Meu Nerd Favorito escrita por PepitaPocket


Capítulo 11
Roda de Fofoca




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Na Konoha High School, não se falava outra coisa que não fosse do retorno de Yamanaka Ino, que havia sido suspensa, por ter agredido até colocar em coma Matsuri Akasuna que andava pelos corredores de cabeça erguida, sendo seguida por Harumi Tsugumi e Layla Ling.

— Idiotas, se eu estivesse em coma, não estaria andando aqui, linda e gloriosa. – Matsuri dissera para si, enquanto andava rebolando pelos corredores da escola.

Querendo chamar a atenção do garoto ruivo que estava pegando seus pertences no armário, e pelo jeito iria caminhar para o vestiário, pois naquele dia teria treinamento de rúgbi, e ela queria muito estar na primeira fila, para assisti-lo.

Até pensou em usar o seu melhor sorriso, e desejar-lhe boa sorte.

Mas, aquela aberração da Tenten Sarutobi, apareceu por ali, usando sua roupa de educação física e com seu arco na mão, certamente indo para o treino.

Foi irritante como Gaara sorriu para ela, antes de beijá-la. Mais irritante ainda, foi ver a maldita da Sarutobi olhando para ela, com aquele olhar frio da garota que sabe que estavam de olho no namorado dela.

No entanto, naquela terça chuvosa, o que realmente chamou a atenção de todos é o retorno de Yamanaka Ino que estava ainda mais popular do que antes, e as suas costas.

E, para a surpresa de todos, ela estava de mãos dadas com o Aburame.

Karin que estava discutindo com seu pai, que não queria lhe dar mais dinheiro para o lanche, até tirou os óculos para limpá-los, antes de confirmar que ela estava vendo o que estava vendo.

Shino disse que não precisava, mas Ino fez questão.

E, o resultado é que eles eram o centro das atenções da escola. Todos os alunos encaravam eles, alguns com ar de riso e deboche, outros de surpresa, outros de irritação e tinha aqueles com inveja.

Esses últimos certamente, por causa de Ino e não exatamente ele. Os que tinham raiva, queriam estar em seu lugar e os que tinham inveja também queriam estar no lugar dele.

Isso o fez se sentir sortudo e azarado ao mesmo tempo.

— Otou-san, tenho que ir... – Bem quando Jiraiya tinha levado a mão na carteira, Karin desceu do carro.

Louca para estar dentro daquele “babado”.

Ajeitara a sala do uniforme, enquanto saia com a mochila preta nas costas, já que a escola padronizara o material escolar.

E saíra com tanta pressa, que Jiraiya enquanto a via se afastar a toda velocidade, perguntava-se onde era o incêndio.

Sem nenhuma cerimônia, Karin correra até sua amiga loira, com vontade de lhe dar uns puxões de cabelo, por ousar trata-la como se fosse todo mundo, e deixa-la saber da grande novidade naquele momento.

— E, então? Uma semana com o celular confiscado, e mudam-se as posições do planeta? – Karin dissera rindo de sua própria piada.

Shino conhecia aquela ruivinha, mas nunca chegava tão perto. E, a achara uma graça, embora ela não tivesse sardinhas em nenhuma parte do rosto, o que a fez perder parte do charme, na concepção do Aburame.

— Não exagera! – Ino disse sorridente, enquanto agarrava-se ao braço de Shino. – Nós enfim entregamos o trabalho chato, meu pai trouxe na sexta.

— Quem quer saber daquele trabalho de nome complicado, que só a testuda sabe dizer. – Karin disse com um entusiasmo. – Vamos ao que interessa.

Ela disse agarrando-se ao braço de Ino sedenta por novidades, depois de ter ficado em casa, fazendo Ioga e meditação, com a chata de sua mãe, porque não tinha mais nada o que fazer.

Jiraiya era um pai sem personalidade, que imitava tudo que Orochimaru fazia. E, com isso acabou confiscando seu celular, computador... E, deu uma pilha de deveres para Sakura fazer.

Mas, ele achou muito trabalhoso corrigir esses deveres, então optou por ioga e meditação. Se ela tivesse que fazer a postura da roda, sua coluna certamente iria se partir em duas.

— Vamos esperar a testuda chegar, que dai eu conto tudo de uma vez. – Ino disse querendo fazer mistério.

— Uma ova! Quero saber primeiro e ver o bico de contrariedade dela depois. – Karin disse com um sorriso maldoso, que deu um calafrio em Shino que nunca pensou que a que parecia ser a mais simpática do grupo, fosse aparentemente a mais sádica.

— Não. Vou contar para as duas ao mesmo tempo, ou não conto nada. – Ino disse fazendo uma carranca charmosa.

Shino descobriu que adorava vê-la daquele jeito, bravinha. Só não gostava quando ela entrava no modo gritador e quase o deixava surdo.

— Que foi? – Karin perguntou com impaciência. – Porque não vão cuidar de suas vidinhas medíocres?

A Uzumaki perguntou com impaciência, para os outros alunos, que não paravam de olhar para Ino e Shino que tinham perspectivas diferentes sobre aquela atenção toda.

Ela estava achando o máximo, porque adorava chamar a atenção.

