O Sabor do Poder escrita por Lana


Capítulo 3
Capítulo 3.


Notas iniciais do capítulo

Boa leitura!



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Cinco anos haviam se passado.

Ela não era mais uma estudante de dança cheia de sonhos sobre mudar o mundo e descobrir países. Agora, ensinava balé e abrira uma escola de dança com algumas colegas da faculdade. Quando tinha tempo de sobra, fazia apresentações em praças, com a dança livre ou com estilos dos mais diferentes, com as amigas. Gravava vídeos com danças extravagantes para a internet e muitas vezes carregava Alice como companhia para essas filmagens amadoras.

Ele também não era o mesmo. A barba sempre rente ao maxilar tinha dado espaço a um rosto limpo e bem cuidado, as roupas casuais da universidade haviam sido substituídas por ternos bem cortados de aparência cara e nas mãos uma maleta escura que parecia conter segredos de estado era portada com altivez.

Ela já o havia visto algumas vezes em notícias na internet, recentemente, mas vê-lo pessoalmente era uma experiência totalmente diferente. Não esperava vê-lo antes do casamento. Não estava preparada para vê-lo antes do casamento. Parou depressa e girou nos próprios calcanhares ao assisti-lo chegar e dar um abraço em Edward. É claro que ele estaria na cerimônia, mas não esperava vê-lo ali. Achava que aquele jantar seria apenas para os amigos mais próximos.

Não estava mesmo preparada para aquilo, teve certeza ao vê-lo dar o famoso sorriso de covinhas para Bella. Não estava de forma alguma preparada para o que aquilo fazia em seu corpo e sua mente. Seguiu de volta pela direção da qual viera e se afastou da cena, ligando para Alice em seguida.

— Já estou quase aí, sério. – Alice disse assim que atendeu.

— Não vou ao jantar. – ela respondeu.

— O que? – Alice soou confusa. – Achei que já estava lá.

— Eu vim, mas não vou ficar. – explicou.

— Do que está falando? O que aconteceu? – indagou a morena. Rosalie respirou fundo e se recostou contra uma vitrine.

— Emmett está aqui. – ela ouviu Alice suspirar.

— Rose, já falamos sobre isso. Você sabia que o veria. – falou.

— Não aqui, não hoje. Achei que só o veria na semana que vem, no casamento, onde não precisaria ficar a menos de três metros dele. – rebateu.

— Rose, fala sério, é o jantar da Bella!

— Tenho certeza que ela vai entender quando você der uma desculpa maravilhosa sobre a razão de eu ter faltado. – deu um sorriso amarelo e Alice bufou.

— Rosalie! – resmungou Alice. – Não vou não.

— Por favor. – pediu com a voz suplicante. – Eu lavo sua roupa por um mês.

— Uau, você realmente não quer ver a cara do Emmett. – falou surpresa.

— Não estou pronta, Alice. – ela sussurrou com a voz angustiada. A baixinha hesitou.

— É claro. Fique tranquila, vou inventar algo para a Bella. Você vai ficar bem sozinha?

— Claro. Só preciso ir para longe daqui. – prometeu. – Obrigada. – disse antes de finalizar a ligação.

Ela respirou fundo, apressou os passos, e seguiu em direção ao metrô do qual viera. Não é que ela não tivesse o visto nos últimos anos, ela até tinha. Entretanto, a maioria do contato que havia ocorrido era superficial, e tudo que realmente sabia dele vinha de manchetes e redes sociais, onde ele era pouco público e bastante discreto, postando mais sobre leis, trabalhos voluntários, política e economia.

Sabia que o veria no casamento e também sabia que naquela ocasião não poderia fugir completamente dele, como fizera em todas as vezes que se encontraram nos últimos anos. Não o via há cera de quatorze meses, então vê-lo ali, tão perto e ao mesmo tempo tão distante, acertara-a mais em cheio do que esperava. Queria estar ali por Edward e Bella, adorava os dois e estava imensamente feliz pela união, mas trabalhara durante anos para se livrar de um sentimento que não conseguira esquecer, e sentia que se participasse daquele jantar, todo o trabalho de tanto tempo cairia por terra.

Assim, voltou para casa, pediu uma pizza enorme e a comeu, acompanhada de uma garrafa de vinho. Não viu quando Alice chegou do jantar, já dormindo no sofá do apartamento que ambas dividiam, a garrafa de vinho quase vazia a seu lado. A mulher de cabelos pretos cobriu a amiga com uma manta antes de se dirigir a seu quarto para também dormir.

O casamento aconteceu na semana seguinte e fora lindo. Bella estava radiante e Edward parecia a pessoa mais feliz que Rosalie já vira. Era bom vê-los tão apaixonados, depois de tantos anos de amizade platônica. Eles haviam se envolvido cerca de dois anos antes, e Bella confessara às amigas que sempre o achara incrível, porém receava que ele não se sentisse da mesma forma. Foi Edward quem dera o primeiro passo e os tornara um casal, deixando o grupo de amigos em polvorosa por finalmente terem se envolvido depois de mais de quatro anos. O casamento havia sido pequeno, apenas a família e alguns amigos, e ainda assim conseguira reunir mais de oitenta pessoas. A recepção havia sido sediada na propriedade dos avós de Edward, que eram proprietários de uma casa grande o suficiente para abrigar uma bela festa no amplo jardim florido.

