Dragon Ball Reloaded escrita por ericyagami


Capítulo 31
Uma Batalha de Honra!


Notas iniciais do capítulo

Son Goku, aquele que fora trazido de outra era por Zero e submetido aos experimentos com as Células Crono S da Alma, após se juntar a companhia dos Guerreiros Z rumo ao Domínio dos Deuses, tem mais uma batalha pelo seu futuro, rumo ao Grande Arauto. Em uma revanche a muito esperada contra Beerus, em seus Palácios Dourados, Son Goku coloca em xeque seu Instinto Superior, para fazer frente ao do de Beerus. Ambos atingem o Instinto Demoníaco posteriormente, com Son Goku provando ser mais forte.

Beerus regride a forma base e desperta a Forma Ultra Divina, dominando Son Goku, embora suas vantagens através das Células Crono S da Alma. Em sua forma base, Goku alcança a Forma Infinite e por meio de sua habilidade especial, absorve energia divina de Beerus e a usa para obrigar seu corpo a alcançar a Forma Divina. Num degrau abaixo de Beerus ele o vence com um poderoso golpe, provando de uma vez por todas que é o mais forte. No final, ele é alertado por Beerus de que ainda tem mais uma transformação para chegar ao potencial divino máximo e que só por meio dela terá alguma chance contra o Grande Arauto.

Num campo de batalha não tão longe dali, mais um batalha de honra ocorria, com os dois símios se revelando cara a cara!



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Nos Palácios de Madeira, que ficavam nos Domínios do Hakaishin do Universo 13, Koohi, também conhecido como Deus Macaco, Sun Wukong finalmente vinha a ter seu confronto definitivo. Ambos de natureza semelhante, agora portavam seus bastões, criados através de suas próprias energias. Sun Wukong, um Ultra Saiyajin filho de Yamoshi. Estatura alta, cabelos vermelhos, olhos dourados, de peitoral nu, vestia uma tanga de pele de animal, assim como braceletes nos punhos e caneleiras de metal. 

Seu oponente, Koohi, um macaco humanoide, era pouco mais baixo que Wukong, trajando uma armadura samurai de corpo inteiro na cor vermelha, com exceção da cabeça, que não possuía um capacete. De pelagem marrom, o macaco tinha olhos pretos, que penetravam com sua profundidade em quem quer que os colocasse. No deslizar dos pés descalços, ambos partem numa investida de alta velocidade.

Clang!! Os bastões colidem, reluzindo em raios. As faces de ambos se encontram, com Koohi permanecendo frio como sempre e Wukong exibindo um sorriso de euforia. Um novo baque ocorre, repelindo a ambos, que se encaram a poucos metros de distância:

— Shin como sempre certeiro, embora não tenha convivido muito com ele... - Wukong sorri, arqueando os joelhos e segurando seu bastão com a mão direita em guarda, enquanto mantinha a esquerda recolhida rente ao tronco - É muito bom poder lutar com você, Deus Macaco! Ouvíamos histórias suas na infância, no Universo 7. Meu pai, Yamoshi, aquele que vive desde a Aurora dos Tempos, bem, ele tinha um certo apreço por seus lendários feitos...

— É uma honra ser prestigiado por Yamoshi, o Deus dos Saiyajins, mas é uma pena que tenha gerado uma prole tão insolente! - Koohi diz, com sua voz que denotava sabedoria e agressividade ao mesmo tempo - Ver a teia de eventos através dos Universos, sem dúvidas ele é um grande feiticeiro. No Universo 13, poucos guerreiros tem tais capacidades, as de se conectar as Hordas do Tempo. Se bem que já estão perdidas... mas chega de papo furado! Você não quis ir embora em paz, então terei de defender meus domínios!

