente fizer algo menos doido?

— Nicky, Jenny é que vai escolher, afinal a casa é dela. – Gibbs sentiu o telefone vibrar. – Com licença.

Jenny se aproximou e se sentou sobre a mesa onde o projeto estava.

— Eu acho que poderíamos fazer algo menos espalhafatoso. – Jenny viu Nicky suspirou.

— Faço vários projetos famosos, Jenny. – Nicky disse quase como se estivesse esnobando.

— Só que esse não é um projeto famoso. – Jenny fechou o rolo com o projeto.

— Jenny... – Nicky foi interrompida quando Jenny colocou os anéis para jogo.

— Você pode me chamar de senhora Gibbs. – Jenny mudou o tom de sua voz. – E eu sugiro que você controle essa sua mão boba e pare de dar em cima do meu marido.

— Mas... – Nicky viu Jenny levantar um dedo.

— E esse seu projeto é completamente impossível. – Jenny olhou para a mulher a sua frente. – E se quer pegar esse projeto, eu sugiro que mude a planta ou você pode entrar naquele seu carro cor de merda e ir de volta para o seu escritório. Então, pare de dar em cima do meu marido e faça melhor.

— Claro. – Nicky entendeu que Jenny não se intimidava fácil e viu Gibbs voltando. – Isso não se repetira.

— Tudo bem? – Gibbs viu o jeito que Nicky parecia mais afastada e parou de tentar flertar com ele.

— Sim, só estávamos discutindo algo menos espalhafatoso. – Jenny sorriu. – Alguma coisa que seja perfeita na medida certa.

— Certo. – Nicky apenas concordou. – Vou refazer o projeto e entro em contato. Agente Gibbs. Senhora Gibbs.

Nicky quase fugiu do casal.

— Eu nem preciso de seguranças quando eu tenho você. – Gibbs jogou as chaves do carro para ela. – Eu vou adorar ter você me levando.

Jenny apenas tirou os saltos, sabendo que não era legal dirigir assim e entrou, dirigindo o carro para casa.

Eles entraram perdendo calçados, roupas e qualquer peça que tinham. Logo eles teriam uma nova casa e eles estavam ansiosos para isso.