Nosso segredo - FREMIONE escrita por Anna Carolina00


Capítulo 9
Baile!




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Enfim chegou o dia do baile!

Alguns professores entendiam a empolgação dos alunos e deixavam as aulas serem mais… flexíveis. Já outros, como o professor Shape, fizeram questão de passar uma longa lista de exercícios sobre poções para entregarmos no dia seguinte. Deixei que Harry e Ron lessem meu trabalho para que pudessem terminar os deles mais rápido(preciso parar com isso ou os dois nunca estarão preparados para fazer o NOMs ano que vem).

O Weasley ainda estava irritado porque EU fui grossa com ele, mas não recusou minha ajuda.

Nevava lá  fora. Os gêmeos nos chamaram para uma guerra de bola de neve e é claro que os dois foram. Acompanhei eles para assistir, mas não me parecia uma boa ideia levar uma  bolada na cara justo hoje.

Acabei voltando mais cedo para o dormitório  e Ron ainda teve a audácia de comentar:

—Sabe, Hermione. Se você não fosse tão orgulhosa, eu poderia ter levado ao baile e não teria que passar por essa situação...

Saí sem responder. Logo começará o baile e ele entenderá minha situação.

Encontrei Gina e fomos nos arrumar no banheiro da Murta. A escolha do banheiro pode parecer estranho, mas o banheiro do dormitório estava lotado de meninas e ali teríamos  mais privacidade.

 

Enquanto Gina secava secava meu cabelo, ouvimos duas garotas entrarem no banheiro.

—Ops! Achei que esse banheiro estaria vazio.

Eram Angelina Johnson e Kátia Bell.

—Tudo bem, tem bastante espaço para nós quatro. -Respondeu Gina. As duas veteranas jogavam no time de Quadribol, que é basicamente a meta de vida para Gina nos próximos anos. - Os banheiros femininos da Grifinória  estão lotados?

—Bastante. Os dos monitores também. Ainda bem que um pouco de coragem basta para ter acesso a um lugar mais reservado como esse.

Respondeu Kátia. Ela e Angelina se encaminharam para a área de banho enquanto eu e Gina penteávamos nossos cabelos. 

 

Gina percebeu que tinha esquecido uma fita para colocar no cabelo lá no dormitório e foi correndo buscar. Ela estava com cabelos preso com grampos, mas estava empolgada demais com o baile para se importar… Ou não se importava de todo modo.

Kátia ainda estava no banho quando Angelina saiu e me encarou. Parecia querer falar algo.

—Adorei seu cabelo, Hermione!

—Obrigada. - Angelina não parece irritada como antes. Estava sendo realmente simpática. Vi que o vestido em suas mãos era vermelho - Esse vestido deve ficar lindo em você. Vermelho… Cor da paixão.

Ela sorriu.

—Espero que Fred também pense nisso… Sobre... Aquele dia, acho que fui meio ríspida com você. Fred me explicou a questão dos jogos, por isso estavam juntos naquele dia. É ótimo ver ele sendo influenciado por uma boa aluna! 

Me senti meio culpada de enganar Angelina, mas acho que é melhor para ela não saber demais.

Continuamos nos arrumando, Gina e Kátia também vieram se olhar no espelho e devo dizer que ficamos ma-ra-vi-lho-sas!  Adorei ter esse momento com elas.

Depois do resultado estonteante, cada uma seguiu para encontrar seu par. Gina saiu a procura de Neville, Angelina e Kátia foram encontrar os Gêmeos no salão da Grifinória. Fui para a entrada do Salão encontrar Viktor.

Do alto da escada, vi Harry e Ron acompanhado das irmãs  Parvatil. Elas me olhavam como se eu estivesse radiando como uma estrela. De certa forma, era assim como eu me sentia. 

 Harry olhava para mim sorrindo e Ron parecia começar a babar. 

Me aproximei deles e ouvi Harry dizer :

—Hermione! Você está radiante! 

—Obrigada. Você  também  está ótimo, Harry.

Como num passe de mágica, Krum surgiu ao meu lado e me ofereceu o braço com muita elegância.

—Boa noite, senhorite. Está  magnifique!

Caminhamos para o Salão. Dei um último  olhar para Harry e ele deu uma piscada travessa. Ron parecia querer vomitar.

 

Tinha um pressentimento que essa noite seria mágica!

