A maldição da Sucessão escrita por Pms


Capítulo 9
Capítulo 9: O contrabandista.


Notas iniciais do capítulo

-Novamente um capítulo grande.

—Comentem!



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Harry boceja pela décima vez enquanto enrola e acrescenta mais um pergaminho na pilha em cima de sua mesa. Participar do treinamento em campo de aurores e fazer relatório de cada um deles no dia seguinte não era tão divertido quanto lançar feitiços neles nos exercícios. Harry estava exausto, suas noites mal dormidas por conta dos pesadelos e o acúmulo de trabalho que ele tinha estava tomando qualquer energia que ele tenha.

— Hannah disse que sabe quem enfeitiçou aquele cara. – avisa Rony de repente direcionando Hannah para se sentar na cadeira em frente à mesa de Harry.

No dia anterior, Harry havia voltado do treinamento de campo e estava tirando sua capa avermelhada quando chegou um aviso de Rony pedindo que fossem até o Caldeirão Furado.

Quando chegou ao Caldeirão Furado, Harry foi direcionado por Hannah até os fundos na área de descarte do lixo onde Rony se encontrava. Hannah abriu a porta que dava de frente para a lixeira e Harry se enojou ao ver todo o lixo espalhada pelo o chão, principalmente pela pessoa petrificada no chão suja de restos de comida e vômito. Hannah contou que um garçom havia saído para colocar o lixo para fora quando viu o homem comendo desesperadamente a comida do lixo, enfiando tudo na boca sem ao menos mastigar e após tentativas inúteis de fazê-lo parar ela petrificou ele.

Enquanto Rony continuou a anotar o que Hannah dizia Harry se aproximou do bruxo petrificado e viu suas pupilas dilatadas e com uma coloração anormal e deduziu que ele havia sido enfeitiçado pela Maldição da fome insaciável por restos. Uma maldição que Harry só descobriu após se tornar auror, igualmente aos outros diversos feitiços e maldições que nunca havia ouvido falar. Descobri que nem o Ministério tinha consciência de todos os feitiços foi realmente uma surpresa.

Hannah parece envergonhada e desconfortável quando se assenta em frente a Harry.

— Bem, eu tenho minha suspeita. – Hannah aperta as mãos nervosa. – Ele ofendeu uma bruxa semanas atrás e essa mesma bruxa estava ontem e saiu uns segundos antes dele.

— Qual é o nome dela? – Rony pega a pena da mesa de Harry para anotar.

— Eu não quero parecer preconceituosa, mas eu vi a maneira que ela olhou quando ele entrou.

— Hannah, não iremos contar que foi você que falou. – assegura Rony.

Hannah acena com a cabeça.

— Eu acho que foi a Pansy Parkinson.

Harry solta uma gargalhada desacreditado.

— É só uma suposição. – diz Hannah nervosa por causa da risada de Harry.

— Eu acredito em você, Hannah. – explica Harry. – Só dei risada pela ironia da situação, pois eu preciso falar com ela.

— Então fica para você o trabalho de interrogá-la. –Diz Rony. –Obrigada por vir, Hannah. Mande lembranças para Neville.

— De nada. – Hannah se levanta.

— Acho que Parkinson está mesmo em seu caminho, Harry. – Rony toma o lugar onde Hannah esteve sentada.  – Você não tem dormido muito ultimamente? Sua cara está horrível.

Harry suspira tirando os óculos e passa a mão pelo rosto cansado.

— Não muito, desde que Gladstone foi para hospital St. Mungus parece que o trabalho triplicou.

— Não querendo colocar mais trabalho em suas costas. – Rony começa. – Você já escreveu o seu discurso de padrinho?

— Ainda não. – Harry suspira colocando o óculos novamente.

— Não se preocupe, ainda você tem tempo. –Rony mexe na pena em sua mão. – Só que você precisa resolver a questão do Smoking e a minha despedida de solteiro.

Harry joga a cabeça para trás soltando um gemido exagerado fazendo Rony rir.

— Mas eu espero passar o Ano novo. – Rony devolve a pena para o tinteiro. – Você vai passar na Toca? Gina vai estar lá.

— Vou.

— Então se a Hermione ou a Gina perguntar sobre como estão os preparativos do casamento diga que estão prontos.

— Você também não escreveu seus votos. – afirma Harry.

— Eu não sei para que tanto estresse se o casamento ainda está longe. –Rony se defende. – E além disso Hermione, Gina e mamãe estão tomando quase todas as decisões.

