No momento em que a BAU desceu no aeroporto de Los Angeles, todos se sentiram em casa. Era como se todos os problemas que eles haviam enfrentado antes fossem distantes.

Penelope ainda estava absorvendo a morte de Lisa no estacionamento da BAU. Ela sentia muito pela mulher, mas todas as vezes que ela se lembrava que ela a ameaçou, isso a deixava mal.

— Querida, se você não está se sentindo bem, talvez precise descansar. – Luke ajudou Penelope a se sentar no SUV. – Você está grávida e quase no final da gestação.

— Eu agradeço pela preocupação, querido. – Penelope encostou a cabeça no vidro. – Mas eu preciso ajudar. Foi para isso que eu vim.

— Você veio porque a chefe queria você conosco, gatinha. – Rossi sorriu. – Mas Emily em pessoa ligou para o hotel e colocou você lá, com seguranças e com Derek.

— Graças a Deus alguém para manter ela sob controle além de mim. – Luke brincou com a esposa. – Vamos então.

Callen sorriu ao ver os SUV’s parando na garagem do prédio da NCIS. Ele saiu de dentro e foi até a porta, sorrindo para o fato que Penelope estava junto.

— É bom voltar a ver você, prima. – Callen viu Deeks e Kensi em total surpresa. – Você parece pronta para ter esse bebê.

— Sim, e Elisa aparentemente também. – Penelope abraçou o primo do melhor jeito. – Eu suponho que vamos ficar no hotel juntas.

— Com certeza. – Elisa saiu e viu Penelope. – Grávidas.

— Sempre. – Pen sorriu. – No meu caso, carregando duas crianças.

— Penelope não faz nada normal. – Elisa sorriu, se despedindo de todos na NCIS enquanto ia com Penelope e Any. – Que tal se a gente fizesse as unhas e comesse chocolate? Estou precisando de algo doce.

— Bem, senhoras. – Derek olhou para as três. – Podem entrar, eu sou sua carona.

— Derek, você deveria me avisar que estava em Los Angeles. – Penelope sorriu enquanto subia no SUV. – Agora ele trabalha na Swat.

— E você mocinha, deveria me contar sobre os dois bebês. – Derek brincou.

Luke, Emily, JJ, Rossi, Lewis, Matt, Reid e Hotchner entraram na sede da NCIS, felizes por estarem finalmente no encalço do homem que estava pondo todo mundo em perigo.

— Fizemos uma pequena busca depois que descobrimos sobre a arma automática. – Eric colocou a imagem na tela. – O número de série nos levou ao centro do exército em Santa Clarita. É um lugar bem escondido.

— Então, quem roubou a arma precisava saber onde tinha? – Callen olhou para o vídeo. – O que ele está fazendo?

— Ele está usando um decodificador de senhas automático. – Nell disse. – Você pode comprar online por 100 dólares.

— Mas olhem, ele usa um par de óculos chique, tem cabelo cortado na régua e parece usar um crachá. – JJ olhou para a imagem. – Será que podemos ver?

Nell aproximou a imagem, focando em dos códigos de barra e ficou grata por ter feito isso.

— Eis o nosso rapaz. – Eric mostrou a foto e Hotch tentou não ficar ainda mais nervoso. – O que?

— Já trombamos com esse cara antes. – Emily foi quem respondeu. – O caso em Bridgetown.

— Não pode ser. – Luke olhou para a imagem na sua frente e desejou nunca mais ver a cara daquele homem. – Eu achei que ele estava na cadeia.

— Nós o prendemos há cerca de um ano também. – Callen ficou apavorado. – Como a prisão dele não apareceu no nosso sistema?

— Eu preciso ligar para Penelope. – Luke precisou de ar e aproveitou o tempo.

— Naquela prisão, Luke levou Penelope junto, mas o juiz achou as provas suficientes para prender ele. – Emily explicou especialmente a Reid. – Foi o motivo que levou ela e Luke se aproximarem.

— Nós o prendemos por uma violação em um experimento da marinha. – Callen explicou. – Maldito.

Penelope estava deitada na cama do hotel e de repente ficou com uma sensação de molhado entre suas pernas. Elisa olhou para ela, com a mesma expressão assustada.

— DEREKKK! – Pen gritou com dor. – MORGANN!

— Baby Girl? – Derek viu Pen e Elisa com contração. – Ah, merda.

Naquele momento o celular de Penelope tocou e Derek agradeceu aos céus por ser Luke.

— Alvez, por favor, cale a boca e escute. – Derek falou antes de qualquer coisa. – Ligue para Callen e venham para cá. Penelope e Elisa estão em trabalho de parto e eu não posso fazer três partos.

— Estamos indo. – Luke viu Callen chegar. – Callen, Elisa e Penelope estão em trabalho de parto.

— Vai, G. – Sam o mandou. – Vamos pegar esse babaca.

Entrando no carro com Luke, Callen sabia que era hora de ser pai.

Enquanto isso, Sam, Kensi, Deeks e Hetty, que tinha uma espingarda com ela, foram em um carro junto com Reid e JJ.

Rossi, Hotch, Emily, Simmons e Lewis foram no segundo carro.

