A herdeira escrita por KayallaCullen, Miss Clarke


Capítulo 11
A herdeira


Notas iniciais do capítulo

Sejam bem vindos, ao ultimo capitulo de A herdeira.
Queria muito agradecer por terem me acompanhado durante essa jornada incrível, que começou com a minha vontade de dar um final digno para a Leah.
Por causa desse desejo, pude conhecer uma personagem incrível assim como tantos outros que tive a sorte de contar durante esses quase três anos, contando sobre a trajetória dessa personagem incrível.
Espero ter feito jus a ela, como sempre desejei.
Sem mais delongas, fiquem com o ultimo.
Beijos e boa leitura.

Música do capitulo:
https://www.youtube.com/watch?v=efkwMClhv2w&fbclid=IwAR21-zb_TW7SPS0Uj0MG6qRaYIxTczmzKHtyoHEouf2orlLw-gulBVBe3-I



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—Você está linda. - minha irmã Ava disse suave se afastando de mim e desviei minha atenção de Dante, que ainda dormia para ver o meu reflexo no espelho.

Depois que li a carta do meu namorado chorei pelo que pareceu horas, até ouvir algumas batidas na porta e descobri se tratar de Ava, que havia subido para me ajudar a me arrumar para as cerimônias, para que as duas fossem realizadas o mais rápido possível, antes que a força vital de Dante terminasse e algo muito ruim acontecesse conosco.

Ava tentou me alegrar de todas as formas, contando sobre os preparativos para o seu casamento ou me falando situações engraçadas que aconteceram no seu dia a dia, tentei me distrair um pouco, mas o único pensamento que dominava a minha mente era Dante. Se conseguiria salvá-lo a tempo, antes que algo ruim acontecesse.

Pisquei voltando ao presente e me olhei no espelho, vendo o delicado vestido branco rendado de alças que ia até os meus joelhos, já meu cabelo estava com a parte da frente entrançada formando uma espécie de tiara, enquanto usava uma maquiagem leve, mas que cobria perfeitamente meu rosto inchado de tanto chorar.

—Obrigada pelo vestido, Ava. Ele é lindo. - disse agradecida a minha irmã que balançou a cabeça concordando.

—De nada, irmã, por falar em lindo... Seu namorado é um tremendo gato. - ela segredou brincando segurando minhas mãos e sorri concordando, fazendo-a rir mais por me ver melhorar um pouco meu humor.

—Deixa o Noah, ouvi-la falando que outro homem é gato. - disse entrando na brincadeira e minha irmã revirou os olhos me fazendo rir.

—Noah sabe que ele é o único pra mim, além do mais, disse que seu namorado é gato, mas meu noivo é muito mais gato. - ela disse e sorrimos da sua comparação. - E vocês dois, já tiverem tempo de se conhecerem melhor? Que dizer, no sentindo bíblico da palavra?

—Ava. - disse sentindo meu rosto corar, por causa da pergunta indiscreta da minha irmã.

—Não me venha com Ava, Kyra. Nunca tivemos segredos entre nós e não vamos começar agora, tudo bem? - minha irmã questionou me olhando nos olhos e concordei culpada, pois havia escondido dela assim como de todos as inúmeras traições de Pietro.

—Não tenho sido totalmente honesta com você ultimamente. - disse desviando meus olhos dos seus para olhar as nossas mãos unidas.

—Eu sei que não. - Ava disse e desviei meus olhos de nossas mãos para vê-la. - Sempre soube que mentia pra mim em relação ao Pietro. Vê-la sendo enganada e saber disso, me deixava furiosa com vontade de expor tudo o que estava acontecendo, mas Noah me pediu para não fazer isso, porque era algo que só você poderia fazer e no final, meu noivo tinha razão.

Comovida com suas palavras, abracei a minha irmã com carinho, sentindo seu cheiro doce de avelã, que tanto amava.