— Agora sim falou minha língua, Koohi-ojisan! - Sun Wukong dispara num ziguezague, com seus pés pesados, porém, ágeis e desfere uma sequência de golpes de bastão de energia vermelha, em movimentos sincronizados - Uma pena não possuir mais seu bastão supremo, o famoso Bastão de Koohi Yuwanjha, não é mesmo? Assim como não possuo mais meu Bastão Mágico! - o Deus Macaco ia rebatendo os golpes com seu bastão de energia rosa, quando encontra uma abertura e atinge um chute no estômago de Wukong, o arremessando em alta velocidade pelo cenário

Nos arredores, folhas das mais variadas árvores. Ambos lutavam sob um emaranhado de troncos que serviam de piso. Ao longe, o grande palácio, parecido com um templo japonês, de tamanho colossal, o qual Koohi almejava manter ileso, para descansar após a batalha. Wukong dá um mortal para trás e freia o lançamento ao cravar suas mãos sob o emaranho de galhos mais próximo:

— Estou surpreso de isso aqui ainda não ter desabado... - Wukong se coloca de pé, dando uma leve aquecida em pequenos saltos e girando seu bastão de energia em torno do corpo, até parar em sua costumeira pose de batalha - Isso me faz pensar, por que diabos não estamos lutando naquele maldito templo, ao invés de lutarmos nesse mausoléu dos infernos?

— Mais respeito, rapaz... a natureza é nosso local de origem. Somente através dela conseguimos retirar nosso verdadeiro potencial! A essa altura você já devia ter entendido... - Koohi fecha os olhos, focando em seu interior - Aqueles palácios são apenas para repouso. Está fora de cogitação lutarmos lá! É um local sagrado, onde louvo os antigos deuses, mesmo que ele tenham se provado tão humanos quantos nós...

— Humanos? Koohi-ojisan... você não é um Hakaishin? Por que se rebaixar a tal ponto? - Wukong vê a energia branca a vaporizar através da armadura de Koohi, enquanto seus pelos eriçavam e seus olhos se abriam, em tons dourados - Ah, deve ser por que você nem sempre foi um Deus, assim como a maioria não o fora, não é mesmo? - Koohi veio em sua direção num piscar de olhos, desferindo um golpe de bastão que se revelou em dezenas de golpes - É melhor eu parar de brincadeira agora... 

Wukong recua a toda velocidade, parando sob o topo de uma das árvores. Ele gera um clone a partir do seu corpo, que dispara contra Koohi, enquanto ele, o original, elevava seus poderes. Raios caem das nuvens negras que se formam nos céus azuis, no local onde era sempre dia. Galhos se partem em pedaços. O rosto de Wukong adere a feições demoníacas em fase de metamorfose, quando sua transformação se revela ao romper da luz. De longos cabelos vermelhos com mechas pretas, seu corpo vaporizava com vestígios de Ki avermelhado, igual a seus olhos cor de sangue:

— Hum... parece que não deu nem pro cheiro... - Wukong, em seu novo estado, vê Koohi destruindo seu clone com um golpe de bastão - Mas serviu ao seu propósito! Ei, Koohi-ojisan! Contemple a Fera que Ruge a 20%, o Destruidor de Demônios! - ao erguer o braço direito, Wukong convoca energia negra sob suas garras - Chamas do Dragão Infernal! - agora, sem portar bastão algum, ele lança uma rajada de energia cor de fogo contra Koohi

— Entendo... - Koohi se mantém parado no mesmo lugar, esperando o Instinto agir, desviando automaticamente da rajada de fogo, em seguida, partindo contra Wukong - Um Destruidor de Demônios que não sabe nem destruir seus próprios demônios. - cinco clones do Deus Macaco se formam em pleno ar, cercando Wukong, todos fortalecidos pelo Instinto - É o seu fim, guerreiro que lamenta nas profundezas... - dos bastões de Koohi, seis esferas de energia rosa seguem rumo ao corpo de Wukong, ao centro, o dragando para uma explosão que se eleva aos céus, num pilar de energia rosa, varrendo as nuvens negras que haviam se estabelecido

