Dinastia 2: A Coroa de Espinhos escrita por Isabelle Soares


Capítulo 59
Capítulo 59




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A Itália trazia boas lembranças a Renesme. Apesar de todo o escárnio sofrido nesses últimos meses nas mãos de um italiano, o país lhe dava uma áurea boa. Antes, tinha ido muito até lá em turnês. O país sempre foi um bom aliado com Belgonia, então as boas relações sociais e economicas tinham que ser mantidas.

Quando lembrava de Roma, sentia uma sensação boa de nostalgia não vivida. Talvez pela arquitetura histórica. Também por que os italianos em geral eram bem receptivos. Gostavam de abraçar, falavam alto e pra quem foi ensinado a se reprimir a vida inteira, aquilo era o paraíso. Tanto, que depois do término com Cólin nos Estados Unidos, ela decidira passar um ano sabático na capital italiana.

Renesme lembrava de sair do avião e já se sentir diferente. De repente, era apenas Renesme ali e não a princesa. Embora que nos Estados Unidos tenha vivido uma vida relativamente normal, apesar de ter um segurança a sua cola quase o tempo inteiro, por lá ela meio que estava a trabalho. Estava se preparando para o seu grande papel na “firma” e vivia comprenentrada nisso. Na Itália não. Viveria como ela mesma.

Lembrava de andar nas ruas vestindo o que queria, sem se preocupar com óculos, boné ou peruca. Pegava uma bicicleta alugada e saia sem destino pelas ruas de Roma. Criava seu próprio roteiro, sentava numa pizzaria e comia até a barriga doer e até se inscreveu para aprender dança moderna num curso de alguns meses. Nunca tinha sido tão feliz!

Essas boas memórias deram-na força para enfrentar esses dias que passaria no país. Iria passar por algumas principais cidades italianas primeiro, três dias em Roma, um dia em Milão e Florença. O restante seria em Volterra para um “descanso”. Aro Queria que ela e Alec tivessem longe completamente de Belgonia e de tudo que estava acontecendo por lá. Porém, Renesme tinha planos além. Em sua mente só pensava em encontrar Antonius. Tinha que conversar com ele de qualquer maneira. Só assim saberia mais sobre Aro e o outro lado da história. Potencialmente ele poderia ser um bom aliado.

William tinha viajado um dia antes deles e estava sempre em contato com a princesa. Foi ele que se encarregou em entrar em contato com o sobrinho rival do príncipe de Volterra. Os dois sabiam que não podiam confiar em nenhum funcionário do escritório de Renesme. A busca tinha que ser discreta e longe dos olhos sempre atentos de Aro. Foi fácil encontrá-lo. William tinha uns amigos jornalistas que poderiam ajudá-lo, difícil foi fazer com que Antonius realmente acreditasse que estava falando com a princesa e seu aliado. Ele era muito desconfiado e com razão. Precisou que ela fizesse uma vídeo chamada para que ele acreditasse.

Os dois vinham conversando depois disso e até poderam chegar a algum lugar. É claro que vieram algumas perguntas como: “Porque a esposa de Alec quer conversar com inimigo da família dele?”. Renesme teve que ser completamente aberta sobre tudo para ganhar a confiança dele, até das situações mais íntimas que não falava para ninguém.

Foi somente depois dos cinco dias de visitas oficiais e um de “descanso” em Volterra que eles resolveram se encontrar pessoalmente. Não poderia demorar mais. Ela não passaria muito tempo na Itália. O planejado era apenas alguns dias e a sua própria ansiedade não permitia esperar mais. Então veio o demorado plano de sair de Volterra sem que Aro desconfiasse. Sabia que ele a vigiava o tempo inteiro e obviamente não poderia dar sopa de ser vista com o pior inimigo dele.

— Temos que confiar em Alec, não tem outro jeito. – Renesme afirmou numa conversa com William por telefone.

— Não acho que devemos.

— Não tem outro jeito, William. É mais fácil Aro confiar que irei sair ao lado de Alec do que sozinha. Ele vai mandar alguém me seguir.

William respirou fundo. Não conseguia pensar em nada.

— O encontro tem que ser aqui em Pisa. – ele disse segundos depois. – Venha com Alec até aqui e diga para ele que quer ficar um tempo sozinha. Acha que ele negaria em deixá-la só por alguns instantes?

— Não. Ele entende toda a situação. Vou combinar tudo com ele. Você está em Pisa já?

— Estou. Tenho um local perfeito para o encontro de vocês. Vou lhe mandar o endereço.

