Meu Nerd Favorito escrita por PepitaPocket


Capítulo 1
Maldito Professor de Biologia




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            Ela bem que tentou! Usou sua melhor cara de choro, fez caras e bocas dramáticas, inventou as justificativas mais mirabolantes, para seu insensível sensei de biologia, mas Orochimaru Kusanagi, não iria facilitar sua vida por nada.

Sakura bem que tinha lhe dito, que era uma péssima ideia, faltar no dia de prova, mas ela estava na “bad”, por causa do término do namoro com Inuzuka Kiba, pior que enquanto ela se debulhava em lágrimas, assistindo How I Met Your Mother, ele circulava feliz da vida de mãos dadas com Hyuuga Hinata.

Então, a loirinha achou que era uma boa ideia, matar aula alguns dias, só para se recuperar, do que ela chamou estresse pós-traumático, após término de namoro.

Mas, agora recuperada, ela precisava correr atrás do prejuízo. Ela conseguira levar TODOS os professores na lábia, com exceção de Orochimaru.

— Seu pai é um desalmado. – Ela disparou contra Sakura que ficou emburrada quando Ino lhe disse isso, sem meias palavras.

— Ele não é desalmado, Ino. Só não gosta do que faz. – Sakura dissera dando de ombros, e Ino rolou os olhos...

— E, admita que você ter conseguido que a direção não ligasse para seus pais, depois de você faltar a aula três dias, foi incrível. – Karin dissera com uma mistura de assombro e incredulidade.

— Minhas habilidades de convencimento, são ótimas. – Ino disse dando um sorriso presunçoso.

— E funcionam com todo mundo, menos com o pai dessa testuda. – Sakura de novo fechou a cara.

— Você tem sorte de ele não ter ligado para o senhor Yamanaka. Agora torce para ele não comentar nada com minha mãe, porque ela sim, não vai ser tão compreensiva.

Sakura disse apontando o hachi para Ino. A loira por sua vez, também fechou a cara para sua amiga, e Karin ficou ali as encarando nervosa, na dúvida se elas iriam se pegar nos tapas, como quando mais novas.

            — Seus pais são monstros. – Ino disse com certa dramaticidade.

— Não, eles são responsáveis. – Sakura disse defendendo seus progenitores com unhas e dentes, embora ela sentisse um pouco de inveja de Ino. Como seu pai era professor de colégio, dificilmente ela e seus irmãos iriam conseguir matar aula, mesmo por causa de um coração partido.

— Que seja, Ino! É só você fazer o trabalho e pronto. – Karin disse ajeitando os óculos, ainda com receio que aquelas duas começassem uma briga, na qual ela teria de se envolver também. Afinal, adorava uma boa briga.

— Céus, nem me lembre disso... – Ino disse com os olhos marejados, o que serviu para que as duas amigas rolassem os olhos.

E, ela começou a chorar com vontade, quando vira Kiba entrar no refeitório de mãos dadas com Hinata. Ele até puxou a cadeira para a Hyuuga que sorriu para ele, e aquele cachorrão só faltou babar.

— GRRRRRRRR! Eu vou morrer! – Ino disse puxando os cabelos, depois afundara o rosto entre os braços.

— Baka, você tem dezesseis anos apenas, é cedo para morrer por um par de calças. – Karin disse revirando seus olhinhos de novo.

— Falou o rabanete ruivo, que não atrai nem moscas. – Ino disse maldosamente, e teve sorte de não ser espetada pela Uzumaki que agora estava emburrada.

— A atrair um cão sarnento como aquele, prefiro ficar desse jeito. – Karin disse apontando com desdém para o Kiba, sem se importar em chamar sua atenção.

Afinal, para a moça de cabelos ruivos, não era um problema continuar BV (boca virgem), aos dezesseis anos. Sakura por sua vez só tinha autorização para namorar quando tivesse dezoito anos, e Neji jurara que iria esperar aqueles dois anos, para que eles pudessem ficarem juntos sem culpa.

— Certo, deve não ser tão ruim. – Foi a vez de Sakura bancar o juiz da paz, pois a amizade entre elas sempre teve esse estranho esquema: quando duas estavam brigando, a outra bancava a mediadora. Agora quando as três quebravam o pau, precisava um adulto intervir, ou alguém mais velho como Samui, a irmã de Sakura.

— Nem me lembre. – Ino disse ainda com o rosto afundado entre os braços. – Terei de fazer a m**** de uma caixa entomológica. E, ainda fazer um relatório sobre.

Sakura arregalou seus olhos de surpresa, quando ouvira aquilo, já Karin ficou com um grande ponto de interrogação na cabeça.

— Que diabo é isto? -  A Uzumaki perguntou ajeitando os óculos, com um sorriso contido, porque ela tinha que admitir que o seu padrinho era estiloso em dar castigos.

