Astoria Greengrass's Day Off. escrita por Jones


Capítulo 3
SALVEM TORI minha b*nda!


Notas iniciais do capítulo

Venho por meio dessa pedir desculpas mais uma vez pelo atraso! Vou trabalhar esse fim de semana em correr atrás dela :)
Temos aqui um novo capítulo!
ps: como não Snape fã, adoro judiar dele em AUs, mas só para me divertir mesmo, ok?



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O sinal para o segundo período soou pelos autofalantes.

— Salvem Tori! Salvem Tori! – era o que se ouvia pelos corredores. Panfletos feitos à mão colados nos armários, alunos recolhendo moedas e tinham até pessoas chorando.

— Mas que palhaçada é essa? – Daphne perguntou quando lhe entregaram o panfleto.

— Astoria Greengrass do segundo ano, coitadinha. – disse uma moça com o sorriso pesaroso, porém com olhos alegres demais. – Vai precisar fazer um transplante e a gente está recolhendo dinheiro para ajudar nas despesas hospitalares.

— O que? – Daphne perguntou incrédula, com os olhos semicerrados e de braços cruzados.

— Astoria Greengrass do segundo ano vai precisar fazer um...

— Eu entendi da primeira vez, eu não sou surda ou burra. – ela respondeu rudemente empurrando a garota e todos os panfletos no chão.

— Ei! Se não vai ajudar, não atrapalha! – a garota gritou do chão.

— Não liga não, Sarah. – a menina da aula de história a ajudou a levantar. – Não é atoa que dizem que a família não vai pagar pela cirurgia da Astoria em favor de uma rinoplastia para Daphne.

— AAAAAAAAAAAH! – Daphne gritou de punhos cerrados. – Meu nariz é perfeito e eu não preciso de uma rinoplastia!

— Salvem Tori! – ela ouviu as outras pessoas panfletarem.

— SALVEM TORI MINHA BUNDA!

Ela saiu em passos pesados em direção a sala de Severo Snape, não adiantava nada dizer para aquelas garotas que mais uma vez na patética existência de sua irmã, ela estava mentindo. Como sempre. Mas Snape acreditaria nela!

— Onde está Snape? – ela demandou, entrando na sala sem ser anunciada.

— Isso não é de interesse da senhorita. – a assistente de direção de alunos respondeu, sem tirar os olhos do computador e sem deixar de expressar seu aborrecimento com o disparate daquela aluna.

— Eu preciso falar com ele. – ela bateu o pé no chão e cruzou os braços.

— Srta. Greengrass, o senhor Snape saiu para resolver assuntos pessoais que não lhe dizem respeito, agora pode voltar para sua sala de aula?

— Affe. – ela bufou e saiu da sala pisando duro novamente.

O diretor da escola, Dumbledore, não poderia ligar menos para isso e nem a vice diretora Mcgonagall, então Daphne teria que desmascarar sua irmã sozinha, com ou sem a ajuda de Snape.

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Severo Snape pegaria Astoria Greengrass no flagra nem que fosse a última coisa que fizesse esse ano. Pensou em como seria impagável o rosto de Greengrass quando ele a encontrasse finalmente. Em como a Sra. Greengrass teria que engolir aquele tom arrogante com o qual ela se dirigira para ele no telefone “minha filha está doente, senhor Snape e eu acho ultrajante que o senhor pense o contrário!”, quando ele contasse que a transgressora de regras seria reprovada por faltas.

Tudo bem que no sistema apareceram apenas duas faltas, porém ele sabia que existiam mais e ele iria encontrá-las.

Estacionou seu Vauxhall Cavalier preto em frente ao Arcade. Seria ali um lugar frequentado pelos adolescentes de hoje em dia? Sem dúvidas. Via de longe vários garotos e garotas da idade de Astoria debruçados sobre as máquinas como se não tivessem preocupações no mundo.

Logo que entrou no estabelecimento avistou uma garota alta e esguia, de cabelos castanhos e fios pesados, shorts jeans largos até o meio das coxas, camiseta e um jaqueta por cima. Com os óculos de sol sobre o cabelo.

Ele não via o rosto dela, mas só podia ser, não é?