Assim foi. Num domingo, estava ela e Alec num carro próprio dirigido por ele indo para Pisa. Renesme olhava para ele como se quisesse saber realmente se poderia confiar nele. No seu íntimo tinha confiança que sim. Mas não podia arriscar. Olhava para ele feliz, dirigindo tranquilo e até cantando uma música. Alec se sentia livre sozinho na Itália. Então, ela resolveu puxar conversa.

— O que você acha dessa história de Antonius? – Alec a olhou com surpresa. – Quer dizer, ele está prestes a ganhar uma briga grande com o seu pai...

Alec pensou um pouco antes de responder. Era como se ele também não soubesse se poderia confiar nela.

— Antonius tem os direitos dele. Papai não devia ter começado essa briga.

— O que você acha que poderia acontecer se ele vencer agora?

— Papai morreria. Simplesmente. Ele vive para o trono de Volterra. Ele assumiu tudo de corpo e alma. Não sei se seria justo. Já que ele doou o sangue dele para isso. Fez muita coisa por aquele lugar, mas por outro lado... É complicado!

— E você? O que faria se isso acontecesse?

— Para ser sincero, Renesme, eu sobreviveria. Nunca fui apaixonado por nada disso. Só eu sei bem o peso que viver no sistema pode fazer com uma pessoa. Meus irmãos são iludidos com essa ideia de poder, eu não.

— Por causa de sua mãe.

— Sim. Eu fui o filho mais próximo dela. Sei o motivo para cada uma de suas lágrimas. Não queria isso para a minha vida. Sei como é difícil para você também. Me desculpe por contribuir com isso.

Renesme abaixou a cabeça e ficou assim por alguns instantes. Era bom ter finalmente um momento franco com Alec. Os dois estavam mais próximos nesses sete dias na Itália do que nesses meses todos de noivado e casamento.

— Por que fez tudo aquilo?

— Eu estava perdido... Eu sei que nada que eu diga vai desculpar o que aconteceu. Sinceramente, Renesme, eu me sinto muito envergonhado. Me deixei levar pelos comandos do meu pai. É isso. Ele tem esse poder de manipular as pessoas. Eu não tinha outra alternativa, não é? Íamos nos casar e nada poderia muidar esse fato. Não sabia bem como agir e agora me dei conta o quanto fui idiota.

— Acho que faltou uma comunicação entre a gente.

— Certamente. Olha, me desculpe, certo? Eu queria ter a oportunidade de mudar tudo. Fazer diferente cada atitude minha. Queria muito poder te dar agora o que você merece, mas acho que o destino nos reservou outras rotas.

Renesme arregalou os olhos e virou a cara para a janela para que ele não visse. Estava com medo que ele soubesse de seus encontros com William.

— Seu pai sabia sobre Lovelace?

— Não. Você acha que eu contaria? O que eu tive com ela foi mágico. Não queria que ele estragasse.

— Teve? Não tem mais?

— Tive. Não vejo Lovelace desde o episódio das fotos. Achei melhor não continuar com isso para não piorar as coisas.

— Quero que saiba, Alec, que não fiquei chateada com o seu relacionamento com Lovelace. Apesar de tudo, eu não tenho ressentimentos. Formos dois peões para os interesses dos outros. Eu quero te ver feliz.

Alec sorriu para ela e continuou dirigido até o local que ambos combinaram de se separar. Ele iria fazer os seus adorados passeios solitários por alguns museus e ela pegaria um taxi para a pousada que William tinha lhe recomendado. Tudo foi fácil depois que o carro parou. Alec não fez perguntas e Aro estava ciente que os dois estavam juntos. Ela saiu e seguiu em diante.

A pousada já era no fim da cidade. Demorou uns quize minutos para que pudesse chegar. Mas o local era mesmo seguro pelo que pôde ver. Ninguém desconfiaria de nada. Era um lugar completamente aconchegante e familiar. Cheio de flores e ar puro. A princesa desceu do taxi e viu William lhe esperando na entrada. Embora, ela tivesse vontade de correr para abraçá-lo, se conteve. Seguiu moderadamente até ele e recebeu um sorriso quase emocionado. Ela também sentia o mesmo. Fazia dias que eles conversavam apenas por telefone e quando dava por vídeo chamada. Senti falta do cheiro dele, do calor do seu corpo, do sabor de seus lábios.

— Vamos até ali. – ele pediu e ela o seguiu.