— Não pense que pode entender minha dor, ojisan... - a voz de Wukong ecoa abafada, quando ele sai do meio da nuvem de fumaça e agarra Koohi pela garganta, desfazendo seus clones - E não pense que o Instinto Superior funcionará como funciona contra outros guerreiros. Meu pai é o criador da técnica, logo, eu meio que treinei para superar sua invulnerabilidade com meus próprios poderes! - Wukong gira em torno de si e arremessa Koohi em alta velocidade rumo ao emaranhado de galhos, que se partem em pedaços - Finalmente... achei que esse lugar era amaldiçoado ou algo do tipo...

— Wuahaaaaaa... - Koohi ecoa num grito símio, surgindo através das cascas de árvore a passear pelo cenário, gerando uma esfera de energia rosa colossal na ponta de seu bastão - Wuahaaaaaaa!! - ela some rumo aos céus, percorrendo o caminho até Wukong 

— Tiro Mortal... do Dragão Infernal! - o tiro de energia negra atravessa a esfera de Koohi, a desestabilizando e partindo contra o macaco que a manipulava - Acabou, ojisan... - eis que Koohi desvia por Instinto, contrariando as expectativas de Wukong e manipulando a energia rosa a dissipar e transfigurando-a em duas rajadas distintas, que o cercaram num turbilhão de energia - Nem fodendo...

— Vendaval do Deus Macaco!! - Koohi executa a técnica com maestria lá embaixo, levando o corpo de Wukong numa tempestade de energia sob o céus, que se alastra pelos seus domínios - Tenho que tomar cuidado. Numa dessas, meu templo quase foi pro saco...

— Amaldiçoado seja, Koohi-ojisan! - Wukong surge da grande nuvem de fumaça, com o corpo cheio de cortes a sangrar e parcialmente chamuscado, ao criar uma foice de energia escura, a empunhando com ambas as mãos - Ceifador... Infernal! - ele desfere o golpe de foice, gerando uma tempestade de raios negros, que consomem todo o Domínio de Koohi Yuwanjha 

Mergulhado na escuridão, com o Instinto Superior invalidado pela técnica suprema do Destruidor de Demônios, Koohi regride a forma base, tendo sua armadura feita em pedaços pela pressão que a energia exercia. Eis que ele faz suas energias circularem em seu peito infinitamente. Um ponto de luz se forma em meio a escuridão, a cortando em pedaços. A Forma Ultra Divina finalmente despertara, varrendo o espectro de trevas daquele local. Mais alto e musculoso, agora sem armadura, o Deus Macaco se via de longa crina marrom, assim como a pelagem que tomava todo seu corpo. Usando uma coroa dourada na cabeça e braceletes dourados nos pulsos, ele portava uma cópia do Bastão de Koohi Yuwanjha, em suas cores bronze e dourada:

— Olá, pequenino... - a voz de Koohi agora era mais solene, denotando que sua sabedoria se elevara a níveis incompreensíveis - Raiten, seu discípulo, já descansa em paz nos Campos Elísios. Não tem por que nutrir todo esse ódio pela humanidade pelo que ocorreu a ele. Era o seu destino...

— Eu já superei a isso antes de morrer novamente nessa nova era, mas ao atingir esse estado, as memórias acabam voltando de alguma forma. Eu sei que ele está bem, mesmo eu não tendo o encontrado quando fui aos Campos Elísios. Vai ver sua alma era tão pura, que estava um degrau "acima" da minha naquele lugar... - Wukong, ofegante e ferido, encara a face de Koohi, em sua Forma Ultra Divina - Eu já entendi. Terei de subir de nível se quiser lutar contra você, Koohi-ojisan. Em sua figura de Deus Macaco, bem, eu tenho algo a temer, não é? Irei dominar os meus demônios, ao invés de destruí-los. Obrigado, monge... 