A família de Edward não era tão rica quanto a de Emmett e vinha de uma história completamente diferente. Todo o dinheiro havia sido construído em cima de investimento em ações, algo que o avô do garoto sabia fazer muito bem, e toda a família seguira pela medicina. Muitos deles saíam em missões com os Médicos Sem Fronteiras, o que Edward pretendia seguir em algum momento, e todos faziam trabalhos voluntários. O avô de Edward, um homem de origem humilde e complicada, abrira um fundo para apoio daqueles que não conseguissem bancar tratamentos para doenças graves e que não conseguiam auxílio do governo, e a família tinha grande admiração pelo homem.

Rosalie conhecera a família dele há algum tempo, assim como Alice, em um aniversário de Bella, e se davam muito bem. Diferentemente da família do ex, eles não viam problema algum em Bella vir de uma criação menos favorecida ou não ter aprendido todas as coisas que Edward aprendera ao crescer. Adoravam a noiva escolhida pelo garoto e estavam muito contentes de adicionar alguém como ela à família.

Tudo na cerimônia fora arrumado com perfeição, da ornamentação ao Buffet. Tudo estava incrível e Rosalie não podia estar mais feliz pelos amigos... bom, mais ou menos. Ela podia estar mais feliz se não estivesse tão ansiosa e excitada ao mesmo tempo. Ela havia se arrumado com primor. Como uma das damas de honra de Bella, estava usando um vestido nude de tecido leve, assim como Alice, e fizera pequenas tranças no cabelo, deixando alguns fios mais curtos ornamentarem o rosto. A maquiagem impecável era obra de Alice, que a ajudara a se preparar. Empenhara-se em estar tão linda quanto poderia, sabendo que Emmett estaria lá.

Durante aquela semana, todo o nervosismo que sentira durante o dia que o vira antes do jantar havia se dissipado. Conversara muito com as amigas e resolvera encarar a situação de forma diferente. Havia se enchido de compreensão e decidira não ficar mal ou nervosa por vê-lo, afinal, era Emmett, alguém que ela amara por tanto tempo, e nada de mal aconteceria. Não sabia o que poderia acontecer, se algo sequer aconteceria, mas queria que ele a visse em sua melhor forma.

A primeira vez que se cruzaram na recepção estavam rodeados de amigos. Cumprimentaram-se de forma educada e continuaram conversando com os outros do grupo. Logo ela foi arrastada para pista de dança por um dos amigos de Bella, e rodopiou em seus braços por um bom tempo. Adorava dançar e sentia-se tão bem ali, então aproveitou o momento. Quando enfim seu parceiro decidiu parar para conseguir tomar um fôlego e foi pegar uma bebida para ambos, Emmett a puxou para seus braços.

Ela nem sequer saíra da pista ainda e seu corpo chocou-se contra o dele quando Emmett tentou fazer, com imprecisão, um passo de dança bastante comum. Ele sorriu, as covinhas de seu rosto se mostrando com clareza, sem se importar com o erro e ela riu baixinho enquanto se endireitava.

— Achei que esse seria um bom momento para dar um oi. – ele disse sussurrando no ouvido de Rosalie, enquanto ajeitava-a contra seu corpo para que dançassem a música lenta que tocava.

— Oi, Emmett. – ela respondeu, começando a se mover no ritmo que os envolvia. Estar ali parecia tão correto, tão corriqueiro, que Rosalie se surpreendeu com a familiaridade e o nervosismo que tomava conta dela.

— Não tivemos a chance de conversar mais cedo. – ele pontuou, a mão acariciando a cintura dela.

— Bom, agora nós temos. – ela sorriu de forma gentil e ele assentiu.

— Me conte, como vai tudo com você? – quis saber, girando-a vagarosamente.

— Eu estou bem, e você?

— Ótimo. Eu achei que a veria no jantar da Bella e do Edward semana passada. – comentou casualmente. Rosalie mordeu o lábio, lembrando-se da ocasião.

— Eu tive um imprevisto e não pude ir. – ela tentou dar de ombros sem atrapalhar a dança. – Mas não sabia que você ia estar lá. – falou como se não o tivesse visto e virado as costas no mesmo instante.

— A Alice mencionou. – Rosalie quase estacou, perguntando-se o que exatamente Alice falara. Emmett sorriu. – Que você teve um imprevisto, eu quero dizer.

— Ah! Pois é, uma coisa do trabalho. – mentiu novamente.

— Algum problema na academia de dança? – ele pareceu curioso. Rosalie franziu as sobrancelhas.

— Como sabe onde estou trabalhando? – perguntou.