 

***

FRED POV

 

Angelina, Kátia, Jorge, Lino, Susana Bones( uma aluna ruiva do quarto ano) e eu dividimos uma mesa. Estávamos numa conversa empolgada sobre quem venceria uma uma batalha de não fazer caretas entre Snape e Mcgonagall comendo balinhas flamejantes, nova invenção da Gemialidades Weasley. 

—Por favor, olhem a cara do Snape! Ele deve estar há tanto tempo com a cara de nojo que nem sem lembra mais de como expressar sentimentos.

Kátia argumentou.

—Isso é porque você nunca viu o sorriso sádico dele quando a vassoura do Harry foi azarada. Quando ele quase esfolou a cara no chão, jurava que ele ia dar uma risada.

Respondeu Lino. Em seguida, tive de explicar  um fato:

—Mas a professora Mcgonagall tem um talento excecional de desmoralizar o potencial de nossas brincadeiras. Colocamos uma bomba de bosta na sala de transfiguração, ela entrou e reverteu o efeito sem nem levar a mão  no nariz! Nem parece que usamos fezes de 5 criaturas diferentes para potencializar o efeito. 

—Acho que ela seria capaz de transfigurar a língua  em algo impermeável só para a balinha não funcionar.

Comentou Angelina.

Olhei para Jorge naquele momento.

—Hummm… Está pensando no que estou pensando?

Falamos ao mesmo tempo:

—Língua extensiva! 

Nem precisávamos falar um com outro para saber que a ideia era transfigurar a língua em uma língua  de cobra.

Jorge olhou para a cara confusa dos demais da mesa e explicou a ideia. Certamente seria ele o quem faria parte técnica desse logro. Talvez eu sugeriria ser um líquido para ser mais facilmente absorvido, mas no geral transfigurar era o trabalho dele.

Enquanto ele falava, levantei e perguntei se alguém queria uma bebida. Angelina pediu um ponche.

Segui para a mesa do buffet onde uma grande fonte de cristal jorrava um líquido rosado e alguns anjos cristalinos pareciam patinar na superfície.

No caminho, vi Hermione acompanhada de Viktor Krum. Sei que combinamos de aproveitarmos nossos pares no baile, mas Merlin que me perdoe, ela estava deslumbrante. Dava vontade de encolher Krum no meio do salão e pegar Granger para mim. Mas claro que eu não  faria isso, boa parte do dinheiro das apostas vinham das fãs  do Krum e não quero atrapalhar os negócios!

Vi ela se direcionar para o centro do salão com seu acompanhante e o mesmo ser feito pelos demais pares de participantes  do Torneio. Harry estava acompanhando da Parvati  Patil e parecia que era ela quem estava conduzindo. Confesso que adoro uma mulher de atitude, mas Harry ao menos  devia saber o básico de dança. Pensei que Ron teria  ajudado, já que mamãe ensinou a todos os filhos como dançar adequadamente no início do verão. Olhei para Hermione novamente e seus sapatos pareciam estar sob o efeito de Wingardium leviosa… Não que as demais moças não estivessem bem, mas Hermione roubava completamente minha atenção, como se flutuasse pelo Salão.

Ao fundo, eu podia ver Ron sentado junto a Padma Patil e extremamente emburrado. Espero que ele aprenda a não perder mais oportunidades… Ou Hermione vai acabar encontrando outro parceiro em Hogwarts. Quem sabe seja eu.

Nesse instante, lembrei da minha própria  parceira e voltei para a mesa.

—E meu ponche? 

Perguntou Angelina .

—Eu… Hm… Preferi te chamar para o salão. Vamos dançar?-Ofereci meu braço.

Ela se levantou e ficou ao meu lado

—Seria um prazer!

Jorge e Katia me acompanharam. Lino e Susana pareciam mais interessados em experimentar todos o tipos de canapés que apareceriam  magicamente em seus pratos.

 

E dançamos! Angelina tinha um sorriso contagiante, levantar ela durante a dança me deixava sentir um pouco mais de seu corpo e ele parecia quente, aliás, aquele vestido vermelho fazia eu me sentir ao lado de uma lareira em chamas. Girávamos e trocávamos de mão nos momentos certos. Naqueles minutos, apenas seus olhos castanhos prendiam toda minha atenção. 

 

Angelina era uma companhia tão divertida quanto imaginei. Ela fazia caretas e indicava alguns casais dançando de um jeito desajeitado. Malfoy e Parkison da Sonserina vestidos completamente  de preto pareciam estar em um velório, ela disse. Comentei que deviam estar vestidos pro velório da  raposa que Krum trouxe pendurada nas costas.

