Sons of Hunt escrita por Scar Lynus


Capítulo 15
Capitulo 15


Notas iniciais do capítulo

Bom eu realmente não sei o que colocar aqui alem de um ta pronto kkkkkk
inicios de arcos geralmente são mais softs pra quebrar um pouco aquela onda de ação frenetica.



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[Mansão – 30 anos atrás]

 

 

O grupo já estava bem estabilizado após a ultima aventura, na ultima semana haviam realizado um grande feito. Matar um Wolven. Caçadores mais velhos e experientes tinham dificuldades com isso, mas, o novo grupo tinha menos de um ano juntos.
   Orgulhosos de seu ultimo feito de batalha o grupo tirou uma foto para guardar de recordação, nunca poderiam mostrar a ninguém, mas, só quem estava ali precisava saber de qualquer forma, qualquer pessoa de fora não entenderia essa pequena família disfuncional.

Haviam passado a noite comendo pipoca e assistindo seriados antigos, as garotas se apertaram no sofá da sala enquanto os rapazes sentavam no chão, vez ou outra reclamando de levar um chute ou joelhada das mesmas que sempre afirmavam ser “sem intenção”. Momentos para descontrair não eram raros entre o grupo, o que era raro se limitava a quando duas das três partes do triangulo amoroso da casa estavam discutindo, fosse em questões da liderança do grupo, fosse em questões pessoais, fossem as discussões em missões ou fosse algo relacionado a Sadjenza... Harry e Tom já haviam entrado em estados de quase fúria diversas vezes um com o outro, porém, nunca desrespeitaram a regra do seu mentor que frisou a importância de terem um relacionamento saudável e nunca brigarem entre si. Saudável era mais fácil mesmo que fosse um disfarce... Durante a manhã a casa estava calma, sem barulhos, discussões incomodas ou conversas serias. Seria perfeito se o motivo disso não fosse a ausência de dois caçadores. Harry e Sadjenza saíram na noite anterior e ainda não haviam retornado, seu mentor os orientou para ficarem calmos pois estava de olho para coisas estranhas em energias ou nas sensações da região. As garotas estavam imaginando o pior cenário onde a dupla saiu e foram atacados por algum inimigo que os impossibilitou de pedir apoio. Tom também pensou no pior cenário, apesar de que o pior para ele era diferente do delas. Para ele a pior coisa que poderia acontecer era Harry derrota-lo ali, e voltar para a mansão com Sadjenza nos braços...

 

— Alguém quer arriscar um palpite? Ou rastreio? – Hanna perguntou a roda que formavam.

 

— Não. Se Marcel disse que tudo está bem, então o melhor que fazemos é esperar! – Tom respondeu cruzando os braços e se recostando na parede.

 

— Que frieza. – Natalie disse pra ele, claramente caçoando do mesmo para insinuar ciúmes. – O que vai fazer se eles chegarem abraçados?

 

— Nada. – Respondeu seco. – Meu trabalho não é namorar ou implicar com relacionamentos, estou aqui para proteger os mundos, as espécies e esta família principalmente.

 

— Que homem de princípios você é! – Kenya falou também provocando o moreno. – Mas, também não é fácil para Sad... – Ela se posicionou entre as outras duas caçadoras encenando uma sugestiva cena de teatro. – "Escolher entre o bom moço e o bad boy! O que eu farei?"

 

O trio riu e Tom riu junto, ele não iria brigar com elas e também não iria rasgar por uma brincadeira, levava a sério a regra de não ter segredos assim como todos ali. Ele se divertia e amava toda a família, a escolha de Sadjenza não iria mudar esses sentimentos.

 

— Eu me escolheria, mas, contudo, entretanto, todavia... – Ele fez suspense antes de terminar. – Só ela pode decidir se vai andar de moto ou de jipe aos fins de semana. – Ele fingiu ser derrotado o que levou o grupo a mais uma serie de risos.

 

 

[Mansão – noite de 30 anos atrás]

 

 

Quando Sadjenza e Harry retornaram a noite o grupo todo estava curioso pelo paradeiro da dupla, apenas para se frustrarem ao descobrir que apenas haviam ido visitar a mãe de Harry que reclamou da ausência do mesmo.

 

— Isso foi broxante! – Kenya reclamou saindo da sala com as duas amigas, deixando apenas o trio na sala.

 

Novamente eram os três em silencio em um ambiente, desconfortável sempre seria a palavra para o triangulo...

 

— Eu sei que você quer perguntar. – Harry falou encarando Tom enquanto se sentava. – Mas, não. Nada aconteceu eu te prometo.