—Me perdoe por mentir, Ava, obrigada por me deixar enxergar a verdade sozinha. Sei o quanto deve ter sido difícil para você não interferir. - sussurrei agradecida em seus cabelos, pois sabia o quanto minha irmã se preocupava com todos e sempre queria fazer de tudo para ajudar.

—De nada Kyra, e irmãos são para isso. Para ficarem juntos e se apoiarem, mesmo que seja a distância. - Ava segredou e concordei, antes de nos separarmos. - E você está se esquivando da minha pergunta, Kyra Melissa. Você e o gato adormecido ali, já tiveram uma noite quente de amor?

—Não, mas não foi por falta de vontade. - disse frustrada e minha irmã sorriu surpresa.

—Isso é sério? Estou surpresa, afinal vocês estão juntos a quase quatro semanas e nesse tempo...- Ava começou a dizer e a interrompi, já sabendo o que ela iria dizer.

—Eu já tinha dormido com o Pietro. Mas com o Dante é diferente...Apesar de ficar frustrada, todas as vezes em que ele se afastava de mim quando as coisas entre nós esquentava, algo sempre me dizia que ainda não era o momento e agora entendo porquê...Eu precisava saber toda a verdade e assumir o meu lugar de direito, antes de ficar com ele dessa forma.

—Isso é verdade, irmã. Se Deus quiser depois das cerimônias, seu macho estará acordado e bem e os dois poderão aproveitar, que todos estarão ocupados demais comemorando o início do seu reinado, para conversarem um pouco e terminarem em uma noite quente de amor. - Ava sugeriu maliciosa e sorri, mas antes que pudesse dizer algo ouvi Dante gemer de dor e corri para o seu lado, segurando sua mão direita na minha.

—Shh, amor. Está tudo bem, preciso que aguente só mais um pouco, querido. Logo toda a dor passará e você voltará para mim. - sussurrei acariciando o seu rosto com a minha mão livre, antes de me inclinar sobre Dante e acariciar a ponta do meu nariz com o seu, constatando que seu calor e seu cheiro estavam mais fracos que uma hora atrás.

—Ele está bem? - Ava questionou preocupa assim que me afastei do meu namorado.

—Não, ele está mais fraco do que a uma hora atrás. Preciso me apressar, antes que o pior aconteça. - disse determinada e minha irmã concordou, antes de sair para chamar meus avôs, que ficariam com Dante enquanto estava nas cerimônias.

Assim que meus avôs chegaram ao quarto, me despedi do meu namorado lhe dando um beijo na testa, prometendo que voltaria o mais rápido possível para ele, antes de caminhar em direção ao meu destino.

Como meu namorado estava fraco demais, não queria ficar longe dele por isso solicitei ao conselho da tribo que as cerimônias fossem realizadas na floresta que havia perto da casa dos meus avôs, que ficava apenas alguns minutos de caminhada da casa até o local.

—Pronta, filha? - meu pai questionou, assim que desci as escadas em companhia de Ava.

—Sim, pai. - disse séria e ele me ofereceu seu braço o qual aceitei, antes de andarmos em direção ao local em que todos me esperavam para a cerimônia.

Percorri o curto trajeto em silêncio, segurando o braço do meu pai com força, tentando controlar o meu nervosismo perante todas as mudanças que iriam acontecer após os juramentos. Eu deixaria de ser a filha do líder tribal e do alfa da matilha, para me tornar me tornar a líder tribal de um povo e a alfa de uma matilha numerosa e poderosa, decidindo o melhor para a vida de inúmeras pessoas quando mal conseguia fazer minhas próprias escolhas, mas antes que pudesse ter uma crise de insegurança me lembrei das palavras de Dante em sua carta, que me fizeram respirar fundo e seguir de cabeça erguida até o meu destino.

“Você consegui, Kyra. Você nasceu para governar, nunca duvide disso.” - a voz do espirito animal que vivia dentro de mim disse segura e sorri feliz, por ouvi-la novamente.

“Obrigada...Na verdade, nós duas nascemos para isso e estava com saudade de ouvir a sua voz.” -pensei sincera e ela sorriu em pensamento concordando.

