A distância entre nós- Fremione escrita por Anna Carolina00


Capítulo 4
Um novo dia




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Fred POV

 

Jorge ainda acordado quando entrei em nosso quarto. Ele estava sentado me encarando.

—Noite... -Noite...

—Fred, quer conversar sobre hoje?

—...

Sentei na mesma posição de frente com  ele. Em momentos assim pareciamos reflexos de uma única pessoa. Jorge continuou:

—… Hermione foi bem Grifinória, né? Não acreditava que ela seria capaz de enfrentar os pais por nada.

—Nem eu… Eu pensei em falar algo, mas na hora H, não  consegui fazer nada.

Confesso que planejava tentar impressionar seus pais. Ser alguém maduro ou coisa assim… Só  para tentar ganhar alguma confiança do sr. Wendell Granger. Mas fui um fiasco.

—O que achou que faria, Fred? Um discurso motivacional e os Granger ficariam comovidos a ponto de deixar a filha deles ir para o lugar onde provavelmente Você-Sabe-Quem pretende atacar? Óbvio que não daria certo. Rony pode ter falado que Dumbledore vai proteger o castelo, mas mesmo com a proteção  dele, o castelo vive sendo alvo de problemas. O "famigerado assassino" Sirius Black, o filho do Ministro Crouch… Sem falar de um basilisco e o próprio Rabicho que entrou em Hogwarts fingindo ser um rato, né? O único jeito da Hermione conseguir ir para Hogwarts seria se rebelar contra os pais.

—É,mas… Pelo menos Rony conseguiu falar alguma coisa…

—Por Merlin, você  está realmente com ciúmes do nosso irmão catarrento!? - Jorge estava rindo da minha cara, com motivo - Fred, Rony faz parte do trio de ouro. Aqueles três não se desgrudam, é normal que o pai da Hermione acha que ela queria  namorar ele… Até a gente pensava isso até… Bem, até vocês começarem esse rolo durante o torneio Tribruxo. - Eu devia estar com uma cara terrível, porque Jorge realmente me olhava com certa pena - Fred, me escuta. Sua namoradinha enfrentou os pais por algo que importava para ela. Isso é uma coisa boa, quem sabe essa nova onda de cuidar da própria sem ligar para reclamação dos pais inclua você? Eu achava isso impossível até a noite de hoje… Mas agora eu não duvido de nada!

— Mas agora eu não  vou estar com ela durante o ano letivo. Vai ser divertido imaginar ela achando que pode namorar e acabar escolhendo algum imbecil em Hogwarts. Rony é o melhor das opções… Imagina se algum trasgo da Sonserina chamar ela para sair? 

—Hey!  Esse Fred possessivo e inseguro mancha nossa reputação!  Você tá duvidando da inteligência da Hermione sem motivo! E…  Bem, eu nem ia te falar isso para não te preocupar mais, mas ontem antes de sairmos, o senhor Granger pediu pro Rony "cuidar" da menina deles. E depois de aparatarmos, Rony me pediu dicas sobre como chamar alguém para sair. Para mim parece que Ronald Weasley vai deixar de ser uma criança tapata e vai começar a ser um adulto um pouco menos tapado. Ele enfim vai fazer 17 né? Alguma hora tinha que crescer…

Jorge continuou tagarelando sobre quando transformamos o urso de pelúcia dele em um aranha e outras coisas que aprontamos com ele, mas eu comecei a viajar em outras memórias:

Quando mais de uma vez consolei Hermione chorando durante a época do Baile de Natal do Torneio Tribruxo. O que eu disse para ela? Espere Rony completar 17 anos. Ele seria menos tapado e lhe veria cono a garota maravilhosa que é. Talvez eu realmente estivesse certo e o Rony de agora está  pronto para chamar Hermione para sair. Lembro dela chorando com Rony inconsciente no Departamento de Mistérios. Lembro dela o defendendo de nossas brincadeiras, de depois ficar satisfeita com ele sendo monitor...

As peças foram se encaixando em minha cabeça. 

Eu sou apaixonado pela Hermione, de alguma forma eu sei que ela também sente o mesmo. Mas eu namorei com Angelina, minha antiga paixão. Foi um período divertido, tudo que eu esperava de um namoro, mas foi só assim que tive certeza que era com Hermione que eu desejava passar o resto da minha vida. 

Talvez ela devesse ter o mesmo. 

Talvez tenha chegado o momento de Hermione  ter sua chance com sua antiga paixão:  Ronald Weasley!

—...E foi assim que a tia Muriel prometeu nunca mais vir à Toca no natal... Hey, Fred! Tava me ouvindo?

—Obrigado, Jorge. Acho que descobri o que preciso fazer agora. Tenho que deixar o caminho livre para Rony namorar Hermione Granger. E você  vai me ajudar!

—Ok… Definitivamente não estava me ouvindo. Não  sei o que os zonzóbulos fizeram com sua cabeça, mas se quer deixar Hermione viver a vida dela e você voltar a pensar na sua, eu topo! Mas agora… Tudo que eu preciso é de uma boa noite de sono! Boa noite, Fred.

Jorge em algum momento da conversa havia tirado o paletó e os sapatos para deitar, agora apenas virou para o outro lado para dormir.

Depois de passar várias madrugadas trabalhando, confesso que senti falta da minha cama na Toca. 

—Boa noite, Jorge.

Repeti o mesmo processo e assim como Jorge, me deixei levar pelas areias do sono e dormi.

 

***

 

Acordamos tarde, quase na hora do almoço.

