Longe da Sorte escrita por Gustavo Franco
Notas iniciais do capítulo
im·ber·be
adjetivo e substantivo de dois gêneros
— que ou aquele que é novo, jovem, iniciante.
Marcos havia explicado toda a trama que foi pensada pelos chefes da empresa. Cada movimento foi cautelosamente calculado para que parecesse uma falta de sorte. Calum era imberbe, mas sabia que ele não tinha culpa em nada do que tinha acontecido.
Basicamente, todo o dinheiro de Calum fora usado para cobrir as despesas de um esquema ilegal em que Caio havia se envolvido. Contas fora do país, múltiplas transações feitas em diversos horários que passaram completamente batido pelo time financeiro da empresa.
— Tudo o que eu tinha pra dizer, foi dito.
Marcos, então, saiu em disparada sem olhar para trás.
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Sei que é meio que ir contra as regras, mas sinto-me na obrigação de explicar melhor aqui:
Caio participou de um esquema ilegal (achei que não faria sentido explicar o que foi porque fugiria do rumo da história), com isso ele teria que desembolsar muito dinheiro para não ser preso, ou para pelo menos despistar as autoridades.
A decisão de usar o dinheiro de Calum vai ser melhor tratada daqui pra frente, mas vamos dizer que Caio não curtiu a ideia de um jovem de vinte e poucos anos tendo mais reconhecimento que ele na empresa.
E pra quem não lembra de Marcos, ele é um dos amigos mais próximos de Calum, ele teve uma breve aparição apenas como mensagem no começo da história, mas como os capítulos são curtos não deu certo de ele aparecer de novo. A relação entre eles é boa e eles são bons amigos, mas a carreira de Marcos é mais importante pra ele, e ele se sentiu na necessidade de ameaçar Calum porque ele não poderia correr o risco de ser mencionado como o delator dessa situação. Apenas isso... hehe