— Alice mencionou na semana passada. – ele esclareceu. – Você, ela e mais alguém abriram uma escola de dança, certo?

— Oh, sim. – ela respondeu, tentando ficar mais calma.

Não sabia por que se sentia ansiosa agora. Não era como se ele fosse um estranho e soubesse coisas a seu respeito ou aquela fosse a primeira vez que conversavam – coisas que poderiam causar um pouco de ansiedade em uma situação comum. Não, se fosse qualquer uma daquelas opções ela nem sequer estaria lidando com ansiedade. Era muito pior. Ali estava o único homem que Rosalie já amara, bem na sua frente, anos depois do término, parecendo ainda mais bonito e seu coração parecia querer fazê-la ter certeza de que ainda era louca por ele.

Emmett a trouxe para mais perto enquanto dançavam a música que soava e estar perto de Rosalie era revigorante. Parecia que toda sua vida entrara num caminho muito pacífico e predeterminado, e embora sempre tivesse esperado aquele tipo de futuro, Emmett sentia falta da emoção e da imprevisibilidade de estar com Rosalie.

— Eu não sabia que sentia tanto a falta do seu rosto. – ele murmurou em certo momento, um dos dedões acariciando gentilmente a bochecha dela, a voz inteiramente gentil.

O vestido de tecido fino dela esvoaçava ao redor dos dois, as cores claras se misturando à pele branca da loura. Sua boca estava entreaberta na tentativa de respirar com mais facilidade e ela sentia a intensidade dos olhos de Emmett sobre ela. Rosalie achou que estaria preparada, tinha trabalhado consigo mesma sobre como passar por aquele momento, como resistir àquela tentação. O plano era ficar tão distante dele quanto possível, mas como dizer não quando o homem que faz seu corpo se arrepiar com meras palavras te sussurra no ouvido um convite para dançar? Especialmente quando você sabe que ele sequer tem talento para a dança e está ali em um ato de paz para deixa-la à vontade.

E era exatamente o que aquilo era. Ela entendera instantaneamente. Emmett sabia quão bem e segura ela se sentia quando estava dançando, e aquele convite era uma clara bandeira branca, dando-a uma oportunidade de ficar confortável.

— Se o mundo estivesse acabando você viria? – ele sussurrou, uma das mãos segurando o rosto dela na direção do dele.

O ar ficou preso na garganta de Rosalie. Durante todos aqueles anos, aquela era uma frase unicamente dela. Depois da primeira vez, o ligara algumas vezes ao decorrer dos dois anos seguintes, perguntando-o sempre a mesma coisa, recebendo sempre a mesma resposta. Ele nunca a pronunciara. Mas ali estava ele, cinco anos depois, sussurrando a ela algo que a atingia no lugar mais profundo de seu coração. Logo agora, quando achava que finalmente aprendera a pensar nele sem sentir o coração se rasgar ao meio.

— Eu iria. – ela murmurou de volta. Um vestígio do sorriso preferido de Rosalie cruzou o rosto de Emmett.

Ele aproximou o rosto lentamente do dela, como se tentasse prolongar aquele momento de antecipação o máximo possível. Quando enfim a alcançou, Rosalie pôde sentir cada centímetro do corpo se derreter. A presença dele por si só já era arrebatadora, mas a boca dele na sua... Causava sensações que ela jamais conseguira explicar. Seu corpo reagiu mais rápido que sua mente e ela o trouxe para mais perto, ansiando um contato que há muito lhe era estranho. Havia urgência naquele beijo, algo gritante que ela nunca antes experimentara com alguém que não Emmett.

Foi difícil para ambos se manterem separados e até mesmo na festa, mas ficaram lá pelos amigos por mais algum tempo, até Emmett roubá-la para si e exigir seu endereço, levando-a apressadamente para casa, ansioso para começar aquela noite. Rosalie não protestara, sem sequer se despedir de ninguém, desaparecendo nos braços de Emmett e apresentando-o à sua cama pouco tempo depois.

Ela acordou pouco depois das nove da manhã, o cabelo um emaranhado de tranças agora desfeitas, os restos de maquiagem ainda no rosto. Afundou-se na cama, respirando fundo, enquanto decidia se voltava ou não a dormir. Ouviu uma risada murmurada e automaticamente lembrou-se da noite anterior, de onde estava agora, de quem estava ao seu lado. Abriu os olhos, então, olhando diretamente para o lado e encontrando Emmett apoiado em um dos braços, olhando na direção dela, um sorriso torto nos lábios.

— Eu esqueci quão linda você era nas manhãs. – ele disse e ela sorriu.

— Bom dia para você também. – respondeu e ele sorriu, posicionando-se em cima dela em seguida e tomando os lábios dela nos seus.

— Bom dia. – sussurrou ao se separarem.

