My Medical Romance escrita por Alina Black


Capítulo 11
Especial - Confronto ( Bella)




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Eu tinha planos quando engravidei, eu só tinha dezenove anos e tinha ingressado na faculdade, meus pais tinham planos para mim e nenhum deles incluia bebês, não que uma criança fosse algo de que se envergonhar mas, não era algo para aquele momento, muito menos quando meus pais perceberam que eu teria que lidar com os novos planos sozinha, sem o pai do meu bebê.

As lembranças do passado dominaram minha mente a caminho de Portland, meu silêncio denunciava que eu não sabia o que dizer, o que falar a Edward se uma parte de mim estava totalmente magoada com tudo que eu havia descoberto, e com tudo que ainda iria descobrir.

Eu não cuidei de Ella, porque minha pequena havia sido tirada dos meus braços sem que eu soubesse que ela havia existido e o mais cruel de toda essa história era saber que Ella havia crescido sem carinho, eu havia dado tudo a Renesmee mas a outra gêmea não havia tido o principal que uma criança precisa, amor.

Eu tinha absoluta certeza de que se Ella tivesse tido amor materno ela saberia ser uma mãe melhor, e agora mesmo que eu não pudesse mudar o passado eu poderia mudar seu futuro, poderia ensinar a minha outra filha como ser mãe.

Meu nervosismo aumentou quando Edward avisou que havíamos chegado, respirei profundamente e tentei me manter em pé embora estivesse soando feito uma porca, assim que saímos do quarto observei a bela casa rodeada de um lindo jardim e uma piscina, não prestei muito atenção no que Edward havia falado com o motorista eu fiquei imaginando Ella correndo naquela casa quando ainda era criança, controlei minhas lagrimas imaginando o que havia sido tirado de nós duas.

—Vamos – A voz de Edward me tirou de meus pensamentos e assenti o acompanhando, caminhamos um do lado do outro em silêncio e subimos pequenos degraus passando por uma varanda, quando a porta se abriu meu coração se acelerou e a fúria me dominou.

— Olá Esme lembra de mim? Eu perguntei tentando controlar o desejo de avançar sobre ela.

—Isabella Swan – Ela respondeu com um semblante de surpresa.

— Eu mesma – Respondi.

Esme sorriu – O que esta mulher faz aqui Edward? Não me diga que veio reclamar a filha que ela abandonou? Perguntou Esme deixando o telefone sob o sofá junto com a revista.

A expressão de Edward se tornou séria – Não seja ridícula Esme, você sabe muito bem que Bella não abandonou nossa filha.

— Isso é o que ela diz, mas eu trouxe a menina quando ela mesma disse que não a queria e...

—CALA A BOCA! Eu gritei – Como consegue mentir dessa forma, você roubou a minha filha, me fez acreditar que eu tinha apenas uma quando eram gêmeas.

Esme novamente me olhou com uma expressão de susto – Do que diabos esta louca está falando? Eu não sei de gêmeas nenhuma.

— Onde está Carlisle? Perguntou Edward em um tom alto de voz.

—Bêbado, no escritório como sempre – Respondeu Esme.

Os olhos de Edward percorreram pela sala e pararam em uma porta, seus pés se moveram apressadamente e ele cortou a sala indo até a porta e a abriu – CARLISLE! Gritou ele.

— O que você disse ao meu filho? Perguntou Esme se aproximando de mim.

— A verdade – Respondi – Você é um monstro, você me enganou, enganou Edward, roubou a minha filha.

—Tudo o que eu fiz foi para o bem do meu filho e da menina.

— Bem? Murmurei incrédula – Você impediu uma criança de crescer ao lado da irmã e da mãe.

— Eu não sei do que está falando.

— MAS EU SEI!

A voz masculina nos interrompeu, Esme e eu olhamos para o homem ao lado de Edward, Carlisle Cullen sorriu largamente e cambaleou pela sala com um copo na mão dando uma gargalhada alta.

— Você está bêbado- Reclamou Esme.

— EU ESTOU LIVRE – ele gritou em meio a suas gargalhadas – ESTOU LIVRE DO MEU TORMENTO.

— Ele não sabe o que está falando – Disse Esme.

