Por que a Ross? (Maria Ross X Denny Brosh) escrita por Linesahh


Capítulo 1
RossXBrosh I One-Shot


Notas iniciais do capítulo

LINE NA ÁREA!!

Como vão, alquimistas?
Ao que parece estou virando a doida do Fullmetal kkkkk
Bem, vamos direto ao ponto: eu sei que esse casal não é o mais famoso e que muitos de vocês nem devem se lembrar dele, mas, eu digo com toda a sinceridade do meu coração: Maria Ross e Denny Brosh é um dos meus casais preferidos de FMA (ainda que não tenha mostrado... absolutamente NADA deles?).
Fazer o quê? Sou uma amante de shipps incurável ^-^
Mas o caso é que eu procurei TANTO alguma fic que falasse sobre a Ross e o Brosh e não consegui achar absolutamente n-a-d-a! O jeito foi escrever alguma coisa, né. Acreditam que nem mesmo os nomes "Denny Brosh" e "Maria Ross" existem na lista de personagens de FMA? Confesso que fiquei indignada...

Perdoem a tagarelice, galera. Vou recompensá-los fazendo uma Troca Equivalente:
Desçam a tela e tenham uma ótima leitura ♥



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Por que a Ross? 

por Line

 

 

"Por quê? Por que a Ross?"

Esta foi a insistente e tortuosa pergunta que não saía da mente do sargento Denny Brosh nem por um segundo sequer. Não havia espaço para mais nada além dessas palavras que necessitavam urgentemente de uma explicação plausível — ainda que soubesse, em seu íntimo, que qualquer resposta não mudaria absolutamente nada.

Por que ela se fora. O deixara.

Isso era um fato inegável.

Algo naquela manhã de chuva fria dizia-lhe que uma coisa importante havia acontecido na recém-madrugada; até mesmo antes de ser despertado por seus irmãos mais novos e notificado de que alguém queria vê-lo lá embaixo. Os pesadelos que lhe acompanharam durante toda a semana; o frio esquisito que sentia no estômago; aquela bile que subia-lhe a garganta toda vez que pensava em sua parceira instalada numa cela fria e solitária, passando seu período de investigação naquele lugar atroz injustamente...

Tudo isso fora um sinal de que o pior estaria por vir.

E ele veio. Da forma mais arrebatadora e chocante possível.

Ele nunca imaginaria que algo assim poderia acontecer. Não com ela. Não com a mulher mais bondosa que já havia conhecido em toda sua vida.

Nunca esqueceria da expressão fúnebre pregada sobre as feições excêntricas de seu superior, Major Armstrong, quando fora ao seu encontro no andar de baixo de sua casa antes mesmo que o sol começasse a pensar em despontar no horizonte.

Nunca esqueceria da dor, pesar e seriedade na voz dele ao dizer a tão terrível e proibida frase.

... Mas, principalmente, nunca esqueceria da visão de todas as cores de seu mundo sendo cruelmente sugadas ao escutá-la, restando apenas o cinza melancólico e taciturno.

"Maria Ross está morta".

 

▪️▪️▪️

 

"Por que a Ross? Por que ela?".

Aquele dia havia sido o mais longo de sua vida. O mais terrível; o mais tortuoso; o mais revoltante; o mais triste. A aura do sargento Denny Brosh, comumente cheia de vida e energia, encontrava-se agora apagada; opaca; morta. Sua figura uniformizada vagou pelos corredores do quartel como um verdadeiro fantasma, invisível e insignificante, mórbido e oriundo em sua dor; um alvo de compaixão e pena alheia.

Os cochichos que inundavam seus ouvidos eram como pragas que não o deixavam em paz, culminando e alimentando ainda mais sua raiva crescente, pronta para eclodir a qualquer instante, tomando espaço em seu interior abalado e destroçado.

— Nunca pensei que a segundo-tenente era realmente a responsável pela morte de Maes Hughes...

— Ouvi dizer que as chamas do coronel Mustang foram impiedosas noite passada.

— Disseram que nem mesmo deu para reconhecer o corpo...

— Virou puro carvão.

— Uma vingança e tanto...

— E ela era tão bonita...

Impremeditavelmente, o ódio explodiu dentro do sargento Brosh. Sua levantada brusca da mesa do refeitório chamou as atenções gerais. Num ímpeto, todas as vozes dissolveram-se no ar, calando-se em uníssono. O som dos passos pesados e altos deixando o recinto foi a única coisa escutada.

Enfim, o choque pereceu, dando lugar à tão esperada e temida revolta.

Revolta de alguém que carregava o destrutivo e flamejante desejo de vingança.

— Eu o odeio!

O grito ecoou no banheiro vazio, repleto de ódio em cada sílaba pronunciada e largada ao vento. Dois baques secos de dois punhos chocando-se contra a parede ecoaram, dolorosos e ao mesmo tempo minimamente aliviantes.

— Odeio você, Roy Mustang! ODEIO!