Num turbilhão de energia negra, Wukong segue a seu novo estágio. De longos cabelos negros, olhos vermelhos e feições rústicas, a pelagem escura envolta por trevas consumia seus membros, assim como seu tronco, que terminava num rabo símio. Sun Wukong deixara de ser o Destruidor de Demônios para assumir o manto de Dominador de Demônios, aquele que superara as trevas. A figura aterrissa num pouso leve, ficando na mesma linha de horizonte que Koohi, em meio as árvores carbonizadas e sem vida:

— Me desculpe por isso, ojisan, era o único jeito! Essa é a Fera que Ruge a 50%, o Dominador de Demônios! - Wukong se coloca em guarda, arqueando os joelhos e mantendo o braço direito pouco acima do esquerdo, ambos retraídos parcialmente, próximos ao peito - Eu tenho que derrotá-lo, senão não me sentirei bem comigo mesmo ao seguir em frente e acredito que o mesmo valha pra você. Você nunca me enganou, Deus Macaco! Seu amor pelas batalhas, seus feitos, isso nunca sumiu dentro de você, não é mesmo? 

— Pff... você realmente não sabe de nada! Mas digamos que em certa parte você tem razão, filho de Yamoshi! Chega de conversa fiada, vamos acabar logo com isso! - e assim, ambos sorriem, entrando numa espiral de golpes em alta velocidade, quando Wukong gera um bastão de energia negra em sua mão e contra-ataca a cópia do Bastão de Koohi Yuwanjha do macaco, que fica surpreso - Então o retomou, hein? Parece que realmente dominou aqueles demônios, rapaz! 

Deslizando por entre as árvores carbonizadas, ambos iam desferindo golpes de bastão, causando tempestades de raios.  Desviando e rebatendo, eles seguiam superando seus limites, quando Koohi finalmente atinge um golpe de alta potência no queixo de Wukong, o lançando para o alto. Carregando energia branca em seu bastão de bronze, ele a lança na forma de um dragão de energia branca, que parte rumo ao filho de Yamoshi, que só tem tempo de pegar o dragão pela mandíbula, usando seu braço esquerdo e sua perna esquerda:

— Queda do Dragão Milenar... - o movimento de bastão a queima roupa, gera um dragão envolto em trevas, que devora o dragão de luz, logo em seguida partindo rumo a Koohi e o afundando em uma espiral de energia negra, que termina de vez de destruir as árvores sem vida, eliminando o campo de batalha abaixo - Parece que finalmente chegou a hora de adentrarmos aquele templo, ojisan!

— Você não sabe do que está falando, filho de Yamoshi... - Koohi se revela com escoriações pelo corpo e um corte no rosto a verter sangue, atingindo um golpe de bastão que arremessa Wukong como um meteoro, rumo ao pátio de madeira que ficava em frente ao templo - Não passaremos daqui... - Koohi aterrissa sob o pátio, vendo Wukong se levantar num salto - ...pois irei derrotá-lo agora mesmo! Vejo que esse local lhe trás algumas lembranças, filho de Yamoshi. Talvez sua humanidade não era trazida a tona apenas por Raiten, não é mesmo?

— De repente você começou a falar demais, ojisan... - Wukong sorriu, se colocando em posição de batalha - Hehehe, falar pra caralho... - e assim, ambos colidem seus bastões, causando uma tempestade de energia branca contra negra, no formar do simbolo de Yin e Yang, enquanto a figura dela se formava em sua mente - Há quanto tempo, Suika-Chan...