“Também estava com saudades de falar com você. E não se preocupe, tenho fé que tudo dará certo e nosso macho ficará bem.” - a voz do meu espirito animal pensou sincera e sorri surpresa, por ouvi-la se referir a Dante como nosso macho e não dela.

“É tudo que mais desejo, mas então...Você finalmente decidiu, que ele agora é nosso e não só seu?!”

“Sim, finalmente você se mostrou digna dele, por isso achei que poderíamos dividido. Dante é especial, Kyra, ele possui o sangue dos alfas ancestrais em suas veias...Senti isso na primeira vez que o vi através dos seus sentidos.” -ela disse e pisquei surpresa, por saber que meu espirito animal havia escondido essa informação de mim.

“E porque não me contou isso antes?”

“Porque se você soubesse, iria renegá-lo por causa do outro, como fez uma vez.” - meu espirito animal disse seria e suspirei concordando.

“Me desculpe por isso, estava assustada com tudo que Dante estava me fazendo sentir e não queria voltar para o meu mundo, pois estava com medo de ver nos olhos de todos o quanto me avisaram sobre Pietro.” - admiti sincera e ela concordou suave.

“Está tudo bem, não precisamos mais lembrar disso. A partir de agora, começaremos uma nova etapa de nossas vidas. Está comigo garota?” -meu espirito animal questionou e sorri concordando.

“Sempre.” - disse convicta e ela sorriu orgulhosa, me desejando boa sorte ficando quieta na minha mente, mas não como antes pois podia sentir a sua presença junto a mim.

—Tudo bem, filha? - meu pai questionou preocupado andando ao meu lado e virei para vê-lo.

—Sim, pai, só estava me entendendo com uma velha amiga. - disse e ele sorriu feliz em ouvir isso, antes de entrarmos na clareira que havia no meio da pequena floresta, onde havia inúmeras pessoas da nossa tribo que vieram essa tarde para acompanhar o juramento da nova líder tribal.

Caminhamos de braços dados entre o nosso povo, até pararmos em frente a um senhor de idade, chamado Jonathan, que havia sido escolhido para liderar os anciãos e se comunicar com os nossos ancestrais, auxiliando o alfa nas decisões que beneficiariam a nossa tribo.

—Pronta, para assumir o seu direito de nascença, Kyra? - Jonathan questionou me olhando com expectativa e respirei fundo, olhando para a minha família que estava ali sorrindo orgulhosa para mim, antes de responder.

—Sim, Jonathan. - disse segura e ele balançou a cabeça concordando, antes de voltar a sua atenção para as outras pessoas que estavam na clareira.

— Há quase vinte e cinco anos atrás, nosso atual líder tribal apresentou sua herdeira ao nosso povo. E hoje, nessa tarde ensolarada, tenho a honra de realizar a cerimônia na qual o atual líder tribal, Benjamin, passará o seu lugar para a próxima líder do povo Quileute, Kyra. -Jonathan disse sério olhando para todos que estavam na clareira, voltando em seguida sua atenção para nós. - Kyra Clearwater, descendente da linhagem de Lyva, para que se encontra diante de toda a nossa tribo, nessa tarde?

—Para assumir o meu direito de nascença, como a líder tribal do meu povo. - disse segura para Jonathan que concordou, antes de olhar para o meu pai.

—E você Benjamin Clearwater, descendente da linhagem de Lyva, para que se encontra diante de toda a nossa tribo, nessa tarde?

—Para entregar o lugar de líder tribal para a minha primogênita, a herdeira do meu legado. - meu pai disse me olhando nos olhos e sorri concordando.

—Se é da vontade dos dois e dos nossos ancestrais, podemos começar a cerimônia de transferência de poder. Benjamin, por favor, diga seu juramento. - Jonathan pediu e meu pai respirou fundo, balançando a cabeça em concordância.

Em silêncio, viramos de frente para o outro e segurei o braço esquerdo do meu pai, enquanto ele segurava o meu olhando em meus olhos.

