Nosso segredo - FREMIONE escrita por Anna Carolina00


Capítulo 12
Planos




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FRED POV 

 

Continuamos com Hermione enquanto a enfermaria fosse aberta para visitas. A professora Mcgonagall saiu para falar com Dumbledore e Gina voltou para o dormitório, prometendo que cuidaria de Bichento aquela noite. Em seguida, Harry comentou ter sido apresentado à última  fase do Torneio.

—Labirinto? Depois de um dragão, ficar sem respirar e enfrentar sereianos… Essa é a ideia deles de perigo? 

Confesso ter ficado decepcionado com a limitação  destrutiva deles.

— Bem, parece que o Hagrid ficou responsável por colocar algumas criaturas no labirinto, então no mínimo um explosivin deve ter lá.

Hermione comentou: 

—Harry, mais do que nunca você precisa treinar contra-feitiços. Você  já conhece alguns úteis como expeliarmus e o patrono, mas com certeza não da para desarmar  um explosivin…

—Ou uma aranha... -todos nós olhamos para Ron- … se tiver... Aranhas né…

—Se quiser treinar a pronúncia comigo amanhã, vem para cá depois da...prova. - ela parecia chateada pela própria  professora Mcgonagall ter vetado fazer a prova - você pode usar o Ron como alvo! 

—Por que eu? Chama o Dobby, aposto que ele ajudaria!!

Os três combinaram de se ver amanhã. Acho que Jorge e eu estávamos sobrando naquela conversa do trio de ouro, então decidimos sair.

—Esperem! - Hermione nos  chamou de volta - será que posso falar com vocês dois... A sós?

Ron não gostou da ideia de ser o Weasley deixado de fora, mas aceitou sair com Harry e buscar umas tortilhas na cozinha.

Quando estávamos somente nós  três,  ela perguntou com tom ríspido:

—Isso foi um produto da Gemialidades Weasley? É sério, não vou brigar com vocês se for…

— Não é, Hermione. Já  dissemos isso antes. Nossos produtos são divertidos, isso claramente não é  divertido.

— Bem… Aposto que quem fez isso vai se divertir bastante quando me ver enfaixada… E no melhor dos casos, Dumbledore vai descobrir que foi, vai dar uma suspensão e mandar uma carta aos pais notificando do caso. Só que dependendo dos pais, a aluna  pode até ganhar um presente por fazer isso com uma… Sangue ruim como eu.

Para ela falar desse jeito, ela deve estar realmente irritada. Mais do que isso, sinto um aroma de vingança nas suas palavras. Pelo visto, Jorge entendeu o mesmo que eu, já que falou em seguida:

—Então nossa cara amiga sabe-tudo está interessada em aprontar com quem fez isso com você?

—Eu? Jamais… Nem Harry ou Ron, estamos "ocupados demais" pensando no torneio tribruxo… E realmente não quero envolvê-los nisso. Mas...Se vocês fizerem, seria mais difícil de isso ser visto como uma retaliação da minha parte , né?

Pelas barbas de Merlin! Essa versão maligna da Hermione me faz tremer as bases… De um modo positivo.

Ela continuou:

 -Só precisamos descobrir quem foi. O problema é que estamos sem a carta, então não temos nem uma pista por onde começar….

—Mas verdade, minha cara, acho que temos sim…-Jorge pegou uma foto no bolso - Particularmente sua versão vingativa me emociona, mas mesmo que você não nos pedisse isso, eu já estava planejando descobrir quem fez isso. - Esse é meu irmão 2 minutos mais novo!- agora só precisamos de uma forma de comparar as letras de todos os alunos da escola até encontrar a pessoa. Além dos alunos da Durmstrabg e Beuxbatons.

—Podemos filtrar um pouco nossas opções. Tem um livro sobre grafologia mágica na biblioteca! Podemos encontrar ao menos o perfil físico do alvo. - Fiquei feliz de pensar em algo que possa  ajudar - vou buscar ele e continuamos a traçar o plano.

Fiz mansão de sair e Hermione me chamou de volta.

—Será que Jorge poderia ir buscar o livro…? 

Ele deu um sorriso malicioso.

—Claro… Todo pedido de nossa cara amiga Granger é uma ordem…

E saiu da enfermaria. Ficamos nós  dois. Sozinhos.

—Fred… Hm… Obrigada. De verdade. Se você não tivesse aparecido naquele momento, não sei o que aconteceria comigo.

Sentei na cama com cuidado e ajeitei algumas mechas de seu cabelo para atrás da orelha. Meus dedos tocaram sua bochecha que estava levemente corada.

