O Futuro Está Aqui escrita por Vanilla Sky


Capítulo 23
"Hora de invadir um quarto"


Notas iniciais do capítulo

Eu sou horrível com títulos D: desculpem, pessoal asuhasuha.
Oi oi, gente! Desculpem não ter postado ontem esse capítulo, porém assisti Viúva Negra e meu coração se partiu em milhões de pedaços /3 já assistiram? O que acharam??
Hoje é dia nacional do escritor! E, com isso, vou aproveitar para divulgar autoras incríveis de fics ScarletVision ♥ por favor leiam "Depois do Fim" da Leehsserrano e "Home" da Roxeley Rox ♥ e, na seara dos videogames, leiam "Where We Belong" do meu querido amigo Areiko! Feliz dia do escritor para pessoas que eu admiro muito, obrigada por escreverem e não desistirem das suas histórias; o mundo é um lugar mais bonito por conta de vocês :)
Vou colocar essa mensagenzinha em For Those About to Love, também, que vou postar mais tarde um pouco! Estou apenas finalizando e revisando, em seguida já posto aqui!
Enquanto isso, boa leitura ♥



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— Não acha melhor ligarmos antes?

Após uma caminhada pelo centro de Wakanda, a poucos passos do hotel onde Monica estava hospedada, Wanda parou. Pensou em ir até o quarto no Palácio buscar o cartão de visitas com o nome dela e o hotel anotado, contudo, Visão possuía clara lembrança do nome impresso no cartão, até mesmo do número do quarto anotado embaixo.

— Você possui um aparelho de telefone, Wanda? - Questionou Visão, confuso.

— Não possuo. — Respondeu ela em um sussurro. — Mas você não é tipo... Um telefone? Não dá para fazer contato com ela usando alguma antena interna sua?

O casal parou em uma ruela ao lado do hotel, um tanto abandonada, considerado a cidade em que estavam ser extremamente animada e cheia de pessoas andando pelas calçadas. Visão inclinou a cabeça para o lado, um pouco confuso com a fala de Wanda; pela expressão dela, o beiço inferior para frente em contrapartida à testa franzida, ela não estava exatamente paciente, portanto, o sintozóide precisou buscar alguma referência rápida para não perguntar por mais detalhes e evitar de irritá-la:

— Eu realmente possuo conexões que se assemelham a um telemóvel, Wanda, porém, por questões de segurança, eu as mantenho desligadas desde fevereiro deste ano. – Visão balançou a cabeça. – Precisamente desde o dia que você contou a respeito de sua gravidez, e véspera de nos juntarmos aos Vingadores Ocultos. – Uma pausa precedeu um sorriso e o término da resposta. – Os dias mais felizes da minha vida até descobrirmos que você está esperando gêmeos.

Wanda sorriu e ficou na ponta dos pés para encostar a sua testa contra a dele, roçando a ponta de seus narizes em um ato carinhoso antes de dar espaço para ele prosseguir:

  – Ou seja, na situação atual, temos duas opções. - Visão enumerou: - Aparecer na recepção e solicitar por Monica Rambeau...

— O que é ruim, já que ela pode nos espionar de algum modo, ou ter outros agentes na espreita. - Comentou Wanda.

— Ou observar se ela está no quarto através da janela.

Wanda revirou os olhos, um pouco insatisfeita com a ideia, porém, ao pensar um pouco melhor, notou não ser uma estratégia tão ruim assim. Seu globo ocular mirava a rua enquanto ela mordia o lábio inferior e balançava a cabeça para confirmar a ideia.

— Tá... Mas você promete me segurar? Se usar meus poderes aqui, todos vão notar.

Visão concordou.

— Eu vou voar até o andar de Monica, descobrir seu quarto, confirmar que está seguro, e voltar para voarmos até lá e falarmos com ela juntos. Combinado?

Ela balançou a cabeça e ficou na ponta dos pés para lhe dar um beijo nos lábios.

— Vá com cuidado.

O interior de Visão pareceu florir com aquela demonstração de afeto, antes dele alcançar voo e encontrar o oitavo andar, fazendo um complicado cálculo de qual seria o possível quarto de Monica dado a posição da entrada do hotel e do elevador. Ao se aproximar de uma janela, presumidamente a correta, tornou parte do antebraço intangível para atravessar um vidro espesso e, retornando à densidade normal, abrir a tranca.

Com delicadeza, ele inclinou o rosto, sentindo uma cortina levemente acariciar sua bochecha enquanto analisava o quarto. Não havia uma presença humana ali, todavia, um uniforme pendurado na porta do armário com o agora conhecido símbolo da SWORD denunciava que estava no lugar certo. A ausência de Monica, entretanto, tornava a busca por respostas infrutífera.