"Olá, Wukong-San. Que bom que tenha chegado vivo da batalha." - Suika, de estatura média, pele caucasiana e olhos acinzentados, vestia calça cinza e uma malha a tampar os seios. De cabelos ruivos bagunçados que ia até a cintura, a Ultra Saiyajin se aproximara do recém-chegado - "Você está bem? Algum resultado, eu espero..." - ela mantinha uma postura serena, com um toque de amargura

"Olá, Suika-Chan!" - Wukong sorri, embora esgotado e com sua armadura marrom rachada - "A batalha não foi fácil, como sempre. Os deuses ainda insistem em nos aniquilar. Mais uma vez meu velho conseguiu uma trégua, mas não sei quanto tempo irá durar! Estou vivo, porém, exausto!" - Wukong se joga sob o corpo de Suika, que o pega timidamente, caindo sob o gramado em frente ao templo, logo em seguida

"Vamos lá, vou levá-lo até seu quarto para repousar e comer alguma coisa..." - Suika fica corada, porém, se mantém séria, o guiando até seus aposentos, tirando sua armadura banhada de sangue e limpando seus ferimentos - "Eles realmente pegaram pesado dessa vez. Se eu estivesse lá, isso não teria acontecido!"

"Hehehe... Suika-Chan e sua capacidade de nunca arredar o pé! Seria legal vê-la em ação um dia desses. Uma pena que só os machos podem seguir em batalha contra os deuses. Isso tudo é pra preservar a espécie, você entende, não é, Suika-Chan?" - Wukong sentia suas feridas latejarem, ao Suika limpar o sangue 

"Entender, eu entendo, mas acho isso uma falta de sacanagem! Temos Ultra Saiyajins fêmeas muito mais poderosas que alguns dos machos, como Daizuna e Fura, por exemplo. Elas ficaram tão putas como eu de não poderem ter ido dessa vez." - Suika termina de fazer os curativos e cobre Wukong com uma manta, seguindo até a lareira e pegando um pouco de ensopado no caldeirão para ele - "Se não tratarem de colocar um ponto final nisso, temo que as mulheres terão de lutar, uma hora ou outra."

"Temos consciência disso. O problema é meu velho! Ele tem um jeito muito peculiar de lidar com essas coisas e como ele é o Rei, bem, só nos resta obedecer! Obrigado, Suika-Chan..." - Wukong aceita a tigela de ensopado - "Você é alguém  muito especial para mim. Obrigado por cuidar do meu templo e por zelar por mim. E acima de tudo, por cuidar do Raiten enquanto estou fora. Ele vê em você uma mãe. Uma mãe que substituiu a dele, que já se fora..."

"Wukong-San..." - Suika ficara toda vermelha, dando as costas  para Wukong rapidamente e indo mexer no caldeirão - "Deixa de papo furado..." - ela se mantém ali alguns segundos, quando sente a mão tocar seu ombro, ficando boquiaberta - "O que você quer de mim?"

"Seu coração. Só preciso disso, Suika-Chan! Disso e do meu pequeno Raiten!" - Wukong sorri, quando Suika se volta para ele, com olhar frio, até exibir um leve sorriso - "Juntos, poderíamos ser os pais dele, o que você acha?" - Suika apenas acena com a cabeça, devolvendo o abraço de Wukong, sentindo seu calor, algo que o queria fazer a muito tempo - "Não se preocupe, Suika-Chan! Tudo vai ficar bem..." 

Alguns meses depois, Raiten fora morto pelos demônios gerados pela energia maligna dos Hakaishins nos tempos de outrora, fazendo Wukong perder a sanidade. Os Hakaishins invadiram o Planeta Yamoshi e declararam guerra, obrigando até as fêmeas a lutarem. Suika, longe do seu amado, lutou até a morte, assim como todos os Ultra Saiyajins. Wukong só iria se lembrar dela novamente depois de muito tempo, após ter todo o seu rancor para com os demônios extinguido. Aquele amor puro, pelo qual valia a pena lutar. De volta ao presente, Wukong é tragado pela explosão advinda da colisão de Yin e Yang, caindo frente ao templo de Koohi:

— Obrigado por trazer luz as minhas memórias de outrora, Koohi Yuwanjha... - Wukong se levanta, cambaleante - Além de sua sabedoria me banhar com lucidez, seu poder, me banha com a excitação de batalha! Assim como você, o Deus Macaco, eu também assumirei esse manto! - Sun Wukong reluz em energia vermelha, elevando seus poderes a 70% 