 

— Se você garante eu acredito. – Tom respondeu sentado na poltrona em frente ao sofá, Sadjenza estava sentada com Harry e suspirou.

 

— Vocês têm sorte de serem bonitos! Porque a cabeça só serve pra ter cabelo! – Ela saiu levemente irritada após isso, deixando para trás ambos com cara de paisagem.

 

 

Harry e Tom encararam a semana mais pesada de suas vidas nos dias que se seguiram, Marcel resolveu não dar trégua em momento algum para os rivais. Seus treinos estavam mais dobrados e o sono totalmente desregulado, a exaustão sendo a única companhia. Eles não estavam interagindo com as garotas do grupo, tudo que faziam era isolado agora e isso era ainda mais pesado considerando que não sabiam o motivo de toda essa marcação apesar de terem perguntado inúmeras vezes a Marcel.

 

 

— Provavelmente é minha culpa. – Harry comentou enquanto faziam flexões.

 

— Por que tudo é sobre você? E se a culpa for minha? – Respondeu Tom entre a subida e descida.

 

— Espera... Você fez alguma coisa? – Questionou o loiro parando de se exercitar.

 

— Claro que não! Provavelmente é sua culpa mesmo. – Respondeu o moreno.

 

— Vocês têm tempo de papear é? – Marcel perguntou entrando na arena junto das garotas. – Vão agora se trocar e pegar suas armas... - Ele e as garotas sentaram na pequena arquibancada. - Está na hora de resolver quem vai ser o líder definitivo desse grupo!

 

 

 

 

[Presente – Mansão Norte]

 

 

— Por que chamar logo o Tom? – Harry questionou-a. – “De todas as opções?”— Pensou ele.

 

— Em primeiro lugar porque ele é um excelente guerreiro! Segundo; ele se voluntariou a mais de um ano pra me ajudar. Terceiro; ele é o único dentro do continente tirando nós dois e quarto; você sabe que devemos muito a ele. – Sadjenza se sentou suspirando e levando as mãos as têmporas, ela não queria e nem precisava se explicar, mas, Harry iria encher o saco se tivesse ela ficado em silencio e Tom simplesmente aparecesse.

 

— Claro que ele se ofereceu pra te ajudar! Ajudar a mim não. Agora ajudar você! – Harry parecia um adolescente ciumento fazendo birra.

 

— Não comece Peterson! Não somos mais crianças e não seja ingrato! Ele tem nos ajudado e muito o tempo todo! – Sadjenza fazia questão de mostrar que o companheiro estava sendo ingrato.

 

— Não vou ficar aqui pra discutir sobre isso! – Falou ele se levantando com dificuldade. – Acho que ele está vindo pra ontem certo?

 

— Ele disse que iria deixar algumas coisas certas na empresa antes de vir, talvez daqui uns três dias. – Ela respondeu sem se exaltar.

 

— Então eu ainda tenho um ou dois dias inteiros sem ele... – Comentou antes de sair do pequeno cômodo.

 

— Não seja infantil querido! – Sadjenza respondeu-o alto o suficiente para que escutasse do final do corredor. – “Depois perguntam por que as mulheres tem sempre a razão.” - Sadjenza sabia que essa reunião seria complicada, não só pela presença dos dois, mas, sim porque já havia passado da hora de algumas cartas entrarem na mesa após tantos anos.

 

[Sala de estar - presente]

 

O restante do dia não deixou de ser comum, após finalizarem o treino quase a uma tarde, com todos do grupo exaustos e suando, correram para o chuveiro e em seguida almoço, por último aqueles com empregos ou tarefas obrigatórias se foram para as suas obrigações cotidianas.
  Max havia saído para levar Sofia ao trabalho e depois iria ao quartel, Andromeda estava no seu estagio e depois iria a faculdade então sem noticias dela até quase onze da noite quando Harry a buscava, tarefa que foi passada para Sadjenza agora.
   Samuel estava estudava junto de Jade as possibilidades de novos aparatos a serem incluídos nos cintos dos caçadores ou até no traje, a dupla estava no laboratório, praticamente sendo movidos a café até o anoitecer.

 

— O que eu farei o resto da tarde? – Tânia falou alto deitada no tapete da sala. Agora o ócio era sua companhia, Sadjenza havia feito Harry matricular Senna em uma escola. – “Se ela vai viver entre humanos, ela precisa fazer coisas de humanos!” — Tânia entendia, mas, não gostava da ideia, era novamente a desocupada da casa. – Tão injusto.