—Pronta, filha? - papai sussurrou baixo para mim e concordei com a cabeça, antes dele respirar fundo, como se estivesse reunindo forças para começar o seu juramento.

— Eu, Benjamin Clearwater, herdeiro da linhagem de Lyva, entrego meu poder de liderança a você, Kyra Clearwater, minha herdeira. Para que seja a nova líder tribal do povo Quileute, protegendo-o e guiando-o em segurança, para que possamos continuar existido e prosperando pelos séculos que virão. Você aceita essa honra? - meu pai questionou olhando em meus olhos, enquanto ainda segurávamos o braço do outro.

—Sim, eu aceito essa honra. Eu, Kyra Clearwater, herdeira da linhagem de Lyva, aceito o seu poder de liderança, me tornando assim a nova líder tribal do povo Quileute. Prometo guiar o nosso povo com sabedoria, para que sejamos prósperos e numerosos, prometo proteger o nosso povo, assegurando nossa existência pelos anos que durarem meu reinando, até que o mesmo termine quando meu primogênito assumir, continuando assim o legado da linhagem de Lyva, pelos séculos que virão.- jurei olhando nos olhos do meu pai, que me olhava orgulhoso por finalmente estar seguindo meu destino.

—Com os poderes concedidos a mim pelos outros anciões, declaro, você, Kyra Clearwater, herdeira da linhagem de Lyva, a mais nova líder tribal do povo Quileute, que seu reinado seja repleto de paz e prosperidade. Apresento a vocês, Kyra Clearwater, da linhagem de Lyva, a nova líder tribal do povo Quileute. - Jonathan disse me apresentando a todos, que estavam na clareira acompanhando a cerimônia e virei para ver o meu povo, que fazia reverência para mim, reconhecendo o novo cargo que estava ocupando perante eles, antes de me aplaudirem.

Recebi felicitações dos anciãos do conselho presentes na cerimônia, que me desejavam felicidade no meu reinado e agradecia a todos, antes de receber os cumprimentos da minha família, deixando o local da primeira cerimônia em seguida sendo acompanhada por minha família, seguindo floresta a dentro onde meus irmãos de bando me esperavam para a última cerimônia, enquanto implorava em pensamento que Dante resistisse até que pudesse fazer o ultimo juramento, restabelecendo assim a minha força vital para que sua retornasse a ele.

—Pronta, querida? - meu pai questionou assim que paramos frente a frente, enquanto a matilha nos cercava com um círculo, nos olhando com expectativa para conhecer sua nova alfa.

—Sim, pai. - disse segura a ele lhe olhando nos olhos, para que não tivesse nenhuma dúvida das minhas palavras.

—Tudo bem, não importa o que aconteça, não solte a minha mão. Será um processo doloroso, mas não precisa ficar com medo pois estarei ao seu lado, lobinha. - meu pai pediu suave me oferecendo sua mão esquerda e concordei, antes de segurar o seu braço e ele o meu, da mesma forma que havíamos feito no juramento anterior.

—Jamais duvidei disso, pai. - disse suave e ele sorriu carinhoso para mim, antes de respirar fundo me olhando nos olhos.

— Eu, Benjamin Clearwater, herdeiro da linhagem de Lyva, entrego meu poder de liderança e a minha voz de comando a você, Kyra Clearwater, minha herdeira, para que seja a nova alfa da matilha dos Quileutes. Protegendo o nosso povo e guiando nossos irmãos de bando em segurança, para que possam exercer o papel de protetores do nosso povo. Você aceita está honra? - meu pai questionou sério olhando em meus olhos, esperando pela resposta que mudaria a minha vida para sempre.

—Sim, eu aceito essa honra e a exercerei da melhor forma possível. - jurei séria olhando em seus olhos e logo senti uma força sair do meu corpo, como se minha vida estivesse se extinguindo me fazendo perder o controle do meu corpo, mas antes que pudesse cair no chão outra força entrou no meu corpo, preenchendo os lugares vazios me permitindo ficar em pé enquanto sentia um poder e uma sabedoria milenar se acomodarei no meu ser.