Ambos foram para um lugar onde certamente ninguém poderia vê-los. Aparentemente Antonius tinha se atrasado e tinham alguns minutos juntos. Renesme assim que assegurou que estava sozinha com William, se aproximou e tocou a sua testa na dele. Queria apenas senti-lo ali perto dela. Ficaram assim por um espaço de tempo. Apenas absorvendo a presença um do outro.

Algumas lágrimas saíram dos olhos dela. Não era tristeza, era alegria, alívio, execesso de estresse, qualquer coisa que se materializava nesse sentimento de estar finalmente ali com ele. Não se lembrava de se sentir assim antes. De se sentir tão bem e necessitada da presença de uma pessoa dessa forma. William a alimentava de amor, confiança, coragem e esperança. Era isso. Nunca em sua vida ela quis tanto alguém.

William colocou as mãos no rosto dela e com os dedos foi limpando as lágrimas que caiam. Ficou amassiando as bochechas até se inclinar e beijá-la.

Foi tão gentil, no começo. Beijo lento e carinhoso, enquanto ela segurava o rosto dele com a mão, a outra segurando a cintura dele. Ambos estavam hesitantes, como se um movimento errado pudesse quebrar a frágil e extraordinária ligação entre eles. Mas, gradualmente, à medida que a respiração deles ficava mais pesada, os beijos se aprofundaram, tornando-se mais urgentes. A mão de Renesme apertou sua cintura. A língua de William tornou-se mais insistente. Ele separou sua boca da dela para bufar sua respiração contra sua orelha.

— Deus como eu estava com saudades suas!

— Eu também! Ai William por que as coisas tem que ser assim?

— Espero que não continuem assim.

Renesme assentiu e uniu suas mãos as dele.

— É aqui que está hospedado?

— Sim. Essa pousada é da minha irmã.

— Você tem uma irmã?

William sorriu. Era incrível como ela sabia tão pouco sobre ele e mesmo assim ambos davam tão certo juntos.

— Tenho. Frederick é meu irmão do meio e Emma é a minha irmã mais nova.

— Bacana. Nossa! Isso me faz pensar que sei pouco sobre a sua vida.

— O trivial você sabe, que amo você!

A princesa corou como uma garotinha. Ela nunca estava preparada para declarações assim.

— Você quer conhecê-la?

— Não seria estranho? Ela sabe sobre nós?

— Ela sabe o suficiente. Não se preocupe! Emma é maravilhosa!

— Então, ok!

William então segurou a mão dela sem se preocupar que todos poderiam vê-los dessa forma. Renesme não o impediu. Na verdade, sentia falta de fazer coisas bobas de casal com ele. Nunca tinha conseguido ter essas experiências naturalmente antes. Andar com alguém romanticamente significava notícias indesejadas em tablóides. Então se policiava toda vez. Mas com ele era diferente. William a ensinou que nem tudo deveria ser oito ou oitenta, como ela sempre acreditou. Setenta e cinco poderia ser legal também. Verdades infinitas poderiam existir e todas elas poderiam ser aceitas. Tudo dependia dos valores que você queria seguir. Isso a deixava mais livre.

Emma estava no balcão de entrada e não se surpreendeu quando os viu daquela forma. Apensa abriu um sorriso e fez uma breve reverência a princesa. Renesme a achou muito simpática logo de cara.

— Ora vejam só! Que prazer em tê-la aqui, alteza.

— Por favor, apenas Renesme.

— Ok, então, Bem – vinda Renesme.

— Renesme, essa é Emma, minha melhor irmã.

— Você só tem uma! – retruncou ela.

— Mesmo assim.

Emma sorriu e Renesme sentiu o olhar dela observando-a dos pés a cabeça. Sabia que aquele olhar não era de alguém curiosa por estar diante de um membro da realeza e sim de uma irmã preocupada. Alguma coisa a dizia que ela sabia o que estava rolando entre os dois. Mas nada disse enquanto a isso.

— Bom, gostaria muito de conversar com você. Mas a pessoa que está esperando já está lá na sala de refeições.

— Ótimo! William, você vem?

— Acho que essa conversa vocês devem ter sozinhos. Qualquer coisa você me dá um sinal. Estarei por aqui por perto.

— Certo.

— Renesme. – chamou Emma. – Eu gostaria de poder conhecê-la melhor.

— Eu também.