 

Continuávamos fazendo piadinhas e olhei de relance para Jorge, que dançava realmente bem… próximo de Kátia. Na verdade, eles estavam de mãos dadas na mesa. Acho que para eles o baile realmente foi só o começo de algo maior. Será que o mesmo aconteceria comigo?

 

A música tradicional da valsa deu lugar às Esquisitonas, uma das bandas de rock mais conhecidas no momento. Aquele barbudo realmente se superou. 10 pontos para o diretor de Hogwarts! 

Com isso, passamos a dançar em grupo, Kátia e Angelina ficavam cochichando e rindo, olhando para mim e Jorge. Até  que ouvimos um solo de uma gaita de fole conhecida. 

"O hipogrifo". 

Olhei para Jorge imediatamente e ele sabia o que significava. Aquela era nossa música. 

Começamos a bater o pé  no chão  no ritmo da música e abrimos um espaço  na roda.

[Não  seria tão divertido descrever a coreografia, mas caso queiram ver, adoraria que fosse essa https://youtu.be/LqIZyqnfStw]

 

Como rockstar, tocávamos  guitarras imaginárias, girávamos e fazíamos caretas como Ogros. No icônico  refrão "Can you dance the Hippogriff? Ma, ma ,ma ,ma, ma,ma,ma " colocávamos as mãos para cima como asas, arqueávamos a coluna e chutávamos como se fosse uma dança russa meio maluca. 

Lino veio para o meio da roda( enfim tinha abandonado a comida para poder dançar) e ensinamos ele a pose do Ogro, do unicórnio  e do hipogrifo. Kátia e Angelina entraram na brincadeira e tudo virou uma espécie de pequeno musical, exceto que dançavam muito mal e todos pareciam meio bêbados de cerveja amanteigada, e nem tem álcool nela.

 

No meio da agitação, Angelina me puxou para fora da bagunça  para falar comigo.

—Fred… Eu… Preciso ir. Tenho um trabalho para entregar amanhã de manhã… Aliás, hoje. Mas eu me diverti demais hoje. Podíamos repetir qualquer dia. 

Ela me deu um beijo na bochecha e se afastou. Estava prestes a sair de perto de mim e percebi que era agora ou nunca.

Puxei Angelina pela cintura e lhe dei um beijo. Daqueles de tirar o fôlego. Ela colocou  as mãos em meu cabelo me pedindo para prolongar. Aquela cena era exatamente o tipo de conduta inapropriada que a professora Mcgonagall repudiaria… Mas pelo menos não agimos como babuínos bobocas balbuciando  em bando, nós  éramos hipogrifos bobocas.

—Adoraria repetir, Angelina...Nos vamos amanhã!

Ela sorriu. Me deu mais um beijo rápido e subiu as escadas.

No momento seguinte, ouvi barulhos e uma cena de partir o coração.

Na entrada do salão, longe de onde o show seguia barulhento, Hermione  e Ron pareciam discutir andando em direção a saída. Me escondi para acompanhar o que estava acontecendo.

—Tome cuidado se vai continuar confraternizando com o inimigo. Aposto que ele deve estar tentando descobrir se Harry já  descobriu a pista.

— Pela milésima vez, não! A gente não fala sobre o Harry ou sobre o torneio. Todo esse evento é sobre estreitar as relações entre as escolas… Fazer amigos! 

—Acho que ele não tá querendo só ser seu amigo…

— Eu sei  me cuidar sozinha!

—Ele é velho demais para você!

—Então você já  sabe o que fazer… Na próxima vez que tiver um baile, me convide ao invés de me deixar como última opção!

—Isso… Isso não tem nada a ver com o assunto, Hermione…

Harry chegou com dois copos.

—Onde você estava, Harry? -Gritou Hermione e olhou para Ron- Você  estragou tudo!-parecia estar prestes a chorar - Os dois, para cama, agora! 

O jeito maternal que ela falava lembrava minha mãe quando roubamos o carro do papai. Ambos subiram as escadas correndo, Ron parecia se sentir mal, mas Harry só parecia perdido no meio do tornado.