 

— O que é injusto? – Zack perguntou se sentando no sofá com uma tigela de cereal. Ele estava totalmente à vontade usando uma calça leve e sem camisa, acessando a Netflix.

 

— Ser novamente a desempregada do grupo. – Respondeu a loira. – Eu cuidava e ensinava algumas coisas para Senna, mas, Sadjenza mandou ela pra escola...

 

— Tudo pelo bem dela até as dezoito, depois disso é hora de ir buscar a criança e para registro, minha mãe geralmente está certa. – Respondeu o moreno chegando pro lado no sofá. – Bem vinda ao meu clube!

 

— Também não tem emprego? – Perguntou ela se sentando no sofá.

 

— Não. Eu fui e continuo um playboy, então tenho o privilégio de ser caçador em tempo integral! – Ele tinha certo orgulho em dizer isso. – Aí não perco o foco. – Ele colocou Jovens Titãs em Ação.

 

— Não é possível! – Tânia começou a rir para a confusão do moreno.

 

— O que foi? – Questionou ele.

 

— Você estava todo selvagem de manhã, estava pronta pra ver você e o Max lutando e agora você está comendo cereal, vendo esse desenho bobo e falando que é um playboy! – Ela não estava conseguindo levar ele a sério agora. – Isso não faz sentido nenhum! – a loira estava caindo na risada muito mais pela situação que pelo desenho. Zack resolveu ignorar a garota e continuar assistindo.

 

 

[Max – Corpo de Bombeiros]

 

 

 

— Muito bem pessoal! Continuem mais duas vezes e depois podem tomar um banho! – Max guiava os novatos durante o condicionamento físico. Desde que se tornara um caçador o Loiro havia mudado seu horário e tarefas, seu salário tinha diminuído, mas suas contas também, tudo estava equilibrado em sua vida, exceto a bagunça na sua cabeça...

 

— Esse novo instrutor é meio mole não? – Seu superior Herbert veio brincar com loiro bagunçando seu topete, mesmo Max que era um cara alto se sentia baixo perto dele, dois metros e alguma coisa de altura não são para qualquer um.

 

— Talvez o instrutor da época dele tenha sido meio frangote senhor! – Max provocou o mais velho, desviando o olhar em seguida. Não podia dizer que era um dia de extrema alegria devido a manhã turbulenta.

 

— O que foi Max? – Max o encarou confuso. – Te conheço a um bom tempo meu jovem. Sempre que está com algum problema você conversa pouco e desvia o olhar. – Era fato que eles se conheciam a um bom tempo, mas, não poderia revelar nada ao mais velho. – Fale jovem, o que te aflige? Tudo bem em casa? Namorada?

 

— Não exatamente... – Max tinha um pequeno texto disfarçado. – Nós acabamos de nos mudar, as coisas estão meio bagunçadas e agora que estamos morando juntos tudo é... Diferente.

 

— Morando juntos? Nós quem nos mudamos? Se eu não entender não posso te aconselhar Max.

 

— Meu “pai” reatou com a ex e agora todos fomos morar juntos na casa dela, o lugar é legal, mas, poxa eu ando me sentindo pra baixo, frustrado comigo mesmo. Talvez eu não seja um bom irmão mais velho, talvez não seja bom o suficiente para liderar... – Max não queria mentir e boa parte disso era de certa forma a verdade, mesmo que ainda estivesse a omitir muito da história.

 

— Max. – O mais velho o interrompeu. – Quando sua equipe de treino caiu no poço. Quem os tirou de lá?

 

— Fui eu senhor. – Max respondeu se lembrando do ocorrido. – Mas desloquei meu ombro.

 

— E aprendeu a maneira certa de usar aquela corda! – O mais velho falou sorrindo. – Quem tomou a iniciativa no treino na selva?

 

— Fui eu senhor. Quando você machucou a perna. Acabamos chegando depois de todos os outros grupos infelizmente.

 

— Todos acharam que seria melhor desistir e voltarmos, mas, você os liderou e não me deixou pra trás mesmo ferido. – Havia orgulho na voz do superior. - Quando você não conseguiu completar os testes de escalada. O que você fez?

 

— Eu entrei escondido no quartel a noite e fiquei treinando até conseguir senhor. – Max lembrava da advertência que levou depois daquilo.

 

— Você sabia que não devia, mas, você superou seu obstáculo da forma que foi possível. E aceitou as consequências como um homem deve fazer. – O mais velho estava sério agora. – Você é um líder, uma pessoa que aprende com erros, alguém que não vai abandonar um companheiro mesmo que signifique perder o ponto principal do objetivo. Se tem alguém que é um bom irmão mais velho, esse alguém é você! Não posso falar pela sua família, mas, no que diz respeito a você garoto. – O mais velho levantou a mão. – Coloco minha mão no fogo!

