Nos caminhos da vingança escrita por Lilium Longiflorum


Capítulo 22
Uma vida nova? Talvez...




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Dois meses se passaram.

Tatsuo acordou vendo um teto branco sobre si e ouvindo uma sequencia de apitos baixos vindos de seu lado esquerdo. Percebeu que estava com uma máscara de oxigênio e ao se dar conta do que aconteceu ficou um pouco angustiada. Não sabia que dia era e ansiava em saber em que país estava.

Uma enfermeira entrou onde ela estava para ver como estavam seus batimentos cardíacos e sua pressão. Ao ver que Tatsuo havia acordado deu um sorriso foi logo chamar o médico.

O doutor veio, tirou a máscara que estava no rosto de Tatsuo e perguntou:

— Sente alguma dificuldade em respirar?

— Não – Tatsuo respondeu fazendo um sinal negativo com a cabeça.

O médico sorriu e disse:

— Em breve você receberá visita.

— Doutor – Tatsuo o chamou – onde eu estou?

— Você está no hospital das FE aqui nos Estados Unidos. Está a dois meses em coma.

— Por quê? O que houve comigo? – ela perguntou confusa.

Ele respirou fundo, respirou fundo e respondeu:

— Durante a batalha que houve no clã Dragão Vermelho você caiu e bateu a cabeça e acabou entrando em coma.

Então toda a lembrança veio da batalha dentro do clã inimigo e como defendeu Kenshi, mas depois não conseguia lembrar-se de mais nada. O médico percebendo que Tatsuo estava aflita pelo que ele falou pediu para que ela deitasse e disse em seguida:

— Vamos fazer uns exames agora. Repouse um pouco agora, é melhor.

Tatsuo não relutou e voltou a deitar-se e muitas dúvidas latejavam em sua cabeça. Mas sabia que todas seriam sanadas em breve.

(...)

Bruce Wayne foi o primeiro a visitar Katana. Ele estava com seu terno preto e chegou sem que ela percebesse, pois estava compenetrada na leitura de um livro.

— Acho que é hora da visita, não acha? – falou Bruce sentando-se em uma cadeira próxima do leito.

— Ah Bruce – disse Tatsuo deixando o livro aberto em seu colo – estou perdida ainda.

— Nunca estive em coma, mas tenho certeza que é uma sensação estranha perceber que você passou dois meses “dormindo”.

— Sim, é horrível. Mas me conte tudo o que aconteceu nesse tempo. E Kenshi? Como ele está?

Eram raras as vezes que Tatsuo viu Bruce sorrir e naquele momento foi incluído nessas vezes. Ela discerniu que estava tudo bem com o espadachim e sentiu seu coração mais aliviado.

— Ele veio todos os dias te visitar e ficava horas conversando com você. Eu podia ver em seus olhos a gratidão que ele sentia por você ter tentado salvá-lo das mãos do grão-mestre, mas ao mesmo tempo eu percebia certa culpa por você estar aqui.

Tatsuo engoliu seco e lembrou-se dos momentos que passou com Kenshi. O beijo na estalagem e o abraço que recebeu pouco tempo antes de chegarem à fortaleza do Dragão Vermelho. Algumas lágrimas escorreram pela maçã de seu rosto e ela as limpou rapidamente.

— Você o ama, não é? – disse Bruce oferecendo um lenço para a japonesa.

Katana fechou os olhos com força, respirou fundo e abriu-os dizendo:

— Eu o amo, Bruce.

Ela nunca imaginou que aquela frase traria a ela paz. Precisava assumir aquele sentimento e vendo tudo o que aconteceu não teve escolha senão assumir o amor que sentia por Kenshi.

Bruce lhe deu um abraço aperto e disse:

— Tem muita gente que quer te ver. Vou sair para que eles possam ver você.

Antes de ele sair, Tatsuo segurou a mão de Bruce e disse:

— Que bom saber que está tudo bem.

— Fico feliz que tenha sobrevivido.

Assim que ele saiu. Ela viu Kung Lao na porta com uma rosa na mão e ao lado dele estava Kung Jin. Tatsuo não acreditou no que estava vendo e abraçou Lao, depois Jin.

— Não sabe como estou feliz em ver vocês junto. – ela disse com as mãos postas como se fosse rezar.

Os dois riram.

— Depois que Bruce me disse sobre a dor de cabeça que você teve – disse Lao se sentando – fiquei mal, pois sabia o motivo e daí logo procurei as FE.