O peito subia e descia sem parar, ofegante e repleto de dor; aquela que dilacera sua alma como a pior das espadas. O reflexo nos espelhos embaçados exibiam a imagem consternada do rapaz debruçado sobre a pia, as mãos trêmulas, dentes cerrados e o queixo trincado. As próximas palavras, então, foram proferidas após um minuto de silêncio, agora baixas e lamentosas.

— ... Ela estava com os pais naquela noite. Ela... Não fez nada.

E, como sempre, a pergunta principal voltava a lhe assombrar, eternamente presente e nunca, em hipótese nenhuma, respondida.

"Por quê?".

 

▪️▪️▪️

 

"Por que ela? Por que justamente com ela?".

A noite havia chegado, mas aquele dia ainda não estava em seu fim. O quarto encontrava-se silencioso e escuro, com as cortinas baixadas, proibindo a entrada de qualquer luminosidade de fora que quisesse entrar sorrateiramente. A aura de luto e tristeza estava impregnada em cada canto, mais viva e vibrante do que o rapaz deitado na cama, com seus olhos verdes e sem brilho fixos no teto, impassíveis.

O estômago dolorido indicava que o jantar havia sido dispensado. A respiração profunda e lenta exibia que a raiva havia ido embora, sendo substituída pelo último passo: a depressão esmagadora.

Nas laterais de sua face, os rastros recentes e incendiantes das lágrimas derramadas ocasionalmente eram a resposta para sua dor. A tristeza em pensar nos últimos momentos de sua parceira, vividos com tanto medo e terror, sem ninguém para ajudá-la ou salvá-la, queimava-lhe com mais intensidade e ardor que qualquer ataque do Alquimista das Chamas.

Sentir a culpa por estar dormindo, ignorante e inocente, enquanto ela passava por tudo aquilo numa noite impiedosa.

E sozinha.

Uma fresta se abrira na porta, um filete de luz indo diretamente de encontro ao seu rosto. A imagem de sua irmãzinha mais nova adentrou sua visão, hesitante e lamuriosa.

— Onii-san... — a voz fina e triste desatou, sem esconder o timbre choroso.

— Por favor, baixinha, feche a porta para seu irmão mais velho, sim? — pediu com voz rouca, esforçando-se para soar carinhoso.

O silêncio pairou por alguns segundos. Por fim, a porta foi fechada, trazendo a escuridão novamente; contudo, agora, havia mais de uma alma presente no recinto. Os passinhos da garota rumaram direto para a cama do irmão. Logo, pequenos bracinhos o rodearam.

— Você gostava dela, Denny?

A respiração começou a sair falha. Seu peito, agora envolvido pelo pequeno anjinho que viera lhe consolar, pareceu ficar ainda mais pesado. Os olhos queimaram ao mesmo tempo em que sua voz saiu; extremamente falha e traíra em sua decisão de não demonstrar fraqueza na frente de sua família.

— E-Ela... Ela era a minha melhor amiga. — sussurrou.

As palavras ecoaram pelo quarto, mais solitárias e dolorosas do que nunca, aumentando drasticamente o buraco que sentia no fundo de sua alma.

O aperto de sua irmã intensificou-se, num desejo inocente e ilusório de diminuir a tristeza do irmão mais velho com o gesto simples. Seu rostinho foi afundado na camisa dele.

— Você amava ela?

A pergunta, dita com tanta naturalidade e compaixão, o desarmou por completo. Por um instante, ao pensar na palavra tão pura e considerada como sendo uma piada para os do sexo masculino, a única coisa que Denny Brosh enxergou naquela escuridão foram os olhos azuis e brilhantes de Maria Ross; olhos que centenas de vezes cruzaram-se com os seus, esboçando todas as emoções existentes que um ser humano poderia possuir, mas que ele fora incapaz de decifrar por sua ignorância e imaturidade.

E foi pensando nisso que a resposta não tardou a chegar a seus lábios, ditas com pura certeza e convicção, originadas da descoberta doce e ao mesmo tempo amarga de um jovem rapaz que acabara de confirmar seus sentimentos.

— Sim. Eu amava Maria Ross.

E, no meio de todo esse avalanche de emoções, a insistente pergunta ainda persistia, esperando, iludida e eternamente, sua resposta que nunca viria:

"Por que a Ross?".


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Notas finais do capítulo

Espero que tenham se emocionado tanto quanto eu me emocionei ao escrever essa one noite passada. Sempre pensei em como o sargento Brosh ficou depois da "morte" de sua parceira querida. Vocês gostaram? Deixe sua impressão, irá me deixar muito feliz, além de que me impulsiona a escrever mais para a categoria Fma! Planejo escrever mais sobre a Ross e o Brosh futuramente, pois acho um desperdício esse casal tão lindo ser esquecido!

Estou pensando também em escrever sobre o próximo casal... O que acham do Ling e da Lan Fan?
Para quem tiver interesse, tenho duas outras fanfics de Fullmetal no perfil, só que o shipp é Royai (Roy e Riza). Se quiser dar uma olhada e deixar uma impressão do que achou, agradeço bastante!

Até a próxima, alquimistas!



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