Oneshots De Séries escrita por Any Sciuto
— Eu agradeço por vocês terem aceitado virem ajudar a pintar essa casa. – Elisa abriu a porta com uma Sophie sonolenta nos braços. – Ela vai ficar na barraca dela, protegida do sol enquanto a gente faz a pintura.
— Estou feliz de ter aceitado. – Kensi sorriu. – Isso significa que vamos ganhar sorvete no fim.
— Você deve ficar com Sophie. – Deeks disse. – Eu li online que os vapores de tintura fazem mal para o bebê.
— Ok, mas eu quero sorvete quando voltarmos para casa. – Kensi segurou Sophie nos braços e as duas entraram na casinha de bonecas, que era em tamanho real.
No corredor, Callen pintava a primeira camada de uma tintura azul claro. Elisa olhou para o marido e sentiu sua boca salivar quando o viu no macaquinho de jardineiro. Ele não tinha camisa e sorriu para ela assim que se virou.
— Callen, que tal uma camiseta? – Deeks brincou com ele. – Não que eu fique um pouco com vergonha, mas é que eu não preciso ver mamilos masculinos.
— Nah, você já foi em um banho russo, Deeks. – Ele deu uma risada e jogou um pincel para o amigo. – Vamos, Picasso.
Elisa deu risada enquanto Sam pegava um rolo com um cabo e mergulhava na tinta rosa do quarto de Sophie.
Any entrou por lá também e começou a pintar a parte roxa. As duas cores eram as escolhidas para o quarto. Elisa entrou no próximo quarto e começou a pintar de azul. Seu coração estava a mil assim que ela pensou em um segundo filho com seu amor.
Kensi colocou Sophie para dormir no bercinho e se surpreendeu por existir um na casinha de bonecas. Ela sempre soube que quando Elisa tinha que trabalhar, Callen ficava com a menina, mas nunca suspeitou que o agente levasse a filha para brincar.
— Eu acho que seu pai guarda as fraldinhas aqui. – Kensi sentiu o cheiro vindo da menina e sorriu. – Como uma coisa linda e pequena consegue cheirar tão ruim assim?
Abrindo, Kensi percebeu uma caixa de madeira em que o nome de Sophie foi escrito com letras douradas, pintadas a mão. Ela adorou os detalhes nos cantos.
Depois de trocar a menina, ela deixou a curiosidade vencer e pegou a caixa com cuidado. Abrindo, ela se sentou quando percebeu que Callen estava guardando um livro para quando a filha estivesse maior e pudesse ler.
Eram todas pequenas histórias sobre Sophie. Haviam comentários sobre pequenos pensamentos que ele tinha sobre a filha e a esposa.
“Dia um: Descobri que minha Elisa está grávida. Eu não poderia pedir algo melhor. Ser pai de um menino ou menina vai me fazer sorrir todo o momento. A única coisa que eu posso pedir é que venha com saúde. Eu prometi a mim mesmo que um dia teria uma família e agora isso está se tornando realidade. Eu amo esse bebê”.
Kensi respirou fundo quando percebeu que uma lágrima escorreu. Talvez ela devesse começar a escrever um também para seu bebê.
Callen sorriu ao ver que Sam e Any estavam começando a fazer os pequenos detalhes de coroas, laços e um desenho maior. Era um castelo de princesa. Da princesa Sophie.
— Aqui, peguei um monte de sanduiches e suco. – Elisa colocou em uma das mesas. – Não podemos beber enquanto estamos pintando.
— Eu agradeço, amiga. – Any se serviu de um sanduiche e suco. – Morango e goiaba. Perfeito.
— Minha garota é prendada demais. – Ele deu um sorriso e a beijou. – Falando nisso, eu vou ver Kensi e Sophie.
Se levantando e indo em direção a casinha de princesas, ele viu Kensi ler o caderno. Porém, ao invés de ficar ofendido ou com raiva, ele sorriu. Era bom saber que Kensi o encontrou.
