Thomas Magnum estava novamente na mesma situação que parecia estar literalmente.

Ele foi para casa logo depois de um evento na praia com seus amigos, mas nem mesmo chegou aos portões.

Sua cabeça ouviu a freada brusca de uma van logo trás dele, dois tiros em ambos os pneus traseiros e em seguida, a agulha sendo colocada em seu pescoço.

— Droga Thomas. - Juliet jogou o telefone longe na cama e se levantou ao ver que já passavam da meia noite e seu amigo não havia chegando. - Eu não acredito que ele está na farra de novo.

Rick acordou do nada, sentindo seu corpo encharcado de suor e sua respiração estava presa. Ele se levantou da cama, deixando Suzy dormindo.

— Rick, já são quase uma da manhã. - TC olhou para o relógio da parede. - Algo de errado?

— Não sei, eu acho que tive um pesadelo com Thomas. - Rick podia ouvir o silêncio. - TC?

— Você sabe que nosso menino é um ímã de problemas. - O homem disse para Rick. - Já tentou ligar?

— Dá sempre ocupado. - Rick sentiu uma brisa gelada vir ao seu encontro. - Talvez eu desligue o telefone e ligue para a Juliet.

— Faça isso. - TC desligou e esperou para que Rick ligasse para ele de volta.

Enquanto isso, Thomas começou a voltar para si, tentando entender porque suas mãos estavam elevadas e ele nem conseguia fazer elas descerem.

— Quem está aí? - Thomas gritou, ouvindo risadas logo após. - Juliet? Rick? TC? Isso não é engraçado.

— Não mesmo, senhor Magnum. - O homem deu mais uma risada e tirou o capuz da cabeça dele. - Sabe quem sou eu, não é?

— Osi Shima. - Thomas disse, sem pestanejar. - Você é um homem ruim.

— Homem ruim? - Osi deu uma risada com o termo que Thomas usou. - Mais como um grande chefe do crime. O maior e melhor.

— Você tem alguma razão para isso? - Thomas estava com vontade de bater em Osi. - Porque com certeza você não me trouxe aqui para tomar chá e biscoitos.

— Tem razão. - Osi fez sinal para um de seus capangas. - Eu tenho um emprego para você.

— Com todo o respeito, eu já tenho um emprego. - Thomas disse. - Eu investigo casos, sou detetive particular.

— Como quiser chamar. - Ele fez sinal para um de seus outros capangas e ele lhe trouxe uma foto. - Preciso que ache meu filho. E antes de uma recusa, eu quero que preste atenção. Você só tem mais oito horas de vida.

Thomas sentiu seu corpo pesado com a revelação. Ele realmente esperava que fosse uma piada, mas pela cara do Shima...

— Eu injetei uma substância em seu corpo que vai matar você se não tiver o antídoto. - O homem mais velho riu do olhar de Pânico de Thomas. - Eu preciso que ache meu filho, Kenji. Ele sumiu há quase dois meses e eu sei que ele ainda está vivo.

— Com todo respeito, eu não sei se posso achar alguém em oito horas. - Thomas olhou diretamente para o homem a sua frente. - E por que tanta pressa?

— Como você, estou morrendo. - Osi se sentou na frente de Thomas. - Mas quero ver meu filho antes.

Enquanto isso, na mansão, Juliet foi acordada pelo som de seu celular tocando. Como Thomas e Gordon, Rick tinha seu próprio toque de telefone. TC também tinha, mas ela ainda não havia estreado.

— Rick? - Juliet atendeu no segundo toque. - Thomas está com você?

— Eu esperava que ele estivesse com você. Na mansão. - Rick podia muito bem ouvir a pergunta dela. - Jules?

— Thomas não voltou depois do evento na praia. - Ela se levantou, convencida de que havia algo de muito errado. - Diga para TC vir para cá.

— O que pretende fazer? – Juliet estava ansiosa com tudo o que estava rolando. – Quero dizer, nem ao menos sabemos onde Thomas está atualmente.

— A Ferrari é um lugar que podemos começar. – Rick desligou o telefone e deu um beijo em Suzy, que ainda dormia na cama. – Querida, eu tenho que ir.

— Está bem. – Ela se virou, ainda dormindo e Rick a cobertou, dando um beijo em sua noiva.

TC pegou seu helicóptero depois de ter certeza que seu filho adotivo estava bem com Shammy cuidando dele. Indo em direção ao ninho do Robin, ele jogou a luz de emergência na estrada e foi quando encontrou.

Rick vinha pela estrada e seguiu a luz de TC em direção a estrada. Ele parou o carro ao ver a Ferrari lá parada e com as chaves na ignição.

— TC, você está realmente achando que.... – Rick nem conseguiu completar só pensando que Thomas parecia atrair todo o tipo de lixo.

— Eu não sei o que pensar, amigo. – TC seguiu para a mansão e ligou para Juliet. – Juliet, achamos a Ferrari abandonada na estrada.

— Merda. – Juliet pegou a chave reserva e assim que saiu viu o carro de Rick. – Me leve até a Ferrari.

— Você não vai precisar das chaves. – Ele podia ver nos olhos dela um semblante de horror.

Thomas sentiu seu corpo começar a doer. Seus braços estavam acima de sua cabeça há quase duas horas.

— Por favor, preciso ver Osi. – Ele decidiu que era hora de uma abordagem mais forte. – Eu acho que não posso fazer nada aqui.

— Eu sei disso. – Osi fez um sinal para seus capangas e eles puxaram Thomas para baixo, soltando as mãos dele. – Eu tenho certeza que assim que voltar a consciência você vai se concentrar no caso.

Thomas não teve tempo para descobrir o que o homem falava antes de sentir um pano com clorofórmio na boca e nariz. Ele desmaiou e Osi apenas balançou a cabeça.

— Deixem ele em algum lugar visível. – Shima entrou no carro e se sentou no banco de trás. – Vamos.

Thomas foi jogado na van e os bandidos decidiram que seria um ótimo dia para provocar Katsumoto. Eles sabiam que o detetive ainda não sabia de nada e talvez um presente era bem-vindo.

Juliet aguardava Gordon para tirar digitais e o restante da perícia. Assim que tudo foi fotografado, etiquetado, e conferido, ele liberou o carro.

Já estava quase amanhecendo. Thomas já havia passado a noite desaparecido.

Colocado para fora da van, os dois capangas colocaram uma folha endereçada a Katsumoto e apenas saíram rapidamente.

— Senhor, eu já tenho tudo o que precisamos. – Katsumoto escutou o que o chefe estava falando. – Como?

Olhando para todos, ele apenas dizia que havia algo errado. Juliet correu para o carro no segundo que Katsumoto contou que haviam encontrado o detetive desacordado na frente da delegacia.

Eles se perguntaram sobre o motivo de isso ter acontecido.

Thomas se sentou na poltrona da casa de Juliet e segurou seu braço, apenas se lembrando o que havia acontecido com ele, quase com medo de contar.

Mas todos agora queriam a cabeça de Osi Shima e o antídoto para salvar seu amigo de um destino trágico