No dissipar de energia, ele se revela a portar um bastão de energia rosa. De pelagem marrom, crina que descia até a cintura, olhos dourados e feições símias, seu rabo de macaco se agitava. Com peles de animal amarradas a cintura, o Deus Macaco, Sun Wukong, se colocava frente a frente com o Deus Macaco, Koohi Yuwanjha. Ambos agora sábios, em níveis diferentes, clamavam pelo fim da batalha:

— Hum... - Koohi sorri, respirando fundo, ao ver através da linha de eventos - Você finalmente é digno! Vamos adentrar o templo sagrado, Wukong-San! - o filho de Yamoshi assente, com um leve sorriso, sumindo de vista, junto de Koohi, com ambos a se revelarem sob o piso de madeira do templo, local extremamente limpo e agradável, com estatuetas de Buda's símios espalhadas pelos cantos, assim como vasos de plantas bem aparadas - Um tanto comum, não é, Wukong-San?

— A simplicidade é a chave para uma vida longa, Koohi Yuwanjha! - ambos sorriem, iniciando a troca de golpes, agora de forma cadenciada, pretendendo não causar destruição sob aquele local sagrado -  Eu entendo o por que você não queria me deixar adentrar esse local aquela hora! Você não zela pelos deuses originais. Você zela por aqueles que se foram. Aqui as preces pelos seus antepassados residem. Essa calmaria, essa energia comum, seus antepassados vivem aqui, não é mesmo?

— Fico feliz que tenha notado, Wukong-San. Todos eles agora me assistem, em minha batalha final! - Koohi gira seu bastão em torno de si, parando com ele posicionado atrás de seu espectro direito, com a mão esquerda estendida para frente - Por que essa expressão de tristeza, Wukong-San?

— Não deve se entregar a morte, mestre! Você deve viver sua eternidade como um Hakaishin! É tão puro que jamais terá um substituto a altura para o Universo 13! Você transfigura maldade em belas obras pelo seu povo, mesmo que no caminho tenha de se baixar ao nível do código divino... por quê quer se unir ao todo agora? - Wukong empunha seu bastão de energia rosa, encarando o seu igual 

— Por que essa é a batalha que eu venho esperando a eras! Um oponente que assim como eu perdeu a tudo o que mais amava e fora condenado a uma vida acima dos demais! - Koohi sorri, se lembrando de como era apenas um macaco comum, junto da macacada que era seu povo, todos pulando pelos galhos, vivendo sua vida comum, até que um Deus Planetário maligno assolou suas terras e reduziu seu povo a nada - Eu lutei, assim como você, para destruir os meus demônios... - Koohi sobrevivera e fora até o palácio da Deusa Planetária da Luz, implorando pelo poder para destruir o Deus maligno, assim o fazendo anos mais tarde - ...e logo em seguida, me tornei uma lenda, condenado a uma vida divina! - por seus feitos, Koohi fora visitado pelos Anjos e convocado para se tornar o Hakaishin de seu Universo

— Entendo. Lamenta por ter de seguir com isso. Mesmo sob uma ótica de paz, você é obrigado a destruir povos pelo bem do seu Universo. Você sabe o que é perder todo o seu povo, perder sua luz, aquilo que o guia, assim como eu... outrora renegado pelo deuses, agora é obrigado a servi-los como um igual! - Wukong alcança o entendimento e passa a amar Koohi, assim como amava ao seu povo - Vamos terminar essa luta, Koohi Yuwanjha e quem quer que seja o vencedor, saberemos que alcançou o Nirvana...