“Dia 45: Primeiro desejo de gravidez.
Li em uma matéria na internet que mulheres podem desenvolver uma síndrome. E ela tem um nome muito obsceno. Elas literalmente sentem o desejo de comer tijolos. Por precaução, passei a evitar uma obra na rua onde sempre passamos para ir ao trabalho.
Fico feliz que Elisa só tenha me pedido para ir ao mercado e comprar sorvete de morango, picles e mostarda. Foi o primeiro desejo de grávida”.
— Esse dia foi maluco. – Callen viu Kensi fechar o livro e o colocar na mesa. – Está tudo bem. Eu fico feliz que alguém saiba sobre ele.
— Eu pensei coisas ruins pensando em você aqui com ela. – Kensi ficou triste. – E então percebi que você nunca faria isso.
— Eu sei, ultimamente o mundo está tão ruim e somos agentes. – Callen segurou a filha. – Mas eu nunca faria isso com um bebê, especialmente o meu.
— Achei lindo seu caderno, com tudo o que está escrito. – Kensi sorriu. – Foi você que fez a caixa e os detalhes?
— Sim, queria algo especial para guardar. – Callen deitou a filha e viu Elisa entrando. – Querida, aqui.
— Você vai ficar bravo se eu disser que tenho lido isso sempre que estou aqui com nossa bebê? – Elisa sorriu para ele. – Ou talvez “me punir”?
— Eu vou decidir depois. – Callen sorriu. – De qualquer forma, eu comecei a escrever no momento em que Elisa foi para o hotel entrevistar aquele doido. Sempre quis ter um bebê e eu acho que é ótimo finalmente escrever algo além de relatórios.
— E estou amando demais. – Elisa pegou a filha em seus braços. – Ela tem bastante sorte em ter tios e pais que a amam.
— Tem razão. – Deeks trouxe a bandeja. – Sam e eu estranhamos a demora então trocamos a casa pronta e recém-pintada pela casinha de princesas.
— Aliás, esse foi um dos nossos melhores trabalhos, amigo. – Sam brindou o copo de suco com o de Callen. – Saúde, amigo.
— Sim, e nós três também. – Kensi brindou o dela com o de Elisa e de Any. – Agora que tal deixarmos os rapazes cuidando de Sophie e irmos comprar umas roupas lindas?
— E que tal se nós todos fossemos? – Callen sugeriu. – Vamos adorar passear também.
— E posso te comprar sorvete. – Deeks ofereceu a Kensi. – De morango, chocolate ou de amor.
— Não sei, foi com esse último que eu fiquei gravida. – Kensi provocou Deeks e o viu corar. – Desculpe.
— Quando suas seis semanas acabarem, eu vou te mostrar que nunca se provoca o cupido de amor. – Deeks ouviu risos de todos os outros.
— Eu acho que somos uma bela família. – Callen sorriu para as duas melhores coisas de sua vida. – E não falo apenas de nós, mas daqueles malucos ali.
— Sim, especialmente quando eu posso muito bem precisar de um quarto para um bebê em breve. – Elisa viu Callen freando bruscamente. – Amor, com cuidado.
— E você pintou mesmo assim? – Ele olhou para ele.
— Na verdade, a tinta não tinha aqueles aditivos e eu queria que Kensi descobrisse o caderno. – Elisa sorriu. – Eu só quero manter o segredo por mais um tempo.
Callen sorriu e a beijou, concordando com o plano. E além disso, dessa vez, talvez eles fizessem um chá de revelação. Era um de seus sonhos.
A casa ficou linda. Cada quarto tinha uma cor diferente ou duas. Any havia instalado um pequeno pote do brilho, que eram pisca-piscas de natal em um pote, mas que dava uma cor a mais. E por isso, eles ficaram conhecidos com a família colorida, especialmente quando o pequeno Chris chegou. Adicionou mais cor a já perfeita família.
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