— E seu único trabalho é comprar o smoking e escrever os votos. –Harry reflete ironicamente. –Você está certo é muito trabalho.

— Falando em Gina, mamãe está provocando ela sobre casamento. – Fala Rony. – Ela diz que se vocês não fossem estúpidos poderia ser um casamento duplo.

— Quem sabe no futuro.

— De qualquer forma vocês foram mais rápidos do que eu e Hermione. – Rony se levanta da cadeira. – Produziram um neto.

Harry observa Rony andar e mantém na mente o pensamento de casamento. Casar com Gina esteve em seus planos e quase se tornou real quando eles descobriram que ela estava grávida, mas com a correria do trabalho dos dois e as discussões adiou o plano até que quase se tornou inexistente após a separação. Agora com a possibilidade de retorno do relacionamento planejar um casamento no futuro é uma possibilidade.

Pensando em possibilidade, Harry se lembra da possibilidade de Pansy ter enfeitiçado o bruxo no Caldeirão Furado e com isso em mente e por estar entediado da papelada ele decide descobrir a verdade.

 

 

Os passos de Harry não fazem tanto eco na Comissão de poções quanto faz no Quartel General de Aurores, os sons borbulhantes dos caldeirões e a faca cortando ingredientes sobressai qualquer som produzido e até mesmo a anunciação da sua entrada.

Harry vai diretamente para o balcão de Pansy Parkinson que se encontra vazio.

— Ela está almoçando! – avisa Jackson interrompendo a conversa que estava tendo com outros bruxos que estão ao redor do seu balcão.

— Ela ainda está almoçando? – estranha Harry por já ter passado a hora do almoço.

— Ela disse que iria resolver algo no Beco diagonal depois do almoço. – Jackson retorna para conversa com outros bruxos. – Então, ela me disse que eu poderia reservar um quarto dependendo do preço do restaurante e por isso fiz reserva num restaurante ao lado da minha casa para não perder tempo.

Harry  reflete que é melhor ir atrás de Parkinson do que voltar novamente para a tediosa papelada, por isso interrompe novamente a conversa.

— Ela disse para onde iria especificamente? – pergunta Harry.

Jackson bufa antes de responder.

— Ela foi na loja de caldeirões – Retoma a conversa.

Harry se segura para não dar uma resposta grosseira e se vira para ir embora, não antes de ouvir:

— Parece que você não é o único que está ansioso para ter a Parkinson gemendo nua.

Harry ignora o comentário já que não era de sua conta com quem Parkinson dormia só que a última coisa que ele ouve o fez querer ir atrás da Parkinson imediatamente:

— Só precisei negociar o relatório para ela ceder.

 

 

 

Harry aparata dentro do Beco diagonal para não perder tempo e olha pela vitrine da loja dos caldeirões procurando Parkinson que não se encontra lá. No entanto, como se tivesse feito uma magia não intencional ele a vê saindo da Sorveteria Florean Fortescue e a segue até a pequena passagem para entrar na Travessa do Tranco, que por mais que o Ministério tenha feito uma limpeza das coisas das trevas, o lugar ainda é um ponto de encontro para bruxos que tinha uma tendência as trevas ou bruxos contra a lei.

Harry vigia ela olhar para vitrines de algumas lojas de forma desinteressante até decidir se apoiar na parede em frente a recente inaugurada hospedaria “Navalhas mágicas”, que à primeira vista é um lugar com uma estrutura envelhecida com a pintura manchada de mofo, janelas caindo aos pedaços e com o telhado tordo, as flores nos parapeitos das janelas tenta disfarçar a decadência do local.

Harry estranhando decide fazer sua presença ser notada e se aproxima.

— Você está me seguindo, Potter? - pergunta Pansy procurando algo em sua bolsa quando ele está a um passo dela.

— Você sabe que não. Só decidi vim te cumprimentar e te cobrar um certo relatório prometido. – Pansy ri em descrença. – Como anda meu relatório?

— Ainda não consegui pegar ele. – mente ela com uma caixa de cigarro na mão. – Agora que já perguntou pode ir.

— Você vai conseguir só depois que dormir com o cara da Comissão de poções?

— O QUÊ?! -Pansy engasga de surpresa. – De onde você tirou essa ideia?!

— Ouvi a conversa de uns bruxos quando fui atrás de você. – expõe Harry em censura.

