— Derek Morgan, volte já aqui! – Uma grávida Penelope com seu marido. – Eu sei que estou hormonal, mas isso não é motivo para fugir de mim!

— Não estou fugindo, Pen. – Derek disse para ela ao pé da escada. – Eu preciso de um tempo sozinho, só isso.

Descendo as escadas devagar, Penelope finalmente alcançou Derek e o envolveu em um abraço carinhoso.

— Fale o que está aborrecendo você desse jeito. – Penelope o olhou nos olhos. – Não se esqueça que eu nunca vou te julgar. E muito em breve, nossa bebê vai nascer. Ela não pode já ouvir seus pais brigarem dentro do meu útero.

— Eu não consigo esquecer aquela imagem. – Derek a abraçou, precisando de carinho de sua deusa. – Ela era parecida com você. Seus cabelos, seu rosto.

— Mas ela não era eu. – Penelope sorriu. – Eu ainda estou aqui. Nós duas ainda estamos aqui.

— Me desculpe se eu gritei com você. – Derek tocou a barriga de sete meses de Penelope. – Desculpe pequena Abigail.

— Eu amo esse nome, sabia? – Penelope sorriu. – Agora que todos os pingos nos “is” foram colocados, vamos para a cozinha. Eu preciso de sorvete com picles.

— Esses desejos de grávida são bem estranhos. – Derek disse enquanto pegava os picles. – Tem certeza que é saudável?

— Comparados a outras mulheres que comem tijolos e reboco de parede? – Pen perguntou enquanto mergulhava um dos picles com um garfo no sorvete e dava uma mordida. – Com certeza. Esse é totalmente seguro.

— Só para fins de preservação não vamos mais passar perto daquela obra no centro. – Derek deu uma risada. – Posso pegar um pouco de sorvete?

— Claro, se você quiser experimentar um pouco picvete. – Pen deu um dos dela para Derek. – É picles e sorvete juntos. Coma.

Derek deu uma mordida e estremeceu. O salgado dos picles se misturou com o doce do sorvete e ele tinha certeza que mulheres grávidas tinham misturas estranhas demais.

— Eu acho que nunca comi algo tão estranho na minha vida, Baby Girl. – Derek desistiu depois da segunda mordida, colocando o pedaço de pepino no lixo. – Prefiro tomar um tiro a comer isso.

— Sobra mais para mim. – Penelope sorriu. – Está tão perto de termos nossa pequena que eu mal me aguento de ansiedade.

— Funciona nos dois sentidos, bebê. – Derek colocou a mão no momento que Abby chutou. – Acho que teremos uma jogadora de futebol vindo por aí.

— Eu pensei que você quisesse um menino pela frente. – Pen sorriu. – Mas eu vejo que ter uma menina te deixou todo babão.

— Que bom, sabe? – Derek sorriu e a beijou. – Eu não me importo com o sexo, desde que venha com saúde. E eu ainda posso ensinar minha filha a jogar futebol.

No dia seguinte, os dois pegaram um caso e Derek ajudou Penelope a descer do carro. Ela se sentava com Derek em sua sala até pelo menos que ela tivesse a bebê.

— Bom dia, senhora Morgan. – JJ sorriu. –Como está minha afilhada hoje?

— Acho que ela vai fazer Caratê, jogar futebol e dançar. – Pen tentou sorrir. – Mas eu não me sinto tão bem como sempre.

— Eu vou levar você para um check up de meio-dia. – Derek passou um chá para ela. – Querida?

— Derek! – Penelope se levantou da cadeira e viu sangue. – Derek!

— Avise Hotch que eu levei Penelope para o hospital. – Derek a pegou nos braços e a levou para o carro. – Vai ficar tudo bem, Baby Girl.

— Eu não quero perder minha bebê, Derek. – Penelope gemeu, quando uma dor horrível bateu nada. – Oh, meu Deus!

Ligando os faróis e o giroflex, Derek violou nada menos que dez regras de transito. Ele passou sinais vermelhos, ele entrou na contramão e avançou sobre calçadas.

