Astoria Greengrass's Day Off. escrita por Jones


Capítulo 4
"eu estou ótimo então"


Notas iniciais do capítulo

Hola!
Temos mais um capítulo dos nossos transgressores maravilhosos.
Essa história se passa em Boston, porque eu conheço mais os States que a Inglaterra.
Espero que gostem ♥



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— Draco Malfoy.

— Astoria Greengrass.

Ela girou os olhos e o encarou com o nariz em pé e bem vestido da cabeça aos pés e com aquela camiseta do Nirvana que ela tanto amava. O filho da mãe é bonito, benza Deus. Eles podiam simplesmente parar de flertar tanto um com o outro e se beijarem logo. Sabia que ele tinha saído do banho a pouco, pelo cabelo úmido e bagunçado.

Do jeito que ela gosta.

— Percebo que você melhorou de sua doença misteriosa.

— Eu sabia que alguém não ia me deixar em paz e, bem, estava certo.

— É claro que eu não ia te deixar em paz. – ela franziu o cenho. – Agora vamos! Estamos atrasados.

— Atrasados para que? Achei que a gente só ia matar aula. – ele murmurou com o tom cansado.

— Só matar aula. – ela olhou para o espaço além de sua cabeça. – Como se eu fizesse algo pela metade, meia boca assim, como “só” matar aula. Greengrass, Astoria. Prazer.

— Com quem você está falando?

Ela o ignorou andando em direção a garagem na lateral da mansão Malfoy.

— Ei, Tori. Meu carro tá aqui na frente. – ele gritou enquanto tentava a alcançar.

— Como se esse seu chevy velho merecesse nosso dia especial. Não, eu tenho outra coisa em mente.

— Pelo menos eu tenho uma lata velha. – ele murmurou de maneira abafada em seu tom monótono e acusatório habitual. – O que Astoria tem mesmo? Ah, um computador.

Astoria nem o estava ouvindo, não mesmo. Estava parada em frente àquela joia automobilística preta como um batmóvel chamada Porsche 911 Turbo.

— Absolutamente não. – Draco viu onde os olhos dela estavam pregados e sua boca salivava aberta.  – Meu pai ama mais esse carro que a mim... Apesar de que eu estou no fim de sua lista de prioridades. Péssimo exemplo. Meu pai mais esse carro do que ama minha mãe. NÃO! Ele ama mais esse carro que beijar a bunda e puxar o saco de Tom Riddle.

— É realmente um carro muito jovial para o seu pai.

— Ele deve estar numa crise de meia idade.

— Esse carro precisa dar uma voltinha hoje.  

— Ele vai saber que fui eu e vai acabar com minha vida. É isso que você quer? O fim da minha vida?

— Ele nem vai saber?

— Ele checa a km desse carro antes de sair de viagem e quando volta, antes mesmo de largar as malas.

— E daí? A gente volta de ré pra casa e acerta a quilometragem.

— Astoria, não.

— Draco, por favor? – ela tinha grandes olhos e grandes lábios. Era ridículo como o biquinho dela era fofo. Ela é sua melhor amiga, pare de associá-la a palavras como “fofa’.

Era ridículo como ela conseguia tudo o que queria só com aqueles olhos gigantes.

— Eu prometo que tudo vai ficar bem com esse carro. – ela sorriu, já sabendo que tinha o convencido. – Essa belezura vai de zero a cem em 5 minutos.

Astoria flexionou os dedos pronta para sentar ao volante.

— Eu te odeio tanto. – ele murmurou.

— Eu também te amo  – ela mostrou a língua.

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Estavam na arquibancada do treino do New England Patriots, a melhor coisa que tinha em Massachusetts na opinião de Draco e Astoria. Como ela tinha conseguido entrar para o treino fechado e como ele não desconfiou que estavam indo para Foxborough com ela dirigindo como uma maluca de Boston até lá.

— Esse ano o AFC é nosso. – e foi, mas isso a gente só saberia no futuro. – Pete Caroll vai nos levar ao super bowl!

— Finalmente. – Draco concordou olhando para a garota vidrada nos atletas correndo em campo em formação. – Como você conseguiu esses ingressos?

— Robert Kraft.

— O dono do time? – Draco arregalou os olhos.

— Myra é uma filha da revolução americana. – ela sorriu. – Apesar de democrata.

— Que loucura. – ele afirmou com as mãos no cabelo, bagunçando-o ainda mais.

Astoria, não pela primeira vez nos últimos meses teve vontade de simplesmente consertá-lo ou bagunça-lo ainda mais ela mesma. Tão sexy.

Ao fim do treino, eles desceram das arquibancadas com as jerseys recém adquiridas e conseguiram o autógrafo de Drew Bledsoe, Dave Meggett e de Curtis Martin.

— Drew Bledsoe é o maior gato, mas Curtis Martin...

— Se você gosta do tipo malhadão, forte e alto. – Draco fez seu tom mais desdenhoso.

— Quem não gosta?

Draco ficou em silêncio por uns minutos enquanto eles saíam do Foxboro Stadium, andando lado a lado.

— Você acha que eu deveria entrar numa academia?

— Por que, Malfoy? Tá querendo impressionar alguém?

— Não. Sim. Talvez eu queira ok? – ele deu de ombros – Eu não preciso impressionar ninguém, eu sou Draco Malfoy.

— Claro. – ela girou os olhos. – Mas se minha opinião contar, eu diria que você está ótimo assim.

— Estou é? – ele tentou evitar o tom rosado que subia o seu pescoço de atingir seu rosto. – Eu estou ótimo então.

Afinal a opinião de Astoria era a única que contava.   

— Vem, idiota, vamos voltar para Boston e almoçar.

— Ok, mas eu dirijo. – Draco disse, correndo até o carro.

— Ah, mas não dirige mesmo. – ela gritou correndo logo atrás.


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Notas finais do capítulo

Será que rola?