— Eu vou matar Jackson por isso! – resmunga ela. – Aliás, por que você foi atrás de mim se eu já tinha dito a você que eu iria te entregar quando pegasse?

— Porque você foi acusada de enfeitiçar um bruxo no Caldeirão Furado. - solta Harry olhando para seu rosto esperando uma reação.

— Provas? – pergunta ela puxando um único cigarro da caixa.

— Não.

— Então como podem me acusar? – brinca com o cigarro entre os dedos.

— Temos a palavra de uma pessoa confiável.

Pansy torce a boca zombando enquanto pega sua varinha do quadril que é arrancada rapidamente de sua mão num movimento rápido por Harry. Ela até tenta pegar de volta,mas Harry é mais rápido e forte.

— Deixe me ver os feitiços que você tem utilizado ultimamente. – Harry pega a sua varinha e com movimento circular sobre a varinha de Pansy analisa os feitiços usados. – Colloportus, Lumos, Reparo, Accio e olha só! Uma maldição da fome insaciável por restos.

Harry estende a varinha para ela com um sorriso zombeteiro.

— Vai me prender? – pergunta debochada pegando a varinha usando uma força mais que o necessário.

— Infelizmente, não será dessa vez. Você teria que ter lançado uma maldição imperdoável. – Harry guarda sua varinha no bolso do casaco. – Mas de qualquer forma vou ter que te dar uma advertência ou dependendo da gravidade do estado que o cara ficar, uma multa.

— Eu até aceito ser chamada de vadia e puta traidora por bruxos como você, agora ser chamada por caras que viviam se embebedando com Comensais da morte e sequestradores é inaceitável. – confessa Pansy colocando o cigarro na boca. – Além disso, fui muito generosa com ele, se eu pudesse teria torturado ele até a inconsciência. 

Harry observa ela acender o cigarro com a varinha e pela primeira vez nota que ela não está segurando nenhum pacote de compra.

— O que veio fazer nesse lugar? – pergunta desconfiado.

— Mesmo que não seja da sua conta. Compras. – Responde ela com os lábios entre abertos por causa do cigarro.

— Então você não achará problema se eu te acompanhar. – Diz Harry com um tom de sarcasmo na voz se apoiando na parede ao lado dela. - Bem, o que estamos fazendo?

— Eu estou esperando uma pessoa. – Pansy diz soltando fumaça. – Já você está sendo intrometido como sempre.

— E quem seria a pessoa que estamos esperando? – pergunta Harry tomando o cigarro da boca dela não se importando com a borda vermelha e levando aos seus próprios lábios.

— Um contrabandista. – responde Pansy dando se por vencida que Harry não irá embora.

— Pensei que fosse ilegal comprar coisas com contrabandistas. – Harry a olha antes de devolver o cigarro.

 - Não vamos comprar nada. Vamos conseguir uma informação com ele. – dá uma tragada para não rir da cara de reprovação dele. – Potter, se você não pensou em nenhum momento que as poções que estamos investigando são ilegais, você não é o auror que eu pensei que fosse. E por isso, a melhor forma de achar a fonte de coisas ilegais é com contrabandistas.

— Não confio em contrabandistas. – comenta Harry tentando não parecer um idiota por não ter pensado da mesma forma que ela. – Sempre dão lealdade para quem dá a melhor oferta.

— É porque você não sabe negociar. E também quem vai confiar em negociar com o Santo Potter. – diz Pansy antes de apagar o cigarro. – Por isso, quero que vá embora.

Harry direciona o olhar para hospedaria onde Pansy está olhando. Além de um senhora que está varrendo a entrada não parecia ter nada de mais no local.

— Vou junto. – afirma Harry. – Se isso é sobre a investigação da poção é meu trabalho também. Vou entrar pelo os fundos. Onde você vai estar?

Pansy até pensa em contrariar, mas sabia que com o Potter é uma batalha perdida, então resolve ceder esperando que ele não estragasse tudo.

— Eu te mando.

Pansy saí em direção a hospedaria e Harry assiste ela falar algo com a senhora para depois as duas entrarem juntas.

Harry espera minutos ao lado de fora, nos fundo da hospedaria quando recebe um passarinho de papel com o número do quarto.

— Alohomorra.- sussurra abrindo a tranca da porta e entrando.

Subindo as escadas até o andar, ele tenta esconder seu rosto dos bruxos que se deslocam nas escadarias. Pansy está encostada na parede perto da escada quando ele chega.