— Eu sei sim – Afirmou Carlisle – Eu roubei a menina, Isabella Swan teve gêmeas e eu não tive coragem de dizer que ambas haviam morrido e...eu trouxe apenas uma.

— Gêmeas? Murmurou Esme.

— Desde então isso me assombrou – Disse Carlisle tomando o restante de sua bebida – Edward não sabia de nada, Isabella não sabia de nada – Carlisle riu e se aproximou de Esme passando um dos braços em volta da nuca dela – Esta mulher é um monstro – Disse ele enquanto ela tentava afasta-lo – Esme não deixou você meu filho saber da gravidez...

—Cale a boca Carlisle.

—CALE A BOCA VOCÊ! Carlisle gritou e a segurou pelo braço a jogando no sofá – Eu não suporto mas – ele continuou – Vi aquela menina crescer e se transformar em alguém como você Esme...em uma cópia de você e de Irina quando poderia ser alguém melhor com a mãe dela, eu fiz tudo que Esme pediu, só que ela não sabia de tudo, eram gêmeas e eu não contei a ninguém.

— E nem contaria se a outra gêmea não tivesse aparecido ontem de manhã no hospital! Disse Edward.

Carlisle e Esme o olharam.

Eu estava totalmente possessa, o ranço que eu senti naquele momento não tinha proporções – Como podem fazer uma coisa dessas? Dois monstros.

Esme se levantou e se colocou a minha frente – Eu não me arrependo de nada do que eu fiz, e se soubesse que eram duas teria trazido as duas porq...

Esme Cullen não terminou sua frase, o estalo do grande tapa que eu dei em seu rosto a calou.

—COMO SE ATREVE SUA...ela gritou.

— Eu vou a policia – murmurei – Vou denunciar vocês dois, eu vou acabar com sua pose de dama da sociedade Esme, e você a partir de agora vai ficar longe das minhas filhas.

— Você não teria coragem! Respondeu Esme.

Eu sorri – Esme eu queria te bater, eu queria bater tanto nesse seu rosto cheio de plásticas e deixar marcas mas – Balancei a cabeça – Você não vale a pena, eu tenho pena de você.

Esme riu – De mim? Olhe para você Isabella, continua sento uma pobre morta e fome.

—CHEGA! Edward a interrompeu – Eu só preciso saber de mais uma coisa, Irina participou disso?

— Sim – Respondeu Esme – Irina era apaixonada por você mas você só tinha olhos para esta mulher, tudo o que fizemos foi para o seu bem e olha, olhe ao seu redor tudo que conquistou, eu não me arrependo Edward.

Carlisle gargalhou – Estão perdendo seu tempo, Esme não tem coração ela não se importa...

— E você? Respondeu Esme – olhe para você Carlisle, você se importa?

Carlisle olhou para mim – Sim – Disse ele – E um dia espero que me perdoe Bella, me perdoe pelo que fiz.

Edward olhou para os pais em silêncio, eu podia perceber em seu rosto o quanto estava transtornado e por mais que eu sentisse dor eu compreendia a dor dele, seus próprios pais, sua família havia feito da sua vida peça de quebra-cabeças que eles mesmos decidiram montar e decidir onde por cada pedra.

— Edward vem! Me aproximei e o puxei pela mão, sentia que nós dois estávamos sufocados e naquele momento quanto mais tempo eu olhava para Esme e Carlisle mais ódio eu sentia, porém, por mais que eu sentisse raiva eu não poderia deixar que ele fizesse algo contra os próprios pais, eu não podia permitir que Esme e Carlisle destruíssem o filho mais do que já haviam destruído.

— EDWARD ONDE VOCÊ VAI! Esme gritou caminhando atrás de nós dois enquanto seguíamos até o carro – VOCÊ PRECISA ME OUVIR.

Nós a ignoramos, e quando Edward abriu a porta do veiculo um outro carro parou a frente do dele e uma mulher saiu de dentro – Edward, o que está acontecendo Esme? Perguntou ela se colocando ao lado de Esme.

Edward sorriu – Eu me entendo com você depois Irina – Disse ele entrando no carro, Esme gritou novamente se colocando a frente do veiculo.

—EDWARD, EDWARD ME ESCUTE!

Edward pisou no acelerador  e avançou ignorando o fato da mãe estar na frente do veiculo – Edward não! Eu falei assustada mas Irina puxou Esme a tirando da frente e Edward arrancou com o carro.