Já ele estava detestando, ter sua figura atraindo tantos olhares. Isso nunca tinha acontecido antes, mesmo que ele andasse de casacão, capuz, olhos de sol, o tempo todo.

Ele passava quase que incógnito na vida escolar.

Claro, que como todo adolescente ele queria socializar. Ter sua turminha de amigos, fazer coisas normais da idade.

Mas, nunca conseguiu fazer isso direito, nem mesmo com o tonto do Naruto que falava até com uma pedra se ela cruzasse seu caminho.

Tinha a impressão que a maior parte da turma, não sabia nem qual era seu nome. Para ver como o mundo gira, já que agora esse mesmo nome parecia estar na boca de todos.

Percebendo o nervosismo do namorado, e o modo como sua mão suava, Ino olhou para ele com um sorriso meigo.

— Relaxa, está entre amigos.

Na verdade quando disse “amigos”, Yamanaka queria dizer “amigas”. Isso porque ela se comunicava mais com as garotas, já que a maioria dos garotos tinha outras turminhas.

Naruto falava com todo mundo. Sasuke não falava com ninguém, que não fosse o Uzumaki. O que gerava boatos estranhos, que constrangiam o loirinho que tentava a todo custo dar uma guinada em sua vida amorosa sem sucesso. Ele tinha uma queda secreta por sua prima, mas achava que não era correspondido. Sem contar que amor de primos é complicado.

Karin sabia que Naruto ficava lhe olhando e era constrangedor. Ela queria ir para baixo da mesa, e fingir que o loiro não existia, mas com ele perto, isso era sempre difícil.

Então, ela não resistiu e olhou para trás.

Naruto também a olhou e lhe deu aquele sorriso bobão, que teria causado mais efeito, se ele não tivesse literalmente babado.

Karin acabou fazendo cara feia para ele, e se controlado para não colocar o dedinho do meio para ele, só para fazer charme.

— As vezes, acho que você está a fim de seu primo. – Ino dissera baixinho achando que apenas sua amiga ruiva fosse ouvir, mas Shino estava bem do lado e tinha uma ótima audição.

— Nada. – Karin fez o que sempre fez, negou com veemência.

Entretanto, até Shino percebeu que ela mentia. Seu rosto ficou da cor de seu cabelo, e seu sorriso trêmulo, também era um sinal de que seu disfarce não era bom.

— Cadê essa testuda que não chega? – Ino perguntou olhando com aflição para a porta.

E, Karin por sua vez deu apenas um sorriso, só que diferente de antes, era um sorriso de canto, que lhe dava um charme misterioso.

— Ela disse que tinha coisas a fazer. – Karin falou apenas mover os músculos.

Aquele era o código usado.

Para se referir a Neji.

E, Shino que costumava sentar na última fila no canto esquerdo, sentiu-se estranho ao acomodar-se na terceira carteira do canto direito, ainda ficava no canto oposto da porta, onde todos que passavam no corredor podiam observar podiam observar a novidade do pedaço.

O casal do momento. Shino nunca pensou que poderia classificar um acontecimento assim em sua vida.

E nem sabia se estava pronto para algo dessa magnitude.

 A primeira aula foi com o Kakashi-sensei, que como sempre colocou uma tarefa aleatória no quadro.

Ele escreveu um poema, de um famoso poeta japonês e queria que os alunos também escrevessem uma poesia.

Karin que estava ao lado de Shino e Ino, percebeu que os dois soltaram um suspiro simultaneamente.

O que mostrava que eles estavam com inspiração de sobra, para fazer aquela tarefa, enquanto ela não se sentia nem um pouco poética.

Os olhos de Karin vagaram para o lugar vago de Sakura, e ela queria saber onde aquela testuda se meteu. Tsunade quase arrancou suas orelhas por causa da briga na semana passada, e agora se ela recebesse outra advertência, seria trágico uma garota de cabelos róseos, testa grande e sem orelha. Nem o Neji iria querer ela desse jeito.

Pensou a Uzumaki com um sorriso zombeteiro, enquanto tentava se concentrar naquela tarefa chata. Dizem que garotas de dezesseis anos gostam de escrever poesias, mas ela não gostava.

Certamente, ou ela não tinha amadurecido ainda, como insistia sua mãe. Ou, quem sabe ela estivesse amadurecido rapidamente, como insistia seu pai.

De qualquer forma, ela ficou tentada em inventar uma desculpa para ir ao final da sala, só para ver o que o Naruto estava escrevendo no caderno.

Será que ela seria sua inspiração?

Ino parecia bastante concentrada, e um calafrio passou pela espinha de Karin, quando viu o que ela estava escrevendo.

Toda vez que penso em você,

Sinto que meu coração é de bombom.

Ino tinha levado a poesia ruim, para um outro patamar, mas Shino por sua vez, estava reinventado a definição de ruim.

A garota que eu amo é tão brilhante,

Quanto um milhão de sóis amarelos e extravagantes.

Mas, logo a concentração do casal foi interrompida pela chegada de um bilhetinho instigante.

“Vocês nos dão nojo juntos.” – O bilhete não tinha assinatura, mas nem era preciso saber quem era, bastava olhar para o lado e enxergar uma cabeça de areia, com sorriso malicioso.

O segundo round, estava começando, assim como uma grande confusão que os deixaria mais unidos ou mais separados.


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