— Você não vai falar nada e nem tentar nada. – manda Pansy antes de ir em direção a porta e bater. – Entendeu?

Harry assenti e adentra o quarto junto com ela e se surpreender pelo o quarto ser nada do que ele esperava, é um grande quarto com uma cama de casal amadeirada com uma lareira em mármore com um belo lustre no teto e uma poltrona que parece muito com um trono no centro do quarto.

— Estou feliz em ver você novamente, Pansy. – fala Theo Nott saindo da porta que deve ser a do banheiro. – Mas também chateado por ter trazido um acompanhante. É bom ver você, Potter! Espero que isso não seja uma armadilha para me prender.

Theo Nott mudou muito desde da última vez que Harry o tinha visto, seus dentes haviam sido concertados e ele cresceu uns centímetros a mais que Harry, seu cabelo e seus olhos azuis tem a tonalidade mais profunda que junto com o queixo quadricular dá uma aparência de um homem mais velho.

— Não é uma armadilha. Você sabe como Potter pode ser intrometido.

Theo encara Pansy da cabeça aos pés de maneira predatória enquanto se acomoda na poltrona, sem sentir nenhum pouco intimado com a presença de um auror. Harry sabe do modo de vida ilegal de Theo, apostas e contrabando só é o resumo de coisas ilegais que ele faz, nunca houve prova suficiente para prendê-lo. Ele é esperto, isso o Harry não pode negar.

— Sim, eu sei. – concorda Theo. – E também sei que ele não confia nem em mim e nem em você, por isso me recuso a falar qualquer coisa.

— Theo, eu prometo que ele não irá te denunciar. Se ele fizer isso, irei arruinar a vida dele. – assegura Pansy já irritada que a presença de Potter tenha estragado seus planos.

— Você chama isso de ameaça?! – exclama Theo. – Potter, se amanhã tiver um monte de aurores atrás de mim, eu irei mandar meus capangas matar todos os seus amigos começando com a sangue-ruim.

Harry sente seu sangue gelar e está preste a puxar a varinha do bolso quando a mão de Pansy o faz parar.

— Viu! Isso sim é uma ameaça. – Theo volta a se acomodar na poltrona como não tivesse acabado de ameaçar pessoas de morte. – Agora vamos ao que interessa.

— Bem, como eu disse na carta, eu gostaria de saber se você alguma vez contrabandeou alguma poção com essas características. - Pansy entrega o papel para ele que ao invés de segurar somente o papel agarra a mão dela junto.

— Gosto do seu cabelo curto.

Harry tenta não revirar os olhos com a tentativa de flerte de Theo.

   - Sim, acho que já vendi essa poção. Qual é o nome dessa poção?  –Theo lê. – Espere, essas são minhas iniciais.

— Foi exatamente o que pensei. – Pansy se gaba jogando o peso numa perna colocando as mãos no quadris. – Qual é o nome dessa poção? O que causa?

— Pensei que você saberia já que trabalha para Comissão de poções. – rebate ele.

— Dá para você responder as perguntas! – exige Pansy.

— Alucinógenos só causam alucinações. – Theo parece pensar antes de dizer. – Mas eu realmente não saberia dizer os efeitos que causam especificamente, eu só faço a venda não sou a pessoa que produz.

— E quem é o seu fornecedor? - pergunta Pansy.

Harry sabe que Theo não irá entregar o fornecedor facilmente, pois isso estragaria seus negócios e ele estaria correndo risco de ser morto. Mas com a oferta certa ele irá ceder, e isso que intriga Harry o que Theo gostaria de ter em troca da informação.

— O que eu ganharia em troca dessa informação? – questiona Theo.

— O que você quer? – pergunta Pansy.

— Você sabe o que eu quero! – diz ele olhando para Pansy das pernas até o busto sugestivamente. - Mas como os tempos andam difíceis negócios primeiro.

Theo pega a sua varinha e acena levitando um pergaminho na frente de todos.

 - Eu quero que o Potter assine esse documento que alega que a minha nova fábrica foi revistada e que não há indícios de nada ilegal.

— Você sabia que Potter viria comigo! – acusa Pansy surpresa.

— Pansy, antes mesmo de você chegar aqui eu tinha posto meus ajudantes para vigiar você o caminho todo. Eles haviam me informado que Potter estava te seguindo.

Harry já estava se cansando do jogo de Theo e por isso decidiu falar.