Pelo visto nossa mãe não quis acordar os "homens de negócios ". Agora ela parece mais satisfeita com nosso trabalho, mesmo que tenhamos desistido de terminar os estudos.

—Bom dia!-Bom dia!

Encontramos Molly na cozinha já começando a preparar o almoço.

—Bom dia, queridos! Ainda tem comida do café da manhã, se quiserem, mas o almoço logo sai.

Dispensamos e perguntamos por Rony e Hermione.

—Estão no quintal treinando Quadribol.

—Quadribol!? 

—Hermione jogando Quadribol?

Aparatamos imediatamente no gramado. A cena a nossa frente não poderia ser descrita por outra palavra além de peculiar.

Rony estava montado na vassoura na frente do gol, mas Hermione não. Ela havia enfeitiçado uma Goles e a movimentava como se fosse uma pessoa carregando a bola enquanto voava. Em seguida, a bola se dirigia ao gol como se tivesse sido arremessada. Sua velocidade mudava de modo que realmente parecia que havia uma pessoa invisível numa vassoura invisível jogando.

Para deixar a situação ainda mais interessante, podíamos  ouvir Rony narrando o jogo.

—Angelina Johnson se posicionava para dar seu melhor arremesso. Ela parece analisar o campo e…- a bola se arremessa sozinha no canto superior do aro e Rony consegue desviar a bola-... Defesa! Rony! Rony! A plateia vai a loucura!

—Rony!Rony!

—Rony! Você é nosso rei! Nós te amamos!

Jorge e eu brincamos. Isso chamou a atenção  dos dois. Rony voltou para o chão meio sem graça e Hermione correu em nossa direção. 

—Fred! Jorge! 

—Até que enfim acordaram. Querem jogar quadribol? Hermione está me ajudando a treinar, mas eu tenho certeza que não deve ser divertido ficar movendo a bola com uma varinha, mas ela é legal demais para reclamar.

— Não, Rony… Por mim tudo bem. Eu gosto de ajudar você a treinar.

Ela se defendeu.

—Acho que Fred tem umas coisas para fazer com um logro, mas eu posso assumir o papel da Hermione.

Jorge deu uma piscadinha para mim, ele devia saber que eu queria conversar com ela antes de voltarmos para a loja.

—Sendo assim… o grande goleiro Ronald Weasley irá enfrentar o melhor artilheiro-batedor de Hogwarts… Jorge Weasley! - foi Hermione quem narrou desta vez - Boa sorte, meninos. Fred, pode me dar uma carona para a Toca? 

Ela me ofereceu o braço.  Eu o toquei por um instante e no outro estávamos em meu quarto.

 

Eu queria poder dizer que me segurei para conversar com ela sobre darmos um tempo, sobre achar que esse ano ela deveria se dar uma chance de conhecer outras pessoas em Hogwarts, que é saudável ela ter um namoro de adolescente de verdade em Hogwarts, não  nossos encontros escondidos…. Mas não consegui dizer nada, pois no segundo em que estávamos sozinhos, Hermione tomou a iniciativa e me beijou. 

Que Morgana perdoe meus pecados, mas Hermione tomar a iniciativa no beijo me deixou completamente excitado.

A morena me empurrava vagarosamente em direção a minha cama, onde me sentei e ela veio em seguida sobre mim. Estávamos muito próximos. Ela estava coberta apenas por camisola de algodão, pude sentir sua pele gelada quando lhe segurei abaixo da cintura, revelando seu corpo destampado.

Em um movimento rápido, lhe puxei pela cintura e deitei sobre Hermione na cama, ainda nos beijávamos. Me arrepiei com sua mão em minha nuca, pedindo para intensificar o beijo. 

Mordi seu lábio uma última vez e me dirigi para seu pescoço. Senti seu corpo se contorcer sob o meu a cada toque, me deixando ainda mais inconsciente do que estávamos fazendo. Uma mordida e ouvi um suspiro, Hermione definitivamente me deixaria louco assim.

 Fiquei tentado em avançar sentindo seu corpo por dentro da camisola, mas me contive até sentir sua própria mão buscando abrir os botões da minha camiseta. Me afastei alguns segundos e olhei para seu rosto corado. Ela mordeu os lábios  e sorriu. Quer dizer que estava tudo bem continuar, certo?

Terminei com os botões e tirei a camiseta, envolvendo seu corpo com meus braços e iniciando mais um beijo. 

Ouvimos um barulho num andar mais abaixo.

 

—Almoooooço! 

 

Mamãe devia ter estendido sua voz para ser ouvida em toda a Toca e nos arredores, chamando os filhos.

 

Hermione e eu respirávamos pesadamente tentando recuperar o fôlego.

Meu corpo estava suado, sua roupa estava amarrotada. Imagino o que alguém pensaria se nos visse naquela situação, mas paramos a tempo de fazer algo que poderíamos nos arrepender por pura precipitação e hormônios.

—Banho.

—Banho.

 

Aparatei com Hermione no quarto de Gina que ficava do lado do banheiro. Em seguida, me dirigi para o banheiro do andar de baixo.

Eu precisava de uma ducha gelada, não  apenas por estar suado, mas para aliviar toda a tensão. 

Agora que estava longe o suficiente dela para raciocinar, não podia evitar a sensação de culpa por quase ter estragado sua primeira experiência. Não era justo fazer dessa maneira, repentinamente, sem cuidado e correndo o risco de deixá-la  numa situação desconfortável com o resto da minha família.  

Apesar da culpa, eu não poderia negar que estava feliz, havia um sorriso congelado eu mesmo e as memórias dos nossos últimos minutos jamais seriam perdidas.

 

Memórias que me mantém presa a você. 


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