Sam sorriu ao ver sua garota colocando seus patins de gelo. Ele havia dado a ela uma centena de aulas antes de leva-la para patinar em um lugar grande.

— Se continuar a me olhar assim, talvez seja preciso tirar uma foto. – Ela fechou o velcro dos patins e sorriu. – Até porque eu sou uma promotora. E sou competente.

— E qual seria a minha pena? – Ele se aproximou dela, a beijando nos lábios. – Uma semana algemado na sua cama?

— Nossa cama. – Ela piscou para ele e se levantou. – E graças a você, eu posso virar uma patinadora profissional de gelo.

— Mas foi divertido ter que passar pomada no seu traseiro. – Ele sorriu e gemeu ao ver ela esquiar um pouco para longe dele. – Ei!

— Venha e pegue, garoto. – Any foi para perto da proteção.

Olhando para ela, Sam teve a certeza de estar fazendo a coisa certa. Ele estava feliz com alguém em muito tempo, seus filhos adoravam Any e ele precisava dela quase tanto com Callen queria Elisa.

E aqueles dois já haviam profanado até mesmo a sala de interrogatório da casa de barcos.

Nas quatro semanas antes de finalmente ter tudo pronto para o pedido de casamento, Sam se reuniu com várias pessoas.

A parada número um foi na joalheria. Ele havia encontrado um anel perfeito. Ele desviou um dos anéis de Any para poder mandar ajustar o anel de noivado sem que ela desconfiasse.

Hetty foi até o lugar com ele, como sua mãe. Ele estava focado em achar algo perfeito.

O anel escolhido foi um de esmeraldas com diamantes. Era a coisa mais cara, mas ele teve a ajuda de Hetty, que fez uma de suas mágicas e custou apenas 2.000 mil dólares em tudo.

Logo em seguida, ele pediu ajuda a Elisa para que ela distraísse Any.

— Eu acho que esse vestido é uma peça perfeita para seu encontro, Any. – Elisa colocou o vestido azul com pedrinhas ao longo da cintura na frente da jovem. – Sam não vai saber o que o atingiu.

— Na verdade, eu espero que ele saiba. – Ela disse saindo do provador com o vestido. – Então?

— Temos que lembrar de comprar um daqueles desfibriladores portáteis. – Elisa brincou. – E precisamos lembrar de comprar lingerie.

— Achei que você não usasse. – Any sorriu. – Afinal, se Callen é como Sam...

— Eu só uso para deixar Callen doido. – Elisa sorriu. – E não uso a parte de baixo. Ele já rasgou vários pares.

— Homens. – As duas sorriram uma para a outra.

Any comprou um lingerie preta com lacinhos e uma cinta liga. Samuel Hanna não saberia como chegou naquela posição quando ela tirasse o vestido.

— Sam, eu acho que esse lugar é perfeito para pedir alguém em casamento. – Callen entrou com o amigo dentro do espaço de patinação. – Mas ela sabe patinar?

— Mais um menos. – Sam olhou para um folheto sobre o balcão. – Talvez eu possa ensinar ela a esquiar.

— Sim, como eu ensinei Elisa. – Callen corou. – Muita dor e muito...

— Certo, G. – Sam sabia que Callen poderia ficar muito vocal sobre alguns assuntos. – Eu entendi que você e Elisa são como coelhos.

Callen deu uma risada fofa. Ele sabia que Sam corava rápido demais.

Any chegou em casa, colocando as sacolas dentro do quarto. Ela só comprava o que iria usar. Seu nariz estava alerta para a comida sendo preparada na cozinha.

— Hum, acho que temos coisas boas nessa cozinha. – Ela comentou, vendo Sam se virar para ela. – Você está uma delícia cozinha, querido.

— E você parece uma princesa, amor. – Ele deixou a comida cozinhando e foi em direção a ela, dando beijos até que ela choramingasse de vontade. – Acredite em mim, há muito mais de onde esse veio.

— Eu achei isso em cima da cama. – Any mostrou o cartão. – Vale 60 aulas de patinação no gelo?

— Quero te levar para patinar, mas sei que você tem medo de se machucar. – Ele serviu a comida e a viu suspirar. – Então, eu chamei uma professora para que ela pudesse ensinar a você como fazer isso.

— Você sabe como mimar uma garota, Sam. – Ela deu uma mordida na comida e gemeu de prazer. – Delicioso.

— Eu sou o mestre cuca original do seu prazer. – Ele pegou o garfo e o colocou na boca dela. – Eu te amo.

— Eu te amo também. – Ela o beijou e depois de guardarem a comida, os dois acabaram no quarto, com Any modelando a lingerie para Sam.

Isso os levou até hoje. Sam havia combinado com o homem que cuidava do lugar que em determinado momento, ele faria um sinal com a cabeça, como se fosse um rapper e do nada a pista começaria a ficar vazia.

Como todos os presentes naquele dia eram amigos do casal, eles estavam mais do que a favor da surpresa.

Pegando Any nos braços, ambos deslizaram pelo gelo, dando um ou outro beijo. Sam fez o sinal e um a um, os casais começaram a sair.

A porta foi fechada e uma mistura de luzes foi acesa. A música era Love Sweet Love do Little Mix.

Eles haviam se beijado na primeira aula que Any não caiu ao som dessa música e era perfeita demais para ser ignorada.

Sam percebeu Any olhando ao redor do lugar vazio e com as luzes e música. Ele a olhou nos olhos e ela começou a dançar de leve no gelo, fazendo com que ele quase esquecesse o que ele iria fazer.

Ele decidiu que ela precisava sentar. O vestido azul com pedrarias fazendo dela a coisa mais sensual que ele tinha visto.

— Querida, eu preciso de um momento sério. – Sam ouviu a música trocando para algo mais romântico. – Eu tenho que fazer isso.

— Sam, o que --- - Ela estava em choque com o que ele parecia querer fazer.

— Querida, desde o segundo em que eu te conheci, o meu mundo todo se abriu como um lindo botão de rosa. Você me completa, me faz feliz e me ajudou a superar cada uma das coisas mais ruins que eu vejo no meu trabalho. Ele nunca é fácil, mas com você ao meu lado, eu sei que posso fazer esse trabalho mais e mais vezes. – Abrindo uma caixa de veludo em forma de coração, ele mostrou que seu coração estava no lugar certo. – Any Smith, aceita ser minha esposa para todo o sempre? Quer casar comigo?

— Oh, meu Deus! – Ela estava chorando de amor. – É claro que sim, Sam. Eu quero ser toda sua.

— Eu vou por esse anel em você. – Ele deslizou a joia. – Mas você nunca vai ser toda minha. Você não é propriedade de ninguém.

— Você sabe que com esse discurso eu estou me apaixonando ainda mais? – Ela sorriu. – Eu te amo, meu noivo.

— E eu te amo, minha noiva. – Sam a beijou.

Todos sorriram e bateram palmas. Eles não precisavam ver o pedido para saber que ela tinha dito sim ao pedido. E foi uma proposta gelada, feita sob o gelo na pista de patinação.