A princesa piscou com um sorriso leve e seguiu até o grande salão de refeições. O local estava simplesmente cheio. Ela temeu por alguns instantes. Ficou com medo de ser reconhecida, sempre andou nos cantos se escondendo, mas decidiu acreditar na possibilidade de que aquelas pessoas não estavam se importando com ela ou Antonius. Talvez uma multidão seria melhor para se misturar.

Então seguiu. Felizmente ele estava sentado distante o suficiente para olhares curiosos. Se aproximou dele e não teve nenhuma dúvida que aquele homem era mesmo o filho de Marcus Volturi. Durante o tempo que passou em Volterra, teve contato com algumas fotos do tio do esposo e Antonius tinha todas as expressões do pai.

— Ciao! – ela disse em italiano tentando ser mais simpática o possível. – Espero que eu não tenha o deixado esperando muito.

— Não, acabei de chegar. – Antonius respondeu no idioma. – Você até que fala bem o italiano.

— Eu tento! – Renesme sorriu. – Morei em Roma por um ano e tentei aprender o máximo que pude.

— Che meraviglia!

— Não sabe o prazer que tenho por ter aceitado se encontrar comigo.

— Fiquei curioso. Confesso que jamais esperei algo assim. Depois que me contou a sua história, achei que tinhamos que está lado a lado.

— Preciso descobrir mais sobre Aro Volturi será esencial para o caso da minha mãe se encerrar.

— Capisco! Eu não convivi muito com meu tio. O que sei é o que descobri através das minhas investigações. Alec pode te dar detalhes mais íntimos.

— Alec não sabe das nossas conversas.

— É mesmo? Pensei que ele estivesse sabendo de tudo. Já que foi a mãe dele que me procurou e me contou tudo. Alec era o filho mais próximo a ela, então, pensei que soubesse de tudo que aconteceu. Até imaginei que ele queria entrar em contato comigo quando me enviou o convite do casamento de vocês.

— Imagina... Eu mal tive acesso à lista de convidados do meu próprio casamento.

— Scusami! Acho então que temos muito a informar um ao outro.

— Garanto a você que Alec não faz ideia de nada. Até pensei em contá-lo, mas não sei até que ponto posso confiar nele.

— Entendo. Mas acredito que deva. Somente ele vai poder nos dar acesso a provas que precisamos.

— O que Sulpicia lhe disse?

— Não sei se sabe a minha história... Mas vou lhe contar por cima. Eu morava em Madri com minha mãe nessa época. Eu nunca soube nada sobre o meu pai e nem me importava. Mamãe me disse que ele a abandonou e por que eu queria saber algo sobre um homem desses?

— Entendo.

— Até que recebi em meu trabalho a visita de uma mulher que eu nunca tinha visto na minha vida. Ela disse que precisava conversar comigo e que era sério. Fiquei desconfiado, mas a curiosidade me bateu. Ela me disse que se chamava Sulpicia e que era a esposa do meu tio, Aro. Também falou que o acidente que o meu pai sofrera não foi acidental.

— Eu imagino que deve ter sido um grande baque. Você não sabia nada sobre seu pai.

— Não sabia mesmo. Fiquei tonto e então, ela me contou a história toda. Me mostrou fotos dele, me disse que ele era príncipe de Volterra. Quase achei que era maluquice, mas ele se parece muito comigo. E ai resolvi confrontar a minha mãe a respeito. Ela me confirmou tudo.

— Ela sabia sobre o acidente?

— Não. Ela já estava na Espanha nessa época e tinha cortado todos os laços com ele.

— Sulpicia lhe disse que o acidente não foi acidental.

— Sim. No momento, o que menos me importava era isso. Eu tinha informações que me chamaram mais atenção. Mas ai eu parei para refletir. Nossa! Alguém tinha tentado matar o meu pai.

— Ela disse quem foi?

— Não. Ela me disse apenas um nome, o do motorista do meu pai na época, Mattias Bonitteli. Tentei procurá-la depois para saber mais, porém, ela havia falecido.

— Será que Aro foi quem mandou esse cara matá-lo?

— Eu não sei. Na época tudo era muito confuso para mim. Eu tinha acabado de saber mais sobre o meu pai e era muita informação de uma vez só. Tentei ao máximo saber quem ele era primeiro. Eu sabia que ele não tinha morrido. Tentei vê-lo em Volterra, mas me impediram.

— Imagino que Aro tivesse vontade de arrastá-lo para debaixo do tapete.