Era como se meu corpo estivesse recebendo as experiências de vida dos alfas anteriores por meio do meu pai, me fazendo aprender com seus erros e acertos, para que pudesse guiar meus irmãos de bando da melhor maneira possível, pelos desafios que poderiam surgir durante meu reinado. Assim que toda a transferência de conhecimento e poder terminou, meu pai se ajoelhou na minha frente ainda segurando a minha mão, sem deixar de me olhar nos olhos.

—Eu, Benjamin Clearwater, herdeiro de Lyva, aceito e reconheço a sua autoridade como alfa. Aceito segui-la sem contestar suas ordens. Suas lutas serão as minhas lutas, suas dores serão as minhas dores e defenderei o seu imprinting, acima de qualquer coisa. A partir de hoje, seremos irmãos de bando e a minha lealdade sempre estará com você. - meu pai disse entre lágrimas e sorri emocionada para ele, enquanto as lágrimas desciam dos meus olhos.

—Aceito a sua lealdade e honrarei os laços de irmãos de bando, que estamos construindo hoje. -disse entre lágrimas para o meu pai, antes de ajudá-lo a se levantar abraçando-o em seguida.

—Sejam bem vinda, ao seu novo cargo, minha alfa. - meu pai sussurrou emocionando, enquanto me abraçava com carinho. - Estou muito orgulhoso de você, filhotinha.

—Obrigada, pai. Principalmente, por sempre acreditar que faria a coisa certa no final.

—Eu jamais duvidei que faria o certo, minha rainha. -meu pai disse orgulhoso e se afastou de mim para beijar a minha bochecha com carinho, me soltando dando assim a oportunidade para que os outros lobos fizessem seu juramento a mim.

Depois que todos haviam jurado lealdade para mim, voltamos para o local onde a nossa tribo estava comemorando o início do meu reinado, mas não permaneci com eles pois corri em direção a casa dos meus avôs, implorando aos meus ancestrais que Dante tivesse voltado para mim. Com o coração acelerado subi as escadas com pressa, antes de abrir a porta onde havia deixado meu imprinting adormecido, sorrindo emocionada por vê-lo sentado na cama e de olhos aberto sob o olhar atento dos meus avôs, que pareciam estar terminando de examiná-lo.

—Oi princesa. - Dante disse sorrindo assim que me viu parada na porta do quarto, ainda emocionada por ver que ele estava acordado.

—Oi amor. - disse emocionada sem desviar os olhos dos seus, mas antes que pudesse dar um passo em sua direção, minha mente foi invadida por imagens confusas, mas logo entendi do que se tratavam porque reconheci Dante em várias delas.

Finalmente estava concluindo meu imprinting, depois de tantos acontecimentos estava tendo acesso as memórias de Dante, tanto as mais antigas até as mais recentes, como da primeira vez em que me viu até minutos atrás, quando abri a porta do quarto de hospedes da casa dos meus avôs.

Ver as memórias de Dante e sentir suas emoções em cada uma delas, me deixou ainda mais apaixonada e encantada por ele, por seu coração generoso e altruísta, colocando sempre as outras pessoas em primeiro lugar, uma atitude rara hoje em dia. Assim que parei de ver suas memórias, caminhei em direção a cama onde ele estava sentando, enquanto meus avôs saiam do quarto nos deixando a sós.

—Kyra...Eu vi as suas memórias...Você não sabe o quanto esperei e desejei poder vivenciar isso. - Dante disse sincero me olhando com carinho e sorri emocionada para ele, me sentando em seguida na cama.

—Eu também vi as suas memórias, meu amor...E foi a melhor experiência da minha vida. - segredei para ele que sorriu feliz por meu comentário, antes de ficar sério de repente me deixando preocupada.

—Sei que já lhe pedi perdão na carta, mas queria pedir de novo. Me perdoe, por ter vigiado você e ter contado tudo ao seu pai, mas o Benjamin estava...- ele começou a pedir aflito e coloquei meu dedo indicador em seus lábios silenciando-o.