Rosalie não tinha certeza do que aconteceria a partir dali. Não sabia o que fariam depois daquilo. Era a primeira vez que se viam e interagiam tanto – e tão intimamente – depois do término. Já havia se passado tanto tempo desde a última vez que estiveram totalmente sozinhos juntos. Naquele tempo, tinham se visto pouquíssimas vezes, em ocasiões onde era evitável conversar e havia gente demais para que pudessem realmente trocar palavras sérias e profundas um com o outro.

Ela não disse nada, insegura pela primeira vez em muito tempo, e ele sorriu de forma gentil.

— Não tivemos a oportunidade de conversar muito ontem, não é? – perguntou de forma humorada, então deu um pequeno riso. – Você nos manteve muito ocupados durante todo o tempo.

— Rá! – ela bufou. – Você é quem não conseguia manter as mãos longe de mim. – rebateu bem humorada. O sorriso dele foi lascivo enquanto ele a observava abaixo de si.

— Estou tendo problemas com isso mesmo agora. – confessou enquanto abaixava o rosto e seguia lentamente a linha do pescoço dela com o nariz, ela riu baixinho. – Acho que o café da manhã e a conversa podem esperar. – decretou em um sussurro antes de colar sua boca à da loura mais uma vez.

Pouco mais de uma hora depois estavam ambos vestidos, ele ainda com a roupa da noite anterior, apesar de apenas usar a blusa social na parte de cima, e se dirigiam a um café que ficava na esquina do prédio de Rosalie. Ela estava muito mais tranquila agora, sem saber exatamente o que esperar, mas se sentindo estranhamente reassegurada.

Usaram aquele tempo para falar mais sobre a vida, entrar em detalhes que na noite anterior não haviam sido abordados. Ela falou mais a fundo sobre sua escola, sobre o trabalho como professora, sobre seus espetáculos na rua, enquanto ele contou sobre o trabalho na empresa, todo o trabalho social ao qual vinha se dedicando, sobre como estava sendo exercer algo que ele quisera tanto.

Depois de cobrirem as partes mais simples, um silêncio hesitante tomou conta da mesa. A insegurança beirava as bordas da calma natural de Rosalie e ela resolveu acabar com aquilo de uma vez e puxar o band-aid antes que o sentimento tomasse conta dela novamente.

— O que isso significa? – perguntou rapidamente, a voz um pouco ansiosa.

Emmett a observou e cruzou as mãos sobre a mesa antes de responder. Entendeu ao que ela se referia e pensou com cuidado antes de falar. Tanto tempo já havia se passado, estavam mais velhos, mais maduros, mais conscientes da vida real... Seria possível que houvesse uma chance?

— Eu senti a sua falta, Rose, e ainda viria, mesmo depois de todo esse tempo. – ele respondeu e ela entendeu a referência dele. Um sorriso tomou seus lábios e ela mordeu o lábio inferior. Emmett amava quando ela fazia aquilo.

— Eu senti a sua falta também. – confessou.

— Será que... Será que podemos dar uma chance a nós de novo? – ele sugeriu, a expressão aberta cheia de expectativas. O coração de Rosalie pareceu se preencher longamente e ela assentiu furiosamente enquanto saía de seu lugar e sentava-se no colo do homem à sua frente.

— Sempre.

Rosalie e Emmett passaram o resto do dia juntos. Terminaram a noite no apartamento dele e ela voltou ao seu de forma corrida no dia seguinte, apenas tomando um banho e pegando suas coisas para ir até o estúdio onde daria uma aula a uma turma de garotinhas. Comprou um café na rua e andou a passos rápidos até o trabalho.

Alice apareceu quando ela já estava na metade da aula. Aproximou-se casualmente enquanto cumprimentava as meninas e sorria. Avaliou Rosalie antes de se encostar a ela, recostando-se a um dos espelhos que cobria a parede.

— Então... Você sumiu depois do casamento da Bella e do Edward. – comentou de forma casual, observando as alunas. A loura mordeu os lábios, sabia como Alice se sentiria em relação à novidade.

— Pois é. – murmurou, sem querer realmente ouvir os poréns de Alice naquele momento, certa de que aquilo tinha o potencial de estragar seu bom humor.

Sabia que Alice não fazia por mal. Amava-a imensamente e era grata por tê-la em sua vida, Alice era a melhor amiga que poderia esperar e apenas queria o melhor para ela. Porém, era também incrivelmente racional e isso cortava pela metade todos os erros que Rosalie insistia em cometer.

— E o que aconteceu entre vocês? – quis saber. É claro que ela vira Rosalie saindo com Emmett e depois do desaparecimento da amiga durante o final de semana não deveria ter ficado difícil de adivinhar o que de fato se desenrolara.

— Nós dormimos juntos. – respondeu e foi até uma das alunas, corrigindo sua posição com delicadeza e dando palavras de incentivo para todas. Depois voltou até onde a baixinha se mantinha parada e respirou fundo. – Tomamos café no dia seguinte e conversamos e passei o domingo na casa dele.

— Achei que já tinha superado isso. – a mais baixa comentou. Rosalie se encolheu, pois sabia que aquilo era o que tinha dito repetidamente para ambas.

