My Medical Romance escrita por Alina Black


Capítulo 113
Renesmee- Antipsicótico




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Nos últimos quatro meses nossa vida se resumiu a calmaria, Jade se recuperou totalmente do transplante e por isso Alec a liberou para ir à escola, Jake e eu havíamos conversado e decidido que seria bom para ela conviver com outras crianças e ganhar um pouco de independência e por isso a matriculamos em uma creche.

Eu estava na vigésima semana de gravidez e por isso algumas coisas haviam mudado, no meu último ultrassom havíamos descoberto o sexo do bebê, uma menina que Jake havia dado o nome de Julia, as mudanças no meu corpo eram um pouco incomodas mas eu sabia que elas aconteceriam, o crescimento da minha barriga, meus seios maiores e mais sensíveis, aumento do apetite e certos desejos de comida, juntamente com nariz entupido ou congestão nasal, cãibras nas pernas e micção frequente, coisas que como médica eu sabia que eram normais.

— Jade, você precisa deixar os cadernos na mochila filha – Falei carinhosamente abrindo a mochila e tentando convencê-la a guardar o caderno que ela tanto amava.

— Jade quer levar o caderno de “pincesa.”

Dei um sorriso – Mas a princesa Jade tem que levar o caderno de princesa dentro da mochila.

Jade fez um bico e abraçou o bendito caderno com seus bracinhos gordos.

Eu suspirei.

Em alguns momentos era difícil ser mãe, para Jacob era mais fácil ser pai, ele falava e ela obedecia, mas quando se tratava de mim Jade sempre fazia birra, segundo Jacob por ela saber que eu sempre cedia.

— Papai precisa ir, a princesa vai precisar de carona? Perguntou Jake ao se aproximar e beijar os cabelos da pequena, aproveitei a situação e peguei o caderno o jogando dentro da mochila.

— Sim – Jade respondeu batendo palminhas saltitante – Jade vai pra creche com o papai.

— Tenho uma consulta em uma hora, não vai se atrasar se deixar ela na escola?

Jake pousou suas mãos carinhosamente em minha cintura – Sua consulta em primeiro lugar, além disso eu sou o presidente posso me atrasar – Disse ele curvando o corpo e beijando minha barriga– Oi princesa Julia, impressão minha ou você cresceu nas últimas duas horas?

— Você disse isso hoje a duas horas atrás – Falei rindo.

— É que ela cresceu novamente.

Sacudi a cabeça rindo, Jake sempre dizia isso, “a bebê está crescendo.” Ele estava ansioso para ver o rosto de nossa nova filha, até mais do que eu.

— Acho bom você ir, ou não é somente a princesa Jade quem vai ser atrasa, o papai príncipe também.

Jake concordou pegando a mochila da Jade — Nos vemos, mas tarde no hospital?

Concordei com a cabeça e me sentei no sofá— Cadê o beijo da mamãe – Abri os braços e Jade correu para meu colo, a cobri de beijos e mimos, apesar de ser necessário eu morria de saudade de ficar tantas horas longe dela– Até mais tarde meu amor.

Jake apressou Jade que reclamou por sua mochila e Jake a entregou, ri baixo ao vê-la arrastar a mochila pela porta, antes de fechar Jake olhou para mim, joguei um beijo para ele e então ambos saíram, dei um suspiro e olhei o relógio.

— Estou atrasada!

Corri para o quarto e terminei de me vestir pegando o aparelho celular que tocava sobre minha cama – “ Oi  Emily.”

“ Vai precisar de mim pela manhã?”

“ Não se preocupe Emily, Jake levou a Jade, você pode pegá-la no horário normal e trazê-la para casa.”

“ Perfeito então, obrigada Nessie.”

Encerrei a ligação e joguei o aparelho celular na bolsa, como Emily havia trabalhado dobrado por anos cuidando da Jade havíamos decidido dar a ela um descanso merecido, agora Emily era uma babá com horários pois tinha sua vida para cuidar.

Calcei os sapatos e arrumei a blusa solta sobre a calça pantalona, fiz um coque no cabelo e uma maquiagem leve, em seguida peguei a bolsa e sai apressada, não estava atrasada apenas para uma consulta com a obstetra e sim com os pacientes que precisaria atender.

Tive sorte que o trânsito estava tranquilo em Portland, após uma hora e vinte minutos eu cheguei ao hospital, sai do meu carro e após entrar no elevador enviei uma mensagem a minha recepcionista “ Não desmarque nenhum paciente, em trinta minutos vou começar meus atendimentos.”

Segui para a ala da maternidade e finalmente cheguei à recepção – Bom dia! Falei de forma gentil a recepcionista.

— Bom dia doutora Swan, a doutora Clearwater está a sua espera.

— Obrigada! Agradeci indo até a porta e a abri entrando na sala – Oi Leah, desculpe pela demora.