—Você não precisa me pedir perdão por nada, Dante. Já o perdoei por tudo que me escondeu, então, por favor, se perdoe também e vamos esquecer tudo isso. Temos tanta o que viver juntos e construir, para ficarmos nos apegando aos erros que cometemos no passado, não acha? - sugeri a ele que concordou com a cabeça, antes de me sentar em seu colo passando meus braços em volta do seu pescoço, acariciando a ponta do seu nariz com meu e sorrindo ao sentir seu calor e o seu cheiro de alecrim e cravo, agora da maneira correta.

Acariciei o rosto de Dante com a ponta do meu nariz, intercalando com beijos antes de beijar os seus lábios com paixão, enquanto ele segurava a minha cintura com força, como se estivesse me impedindo de sair do seu colo, algo que jamais aconteceria nesse momento.

—Eu te amo, minha rainha. - Dante sussurrou apaixonado, assim que nos separamos para respirarmos, quando o ar se fez necessário para nós.

—Rainha? O que aconteceu com princesa? - questionei confusa fazendo-o rir, antes de beijar meus lábios com carinho, se afastando cedo demais de mim para me olhar nos olhos.

—Bom, seu status na tribo mudou e nada mais justo, que seu apelido acompanhar essa mudança. - ele explicou acariciando minhas costas com a mão livre, fazendo meu corpo estremecer com o seu toque.

—É uma excelente lógica, querido. - disse e sorrimos, me inclinando em direção ao seu ouvido e sussurrando um “eu amo você”, antes de Dante de me beijar com paixão enquanto segurava seus cabelos.

Logo minhas mãos saíram de seus cabelos, percorrendo seu corpo até chegarem à barra do suéter que ele estava usando, mas antes que pudesse me livrar da peça Dante interrompeu nosso beijo para me olhar nos olhos.

—Tem certeza disso, Kyra? Não precisamos ter pressa, temos todo tempo do mundo. - Dante disse suave e sorri concordando.

—Sei disso, por isso quero aproveitar cada momento ao seu lado, começando por fazer amor com o homem que amo e que irei amar para sempre. - disse apaixonada olhando nos olhos de Dante que sorriu apaixonado para mim, antes de nos beijarmos.

Assim que estávamos livres de todas as peças de roupas, nos tornamos um só e foi a melhor sensação que senti na minha vida. Era como se tivesse voltado finalmente para casa depois de uma longa viagem, como se finalmente houvesse encontrado o meu lugar no mundo e não poderia estar mais feliz, por ele ser nos braços do melhor homem do mundo.

Enquanto nos recuperávamos de todas as sensações inexplicáveis que experimentamos juntos ao fazermos amor, Dante me puxou para mais perto dele e deitei minha cabeça em seu ombro enquanto ele acariciava meu cabelo com a mão livre, sem deixar de me olhar nos olhos.

—Posso lhe fazer uma pergunta, Dante? - questionei quebrando o silêncio agradável, que havia se instalado entre nós.

—Quantas quiser, meu amor. - ele disse suave acariciando meus cabelos com carinho, enquanto me olhava com devoção.

—Você ainda vai me amar amanhã? - questionei preocupada, com medo de que tudo que havia vivido nesse dia não passasse de um sonho bom, do qual acordaria em breve.

E Dante sorriu amoroso para mim, antes de acariciar a ponta do seu nariz com o meu fazendo meu corpo se arrepiar por inteiro, antes dele se afastar de mim e me olhar nos olhos.

—Vou, meu amor. Não só amanhã, mas todos os dias do resto das nossas vidas e até depois dela. -Dante assegurou amoroso para mim e sorri com carinho para ele. - E você, vai me amar amanhã?

—Vou. Assim como todos os dias da nossa vida e depois dela também. - disse sincera e ele sorriu apaixonado para mim me beijando com carinho, antes de voltarmos a nos amar novamente.


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