— Você não tem noção como todos ficaram ao ver o meu primo de volta – falou Jin como uma visível comoção na voz.

Tatsuo pegou a rosa de Lao e disse:

— Eu imagino. Queria estar lá para ver e digo que foi a melhor que coisa que você fez, Lao. E como vai fazer agora?

— Vou continuar trabalhando onde eu estava. – Lao abraçou de lado o seu prio -  Mas não vou perder o contato com meus amigos e principalmente com a minha família.

Uma forte lembrança de Sheng lhe veio a memória. Não sabia se era bom comentar o que aconteceu, mas provavelmente ele já sabia o que havia acontecido. Respirou fundo, colocou a mão sobre a de Lao e disse:

— Fico feliz com a sua decisão.

— Obrigado. Você me fez esse favor.

Os dois se despediram e foram embora deixando Tatsuo sozinha no quarto. Pegou o livro e retornou sua leitura, mas algo estava lhe incomodando. Onde estava Kenshi? Ela olhava para porta e esperava que ele viria após Lao e Jin. Começou a rir sozinha e disse para si mesma:

— Ele deve estar ocupado demais, ou nem ficou sabendo que eu voltei.

Não demorou muito para que uma enfermeira aparecesse em seu quarto. Quando Tatsuo a viu perguntou:

— Tem mais alguém para me visitar?

Ela veio até mim com o medidor de pressão e disse colocando-o em meu braço:

— Hoje não. É que também já acabou o horário de visitas.

Não satisfeita com a resposta da enfermeira perguntou:

— Você sabe se Kenshi está por aqui?

— Kenshi, Kenshi... é um espadachim cego, certo?

Tatsuo fez um sinal afirmativo com a cabeça e a enfermeira respondeu:

— Ele está viajando, só volta semana que vem.

— Ah...

Era visível a decepção no rosto de Tatsuo. Estava com saudade dele e sentia que aquele seria o momento ideal para isso. Mas ela tinha que esperar, só uma semana, apenas uma.

(...)

Depois que Bruce assinou sua alta, Tatsuo foi encontra-lo na porta do quarto já pronta.

— Está com tanta pressa de sair? – perguntou Bruce querendo rir.

— Não aguento mais ficar presa nesse lugar.

Enquanto desciam as escadas, o coração de começou a ficar inquieto, pois não via Kenshi desde a batalha no clã Dragão Vermelho. Ela queria afastar o pensamento de que o espadachim não gostava mais dela ou algo parecido. Quando ela respirou fundo Bruce logo percebeu e perguntou:

— Está tudo bem?

Katana deu um sorriso sem graça e respondeu:

— Sim.

Chegaram enfim a portaria. Bruce não poderia ir acompanha-la até seu apartamento, pois tinha uma reunião na empresa, mas pediu que um de seus motoristas a levasse. De fato o carro, um Chrysler preto, estava a sua espera. Antes de ela entrar no carro Johnny gritou pedindo que esperasse e ela assim o fez:

— Tatsuo – falou Cage um pouco ofegante – muito obrigado por ajudar Kenshi e Takeda. Essa missão era muito importante para eles e você foi fundamental para que ela se realizasse.

— E eu sou grata a você por me fazer conhecer pessoas incríveis.

Yamashiro estava sendo sincera, principalmente por se tratar de Kenshi. Johnny a abraçou e disse:

— Pode vir no visitar quando quiser, só me avise antes.

— Pode deixar.

Johnny se despediu e ela entrou no carro. Quando o veículo começou a entrar em movimento ela sentiu seu celular vibrar na bolsa. Ela o desbloqueou e era uma mensagem:

Tatsuo,

Não sabe a alegria que fiquei ao saber que você saiu do coma. Cheguei agora pouco e quero muito te ver. Reservei uma mesa em um restaurante no centro de Gotham para jantarmos essa noite. Se quiser ir me responda o mais rápido que puder. Com amor, Kenshi.

Tatsuo sorriu, abraçou o celular e respondeu a mensagem:

Eu irei com certeza.

FIM


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Notas finais do capítulo

Obrigada a você que acompanhou essa história. Se quiser, pode me dizer o que achou do enredo, dos conflitos, das personagens... de tudo. Espero que possa ler minhas outras fanfictions que se encontra no meu perfil.

Até mais!



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