— Eu não estava interessado no trono. Acredite, nunca estive. Eu comecei essa guerra pela maneira como fui tratado. Aro tirou todos os meus direitos e me desmoralizou diante de todos. Achei que ele merecia essa vingancinha. – Antonius sorriu. – E depois de tudo que ele me fez, achei que ele pode ser um forte candidato para tudo que Sulpicia me disse. E se ela veio até mim contra ele é por que há muita fumaça nesse fogo.

— O que ela exatamente lhe disse?

— Me disse que Mattias tinha mexido no carro do meu pai quando ele se divertia em uma festa. Eles estavam embriagados, mas o carro não tinha freio, o que certamente colaborou muito com o acidente.

Renesme gelou no mesmo instante diante daquela informação.

— Você conseguiu provar que isso era verdade?

— Fui atrás disso claro. Mas em quem eu podia me apoiar a não ser em Mattias? Fiz muitas investigações e nada apareceu contra Aro e o motorista simplesmente fugiu do mapa. Me juntei a Jane em busca de alguma resposta, mas ela é escorregadia.

— Eu imaginei que você não estaria com ela por estar apaixonado. Jane é uma cobra!

Antonius riu.

— Eu desconfiei desde o primeiro instante disso. Não estamos mais juntos, embora ela ainda insista.

— Aro não vai escapar dessa! Se ele tiver mesmo culpa nesses crimes vamos descobrir. Vou conversar com Alec e tenho certeza que diante de tudo isso, ele vai nos ajudar.

— Espero que sim.

— Bom, tenho que ir. Deus me livre de Aro desconfiar que não estou com o filho dele agora.

— Me mantenha informado, por favor. Acho que podemos ser grandes aliados.

— É o que eu desejo. Entro em contato em breve!

Renesme se levantou ainda com as pernas bambas diante de informações tão reveladoras. Apertou a mão de Antonius e se despediu dele já com mil pensamentos em mente. William já a esperava na porta. Mais uma vez queria abraçá-lo e fazer esse pesadelo acabar. Se aproximou dele e eles se olharam por alguns segundos. William entendeu que precisavam de mais alguns minutos sozinhos.

— Vamos até o meu quarto.

Renesme assentiu e ambos saíram discretamente pelos fundos até chegarem às escadas que daria acesso aos quartos. A princesa só esperou o seu amante fechar as portas para se jogar nos braços dele. William a apertou e cheirou os seus cabelos, distribuindo beijos em sua cabeça. Pelo jeito mais notícias ruins.

— O que ele te falou?

— Que a minha falecida sogra descobriu que possivelmente Marcus Volturi teve seu carro danificado antes do seu acidente.

— Os freios.

— Sim.

William deixou os braços de Renesme e deu umas voltas no quarto com frustração.

— Aro está envolvido? – perguntou.

— Ele não sabe. Ao que parece a única pessoa que pode confirmar essa informação é o motorista do Marcus na época, Mattias Boniteli. Teria sido ele que mexeu no carro e Sulpicia sabia disso. Como ela descobriu? Não sabemos.

— Aro é muito esperto. Esse acidente tem pra lá de 40 anos. É lógico que ele já apagou todas as evidências e se ele sabia que a esposa estava sabendo de tudo, com certeza mandou matá-la também.

— Disso eu não sei. Alec me contou que ela morreu de cancer. Mas vamos ter que apurar essa história direitinho.

— Vou começar a tentar descobrir agora! Esse homem não pode ter desaparecido da face da Terra.

— Vou contar a Alec.

— Tem certeza?

— É claro! Alec não é má pessoa. Diante de tudo isso, ele vai colaborar com a gente. Preciso chegar nos documentos de Aro.

William se abaixou para olhar bem nos olhos de Renesme. Uniu as mãos as dela e falou:

— Muito cuidado com a maneira que vai revelar isso a Alec, meu amor.

— Eu vou ter cuidado. Aro não vai desconfiar de nada.

— Estamos juntos nessa. Nunca esqueça.

— Eu sei.

Renesme enconstou a testa na de William e foi deslizando até alcançar os lábios dele, onde deu um breve beijo antes de se levantar.

— Esse pesadelo vai acabar. – falou.

— Vai sim.

William a seguiu com os olhos enquanto a via saindo pela porta de seu quarto.  FALTAM APENAS 6 CAPÍTULOS PARA ENCERRAR A HISTÓRIA. GOSTARIA QUE COMENTASSEM COMO VOCÊS GOSTARIA QUE FOSSE O FINAL DOS PERSONAGENS. VAI ME AJUDAR A CONCLUIR TUDO COMO VOCÊS GOSTARIAM ;)


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