— Acho que não importa quanto tempo passe, há uma parte de mim que sempre estará apaixonada por ele. – confessou. – Não importa com quem eu me envolva, sempre existe esse pedaço do meu coração que não sabe deixa-lo partir.

— Então vocês estão juntos de novo? – perguntou, uma sobrancelha erguida. Rosalie assentiu.

— Estamos. Acho que sim. Quer dizer, ele pediu uma nova chance para nós e você sabe que eu não conseguiria dizer não a isso.

— Rose, você realmente pensou sobre isso? – a morena insistiu, os olhos um pouco preocupados. Rosalie apertou os lábios numa linha fina, quase irritada.

— Eu estou feliz, Alice. Não quer me ver feliz? – a voz soou mais brava do que ela pretendia, então a loura parou e respirou fundo antes de continuar. – Olhe, sei que você está preocupada e eu agradeço. Você sabe o quanto isso significa pra mim. Mas ele também significa e se há alguma chance de isso dar certo agora eu quero tentar.

Alice manteve os olhos presos aos da amiga, sérios, tentando encontrar uma brecha em que pudesse entrar e colocar sentido na cabeça da loura, mas não via nada além de pura convicção. Assim, suspirou e balançou a cabeça.

— Eu realmente espero que você saiba o que está fazendo, não quero te ver magoada novamente. – tentou.

— Não pode só ficar feliz porque estou feliz? – rebateu a loura.

— Estou feliz por você estar feliz, Rose. – respondeu e deu um sorriso derrotado. – Só me preocupo até quando. – murmurou baixo o suficiente para que a outra não a compreendesse.

Ao final daquele dia, depois de todas as aulas, Rosalie tinha o estúdio só para si. Adorava aqueles momentos, quando era apenas ela, a música e a sala rodeada de espelhos, onde ela podia se soltar e se entregar às notas musicais, fazendo passos que já estavam enraizados em sua mente e criando novos movimentos que saíam dos mais profundos sentimentos.

A música calma repercutia pelo espaço amplo e ela se movimentava lentamente, expressando suas angustias e felicidades da melhor forma que podia. Mãos se movendo vagarosamente, pernas sendo erguidas até que quase se pudesse ver uma forma geométrica nos desenhos de seu corpo no espelho. Ela poderia ficar ali por horas. Fazia algum tempo desde que pudera desfrutar daquela experiência, tão atarefada havia ficado na vida rotineira, então fechou os olhos, deixando o corpo comandá-la, e aproveitou ao máximo os minutos que corriam.

— Você sabia que sempre adorei te ver dançar? – uma voz ecoou por entre as notas da música e Rosalie abriu os olhos abruptamente, alarmada.

Emmett estava parado na porta da sala, os braços cruzados, recostado no batente, um terno cinza bem alinhado ao corpo. Um sorriso de lado tomava seus lábios, uma das covinhas pintando a bochecha e os olhos escuros estavam faiscantes. Ela sorriu de volta ao vê-lo.

— Não ouvi você entrar. Aliás, como entrou aqui? – ela franziu as sobrancelhas.

— A porta estava destrancada. – respondeu dando passos lentos até ela.

— Não sabia que o veria hoje. – ela comentou ainda sorrindo quando ele a alcançou e deu um beijo leve no ombro que estava exposto pela roupa de balé.

— Fiquei com saudade. – ele explicou beijando o outro ombro. Ela riu.

— Que romântico. – comentou de forma divertida e ele ergueu os olhos, bem humorado.

— Uma de minhas muitas qualidades. – disse e piscou para a loura que riu baixinho. – Por que não volta a dançar? Não queria te interromper. – pediu. Ela entortou levemente a cabeça antes de assentir e voltar a se mover no ritmo da música. Ele não se afastou daquela vez, ficando mais próximo e vendo mais de perto o corpo dela se movimentar. Ela havia feito poucos movimentos quando o sentiu segurar a perna que ela havia erguido, colocando a outra mão na cintura dela para apoiá-la na posição em que estava, com a perna levantada e na ponta do pé. – Eu sempre me esqueço de quão flexível você é. – ele sussurrou no ouvido de Rosalie, descendo os lábios pelo pescoço dela em seguida. Ela riu.

— Uma de minhas muitas qualidades. – ela repetiu e ele expirou uma risada, concordando com a cabeça.

— Com certeza é. – ele murmurou sem tirar os lábios completamente da pele dela.

Ela virou o corpo, sem de fato mudar a posição em que estava, apenas o suficiente para ficar de frente para Emmett, e colocou uma das mãos em seu rosto. Não queria, mas a mente a levou a pensar nas angústias silenciosas de Alice que ela passara o dia tentando manter afastadas dos pensamentos. Emmett parecia perfeitamente satisfeito e aquilo a ajudou a mudar a direção do que se passava por sua cabeça. Com um sorriso levou os lábios ao dele, beijando-o de forma apressada, ansiosa.