— Ela terá de coletar amostra de insetos, e organizá-los em uma caixa ou isopor, e etiquetar suas principais características. – Sakura disse não sentindo saudades de quando seu pai levava ela e seus irmãos para acampar e eles tinham de procurar insetos no camping. Essa era sua ideia de um tempo de qualidade com os filhos, e o único que gostava era o esquisito do Harashima.

— E, para piorar eu terei uma dupla no trabalho. – Ino disse ainda dramática, e Karin e Sakura se entreolharam com surpresa, pois aquela era uma informação nova para elas.

— Quem? – As duas perguntaram com curiosidade.

...

Para a maioria dos alunos, os intervalos eram feitos para jogar conversa com os amigos no pátio ou para a cantina comer.

Mas, para Aburame Shino o intervalo era para ir a biblioteca, e procurar um livro para correr os olhos, durante os vinte minutos de intervalo.

Agora, ele pegara o tal de Crepúsculo. Ouvira falar coisas boas sobre o livro, mas acabou repugnado no primeiro capítulo. Aborrecido por ter perdido seus quinze minutos preciosos de intervalo com aquilo, ele levantou-se para devolver, quando a rainha das loiras oxigenadas entrou ali.

Shino tinha dado esse apelido maldoso para Ino, porque a moça apesar de ser bonita, também parecia ter alguns neurônios a menos. Ele sabia que de novo estava sendo preconceituoso, mas nunca gostou de Ino e sua petulância e superficialidade.

— Você é Aburame Shino? – Ela perguntou indo até a mesa dele, e o tragando com aqueles lindos olhos azuis-esverdeados que ela tinha.

— Se você estuda comigo desde a sétima série, e ainda não aprendeu meu nome, não posso fazer nada. – Ele disse em tom neutro e Ino franziu o cenho, perplexa, por aquele garoto estranho ter falado mais de uma ou outra palavra solta.

— Não costumo lembrar o nome de quem não fala comigo. – Ela disse firmando o queixo, e falando em um tom alto demais, tanto que a bibliotecária fizera um sinal para que ela olhasse a grande placa de SILENCIO.

— E, porque eu falaria com você? – Shino perguntou ranzinza. – Não temos nada em comum.

Ele falou de cara amarrada. Deveria ser irmão de Sakura, na carranca. Ino pensou com amargura, sentindo-se confrontada, por aquele ser exótico.

Shino usava um casaco de moletom, acinzentado que era uniforme da escola, e o modelo deveria ter uns três números a mais do que ele.

E, ele estava usando o capuz por sobre a cabeça, e seus óculos estavam cobertos por um óculos de sol, o que a fez se perguntar se ele teria algum problema de visão, pois pessoas com essa característica costumavam usar óculos de sol, em espaços fechados.

— Temos de fazer o trabalho de biologia. – Ino disse sentando-se na sua frente cruzando suas pernas, logo depois de ajeitar a saia jeans que ela estava usando.

Na sexta-feira, se podia usar a roupa que quisesse, desde que ela estivesse na linha do joelho, e ela se sentia esquisita usando um modelo assim.

A blusa que ela usava era um baby look rosa, com uma grande borboleta estilizada na frente.

— Correção, você faz o seu e eu faço o meu, bonitinha. – Ele disse ajeitando os óculos, e Ino revirou os olhos com impaciência, pois a maioria dos garotos a tratava muito bem, com exceção daquele energúmeno.

— Procure Aburame Shino, e façam juntos. Kukuku. – Ino imitou a voz rouca do sensei de biologia, e até ensaiou sua risada de um jeito que qualquer pessoa com senso de humor, acharia engraçado, mas como Shino não o tinha, ficou apenas parado, encarando Ino como se ela fosse um alienígena ou coisa pior.

Mas, se aquela chata tinha se dignado a falar com ele, então era verdade o que ela estava dizendo.

— Isso é simples, você consegue seis exemplares de insetos e eu consigo os outros seis. Você monta, o relatório e eu a caixa. – Shino dissera com simplicidade, mas Ino não gostou de vê-lo delegando tarefas, como se fosse o líder.

— Dane-se a simplicidade, não vou fazer o que você está mandando. – Ela disse cruzando o braço, e batendo o pé no chão em uma postura de birra.

— Então, você fica com zero. – Ele disse lamentando sua avozinha ter ficado doente, justo quando ele tinha prova com o professor mais carrasco de todos.

— E, você também... Babaca. – Ino respondeu prontamente. – O que você acha? Aquele maldito, quer que façamos o trabalho juntos, ele disse que não vai perder tempo corrigindo dois trabalho, quando pode corrigir apenas um.

Shino quando falou com Orochimaru-sensei não tinha sido informado deste detalhe sórdido.

Mas, a loira esnobe não iria ter se dignado a falar com um pária da vida escolar como ele, se não tivesse algum fundo de verdade no que estava dizendo.

— Putz, era só o que me faltava. – O Aburame pensara com certa amargura, enquanto olhava com desdém para a Yamanaka, que arqueou a sobrancelha, porque ele estava olhando assim para ela, pois não tinha sido ideia sua.


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