 

— Obrigado senhor! – Max agradeceu o superior sorrindo, sua confiança havia sido renovada agora. O caçador entendeu com Herbert, nem sempre você precisa vencer para ser um líder, liderar é muito mais do que atingir um objetivo. – “Eu consigo”!

 

 

 

[Laboratório da Mansão – Jade e Samuel noite]

 

 

 

— O que você acha? – Perguntou o loiro erguendo o novo protótipo que a dupla estava desenvolvendo. – Falta testar e se funcionar produzir vários na cor preta!

 

— Primeiro temos que ver se tudo que precisamos vai ser possível de existir junto da peça. – Ela respondeu ainda de olho em uma formula no computador. – Prata em gás parece mais complicado que a obsidiana... – Ela se recostou suspirando e depois encarando o bule de café vazio. – Acabou o caféééé....

 

— Então acabou o trabalho! – Falou ele deixando o equipamento de lado. – Vamos subir, daqui a pouco Zack vem nos buscar pro treino noturno!

 

— Irritante! – Falou ela seguindo o loiro escada a cima, chegando na sala encontraram apenas Tânia estirada no sofá. – Ei Tânia.

 

— Eu mesma! – Respondeu ela encarando a moça. – O que foi?

 

— Quer comer com a gente antes do treino noturno? – Max convidou apontando a cozinha.

 

— Claro! Quem recusa um lanche. – Falou se levantando e seguindo a dupla sentindo o chão frio mesmo que estivesse caminhando de meias. – Então... Esse treino noturno é algo mais relaxado? Tipo concentrar os chacras, achar paz interior, exercício de confiança? – Tânia não queria esconder que não estava nem um pouco afim de exercícios. A dupla deu uma leve risada.

 

— É mais tranquilo que o da manhã. – Samuel a tranquilizou. – Mas, há exercícios, as vezes temos alguns exercícios para concentração. Quanto a exercícios de confiança eu não acho que precisamos. Nós três confiamos perfeitamente um no outro.

 

— Cem por cento? – Ambos confirmaram com a cabeça. -  Sem dúvidas, segredos, detalhes pessoais... – “Como é possível confiar em alguém tanto assim”?

 

— Não precisamos mentir ou ter segredos para com a nossa família. – Jade falou entregando um pão com presunto e queijo para Tânia. – E por falar nisso. Cadê o Zack?

 

— Foi buscar a Senna. Sadjenza terceirizou essa tarefa – Tânia contou a dupla que pareciam aliviados.

 

— Quem sabe não escapamos! – Samuel falou sorrindo.

 

— Não faria mal relaxar uma noite inteira. – Jade complementou. – Tem algum plano? – perguntou a Tânia.

 

— Até o momento não.

 

— Está decidido! Vamos assistir ao Snyder Cut! – Samuel falou procurando pipoca no armário enquanto Jade foi a geladeira pegar refrigerante.

 

— Tânia garanta que ninguém assuma a TV da sala! – Jade falou seria e a loira correu para o sofá tomando o controle em mãos.

 

Após alguns minutos depois os outros membros chegaram, Sofia e Max entraram na casa normalmente e não estranharam Tânia no sofá zapeando pelos canais. Deixaram a mesma e foram a cozinha onde a outra dupla preparava tudo para a sessão cinema, chegaram a convida-los, mas, ambos recusaram. Logo o trio estava no sofá prontos para dar play quando Zack chegou com Senna, a pequena fada correu para o sofá e abraçou Tânia, ela estava eufórica para contar sobre o seu dia, mas o predador moreno não deixou e levou a criança para a cozinha para comer e fazer sua pequena lição de casa antes dele ir treinar, obviamente ele rasgou com os outros por ninguém estar afim de descer com ele a arena, mas, depois que Max e Sofia apareceram e toparam ele ficou mais tranquilo.
    O trio então deu inicio a sua sessão cinema de quatro horas, ignorando o resto da casa o quanto foi possível, ficaram maravilhados ao ver o quão bom esse filme era e como o estúdio foi retardado em se intrometer.

 

— Concluímos que agora podemos pedir para reviverem o Snyder Verse? – Samuel perguntou e ambas concordaram. – Noite perfeita!


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Notas finais do capítulo

eai gostaram?? Ainda vai ter bastante esticação de chiclete. fui claro? kkkkkk