Emmett retribuiu o beijo com a mesma intensidade, como era de praxe. Logo a posição já havia mudado e ele a erguia em seu colo enquanto ela mantinha as duas pernas em volta de seu quadril, pressionando-se com força contra o corpo másculo.

— Você já fez amor em uma sala cheia de espelhos? – ele murmurou em certo momento, quando ela estava pressionada contra uma das paredes que mostrava o reflexo de ambos.

Rosalie quase riu da expressão “fazer amor”. Ela achava aquilo extremamente cafona, mas Emmett realmente era alguém romântico e ela achava que ele escolhia aquelas palavras para evitar o que consideraria palavras que parecessem menos corteses ou mais vulgares. Ela sorriu, porque embora achasse ridículo, achava aquilo bonito nele, a maneira como ele tentava suavizar certas situações que sequer precisavam do esforço.

— Não. – ela negou, os olhos brilhando. – Mas adoraria experimentar com você.

Era uma mentira. Trabalhando com dança e música desde jovem, ela já havia feito sexo em salas como aquela antes. Não era algo tão novo assim para Rosalie, mas ela fingiu que sim, e se esforçou para dar a Emmett uma memória tão empolgante quanto a que construía para si.

Eles se viam várias vezes durante a semana, embora o relacionamento estivesse quase sendo mantido em segredo – não de propósito. Eles faziam muitos programas nos próprios apartamentos, saindo poucas vezes com amigos. Rosalie sabia que Alice não era a maior das fãs do relacionamento, então tentava evita-la, e Emmett sabia que Rosalie não apreciaria a presença de seus amigos tanto quanto ele, então não forçava aqueles encontros. Eles não pareciam ver nada de errado naquilo, em evitar o problema que estava beirando a relação, ficando apenas contentes por aproveitarem a companhia um do outro.

O único casal de amigos com quem saíam juntos era Edward e Bella, que pareciam manter um balanço absurdo de dois mundos e apoiavam os amigos sem ressalvas. Certa noite, cerca de dois meses depois do casamento, foram jantar na casa nova dos recém-casados. Bella havia cozinhado e ambas estavam sentadas numa mesa do quintal, aproveitando a brisa do verão e terminando suas taças de vinho enquanto Edward mostrava, empolgado, a nova casa a Emmett.

— E então, como está sendo a vida de esposa? – Rosalie perguntou e Bella abriu um sorriso.

— Estou amando, Rose. Amo ser uma esposa. – respondeu contente e Rosalie sorriu, feliz pela amiga. – Mal posso esperar para começarmos nossa família. – confessou e deu uma risadinha. – Não achei que queria filhos, nunca fui esse tipo de mulher, mas agora mal posso esperar para ver miniaturas do Edward correndo pela casa.

— Eu fico feliz por você. – assentiu, bebendo um gole de sua taça. – E a lua de mel?

— Foi incrível! Fomos ao Brasil. É um lugar maravilhoso, você certamente iria amar! Queremos voltar lá assim que for possível. Talvez você e o Emmett possam ir conosco! – sugeriu já empolgada com a perspectiva. Rosalie riu.

— Você realmente parece feliz. – comentou. Bella mordeu os lábios, reprimindo um sorriso, depois deu de ombros.

— Edward me faz muito feliz.

— É melhor mesmo. – Rosalie ameaçou em uma voz fajuta que fez Bella sorrir.

— E você e o Emm, hein? Conte-me sobre isso. – pediu. Rosalie bebeu mais um gole e assentiu.

— Bom, não nos víamos há um tempo e seu casamento meio que fez a mágica. – ela riu. – Estamos saindo desde aquele dia e, honestamente, tem sido ótimo. – ela sorriu, desviando o olhar para os homens que se aproximavam com garrafas de cerveja nas mãos.  Bella seguiu o olhar dela e sorriu também.

Eles sentaram-se ao lado de suas parceiras, Emmett passando o braço pelo ombro de Rosalie e dando um beijo leve no lado de sua cabeça; ela se aconchegou mais a ele, satisfeita pela proximidade. Bella reprimiu seu sorriso ao assistir a cena e ela olhou de esguelha para o marido.

Ela era uma romântica sem salvação e sabia daquilo. O marido, por outro lado, não era tanto assim. Bella torcia por Emmett e Rosalie como quem torcia por Romeu e Julieta, um casal fadado ao fracasso desde o início. Ela torcia para que fossem capazes de superar todos os empecilhos que os havia separado da primeira vez, especialmente por ver o quanto aquilo os tornara miseráveis.

— Sobre o que as garotas estão conversando? – o grandão inqueriu.

— Bella está planejando uma viagem para o Brasil. – contou Rosalie e eles sorriram ao ver Edward começar a falar, mais entusiasmadamente do que a esposa, sobre os lugares que haviam conhecido na lua de mel.