O olhar ansioso de Wanda a aguardava quando retornou ao chão.

— Ela não está no quarto no momento. – Visão anunciou. – Podemos aguardar por aqui ou voltar depois.

Wanda não o esperou terminar de responder:

— Vamos subir.

Ele piscou uma vez.

— Wanda, você está sugerindo de invadir o quarto da Monica? E se nos descobrirem?

— Você literalmente atravessa paredes e eu posso mover um armário... Ainda que isso agora me canse um pouco mais do que antes. – Ela mirou o chão com o canto dos olhos – Enfim. Nós podemos, e vamos, entrar naquele quarto para pegar informações.

Visão esticou os lábios fechados em um sorriso, segurando os ombros de Wanda e beijando o topo de sua cabeça.

— Está bem, meu amor.

Foi a vez de ela ficar estupefata, e um tanto sem reação.

— Você aceitou? – Wanda tinha os olhos arregalados contrastando com o olhar amoroso e apaixonado de Visão. – Não vai me dar uma bronca sobre como pode ser perigoso? A Natasha faria isso antes de concordar. Tenho certeza.

— Não planejo censurar sua ideia, Wanda, ainda que causa grande desconforto aceitar que vamos adentrar um quarto de hotel sem autorização da pessoa hospedada. – Ele apertou o ombro dela com a ponta dos dedos. – Contudo, eu possuo capacidade de ajudá-la, e seria melhor isso do que arriscar você voltar aqui sozinha. – Depois, exibiu um sorriso simples, contudo, a sinceridade irradiava do canto de sua boca, tanto que Wanda nem ao menos cogitou interrompê-lo. – Só precisamos cuidar do seu cortisol, para não prejudicar a gravidez, além de cuidar com choques de origem mecânica e...

— Eu compreendo, Vizh.

Wanda tinha um sorriso bobo no rosto quando esticou os braços e envolveu o pescoço de Visão em um abraço carinhoso. Visão demorou um instante para fazer o mesmo, por muitas vezes pego de surpresa com gestos de carinho os quais não estava acostumado. Não poderia negar que gostava de sentir o amor irradiado naqueles instantes, e buscava preservar aquelas sensações dentro do seu coração, por mais sintético que ele parecesse.

 – Agora... - Wanda sussurrou. – ... Hora de invadir um quarto.

— Você está animada demais para isso. – Visão murmurou em resposta. – Posso sentir seu coraçãozinho batendo forte. Será que o dos bebês vai bater assim também dessa forma? Devo ficar preocupado?

Não houve resposta além de um sorriso travesso vindo dela.

~.~

Wanda se apoiou no parapeito e colocou os pés para dentro do quarto com menos dificuldades do que imaginava ao início. Visão, logo atrás, atravessou a janela e a parede de concreto com os olhos fixos na moça, cuidando cada passou para ela não se machucar.

Ainda não havia ninguém no quarto.

Wanda caminhou lentamente, quase se esgueirando, pelo cômodo, procurando algo que pudesse ajudar. Gritou "a-há!" ao localizar um notebook, surpreendentemente sem senha e com arquivos sobre a Latvéria abertos.

— Estranho... – Murmurou Wanda, enquanto Visão analisava os arquivos. – O computador estava disponível. Quase como se...

As informações presentes na tela tiraram o ar da garganta de Wanda antes dela terminar de falar. Fotos de Sokovia. Mapas indicando sua posição geográfica. Uma nova cidade delineada em imagens por satélite. Ela levou a mão ao pescoço, incapaz de dizer qualquer coisa, e sentindo uma lágrima correr por seu rosto ao ver sua cidade natal daquela forma. Destruída. Reconstruída em algo que não era. Faltavam palavras para descrever como ela se sentia.

Foi Visão quem completou a frase:

— ... Quase como se estivessem nos esperando.

A porta de entrada do quarto se abriu devagar, e Monica Rambeau não parecia exatamente surpresa ao vê-los; apesar dos olhos castanhos alertas, ela exibia um sorriso.

— Vocês vieram antes do que eu esperava.

Apesar dela parecer amigável, Wanda se levantou da frente do computador e a encarou com as sobrancelhas erguidas.

— Quem mandou você? – Questionou Visão, com os braços ao redor de Wanda, e a mão cobrindo sua barriga por cima de uma blusa larga.

Monica fechou a porta e acendeu a luz do estreito corredor em direção ao quarto, os dentes cerrados enquanto olhava para eles.

— Sinto muito, mas isso é confidencial.