— Edward diminua a velocidade, por favor – Eu murmurei nervosa enquanto ele dirigia em silêncio – Precisa se acalmar, nós precisamos.

Ele suspirou e concordou com a cabeça – Eu fui um grande imbecil – Ele bateu com as mãos no volante repetidamente- Como eu pude aceitar todas as mentiras deles, como eu não fui atrás de você, eu fui cego Bella, eu sou tão culpado quanto eles.

— Precisamos nos acalmar, não podemos tomar decisões desse jeito, e tem duas meninas envolvidas nisso que nem imaginam tudo que está acontecendo.

—Tem razão – Ele disse concordando novamente – Precisamos falar com Renesmee o quanto antes e eu preciso ir buscar Ella onde quer que esteja.

— Eu preciso encontrar a Nessie...

—Nessie? Ele me olhou confuso.

Apesar do meu nervosismo eu sorri – Desculpa eu não disse a você, é o apelido que Charlie deu a ela quando bebê e ela ama quando a chamamos assim.

Edward sorriu com o canto dos lábios – Nessie...

— Ela não está no hospital a essa hora esta?

—Não – respondeu Edward – Como Jacob a fez fazer plantão hoje ela está de folga, mas se não sabe o endereço dela aqui isso eu posso consegui, deve está no cadastro de funcionários do hospital, posso acessar pelo celular, mas antes, eu acho que nós dois devemos nos preparar porque da forma que estamos vamos assusta-la.

— Tem razão.

— Vamos respirar, conversar com nossas filhas e depois com elas decidimos o que fazer com Esme e Carlisle.

— E Irina? Murmurei olhando para a janela.

— Dessa eu cuido pessoalmente.

Concordei em silêncio e Edward estacionou o carro minutos depois, sai do carro e sorri ao ver o lindo parque cujo o brilhos de cores me chamaram a atenção de longe.

— Lembra que uma vez eu disse a você que te traria para conhecer o Jardim Japonês de Portland?

— Nossa- eu sussurrei sorrindo.

— Eu sempre venho a esse lugar quando preciso me acalmar – Disse ele caminhando e fazendo com que eu o acompanhasse.

— Eu lembro – respondi olhando para ele.

—Então eu acho que precisamos estar calmos e unidos para conversar com Renesmee ou melhor, Nessie.

Sorri e concordei – tem razão.

— As fotos desse parque estão hospedadas em uma exposição de fotografia, e é apresentando como um tesouro arquitetônico e de jardim do Japão - Katsura Imperial Villa em Kyoto , por um de seus fotógrafos mais famosos, Ishimoto Yasuhiro – Explicou Edward enquanto me mostrava os lugares.

— É muito bonito – falei tocando em algumas flores.

— Espero um dia trazer nossas filhas aqui, e nossa neta, e fazermos esse passeio com elas.

Olhei para Edward e alarguei meu sorriso, e continuamos nosso pequeno passeio. Edward me mostrou todos os pontos do jardim e após algumas horas demos uma pausa para almoçarmos, continuamos com o tour e quando percebemos o sol começava a se por – Precisamos ir – disse ele olhando para o aparelho celular – O apartamento de Renesmee não fica longe daqui.

A tensão de dominou enquanto seguíamos para o estacionamento,

Seguimos para o bairro Northwest (Nob Hill), e enquanto Edward dirigia observei o cenário que era um cartão postal - Muito Renesmee mesmo – sussurrei comigo mesma, era simples e calmo com prédios antigos e modernos.

Edward estacionou diante de um prédio de dois andares, abaixo havia um café e uma livraria, entramos na pequena porta mas não havia ninguém na recepção, e como tínhamos o numero do apartamento subimos as escadas juntos.

— Segundo andar – Disse Edward enquanto eu o seguia – Renesmee precisa de um lugar mais seguro – reclamou ele e eu sorri com a sua preocupação – 4 b – ele murmurou diante da porta.

Trocamos olhares e ele tocou a campainha, demorou alguns minutos quando ouvi o som da chave sendo girada na fechadura e finalmente a porta se abriu.

— Ma-mãe...

Renesmee murmurou sem esboçar reação alguma.


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