Alguns meses depois, Rosalie havia saído às pressas depois de uma aula de balé na sexta à noite e correra para casa a fim de se arrumar sem se atrasar. Era o aniversário de quatro meses dos dois e ela preparara toda uma noite repleta de coisas para eles. Pusera um vestido longo preto que tinha finas amarras nas costas, mas que as deixava majoritariamente nuas, prendera um pouco do cabelo louro ondulado e fizera uma maquiagem leve, que era realmente a única que sabia fazer.

Pretendia levar Emmett, primeiro, a um parque. Ela sabia que ele acharia loucura ir ao meio de um parque no meio da noite, mas ela não se importava. Tinha preparado um piquenique cheio das coisas preferidas dele, inclusive do vinho ridiculamente caro que ele amava. Ela nunca fora a maior das fãs de vinho, mas não se importava de acompanha-lo naquilo.

Depois do piquenique, iria leva-lo para uma rápida passada no bar onde se conheceram, onde iria chama-lo para dançar mais uma vez, como na primeira vez que se viram. Em seguida, o levaria seu lugar preferido de toda a cidade, um que ela não compartilhava com ninguém, que era seu lugar de paz e solitude. Havia até mesmo resgatado dos confins de seu guarda roupa, onde deixava guardadas as melhores e piores lembranças das quais não conseguia se livrar, diversas fotos da época em que começaram a sair e namoraram pela primeira vez, e feito na parede do próprio quarto uma pequena exposição com todas as memórias bonitas que compartilhavam.

Queria que ele gostasse de tudo e estava animada para ver sua reação. Ela não era a maior das românticas, mas esperava que ele entendesse que aquela era sua maneira de retribuir todo o romance dele e de mostrar que ela também queria devolver na mesma medida tudo que ele a entregava. Checou os últimos detalhes do quarto – desde as fotos na parede à roupa de cama nova – e então foi até a cozinha.

— Uau! – Alice a recebeu com a expressão surpresa assim que Rosalie abriu a porta do quarto. – Você está linda! – ela sorriu de volta.

— Obrigada. – respondeu indo encher um copo de água.

— Aonde vai assim toda arrumada? – quis saber.

— Hoje é o aniversário. – ela a lembrou e Alice fez um “ah!”.

— Nossa, não sei como me esqueci disso. Foi tudo sobre o que você falou na última semana. – resmungou de forma fingida e Rosalie riu.

— Desculpe. – comentou sem realmente se sentir mal por nada. – E você, o que fará hoje à noite?

— Eu vou sair com um cara que conheci semana passada. O nome dele é Jasper e ele não é totalmente o meu tipo... Você sabe que gosto dos extrovertidos e totalmente canalhas, e o Jasper é... Bem, o oposto disso. – comentou sorrindo e Rosalie riu novamente.

— Parece uma ótima mudança. – tentou e Alice deu de ombros.

— Acho que sim. De toda forma, conversamos um pouco durante a semana e acabei gostando, então pensei: por que não?

— Espero que seja ótimo, Ali. O que vão fazer? – perguntou.

— Ele me chamou para uma abertura de galeria, acho que era do irmão ou algo assim. – fez uma careta, não totalmente animada com a perspectiva. – Espero que não fiquemos lá a noite toda.

— Alice. – a loura ralhou e a baixinha ergueu as sobrancelhas.

— O que? Eu quero me divertir! – frisou e bufou enquanto Rosalie negava com a cabeça lentamente. – Mas e você, tudo pronto? Conseguiu fazer tudo o que queria?

— Sim. As coisas do piquenique estão todas prontas, vinho comprado, o quarto ficou lindo. Estou muito animada. – confessou com um sorriso e Alice sorriu de volta.

— Espero que seja uma noite perfeita. – desejou piscando para Rosalie. – Agora vou dar uma olhada nisso tudo no seu quarto. – avisou antes de seguir em direção à porta do quarto da loura.

Alice adorara tudo, porque de fato Rosalie se empenhara em deixar o ambiente o mais aconchegante e romântico possível. Depois de avaliar todo o trabalho foi se arrumar e Rosalie a acompanhou, já que Emmett a mandara uma mensagem avisando que se atrasaria um pouco por conta do trabalho. Cerca de quarenta minutos depois, Jasper apareceu para pegar Alice e conheceu rapidamente Rosalie, com quem trocou poucas palavras antes de sair com a baixinha a tiracolo.

Rosalie olhou o celular, esperando alguma notícia do namorado, mas nada ainda. Sentou-se na cama enquanto rolava por uma rede social em busca de distração. Tentou ligar para Emmett, mas a chamada caiu na caixa de mensagens. Já havia passado mais de uma hora e meia do horário em que haviam marcado e Rosalie estava ficando cada vez mais impaciente. Voltou à rede de fotos, tentando espairecer a mente e foi então que o viu.

A foto não era dele e ele sequer estava olhando para foto, mas ela o viu no fundo. Tentou dar zoom e entender melhor o que estava acontecendo, mas a imagem não era de uma qualidade tão boa assim. Ainda assim, sabia que era ele e sabia que aquela foto era daquele momento, havia sido postada há pouco mais de dez minutos. Ele não estava sozinho, mas ela pôde ver apenas um perfil do grupo que o acompanhava e ela reconheceu, depois de algum esforço, o rosto que conhecera tanto tempo atrás junto à família de Emmett. Era James e ele esboçava um sorriso enquanto olhava animado para o grupo de homens.