— Então porque não nos entrega de uma vez ao responsável? O agente Ross, talvez?

A voz de Wanda soou árida para falar, e ela inclinou a cabeça na direção de Monica, que placidamente respondeu:

— Eu tenho escrúpulos, Wanda. – Em seguida, esticou a mão. – Não quero entregá-la para a pessoa que me contratou sem ter certeza de que ficará bem, e não nas condições degradantes da Balsa. Sim, eu tive acesso às gravações por uma fonte também confidencial.

Amarras. Choques. Wanda certamente não queria retornar para aquela situação, e uma nova lágrima contornou seu rosto.

— Eu também preciso da sua ajuda com esse novo país da Latvéria. – Continuou Monica.

— Uma ótima chantagem, não é mesmo? – Wanda levantou uma sobrancelha. – Você consegue o que quer e depois me entrega para o governo.

— Wanda... – Visão a chamou com a voz leve, quase uma súplica para irem embora.

— Wanda. – Apesar de se referir a ela, Monica observava ao casal. – Existe um motivo para eu deixar o meu computador disponível com as informações que eu sei. Estou lidando com dois Vingadores, um sendo o único sintozóide de vibranium do mundo. Acha que eu não imaginei que viriam até meu quarto de hotel? Que tentariam descobrir mais sobre mim?

Silêncio. Um suspiro pesado de Monica fê-la prosseguir logo após:

— Eu não vim para brigar. E eu não vou entregar você. Até certo ponto, quero ser uma aliada. – Ela exibiu um meio sorriso; pela luz artificial do quarto, sua pele negra era resplandecente, e os cabelos, presos em um coque alto, tinham alguns cachos soltos que adornavam o belo rosto da moça. – Preciso da sua ajuda para identificar mudanças na Latvéria. Por favor.

Wanda hesitou; seu rosto estava marcado por mais lágrimas, escutando cada uma das palavras de Monica com atenção. Visão a segurava e acariciava sua barriga; apesar de querer se intrometer, sabia que a decisão caberia a Wanda. Ele não poderia ajudar mais do que ela, principalmente por seu único contato com Sokovia ter sido na sua destruição. No meio de todos aqueles escombros, restava uma flor: a jovem mãe em seus braços, que, balançando a cabeça, disse:

— Não.

A expressão de Monica despencou.

— Voltar até uma cidade natal que não é minha é uma violação. – Continuou ela, as fotos e informações vindo até sua mente enquanto falava. – É algo que vai me deixar triste e machucada. Por isso, eu agradeço, mas não conte comigo.

Ela puxou o sintozóide, na forma robótica, pelo braço, trocando rapidamente para a forma humana antes de chegarem no corredor principal daquele andar. Antes de sair, trocou um olhar com Monica, um pedido de desculpas subentendido, para o qual ela respondeu com um singelo aceno de cabeça.

Quando o casal se foi, Monica buscou o celular e ligou para um contato de nome “Maria Rambeau”:

— Mãe? – Quando Maria respondeu, ela suspirou com tristeza. – Nós precisamos de outra estratégia.

~.~

— Vizh, eu estava me perguntando...

Após um longo período em silêncio, Wanda perguntou para quebrar o gelo. Eles andavam devagar no caminho até o castelo, e Visão apenas olhou para ela, esperando que continuasse.

— Você disse que mantém suas conexões internas desligadas desde fevereiro.

Visão assentiu.

— O que aconteceria se você, hipoteticamente, ligasse essas conexões?

Ele contraiu a expressão antes de responder:

— Por força dos Tratados de Sokovia, meus sistemas internos estão ligados não só com o Complexo dos Vingadores, mas com o Governo dos Estados Unidos. Seria uma maneira de denunciar nossa localização instantaneamente.

Um calafrio percorreu a espinha de Wanda, e ele segurou seus braços usando as duas mãos.

— Não é algo para você se preocupar, Wanda. Tenho pleno controle disso. – Ele sorriu. – Apenas cuidado com a gravidez, certo?

Assim que ela confirmou, Visão pensou em abrir a boca para falar sobre aquela conversa com Monica, contudo, antes de mais nada, eles sentiram um par de mãos em seus ombros, e uma voz conhecida dizer:

— Achei vocês.


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Notas finais do capítulo

Espero que tenham gostado!! Esse capítulo ficou no meu celular algum tempo, mas fiquei feliz de finalmente terminar e postar. Foi divertido escrevê-lo huasuahsuah. Em breve eu volto com mais atualizações ♥
Lembrando que eu aceito críticas e sugestões! Recebam um abraço quentinho da Vanilla Sky ~ ♥ ~



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