Assim que se afastaram, Hermione sentou na escada e parou de segurar as lágrimas. Mesmas  razões, mesmo garoto. Eu gostaria de conseguir abrir cabeça do Ron e ressuscitar algum neurônio, não é possível que o criadores do meu DNA podem ter criado alguém  tão tapado.  Se continuar assim, vai acabar perdendo a garota perfeita, que por algum algum motivo realmente desconhecido, gosta dele de verdade.

Me aproximei da senhorita sabe-tudo. Sentei ao seu lado e ofereci tudo que podia naquele momento, isto é, um ombro para apoiar e chorar o quanto precisasse.

Às vezes ela parecia estar diminuindo as lágrimas, mas então havia uma respirada pesada, soluços e mais lágrimas vinham em seguida. Como alguém miúda como ela poderia ter tantas lágrimas  guardadas? Eu não tentaria entender, acho nem se tentasse poderia saber o que poderia levar alguém a sofrer tanto assim. Aliás, quem.

Jorge passou ao meu lado subindo com Kátia  e fiz sinal de silêncio para não perguntarem. Acho que poderiam achar que seria algo a ver com Viktor Krum ou notas, não importa. Quando alguém explode a esse ponto no meio de um salão e chora, dá para saber que a pessoa já tem problemas demais para lidar para ter que explicar isso para qualquer um no corredor. 

A movimentação foi diminuindo até sobrar poucas pessoas dançando uma música lenta que foi deixada tocando sozinha.

Hermione parecia ter esgotado o estoque de lágrimas. Ofereci um lenço, de novo. Seu rosto estava inchado e os olhos vermelhos.

Gostaria de saber o que fazer para diminuir sua  dor. Eu não  poderia fazer ela esquecer ou superar, mas podia fazer ela rir um pouco. Afinal, eu sou Fred Weasley, meu talento natural é espalhar felicidade e risadas.

Comecei a fazer uma mímica boba com os dedos, isso pareceu prender sua atenção. Era como se meus dedos indicador e médio  tivessem ganhado vida sozinhos. Eles andavam pelo meu braço, tentavam avançar em meu olho. Faziam uma queda braço  tentando puxar meu nariz, até que  consegui controlar a mão fantasma contra o chão. 

Nesse ponto, ela já despertava alguns sorrisos com minha bobice. Peguei a mão dela como se pedisse para me ajudar a segurar essa monstruosa mão.  Ela segurou enquanto eu me preparava para bater em minha mão com minha faca feita de dedos da mão esquerda. Fiz toda uma encenação  e estava prestes a tirar a minha mão e acertar a dela, um dos truques mais velhos do mundo (tão velho que Dumbledore nem tinha  barba ainda), mas no ultimo segundo eu parei, olhei para ela e fiz cara triste.

— Você deveria me parar, Granger. Imagina se eu aceitasse suas mãos assim!

— Assim como?

—Bem… você fica com as mãos desse jeito -mostrei para ela como uma mão ficava segurando a outra. -E quando for atingir… Aaai!!

Ela "cortou" meus dedos. Hermione Granger pregando uma peça.Minha peça.

Será que existe algo nesse mundo em que essa garota não seja perfeita?

Ela estava rindo como antes, como a Hermione que gosto tanto.

Gosto?

Acho que posso tomar isso como um fato. Eu gosto de Hermione Granger, de um jeito romântico, de todos os jeitos possíveis. Mas ela ainda é uma menina ingênua, não sou eu quem ela quer como acompanhante no baile. Mas pelo menos no resto dessa noite, não quero pensar no que é certo, mas no que eu quero.

No momento, o que mais quero é dançar com a garota mais bonita do baile.

Levantei e ofereci meu braço.

—Me daria a honra de uma dança, senhorita?

Ela sorriu de um jeito único, sua leve maquiagem estava borrada, seus olhos ainda vermelhos, mas naquele momento, eu só conseguia enxergar um anjo se apoiando em meus braços e me acompanhando para o salão. 

A música não parecia pedir uma dança  formal como da abertura do baile, tão pouco era animada digna do passo do hipogrifo, então  só  colocamos nossos corpos próximos, minhas mãos em sua cintura e seus braços em torno do seu pescoço. Seu rosto abaixo do meu, aninhado em meu peito.

Alguns  passos para os lados no ritmo da música. 

Seus olhos me encararam e sussurrou um "Obrigada" apenas para mim ouvir. Sorri e beijei sua testa, era meu jeito de dizer que estaria ali o quanto ela precisasse de mim.