—Não sei o que aconteceria comigo se algo acontecesse a você. Só de imaginar você... Longe de mim, sinto um aperto no peito inexplicável.

— Foi o que eu senti, na hora. Quando a dor começou a me fazer perder os sentidos, me lembrei dos meus pais, de Harry e Ron… Mas depois veio você, só você, na minha mente. Eu achei que estava delirando quando eu te vi me pegando no colo, como se minha cabeça tivesse me pregando peças para diminuir a dor…Eu percebi como eu sentiria sua falta... Mas era realmente você lá. Foi como um sonho se realizando. E agora estamos aqui e eu não mais o que falar para explicar como eu tô me sentindo…

—Então não fala nada.

E eu a beijei, novo.

Estamos sempre combinando de parar com isso, mas sempre quebramos esse acordo. Acho que deveríamos simplesmente parar de lutar contra isso. Eu quero beijá-la, quero segurar sua mão no corredor e levar bronca dela por não fazer meus relatórios. Quebrar algumas regras e levar ela ao telhado para ver passagens de estrelas cadentes no céu da madrugada. Ela poderia passar o verão na Toca, eu lhe apresentaria com meu telescópio tudo que há de belo no céu… Poderíamos acampar. Mamãe já adora ela com certeza….

Enquanto eu delirava nas possibilidades, não percebi que a miúda abaixo de mim deixou escorrer uma lágrima. Quando senti uma gota aringir minha mão, acordei do transe e olhei para ela.

O que raios eu tava fazendo? Agora eu me sentia como se tivesse me aproveitado de uma garota debilitada com braços enfaixados.

— Fred… Não torna as coisas mais difíceis para mim. Eu sei que você gosta da Angelina e isso tudo me deixa tão confusa…

— Eu posso até  gostar dela, mas eu estou apaixonado por você, Hermione Granger. Só que não quero te fazer chorar.

—Você não me faz chorar… Pensar em você se afastando, sim… Acho que… Acho que também estou apaixonada por você. Mas o que a gente faz? O quanto isso pode durar? Daqui uma semana você pode mudar de ideia… Eu não  quero passar por isso. Por favor…

Olhei para aquele ser miúdo que me tirou completamente do eixo de rotação. Ouvir ela dizer que está apaixonada por mim poderia me deixar aquecido por dezenas de invernos. Eu não queria machucar ela com um abraço apertado, então apenas dei um beijo no alto da sua testa e deixou nossos rosto colado para sussurrar:

—Espere uma semana, então. Tenho certeza que não vai passar. Posso esperar 365 dias e garanto que ainda estarei completamente enfeitiçado por Hermione Granger.

Ela sorriu e selou um beijo rápido.

—Mas no momento, nem uma tonelada de paixão pode te fazer melhorar… Você precisa de repouso, mocinha… E se depender de mim, vai ganhar várias doses de beijo toda noite enquanto se recupera.

— Agora você é Fred Weasley, meu enfermeiro particular?

—Pode contar com isso.

Tive uma ideia.

—Minha primeira prescrição é que... Espere aqui.

Levantei e segui rapidamente para a porta.

—Onde você vai?

—Espere aí, siga a indicação de seu enfermeiro.

Saí da enfermaria e dei de cara com Jorge sentado no chão, aparentemente esperando. Confesso que havia esquecido que ele tinha ido buscar o livro sobre grafologia.

—Bem... Eu... Ia...

—Não entrei para não estragar o clima, Fred.

Ele me entregou o livro “Hogwarts, uma história”. Era exatamente o que eu queria.

— Se eu te conheço bem… E tenho certeza que sim, você quer esse livro para fazer uma agrado para Hermione Granger.

—Como você…

—Eu disse, te conheço bem. E por favor, Fred, não seja um canalha com a Angelina. Ela é legal demais para você brincar com os sentimentos dela.

Sabia o que ele queria dizer com isso, afinal, também o conheço muito bem.

—Amanhã podemos continuar nossas investigações… Eu já vou dormir. E você, juízo. Não faça nada que possa me fazer ter que trocar de cara.

Ele seguiu pelo corredor e eu entrei novamente na enfermaria.

Hermione viu o livro em minhas mãos.

—Hogwarts, uma história! 

— Pensei em lermos um pouco juntos.

Ela não respondeu, mas seu rosto congelou em um sorriso radiante, então chegou um pouco para o lado e eu me sentei passando um braço sobre seus ombros, para que seu corpo se apoiasse no meu.

—Qual capítulo, milady?

—Capítulo 12, trata dos quadros de Hogwarts!