— Se você acha que eu vou assinar esse documento, você está muito enganado. Você já deveria estar grato por eu não trazer aurores para te prender agora mesmo.

— Potter! – Avisa Pansy.

— Não, nem pensar que vou deixar ele sair disso assim! - esbraveja Harry para Pansy. – Se ele for preso, ele será obrigado a falar de qualquer forma. E senhor Nott, se você tocar em qualquer um dos meus amigos você vai querer ter desejado ir para Azkaban.

 -  Olha, o Potter sabe ameaçar! – diz Theo sarcasticamente.

 Harry sente que fio de paciente que estava sustentando se partir e com isso cresce sua vontade de amaldiçoar Theo da pior forma possível.

— Já chega! – grita Pansy. – Potter, saí daqui!

Harry vira para ela com intenção de protestar, mas o olhar dela dizia que ela sabia o que está fazendo. Com grande relutância, Harry sai do quarto e com toda força possível fecha porta e espera do lado de fora.

Passa dez minutos quando Parkinson saí do quarto.

— Foi muito bom fazer negócios com você, Pansy.- Sorri Theo na porta. –Da próxima vez, venha sem companhia. Com certeza irei fazer valer a pena.

A porta se fecha e Harry sente vontade de voltar lá e tirar aquele sorriso pretensioso do Theo.

— Vamos, Potter! 

Quando estão bem longe da hospedaria Harry decide perguntar.

— O que você deu em troca a ele?

— Como você estragou tudo tive que pensar numa oferta muito melhor do eu tinha em mente. – Pansy mexe em sua bolsa e tira novamente a caixa de cigarro. – De qualquer forma temos o nome do fornecedor e o local.

— O que você iria oferecer para ele? – Harry para a caminhada quando uma ideia vem a sua mente. – Você iria legalizar a venda das poções dele?!

— Sim, mas como você apareceu ele pensou numa oferta melhor, o que é legalizar a venda de poções comparado a legalizar os negócios inteiro dele.- Pansy oferece um cigarro a ele. -  Agora da próxima vez, fique fora dos meus negócios!

— Isso também é meu negócio! Você esqueceu que essa investigação é minha e que você está trabalhando para mim. –Harry acende o cigarro com a varinha. – O que você ofereceu para ele?

Pansy respira tentando se acalmar.

— Olha aqui, Potter! Eu não trabalho para você, eu trabalho para o Ministério e o seu dever era esperar o relatório na sua mesa e não interferir no meu trabalho. Você não é obrigado a confiar em mim e você seria um idiota se confiasse, mas você tem que confiar que eu sei fazer o meu trabalho e farei se você parar de interferir.

— O que você ofereceu para ele, Parkinson? – Harry insiste.

Pansy retoma a caminhada e é impedida por Harry agarrando seu braço.

— Parkinson, você não fez isso!

Harry havia visto a forma como Theo olhou para ela e como tinha acabo de ouvir Jackson se gabar para outros colegas de trabalho sobre o trato que fizera com Parkinson e sobre como estava ansioso em tê-la gemendo em baixo de si. Ele só pode deduzir uma coisa e como não podia negar que Pansy é atraente e como ela não negou os avanços de Nott, Harry presume um acordo parecido. Não que ele se importe, mas ele conhece maneiras mais morais para tirar informações de pessoas como Theo Nott e também não queria que sua investigação se tornasse um jogo de interesse ou um prostíbulo.

— Você não se ofereceu para ele como troca! – diz Harry.

— O quê?!

— Você fez isso com Jackson! – rebate Harry. – O que te impede de fazer o mesmo com ele, além disso eu vi o flerte.

— Ele é meu ex- namorado, Potter! Por isso ele estava flertando. - conta Pansy. – E se eu tivesse feito o que você tem a ver com isso?

— Eu não apoio esse tipo de coisa, Parkinson.– defende Harry. – Eu trabalho com mulheres, e elas não precisam se oferecer como prostitutas para conseguir as coisas.

— Você está me chamando de prostituta? – Pansy cruza os braços.

— Não, só estou dizendo que...

— Esquece! Isso não importa. –Interrompe ela. - Vamos focar na investigação. O fornecedor dele é um bruxo rico que quase nunca aparece, então precisaremos ir ao Dragão Dourado para falar com ele.

— Dragão Dourado? – Harry pergunta confuso.

Harry não tinha nem terminado de perguntar quando Pansy aparatou diante de seus olhos, deixando a pergunta no ar.


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