Wake up call. escrita por Jones


Capítulo 2
Maybe next time he'll Think Before he Cheats.


Notas iniciais do capítulo

Bonjour! Eu meio que esqueci de postar esse capítulo na quinta feira, mas cá estamos ♥ Quero agradecer a galera que está acompanhando e comentando: me dá mais gás pra continuar mesmo trabalhando doze horas por dia HAHAHAH comentários vão ser respondidos, eu sei que prometo isso sempre, mas vai rolar ♥

Esse capítulo foi inspirado em Before he cheats - Carrie Underwood.
Todo o capítulo é inspirado em uma ou duas músicas da playlist que está nas notas!

A autora não incentiva nenhum ato de violência, só pensa em cometê-los eventualmente!



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Draco assistiu Astoria pegar a chave do carro.

— Você não acha que a gente bebeu demais para dirigir hoje? – tentou ser a voz da razão, mas ela tinha aquele olhar determinado, com fogo nos olhos, sabe?

— Nós não vamos dirigir, Malfoy. – ela girou os olhos como se estivesse falando uma obviedade e ele estivesse perdido. – A gente só vai destruir um carro muito caro e esportivo que vai custar umas milhares de libras para ser consertado.

— Isso não vai te trazer problemas?

— Que tipo de problemas?

— Processos jurídicos, prisão, escândalo na mídia ou no mínimo um prejuízo já que as câmeras do prédio vão te apontar na cena do crime?

— Você pensou demais sobre isso. – ela ponderou, largou as chaves do carro e entrou em seu quarto.

Draco respirou aliviado por ela ter desistido da ideia... O que durou aproximadamente quinze segundos, já que ela voltou com tacos de golfe.

— Esporte de gente pretensiosa. – ela murmurou. – Por que eu namorava esse otário mesmo?

Ela abriu a porta do apartamento.

— Você não vem? – Astoria ergueu a sobrancelha para ele o desafiando da porta. – E bom, antes que vocalize suas preocupações novamente, não é como se ele não tivesse ou não tivesse dinheiro para o conserto e imagino que assim como os Greengrass, os Malfoy sejam muito bons em fazerem coisas idiotas como acusações criminais sumirem.

— E você quer me fazer de cúmplice.

— Eu sinto que você precisa libertar essa raiva polida de dentro de você, Malfoy. – ela riu. – Pegue a tequila, porque agora vai ser a nossa emancipação! A emancipação de Astoria e Draco Malfoy.

Draco se sentiu de certa forma enebriado pela última frase: Draco e Astoria Malfoy.

Ok, que ela usou uma ordem diferente, mas o efeito foi o mesmo. Então ele pegou a garrafa de tequila e foi atrás dela.

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No caminho da garagem, Astoria batia um dos tacos de golfe na mão como se fosse uma adolescente delinquente com roupas desniveladas. Por um momento Draco se sentiu culpado por ter batido na porta dela e a acusado de roubar a noiva dele.

Enquanto ele foi traído uma vez, ela foi duas.

Pela própria irmã. Isso é cruel.

— Sinto muito pela sua porta. – ele murmurou, pensando sobre como quase a tinha derrubado em sua vontade de tirar as coisas a limpo. – E por ter gritado e por ter vindo te dar notícias ruins de maneira rude, e-

— Malfoy, nós vamos ter nossa vingança. – ela sorriu e pegou a mão dele. – E vai ser foda!

Ele não quis comentar o fato de que ela parecia meio alucinada naquele momento, com os olhos injetados e o sorriso maníaco. Entretanto, o que o faria não segui-la naquele momento? Nada. Não tinha nada a perder e quem o julgaria por tomar decisões adolescentes logo após ser corneado de maneira tão humilhante?

Se Daphne não dirigisse um Mini Cooper ridículo por sua falta de habilidade em fazer baliza, ele sugeriria destruir o carro dela também.

Mas seria uma sugestão idiota, diante do carro esportivo chamativo e caro de babaca de Córmaco McLaggen. Era uma Ferrari 458 Speciale que até o cara mais leigo reconheceria numa volta na cidade, tinha até uma bandeirinha da Itália.

O filho da mãe é de Yorkshire, pelo amor de Deus.

— Vamos destruir um carro de meio milhão de libras?

— Quantas vezes na vida podemos dizer que fizemos isso? – ela riu passando a mão lentamente pelo carro. – Sem contar que esse é um dos carros dele, o narcisista, esse é o carro que ele leva para se exibir para os amigos.

Num balançar de quadris de uma tacada perfeita, Astoria acertou o primeiro farol e comemorou.