A assim, os bastões fazem seu movimento. Koohi, consciente da decisão de Wukong, finalmente utiliza sua Energia da Destruição, envolvendo seu bastão em trevas. A cada golpe, Wukong era enfraquecido pelas vibrações, que seu corpo anormalmente poderoso suportava. Ambos numa luta transcendente, sem macular aquele templo, alcançam o Nirvana. No final, o bastão de Wukong jazia cravado no interior de Koohi, assim como o bastão de Koohi no interior de Wukong:

— Acabou... - Koohi murmura, regredindo a forma base - Você venceu, Wukong! Resistiu a Energia de Destruição como nenhum semideus jamais o fez! Você está pronto para carregar o meu legado... 

— Você se entregou, Koohi-Sama... por que fez isso? - Wukong indaga 

— Não exatamente. Embora tenha meu código pessoal, eu traí o código dos Hakaishin, que adotei também ao me submeter a tal posto. Por essa humilhação, tenho que entregar minha vida cometendo Seppuku, como um verdadeiro samurai. Eu não me entreguei, eu decidi colocar fim a minha própria vida. Seu bastão possuí honra o suficiente para tal tarefa, pois é meu sucessor predestinado. - Koohi recua - Eu já falei com Koucha-Sama, o Kaioshin que tem a vida linkada a meu corpo. Ele está ciente e aceita seu destino, pois já viveu muitas eras de guerra e também almeja alcançar a paz. Eu sigo até meus antepassados e ao mesmo tempo honro o posto que assumi. É uma boa decisão, não é mesmo, Wukong-Sama?

— Sim, mestre... - Wukong, finalmente entendendo, retorna a forma base, vendo o corpo de Koohi se desfazer em partículas e seu espírito partir como um macaco selvagem, se juntando ao seu bando novamente - Você finalmente alcançou o entendimento total. Está livre, eternamente... - Wukong faz uma reverência e sai daquele templo, na consciência de que deveria assumir o posto de Hakaishin do Universo 13, caso tudo terminasse bem após a batalha contra o Grande Arauto - Obrigado por tudo, Koohi Yuwanjha-Sama...

No Sagrado Templo Kaioshin, Koucha, o Kaioshin Ancião que lutara contra Dabura e Mr. Satan, morre de joelhos, fazendo uma última reverência aos seus, exibindo um sorriso a muito calado. Ele tem seu corpo abençoado pelo Ro Kaioshin e pelo Sagrado Kaiohsin, sendo louvado por sua pureza ao aceitar tal destino, selado por uma magia sagrada:

"Adeus, meus velhos amigos..." - a voz de Koucha ecoa magicamente - "E olá, verdade absoluta..."

Após Sun Wukong deixar os Domínios de Koohi, Merus aparece por lá. Sentindo seu corpo relaxar, tamanha a paz que aquele lugar manifestava, ele se sente grato por não ter se intrometido naquele combate. Eis que a figura de Daishinkan aparece solenemente próxima a dele e diz:

— Sabe que devia ter impedido isso, não é? - o Sumo Sacerdote o encara - Embora Koohi tenha seguido o código, ele devia ser julgado pelo Grande Arauto. Se sua intenção era salvar a todos, devia ignorar os códigos pessoais de cada guerreiro em campo e fazer o que veio fazer!

— Você sabe que entrei num caminho sem volta, Pai... - Merus responde, sem temor algum - Eu quero salvar a todos e deixar Koohi seguir até os seus antepassados, foi a melhor maneira de salvá-lo. Se o senhor ao menos deixasse de lado as Leis pelas quais tanto preza, seria capaz de entender.

— Eu jamais deixarei de lado as Leis Universais, as quais os mortais deturparam. O Logos é um só, absoluto e imutável. - Daishinkan da as costas para Merus - Lembre-se disso, quando nos encontrarmos novamente... - e assim o Sumo Sacerdote se vai, deixando Merus ali, onde a paz habitava. Ele se levanta e segue até sua próxima missão, pretendendo salvar a todos, rumo a um final de iluminação...


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Notas finais do capítulo

Não percam, o próximo capítulo de Dragon Ball Reloaded, será: O Saiyajin Mais Poderoso X O Hakaishin Mais Poderoso!



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