Uma multa valia menos que sua esposa e filha. Ele estacionou quase dentro do hospital e correu para tirar Penelope de dentro do carro.

— Eu preciso de um médico agora! – Derek gritou com Penelope nos braços e logo uma maca foi trazida. – Ela está perdendo sangue. Por favor, ajudem-na!

— Senhor se acalme e me deixe fazer meu trabalho. – A enfermeira disse com autoridade. – Qual seu nome?

— Penelope Morgan. – Penelope sentiu um IV sendo conectado a ela. – Estou no sétimo mês de gravidez.

— Certo, vou chamar o médico. – Ela olhou para Derek. – Fique com ela.

Derek acariciou os cabelos de sua Penelope e a acalmou.

— Senhora Morgan, sou o Dr Carlisle. – O médico entrou. – Merda! Liguem para a sala de cirurgia. Senhor Morgan, faremos uma cesárea de emergência.

Derek olhou para o médico, esperando algo diferente e que o fizesse relaxar.

— Sua filha está em sofrimento fetal. – O médico explicou. – Houve alguma briga ou stress?

— Eu e ela discutimos por causa de uma coisa sobre o meu emprego. – Derek se sentiu envergonhado. – Mas ela estava bem, não entendo.

— Está tudo bem, as vezes demora. – O médico acalmou Derek. – Você pode entrar e assistir ao nascimento de sua filha.

Derek se sentiu tão perdido no momento em que vestiu a roupa de hospital para entrar e ver a filha nascendo.

Penelope segurou a mão de Derek no momento em que recebeu a epidural. Ela tentava ser forte, sabendo que a filha estaria mais cedo com eles.

— Certo, você está sendo aberta nesse momento. – Derek olhou para ela. – Agora eu conheço como são suas entranhas, Baby Girl.

Ela deu uma risadinha. Derek era tão fofo. Ele nem hesitou quando o médico disse que ele teria que colocar uma roupa de cirurgião.

— Puxa, agora parece que uma bomba estou em você, Baby. – Derek segurou a mão dela quando a filha começou a ser puxada. – Eu nem sei como explicar esse dia.

— Ela está bem? – Penelope perguntou.

— Eu acho que ela está perfeita. – Derek sorriu e então ouviu algo que ficaria para sempre em sua mente.

A bebê chorou e Derek deixou as lágrimas caíram de seus olhos. Penelope sorriu para Derek chorando pelo choro de sua bebê.

A pequena foi enrolada em um cobertor do hospital e chorou ao segurar a filha pela primeira vez. Ele olhou para a menina, seus pequenos olhando para Derek. Ele foi um jogador por muito tempo quando podia Penelope com ele.

Mas ao ver a filha no colo de sua esposa e mãe da menina era uma cena perfeita. Ele deu o celular para uma enfermeira e se abaixou, olhando direto para a bebê. Uma foto foi tirada daquele momento.

A equipe sentiu seus celulares vibrarem e todos sorriram ao ver que Derek e Penelope eram pais. Hotch falou com Strauss e a enfrentou dizendo que eles enviariam a equipe B para o caso e voltariam para ir ao hospital.

— Ela é perfeita, Derek. – Penelope olhou para a filha agora vestida com um macaquinho cor de rosa. – Ela já minha pequena riqueza.

— Nossa riqueza, Baby Girl. – Derek sentiu um desejo grande de proteger a filha de todo o perigo do mundo. – Você e eu fizemos uma linda princesa.

— A gente concorda. – Hotch abriu a porta e todos tinham um balão de “It’s a girl” em suas mãos e os amarram na cabeceira da cama de Penelope. – E eu acho que agora a gente sabe o ponto fraco de Derek.

— Com certeza. – Derek sorriu e pegou a filha nos braços levando-a até seus amigos.

Abigail era o pequeno anjo dos Morgans. Quando Fran, a mãe de Derek veio conhecer a neta, ela se derreteu de amor, assim com Sarah e Desire.

Mas acima de tudo, Derek e Penelope eram apaixonados na filha. Eles se beijaram quando Rossi tirou uma foto dos três, que agora estava exposta na parede da casa deles dois, junto com a foto do parto.