No capítulo anterior...

—Almoça comigo Bella? Ele perguntou e eu fiquei sem resposta, a minha mente custava a acreditar que ele estava realmente atraído por mim.

—Olha Edward, você é muito gentil, É eu não quero fazer papel de ridícula então se você poder me dizer o que realmente quer de mim! Falei tudo atropelado, eu precisava saber, não queria ser apenas uma brincadeira pra ele.

—Eu quero te conhecer, ser seu amigo ou mais, não sei bem Bella, nesse momento agora o que eu queria de você era um beijo! Ele disse se aproximando mais!
Continua...

Pov Edward.

Não sei como eu tive cara de dizer tudo aquilo pra Bella, eu a conhecia a tão pouco tempo mas ela não saia da minha cabeça, ela ficou parada e sem palavras quando eu disse que queria um beijo, acho que foram segundos mas pareceram minutos.

—Edward, você tá me deixando sem graça! Ela disse desviando o olhar indo em direção a porta do carro dela, meio atrapalhada.

—Desculpa Bella! Fui afobado! Falei segurando ela pela mão.

—Desculpa Edward, eu não sei lidar com esse tipo de situação, ridícula eu! Ela disse rindo de nervosa.

—Calma, amigos só então? Eu disse levantando as mãos rindo pra ver se ela relaxava.
— Eu que sou uma boba, as minhas colegas me matariam por um convite seu pra qualquer coisa! Ela disse rindo.

—Então almoça comigo e continua viva! Eu disse rindo.

—Você sabe argumentar Edward! Ela disse rindo.

—Coisa de quem estuda direito! Tem um restaurante aqui perto, vamos?

—Vamos! Só preciso avisar minha mãe! Vamos no seu carro no leu meu? Ela perguntou.

—É logo ali, podemos ir até caminhando! Eu sugeri.

— Pode ser então!

Ela guardou a mochila e avisou a mãe que iria almoçar na faculdade mesmo, o caminho foi curto e agradável, Bella era uma ótima companhia.
Sentamos em uma mesa na rua, o restaurante tinha pratos variados e acabamos pedindo os dois a mesma coisa, ravióli de quatro queijos.

—Delicia! Ela disse depois da primeira garfada.

— Eu gosto de almoçar aqui, só aos finais de semana que não abrem, o que é uma pena!

—E seus pais? Você não passa um tempo com eles? Ela perguntou.

—Sim, quase todos os finais de semana eu apareço lá, mas eu não tenho uma relação muito fácil com meu pai sabe!

—Por isso você mora no campus então!
—Meus pais são médicos, sabe, e meu pai ele não aceita muito bem o fato de eu não querer seguir a carreira dele, seguir com a clínica da família

—Poxa, que chato, você tem irmãos?

—Tenho uma irmã de 17 anos, Alice, mas ela que é fazer moda, pro desespero total do meu pai!

—Bom, meu pai é policial então ele da graças a Deus que eu não queira seguir seus passos!

—Você deveria ter me avisado! Já pensou se ele chega em casa aquele dia e me pega trocando a roupa! Me mata! Eu disse rindo.

— Não se preocupe ele é tranquilo! Ela disse rindo.

—E sua mãe? Perguntei.

— Ela é professora, mas ficou bastante tempo sem lecionar, agora que está voltando!

—Mas é você? Mais enturmada agora? Perguntei.

—Estou me enturmando sim!

O almoço foi muito agradável , estar com ela era agradável.

Pov Bella
Eu e Edward caminhávamos lado a lado em direção ao estacionamento, eu nem acreditava que estava praticamente tendo um encontro com um dos caras mais lindos e gentis da faculdade, ele era tão atencioso e divertido, ao lado dele era tudo muito leve, eu estava me perguntando mentalmente se ele falaria outra vez a palavra beijo, se eu não fosse tão envergonhada eu teria partido pra cima dele no momento em que ele disse que queria me beijar, mas não fiz,agora estou ansiosa pra que ele tome alguma iniciativa pois não sei se tenho coragem e tenho medo de ele achar que eu não quero.
Mil coisas passavam na minha cabeça naquele curto espaço de tempo, eu era tão novata na área do amor, passei minha primeira adolescência toda em hospitais e depois me recuperando, nunca me apaixonei de verdade, o mais ousado que fiz foi um beijo que dei num garoto da minha escola na minha formatura do fundamental, mas eu ainda nem usava esse respirador.

—Foi ótimo nosso almoço , temos que repetir mais vezes! ele disse.

—Claro! Respondi procurando a chave do carro na minha bolsa já que estávamos em frente ao meu carro já.

Quando eu levantei a cabeça ele já estava tão próximo que senti a respiração dele no meu rosto, fique parada olhando pra ele, seria uma boa hora para beijar ele, mas era como se eu tivesse travada no chão.

—Posso te beijar? Ele perguntou com aquele sorriso torto dele.

—Deve! Falei criando coragem e nossa bocas foram uma ao encontro da outra.

Foi como se tudo a volta parasse, a boca dele era quente, gentil, vagarosamente sua língua foi passeando por minha boca e eu o acompanhei, não sei quantos segundos se passaram, mas o suficiente pra me deixar sem ar, literalmente! Afastei minha boca da dele e ele me segurou pela cintura mantendo a testa colada na minha.

—Respira! Ele disse sorrindo.

—As vezes eu odeio esse respirador! Atrapalha! Eu disse recuperando o fôlego.
— Eu não me importo!Ele disse acariciando meu rosto.

—Você é tão diferente da maioria dos garotos! Eu disse.

— Você que é especial! Olha, eu não sou maluco, talvez afobado, você quer ser minha namorada? Ele perguntou.

—E quem não iria querer? Mas você nem me conhece bem, eu tenho algumas limitações e coisas que me deixam muito insegura! Eu disse confessando minha insegurança.

— Eu já disse que não me importo! Ele repetiu.

—Você está falando de namoro sério? De ir na minha casa é conhecer meus pais? Perguntei porque hoje em dia tem muitos tipos de relacionamento.

—Sim, encarar o chefe Swan e sentar no seu sofá todas as quartas feiras! Ele disse acariciando meus cabelos

— Eu preciso conversar com eles antes tá, se você aparece lá em casa do nada eles não vão gostar!

—Tudo bem, você fala com eles primeiro, mas sexta feira posso te buscar pra festa?

— Pode, até sexta-feira eu já conversei com eles.

—Então melhor você ir antes que sua mãe fique preocupada!

Ele meu deu um beijo de despedida, não tão intenso quando o primeiro mas o suficiente pra me deixar com as pernas bambas.

Eu fui pra casa totalmente entorpecida, eu tinha um namorado lindo e muitas dúvidas na minha cabeça! Eu tinha tantas inseguranças, tantas coisas sobre meu corpo que ficavam escondidas por de baixo das roupas, eu fiz tantas cirurgias que meu corpo era um mapa delas, o pânico tomou conta de mim de pensar que talvez eu não pudesse ser e fazer tudo que as garotas normais faziam, entrei em casa é fui direto pro banho, lá eu chorei de medo e felicidade, medo que minhas limitações fizessem ele desistir de mim.

Continua...