Jonathan Rhodes entrou em sua casa, correndo para pegar dinheiro, passaporte e algumas roupas. Ele sabia que as equipes estavam juntas e que tinha claramente feito merda, matando as pessoas erradas, mas o fato de ele não poder pegar as que ele realmente gostaria o fez ficar possesso.

— Jhonny, o que está acontecendo? – A bela vizinha, Salette perguntou quando ele a puxou para o carro. – Jhonny, o que está fazendo?

— É uma surpresa, Salette. – Jonathan empurrou a menina para o banco de trás, trancando todas as saídas e deu a partida no carro. – É a última surpresa para sempre.

— Eu nunca vi você fazer uma coisa dessas Jhonny. – Salette tentou abrir as portas. – Apenas me deixe ir.

— QUER CALAR A BOCA, SUA PUTA? – Jonathan viu a garota recuar e se aninhar.

Enquanto isso, Luke e Callen chegaram ao quarto onde Penelope e Elisa estavam. Eles podiam ouvir os gritos a cada contração. No carro, eles vestiram pares de luvas, vistos que as duas podiam ter complicações e foram à luta.

— Certo, agentes. – Uma mulher da emergência disse. – Para começar, verifiquem quantos centímetros suas esposas estão. Insiram a mão dentro da cavidade e verifiquem.

Luke colocou a mão e percebeu que ela cabia aberta.

— Penelope está completamente dilatada. – Luke disse, fazendo Pen corar. – Querida, acho que não vamos poder esperar a ambulância.

— Apenas tire essa criança de mim! – Elisa gritou. – Callen, pelo amor de Deus!

— Alguém segure a mão dela. – Callen pediu e um dos colocas de Derek chegou para ajudar. –Obrigado.

— Vá com sua esposa. – Ele se colocou de joelhos, já de luva e viu Elisa empurrar. – Com forças, senhora!

— AHHHHHHHHHHHHHHHHH! – Elisa gritou, apertando a mão de Callen ao mesmo tempo.

— OH MEU DEUUUUUUS! – Callen gritou enquanto sentiu sua mão sendo quebrada. – AHHHHHH.

— AHHHHHH! – Elisa gritou e logo as sensações dela foram substituídas por alivio e um choro.

— Mais um empurrão Penelope. – Luke pediu para a esposa enquanto ele fazia o parto e Derek tinha a mão esmagada. – Estou vendo a cabeça.

— AHHHHHHHHHHH! – Penelope gritou, sentindo que seu corpo estava completamente sendo puxado por fora.

— Jonathan Rhodes, FBI! – Emily gritou pelo alto falante.

— Jonathan, NCIS! – Sam gritou em seguida vendo o rapaz indo direto para a barreira de viaturas. – Parado.

— Solte a garota, Jonathan. – Emily e todo mundo saiu com as armas em punho quando ele saiu com Salette presa a si mesmo. – Ela é inocente aqui.

— Eu era inocente também! – Jonathan sentiu as unhas dela cravando em sua pele. – Eu quero minha vida de volta!

— Você sabe que não é possível! – Sam gritou. – Mas solte a garota e vamos conversar.

— Querem a garota? – Jonathan empurrou Salette e mirou nas costas dela, mas antes de isso acontecer, ele acabou respirando por uma última vez.

— Salette ABAIXA! – Sam gritou para a garota que se jogou no chão, enquanto balas voavam na direção de Jonathan, que caiu completamente crivado de balas.

Sam guardou a arma dele e foi até Salette.

— Penelope, precisamos que você de a luz a outra bebê. – Derek segurava sua afilhada e seu amigo agora tomou o lugar de Luke. – Vamos.

— AHHHHHHH! – Penelope fechou os olhos, dando um último empurrão e sentindo as dores completamente irem embora. – Luke, temos...

Ela não terminou de falar antes que ele desmaiasse. Pen deu uma risadinha. Ela sabia que Luke era um pouco medroso. Afinal de contas, ele era papai agora.

Sam ajudou Salette a se levantar e olhou para o corpo de Jonathan. No final de tudo, ele era apenas um homem que tomou o pior caminho de todos.

— Penelope, Elisa. – Hetty sorriu quando entrou no quarto, vendo os bebês deitados ao lado das duas mamães. – Elas são lindas.

— Sim, são perfeitas. – Penelope olhou para Luke. – Minha bela adormecida, quer segurar sua filha?

— Você nunca mais vai esquecer esse incidente, não é? – Luke brincou.

— Nunca. – Penelope sorriu.

— Acho que quando todas as garotas deixarem o hospital deveríamos fazer um belo churrasco, com opções vegetarianas. – Elisa disse e todos sorriram. – Mas por enquanto, vou me contentar em tomar esse copo de água pura.

Todos olharam para Sophie, Anne e Elizabeth dormindo em seus macacões cor de rosa e suspiraram. Com certeza, se alguém as visse, pensariam que elas eram trigêmeas.

Any puxou Sam para um beijo e sorriu por ele não ter se ferido e ter ajudado a moça que Jonathan fez de refém. O vilão era uma carta fora do baralho agora e todos estavam felizes por não precisarem mais terem medo.

Eles inclusive prenderam um cumplice de Jonathan, que o ajudou com o roubo do equipamento e que foi o responsável pela morte de Lisa.