Derek notou Penelope sentada na janela da casa que os dois passaram a morar juntos desde o noivado deles. A verdade era que ela estava muito chateada ultimamente e ele estava pensando que talvez tivesse a ver com a partida de Sérgio.

Ele sabia que Pen não estava triste por ele ter voltado para Emily, mas porque ela estava sentindo falta de um gatinho para lhe fazer companhia.

— Baby Girl? – Derek a viu se virar para ele. – Eu tenho que ir em um lugar. Vou trazer o jantar para você, ok?

— Está bem, Hot Stuff. – Pen limpou uma lágrima assim que ele a beijou. – Você vai demorar?

— Depende da velocidade que eu conseguir resolver. – Derek viu o olhar chateado de Pen. – Eu te amo, ok?

— Eu também, Derek. – Penelope pegou algumas roupas para lavar e as colocou na lavadora.

Derek dirigiu até um dos muitos abrigos para gatos que ele sabia que existiam na Virginia. Tantos gatos e gatas eram abandonados diariamente e ele sabia que se trouxesse Pen, ela iria querer levar o abrigo todo. E sinceramente, ele não poderia culpar ela.

— Com licença, eu gostaria de adotar um gatinho. – Derek entrou e a mulher do abrigo sorriu. – Minha noiva está triste desde que o gatinho que ela cuidava para uma amiga teve que retornar para ela e eu adoraria fazer com que ela se animasse.

— Uma atitude muito nobre, Sr... – A mulher precisava do nome de Derek.

— Morgan. – Ele apertou a mão dela. – Derek Morgan.

— Bem, Sr. Morgan. – Ela o conduziu por um corredor com as baias onde os gatos ficavam quase vazias. – Graças a um festival de adoção, temos poucos. Mas eu sei de alguém que precisa de um lar e que vai ser maravilhosa.

A mulher parou na frente de uma gaiolinha onde havia uma gatinha de uns dois meses. – Nós a chamamos de Eva, mas vocês podem trocar o nome dela.

Derek olhou para a gatinha, deitada, mas no momento em que ele chegou perto dela, a pequena abriu os pequenos olhos amarelos e Derek sentiu uma grande conexão com ela.

Eva era uma gatinha tigresinha, com o focinho branco e pelagem como se fosse uma mistura de onça com zebra. Ela olhou para Derek e deu um miado fofo.

— Por que ninguém a quer? – Derek perguntou. – Ela é linda.

— Porque ela é mais tímida do que o resto dos gatos que temos aqui. – A protetora disse. – Ela nunca se deu bem com um adotante, todos acham que ela é introvertida.

— Pois eu gostaria de tentar com ela. – Derek viu a protetora abrir a portinha. – Pode vir aqui, lindinha?

Eva hesitou em pouco, mas logo em seguida correu e pulou no braço de Derek, ficando por lá. A protetora sorriu. Finalmente alguém que a pequena Eva poderia chamar de seu dono.

Penelope olhou para o relógio. Derek só tinha saído a uma hora e ela decidiu ir e buscar algumas informações em seu escritório na casa nova.

Derek havia escolhido tudo naquele espaço e colocou quatro telas para que ela pudesse fazer seu trabalho de casa se precisasse. Além disso, o lugar tinha isolamento acústico para que ela não se preocupasse em fazer barulho quando analisasse as imagens pesadas.

Assinando a última linha do termo de responsabilidade de adotante, Derek pegou Eva em seus braços e a colocou no banco do carona enquanto ele dirigia direto para um veterinário.

Uma amiga de sua irmã era veterinária e concordou em atender a pequena para um check up. Ela já tinha as vacinas e castração garantidas assim que ela tivesse idade.

— Ela está bem de saúde, Derek. – Alissa sorriu. – Tenho certeza que Penelope vai amar essa mocinha.

— Obrigado por me atender, Alissa. – Derek sorriu. – Com certeza Penelope vai amar.

— Aqui estão todas as coisas que você vai precisar saber para cuidar dessa moça. – A médica sorriu. – E Derek, obrigada pelo conjunto de talheres. Eu e Julie vamos adorar usar.

— Foi uma honra. – Derek sorriu. – Será que você tem uma caixinha de transporte para ela?

— Claro, na frente. – Alissa apontou para a entrada e Derek viu a que ele adorou. – Mande um beijo para Pen.

Depois disso, Derek colocou a gatinha na caixinha de transporte cor de rosa que tinha comprado no veterinário e seguiu direto para comprar tudo que a felina iria gostar.

— Pen? – Derek ligou para a noiva. – Estou um pouco atrasado, eu sei.

— Onde você está, Derek? – Penelope sorriu. – Eu sinto sua falta.

— Eu estou trabalhando em algo para você, minha deusa. – Derek respondeu, feliz. – Escute, eu vou trazer a comida e algo a mais. Me espere do lado de fora em vinte minutos.

— Farei isso. – Pen sentiu que havia coisas boas chegando e ela resolveu se vestir melhor.

Ela recebeu uma foto de Sérgio e sorriu para a imagem do felino. Ela sentiria a falta dele, mas percebeu que sempre que Emily fosse para um caso, ela poderia cuidar dele.

Derek olhou para Eva e para o tanto de coisas que estavam no porta-malas. Ele havia comprado de tudo e sabia que Penelope estaria doida para ver a sua surpresa.

Ele pegou comida chinesa e foi para casa. Penelope o esperava, vestida como sempre. Perfeita.

Estacionando o carro, ele podia ver a confusão de Penelope em seus olhos.

— Derek, o que...? – Pen abriu a porta do carona e olhou para a caixinha de transporte. – Oh, meu Deus.

— Pen, eu acho que você deveria conhecer alguém. – Ele a viu abrir a caixinha de transporte. – Essa é Eva, sua gatinha.

— Ela é linda. – Pen pode ver a pequena cheirar sua mão e em seguida se aproximar dela e começar a ronronar. – Oh, acho que ela gostou de mim.

— Sim, tenho toda a certeza, querida. – Derek sorriu. – Se quiser, podemos mudar o nome dela.

— Eu gosto de Eva. – Penelope sorriu, levando a pequena para dentro. – Comprou o pet shop todo, foi?

— Eu bem que queria. – Derek sorriu.

Quatro horas depois, duas garrafas de refrigerante depois e uma Eva hiperativa depois, tudo estava montado. O banheiro de Eva era com uma privacidade, ela tinha uma coleira que abria a porta dos quartos, mas não a da frente, havia uma torre de arranhador e um caminho de gato pela parede.

— Serio, ficou tão perfeito Derek. – Penelope sorriu para o noivo. – Só tem uma coisa que pode melhor isso.

Derek olhou para Pen enquanto ela levantava a blusa e ele começou a chorar de alegria. O desenho da camiseta era um neném usando a barriga como lua.

— Pen, isso melhorou ainda mais. – Derek viu a pequena Eva se aproximando e exigindo atenção. – Acho que sou o homem mais feliz do mundo.

E ele foi. Ainda mais quando descobriu que seria uma garotinha.