— Te peguei, sua garota inadimplente e insolente! – ele murmurou encostando no ombro da garota. – Você não faz ideia do que eu vou fazer com você.

A menina de repente se virou.

Ela poderia ser Astoria, a descrição era basicamente a mesma. Só que essa tinha olhos azuis enquanto os de Astoria eram castanhos esverdeados, essa tinha lábios finos e apertados claramente irritados e os de Tori eram cheios, avermelhados e se esticavam e um sorriso naquele momento enquanto ela tocava a campainha da casa dos Malfoy. Os trajes eram os mesmos, até porque o que garotas de dezesseis anos usavam em 1996? Mas a jaqueta de Astoria não era de couro e tinha pequenas franjinhas que ela adorava balançar com o corpo e nos pés usava nikes e não all-stars.

Enfim, certo dizer que Severo Snape mais uma vez errou e não era naquele momento que teria sua vingança, na verdade naquele momento estava tendo seu saco chutado e lágrimas desciam por seu nariz gigantesco.

— Eu pensava que era outra pessoa! – ele se justificou naquele tom de voz seco, porém quebrado pela dor.

— Nojento! – a garota exclamou, chamando o gerente.

Snape colocou as mãos pra cima num gesto de rendição e caminhou de costas até a porta. Parece que teria que encurralar Astoria em casa.   

 

                   ________________________________

— Eu duvido que essa garota esteja em casa. – Daphne murmurou dirigindo sua BMW M1 vermelho em direção a sua casa. – Ela sempre consegue tudo o que ela quer.

O que não era verdade, uma vez que Daphne por exemplo dirigia o carro dos sonhos de Astoria enquanto Astoria tinha ganhado um computador. Uma pequena vitória numa vida de injustiças. Ela girou os olhos. Claro que Astoria ganhara o computador porque os pais tinham a visão de que ela era uma pequena gênia que um dia seria médica ou descobriria a cura do sarampo ou do câncer ou talvez da herpes, e aí se vangloriariam por aí “Minha filha genial descobriu a cura da herpes!”.

Grande coisa! E ainda quando perguntassem qual das duas filhas, Freya Greengrass sorriria e giraria os olhos como se a resposta fosse óbvia. Como se Daphne não estivesse destinada a coisas maiores que casar com alguém rico e talvez se formar em história da arte e comandar as filhas da revolução americana um dia.

Pelo menos ela gostava dessas coisas, Astoria olhava para tudo de maneira blasé, como se tudo isso estivesse abaixo de sua capacidade intelectual.

Ela é tão chata, por que as pessoas gostam dela?

Estacionou o carro na porta de casa e pegou sua chave. Tentou atravessar a quantidade impressionante de flores e bichinhos de pelúcia com as mensagens de “você vai passar por isso!” ou “fique boa logo”. Bufou irritada quando quase caiu por causa do susto que levou com um cartão musical que cantava “I Will Survive” da Gloria Gaynor.

Subiu os degraus de dois em dois até a porta do quarto de Astoria e gritou em êxito e de certa forma frustração por estar certa e aquela garota sempre se dar bem.

Mas não dessa vez! Correu até seu quarto e pegou sua linha de telefone para ligar para sua mãe.

— Ela não está por aqui, volta depois do almoço.

— Você pode me dizer onde ela está? É urgente.

— Não posso, senhorita.

— Mas é urgente!

— E eu não posso informar a agenda da minha patroa, ela me disse para apenas interrompê-la se for vida ou morte.

— Mas eu sou Daphne, a filha dela!

— Nesse caso você saberia o número de celular dela.

— Mas está dando caixa postal. – ela girou os olhos. – Argh, Eu tento mais tarde. Avisa que a filha dela ligou.

— Com certeza passarei o recado. – a voz da secretaria ficou mais animada. – Deseje melhoras a Astoria por mim, sim? Uma gracinha de garota.

— Gracinha? AFFE!

Com isso ela bateu o telefone na cara da secretária e deu outro grito frustrado.

Mas tudo bem, ela esperaria sua mãe atende-la ou Astoria aparecer em casa, e estaria pronta para ambas as situações.  

Hoje Astoria não escapa. 


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Notas finais do capítulo

Ou será que escapa?