Rosalie mordeu os lábios, irritada e ansiosa. Não acreditava que Emmett não apenas a deixara plantada sem aparecer, mas que estava com amigos se divertindo e não no trabalho. Em pleno aniversário deles! Num impulso levantou-se da cama e com raiva arrancou da parede as pequenas redes que seguravam as fotos no lugar.

— Vá se foder, Emmett! – resmungou irritada para ninguém além de si.

Tirou o vestido de forma brusca, desfazendo o cabelo em seguida. Botou um pijama confortável e pegou todas as coisas que comprara para o piquenique especial, inclusive o vinho, e sentou-se no chão da sala, de frente para televisão. Colocou o primeiro filme que achou – uma comédia romântica sobre um casal que partira da amizade – e encheu a primeira taça de vinho enquanto se punha a comer. Se ele não tinha qualquer consideração pelos planos que ela fizera, ela certamente não ficaria triste por causa daquilo.

Era o que ela tinha em mente quando começara a comer e beber, pelo menos. Mas ao passar do tempo continuava a checar o celular, a espera de alguma mensagem, de qualquer sinal de que ele estava se lembrando dela, de uma desculpa válida e um estou chegando a qualquer segundo. E toda vez que olhava o pequeno aparelho e não via sinal de Emmett, tornava a virar uma taça cheia de bebida escura.

Ele só apareceria algumas horas mais tarde, ligando quando Rosalie já terminara a garrafa e estava com um cobertor nos ombros, a cabeça recostada na beira do sofá enquanto um novo filme rodava na tela. Já sem expectativas, ela viu o nome brilhar e atendeu depois de alguns toques.

— Rose, eu sinto tanto! Me desculpe, de verdade. – ele disse antes que ela sequer falasse “oi”. Ela não respondeu, repentinamente cansada e não querendo ouvir a voz de Emmett. – Rose? Olha, sei que você está chateada e tem total razão. Me perdoe, de verdade, mas houve um imprevisto no trabalho e não tive como dizer não. Estou indo para o seu apartamento agora mesmo.

— Não venha. – ela interrompeu.

— O que?

— Eu não estou em casa. – mentiu.

— Onde você está?

— Depois que ficou claro que você ia me dar um bolo, eu decidi sair com umas amigas. – inventou.

— Não tem problema, eu posso te pegar onde estiver. – ele sugeriu. Ela suspirou.

— Não, Emmett. Não precisa. – repetiu.

— Rose, sei que está chateada e não quero que as coisas fiquem assim. – ele pediu.

— Não estou chateada. – mentiu novamente. – Você teve um imprevisto no trabalho, não foi culpa sua. Eu não tinha preparado nada demais e nem perdi minha noite, na verdade estou me divertindo muito. – continuou numa voz muito calma e monótona. – Não tem problema algum.

— Você está falando sério? – ele soou quase incrédulo e ela mordeu os lábios.

— Não foi sua culpa você ter um imprevisto que não pudesse recusar. – foi tudo o que respondeu, tentando não soar irônica.

— E se eu te encontrar depois que você terminar com suas amigas? – ele tentou novamente.

— Não precisa. Nos falamos outra hora. – respondeu por fim. – Feliz quatro meses. – murmurou antes de desligar.

Ao terminar a ligação sentiu algumas lágrimas enchendo os olhos. Não sabia por que dissera tudo aquilo, só sabia que não queria se sentir mais humilhada do que já se sentia. Não queria admitir que sabia que ele estava mentindo, nem queria ouvir as mentiras dele. Sabia que se visse o rosto de Emmett naquele momento tudo o que faria era gritar e possivelmente arrumar uma briga colossal.

Sendo assim, se arrastou até seu quarto e deitou-se na cama cuidadosamente arrumada, se esforçando para dormir.


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Notas finais do capítulo

Olá! Como estão?

Cá estou eu com a terceira parte dessa história. E aí, curtiram? Espero que sim! Contem para mim nos reviews hahaha

Devo alertar que só deve haver mais um capítulo nham nham, mas que estou escrevendo outras fanfics e logo as trarei hahaha inclusive, desde que postei o último capítulo dessa história comecei a escrever uma nova que está me deixando sem dormir! Ela não é nada do que eu estou habituada a escrever e estou achando meio blehr porque não tenho talento para outras coisas que não romance, mas ainda assim estou adorando escrever kkkk já fiz uns nove capítulos e quero muito postar, apesar do receio de estar mandando mal nela kkkk enfim, logo trago para cá e espero ouvir o que vocês acham dela também!

Bom, sem delongas, espero que todas estejam bem e se cuidando! Uma ótima semana para vocês e obrigada a quem deixou review no capítulo passado! ♥

Beijo grande,
Lana.



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