Ao meu lado, reparei em Gina dançando com Neville. Aquela menina tímida que se escondia atrás dos 7 irmãos estava crescendo. Se alguém  agisse com ela da mesma forma que Ron faz com a Hermione, provavelmente eu e Jorge colocaríamos um suprimento infinito de formigas pé de fogo em seu malão... Se bem que Gina deve saber se cuidar sozinha. Isso me faz pensar que Hermione também sabe. Eu não quero estar ao lado dela porque ela precisa de mim, mas porque quero estar lá em todas as situações possíveis. Se ela me aceitar por perto, vou aproveitar cada segundo.

— Fred…

Ouvi Hermione dizer abafado. Peguei sua mão e nos posicionamos com minha mão esquerda ditando uma direção. Assim eu estaria mais próximo de ouvir suas palavras e sentir seu rosto perto do meu.

—Você e a Angelina…

Claro. Angelina. Ela foi tudo que imaginei que seria hoje. Se não fosse por um detalhe, acho que a teria pedido em namoro no baile mesmo e provavelmente estaríamos quebrando mais regras até não sei que horas…

Mas tem um detalhe aqui na minha frente com uma mão delicada entrelaçada à minha.

—Nós nos divertimos muito hoje...Se é isso que você quer saber…

—Você devia sair com ela, Fred. Mais vezes. Hogsmead. Cerveja amanteigada. Dedos de mel…

— Hermione, eu não sei se…

"Se é ela quem quero levar", "se conseguiria sair com outra pessoa que não seja você"," se vale a pena sair com ela com você na minha cabeça".

Eu poderia completar essa frase de muitas formas, mas nenhuma foi dita pois Hermione me cortou para falar:

—Não importa se você sabe ou não… Porque eu sei algo novo. Não quero criar expectativas em cima de " e se", não quero ficar esperando, nem estar entre opções, não quero ser… - ela  respirou fundo para segurar alguma lágrima que tenha testado - Não quero ser a garota que fica chorando na escada de novo.

Aquilo me pegou desprevenido.

— Eu não sei o que falar...Achei que teríamos uma chance de começar algo certo.

—Mas você já começou algo… Com a Angelina. 

Fiquei em silêncio. Não posso negar que as coisas deram certo com a Angelina. Só  que nem sempre se escolhe fazer o que é certo. Mas como eu diria isso para a garota que sempre tenta fazer tudo certo? Na verdade, nos  últimos dias até quebrou algumas regras…

 Talvez eu não seja uma boa influência para ela.

Antes de poder responder algo, as luzes são  apagadas e a música  desligada. Provavelmente foi o jeito sutil  de Dumbledore nos mandar de volta para os dormitórios.

Acompanhei Hermione, pegamos um caminho mais longo para a torre da Grifinória. Não conversamos, mas acho que assim como eu, ela também deveria querer mais um tempo juntos. Não tenho ideia do que vai mudar de amanhã em diante.

Quase na entrada para as escadas que levam da Grifinória, um azevinho cresceu sobre nossas cabeças. Como estamos no Natal, isso quer dizer que devíamos nos beijar.

Cerquei Hermione na parede colocando uma mão de cada lado. Ela segurou minhas vestes e me puxou em sua direção e assim nos beijamos. O beijo começou sutil com apenas nossos lábios se tocando, mas ela deu uma leve mordida em meu lábio inferior e isso foi o suficiente para me dar carta branca para beijar com mais vontade. 

Suas mãos foram para minhas costas enquanto eu a pressionava contra a parede com meu corpo. Coloquei uma mão em seu pescoço enquanto deslizava a outra pela sua cintura.

Meu corpo estava quente, tive vontade de separar de seus lábios e beijar seu pescoço, mas imagino que no segundo que nos separarmos, a magia vai acabar e não iremos mais ter esse tipo de contato. Senti sua língua no beijo e me deixei seguir pela sensação. Pouco depois, sentimos falta de ar e o beijo se encerrou comigo apoiando meu rosto no seu, fechando em um abraço. 

Segundos depois, nos  separamos e seguimos de mãos dadas.

Na porta, soltamos a mão e nos encaramos. 

Sem falar nada, sabíamos que aquilo foi o ponto  final. Cada um seguiu uma escada e um caminho dali em diante.


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Notas finais do capítulo

Obrigada às 7 pessoas que estão me acompanhando! Confesso que não tenho alguém para ler e me dizer se a história está boa, mas saber que vocês estão lendo já me faz acreditar que vale a pena continuar a história.



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