— Isso é por todos os dias “trabalhando” até tarde. – ela olhou para os cacos de vidro no chão. – “Você deve estar cansado meu bem, eu acabei de sair de um plantão de vinte e quatro horas, mas vou te fazer algo para jantar”.

— Que babaca. – Draco murmurou, pegando o taco e acertando o farol. – Isso é por todas as viagens para comprar enxoval em Paris, Nova York... “Eu estou bronzeada assim porque fui para rhode island com minhas amigas”. Nunca vi uma foto.

— A família McLaggen tem uns negócios em Paris e Nova York. – ela semicerrou os olhos. – Ela foi comprar enxoval nas Bahamas ano passado?

— Não, ela foi para as Bahamas na despedida de solteira de Pansy Parkinson.

— Pansy é solteira.

— Filha da puta.

— Esse é o espírito. – ela riu, passando a chave do carro pela lataria, escrevendo TRAÍRA na porta do motorista.

Draco bebeu um gole da tequila e balançou a cabeça para o gosto ruim e riu.

Escreveu com as chaves do próprio carro no capô vermelho dele “CUZÃO”.

— Até com chaves de carro sua letra soa arrumadinha. – ela zombou mostrando a língua e pegando a garrafa da mão dele.

Ela destrancou o carro.

— Assentos de couro. – e fez uma careta. – Animais morreram para ele sentar o traseiro super malhado dele.

— Isso pareceu um elogio ao traseiro dele. – Draco observou.

— É um bom traseiro. – ela encolheu os ombros, escrevendo ASTORIA ESTEVE AQUI” no assento do motorista.

— Eu estive aqui também! – ele reclamou, escrevendo no assento do passageiro. – Eles devem ter transado nesse carro.

Ambos foram para o banco de trás e rasgaram o banco concentradamente.

— Eca. – Astoria disse quando acabaram. – Eu transei com ele nesse carro.

— Muita informação. – Draco disse tentando tirar a imagem de uma Astoria nua, sobre o colo do homem que ele nunca nem vira o rosto. Era excitante pensar nela assim, já que ela era uma grande gostosa. Com a pele bronzeada, a boca redondinha e o corpo curvilíneo ainda que baixinho. Ela era o total oposto de sua irmã loira, muito branca, alta e magra como uma modelo. Astoria tinha aquele corpo mais baixo, com quadris largos, bunda grande e seios médios.

Ao mesmo tempo pensar nela assim com McLaggen o fazia se sentir enojado. Talvez porque agora ele o odiasse com força, mais do que odiava Daphne.

Córmaco tinha tido Astoria – sem contar que sem se contentar com uma Greengrass foi para cima da outra, sem se importar em destruir uma família no processo.

Babaca.    

Com esse pensamento pegou o taco de golfe mais uma vez, subiu em cima do capô e começou a acerta-lo com o taco até amassá-lo bastante. Astoria gargalhou e acertou o para-brisa do carro com a mesma força.

— O toque final! – ela falou, pegando o canivete suíço chaveiro do carro.

Sem entender nada, ele a viu se abaixar e rasgar todos os quatro pneus.

A cena parecia uma coisa de louco, Draco observou. Mas o louco era McLaggen por ter tido Astoria e por tê-la perdido. Eu já disse isso, não é? Eu tenho que parar de beber.

— Bom, talvez na próxima vez ele vai pensar bastante antes de trair alguém.

— Definitivamente. – Draco murmurou.

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Bebendo da varanda, Draco e Astoria assistiam as roupas de McLaggen e mais alguns pertences dele no pátio do prédio, alguns rasgados, outros meio queimados... Os quebráveis definitivamente quebrados.

Só não estava tudo pegando fogo no grande espetáculo catártico que Astoria queria, porque Draco insistiu que isso seria perigoso.

— Agora sim, eu me sinto aliviada e leve. – ela sorriu.

— Nada como cometer uns crimes!

— Por incrível que pareça eu nunca fiz nada disso antes... Eu tento ser uma pessoa razoável.  – ela encolheu os ombros timidamente. – Eu só sentia essa grande necessidade de gritar sabe? O cara foi uma das razões pelas quais eu e minha família brigamos e aí ele vai e me trai com a minha irmã. Minha irmã que é sua noiva e que fez questão de jogar na minha cara que tomava melhores decisões que eu.

— Bom. – Draco estendeu a garrafa para ela. – Claramente estavam todos errados e agora, nós vamos dar uma lição neles.

— Um brinde à novos amigos. – ela levantou a garrafa e ambos beberam um gole, um após o outro.

— À novos amigos.

Amigos.


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Notas finais do capítulo

CARVED MY NAME INTO HIS LEATHER SEAAAATS.
Amo um country feroz. ♥