— Bom dia mamãe Black, você só tem cinco minutos antes da próxima paciente passar por aquela porta.

Fiz uma careta de dor e Leah riu – Vida de mãe de primeira viagem.

— Eu te entendo Nessie, mas o Jake irá responder por isso, a você dou um desconto a ele não.

— A vida de presidente não é fácil – O defendi.

Leah sorriu – Ele que se vire, mas mudando de assunto, eu já me antecipei com relação ao que me disse por mensagem, vou passar alguns suplementos, você precisa aumentar seu peso – Explicou Leah me entregando uma receita - Cálcio, magnésio, vitaminas do complexo B e muita água, isso pode ajudar a reduzir as cãibras que tem sentido, e nada de pegar pesado no hospital viu doutora.

Peguei a receita médica e concordei – Tudo bem, vou fazer direitinho.

— Tenho certeza que sim.

Guardei o papel na bolsa e me levantei – Acho que sua paciente já chegou e a minha também!

Leah assentiu dando um sorriso – Nos vemos no almoço.

Concordei saindo da sala.

Durante toda a manhã atendi meus pacientes e fiz alguns atendimentos na emergência durante a tarde, eram dezessete horas quando fui retirada a força por Paul que disse que corria um sério risco de perder o emprego caso eu assumisse o turno da noite.

Sai da emergência e fui para a sala de médicos pegar minhas coisas, Emily havia enviado uma mensagem me avisando que estava em casa com Jade e o que eu queria comer no jantar, dei um sorriso respondendo a mensagem.

“ Que tal uma massa?”

“ Jade vai adorar.” Ela respondeu.

Sorri e guardei o aparelho celular, saindo da sala, era hora de resgatar meu futuro marido das mãos de acionistas malvados.

Peguei o elevador conversando com algumas enfermeiras durante os minutos de subida, quando finalmente cheguei ao andar da presidência sorri saindo do elevador e a surpresa me dominou ao ver Ella na recepção.

— Ella? Sussurrei surpresa ao vê-la.

— Boa noite doutora – Ella respondeu – Deseja falar com o presidente?

— Sim – Respondi um pouco confusa – Ele pode me atender?

— Vou verificar, um momento – Ella respondeu se levantando e caminhou até a sala da presidência, confesso que ri, era estranho ver Ella com uniforme da recepção, isso era algo que eu nunca havia imaginado.

Me encostei na mesa e olhei o aparelho celular, minutos depois Ella saiu vindo em minha direção – Você pode entrar.

— Obrigada senhorita Cullen! Falei sorrindo.

— Não é necessário agradecer senhorita Swan.

Sacudi a cabeça de forma negativa enquanto sorria e entrei na sala da presidência — Finalmente consegui uns minutos com o senhor presidente.

— Perdão amor, eu sei que sempre almoçamos juntos mais hoje foi impossível – Ele se justificou se levantando e vindo ao meu encontro.

— Não é necessário se explicar, eu entendo – Falei acariciando o rosto dele.

— Então não vai se importar se eu ocupar seu futuro marido mais algumas horas não é filha? Temos assuntos importantes para resolvermos – Disse meu pai.

— Claro que não pai, eu só vim avisar o Jake que já estou indo para casa, Emily já buscou a nossa filha na creche e está a nossa espera.

Jake beijou meus cabelos e acariciou minha barriga— Pode deixar meu jantar no forno.

— Vou deixar – Selei seus lábios e peguei minha bolsa que havia deixado sobre a cadeira – Nos vemos, mas tarde, boa noite pai.

— Cuidado na estrada – Disse Jake enquanto eu abria a porta.

Dei um sorriso e sai da sala pegando o elevador, precisava ver nossa pequena Jade.

Caminhei lentamente pelo estacionamento abrindo a bolsa em busca da chave do carro – Tenho certeza de que deixei você aqui – Sussurrei parando diante do meu veículo – Tem tanta coisa nessa bolsa que uma chave se perde com facilidade dentro dela.

— Renesmee...

Meu corpo paralisou.

Eu conhecia aquela voz masculina, minhas mãos ficaram trêmulas dentro da bolsa buscando pela chave de uma forma mais desesperadora, virei meu corpo e Nahuel estava minha frente, com um uniforme de um dos funcionários da manutenção.

— O que faz aqui Nahuel?

— Senti saudade – Ele respondeu – Você está linda com essa barriguinha.

— Vai embora! Falei tentando pegar o aparelho celular dentro da bolsa e corri na direção do elevador, mas a mão dele segurou meu braço me puxando de forma violenta.

— Vamos dar uma volta.

— Me solta! O empurrei gritando, a mão dele segurou meu braço com mais força o prendendo para trás e a mão livre dele levou o lenço ao meu nariz.

Prendi a respiração tentando me soltar, mas não consegui segurar por muito tempo, o odor do antipsicótico que ele havia usando me deixou totalmente desorientada e segundos depois me apagou.


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