 

 “Um fato importante a respeito dos quadros dos diretores de Hogwarts é que os mesmos são pintados enquanto os diretores ainda estão vivos, assim podem aprender com a experiência de suas versões tridimensionais e contribuir com conselhos às próximas gerações.”

 

Continuamos lendo juntos, eu passava as páginas e às vezes lhe dava beijos na bochecha. Em algum momento da madrugada, acabamos dormindo.

 

***

 

Acordei com alguém tossindo com uma voz rouca. Olhei para frente e Dumbledore em pessoa nos olhava por seus óculos meia-lua com uma expressão de curiosidade.

—Bom dia, senhor Weasley. Confesso que uma cena com tal nível de peculiaridade não me viria à mente. Ao menos não com esse Weasley. 

Fiquei sem palavras. Olhei para o lado e Hermione estava dormindo.  Eu deveria acordá-la? Levantar e sair correndo? Torcer para não ser morto pela fúria da Sabe-tudo?

—Acredito que sua presença possa ser...Benéfica para a senhorita Granger. E de caráter acadêmico, pelo visto.

Olhei para o livro que estava em minhas mãos quando dormi.

—Hermione… -Sussurrei para acordá-la - abra os olhos e não surte, por favor.

—Fred… O que você…

Senti o arrepio dela ao ver o diretor em pessoa à sua frente.

—Prof...Professor Dumbledore!

—Bom dia, senhorita Granger. Vejo que teve uma boa noite de sono. Logo seus braços devem estar restaurados o suficiente para deixar a enfermaria. Logicamente, os dedos levarão mais tempo para estarem aptos a passar páginas ou segurar uma varinha, mas imagino que o senhor Fred Weasley possa lhe ajudar nestas circunstâncias e... Bem, alguma colega de dormitório poderia ajudar com outras mais... Pessoais.

Pensei na palavra banho, mas apaguei esse pensamento o mais rápido que pude.

—A respeito da localização de quem possa ter enviado aquela carta, me reuni com os coordenadores das casas e os diretores das escolas convidadas. Estamos procurando identificar o aluno responsável, mas agora o que podemos fazer é garantir que fique segura. Qualquer correspondência para seu nome será enviada imediatamente à minha sala e depois repassado a você. Informamos seus pais do acontecimento e por não serem mágicos, temos o protocolo de oferecer condições de visitarem Hogwarts. Entretanto, se for de seu interesse, você pode ir para sua casa durante uma semana e alguém capacitado lhe acompanhará para o devido cuidado com os ferimentos de caráter mágico.

Casa? Seria egoísmo da minha parte querer que ela continue em Hogwarts, então tentei não esboçar nenhum desgosto ao receber essa informação.

—Eu gostaria de ir para casa, professor… Mas eu perderia muitas aulas. Não acho que seja uma atitude muito responsável da minha parte.

Dumbledore parecia sorrir atrás daquelas barbas.

—Hermione Granger. É sabido que entre os bruxos de sua idade, é a que possui os resultados mais espetaculares no contexto acadêmico, com recomendações pessoalmente feitas pela professora Mcgonagall. No quesito lealdade e coragem, que para mim são tão essenciais quanto estudo para a formação de um bruxo, é também um fato que já deu diversas provas expressando tais características nos últimos anos. Entretanto, preciso lhe lembrar que você ainda é uma criança - impressão minha ou ele olhou para mim nesse momento?- e não precisa carregar nas costas o fato de ser extraordinária em tudo que se propõe fazer. Descansar, recuperar as energias depois de uma situação delicada como essa fará bem tanto à sua saúde física como mental. Além disso, posso providenciar que receba algumas tarefas a serem realizadas em casa, se for do seu interesse aproveitar o tempo livre. Tenho alguns livros do meu acervo pessoal que talvez lhe interesse… É claro, se for para casa.

Não acredito que Dumbledore está persuadindo Hermione com livros! E obviamente, funcionou.

Hermione concordou em ir para casa no final daquela tarde. Professora Mcgonagall a acompanharia até em casa usando a rede de flu.

Dito isso, professor Dumbledore saiu e deixou a porta entreaberta, como um sinal claro de que eu também devia sair.

Perguntei com uma voz insegura:

—Como fica… A gente?

—Você disse que não acabaria em uma semana, certo? Pelo visto, acabou de ganhar sua semana de reflexão. Se quando eu voltar, você ainda quiser algo comigo… Podemos marcar aquela visita na Dedos de mel.

Sai de lá em seguida, sem beijos na despedida. 

Como diria Hermione, acho que esse nosso vai e vem vai acabar me matando. Ou pior, me expulsando.

 


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