A maldição da Sucessão escrita por Pms


Capítulo 6
Capítulo 6: O Natal parte 1.


Notas iniciais do capítulo

-Voltei. Esse capítulo era para ter saído na semana do Natal, mas infelizmente não ocorreu então aproveitem em Janeiro mesmo. kkkk

—Eu separei em duas partes pois o número de palavras estava muito grande e depois fica difícil até para eu reler e rever algumas coisas.

—Comentem e espero que gostem.



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Depois do ocorrido no Baile beneficente a pressão em cima do Ministério aumentou, jornalistas em suas colunas acusavam o ministro de encobrir a verdade sobre a situação da fuga e do assassinato e o chamaram de incompetente para o cargo, que gerou uma tensão ainda maior em todos os Departamentos inclusivamente no Quartel de Aurores. Com Gladstone no Hospital St. Mungus os aurores não tinham noção do que podiam fazer sem as ordens de seu chefe de Departamento, a posição foi ocupada temporariamente por um Vice-chefe que também não sabia o que deveria fazer, felizmente com o Natal próximo os ânimos pareceram diminuir, menos para Harry.

      - Harry Potter... – a voz fria o chama.

Harry acorda ofegante e suado com o sonho que tivera novamente, dando tempo para sua mente se ajustar na realidade, ele arruma os óculos torto em seu rosto e encara frustrado os pergaminhos jogados em sua mesa e o seu copo de bebida vazio. Já se havia passado dias desde da primeira vez que ele começou analisar os pergaminhos sobre variadas poções que obteve com o chefe de Comissão de poções, ele poderia ter pedido para Parkinson, que já deveria ter noções básicas a respeito da poção encontrada na casa de Dawlish, porém seu orgulho não o permitiu ir até ela e vê-la lançar aquele olhar de superioridade. Como castigo de seu orgulho, Harry foi obrigado a começar do início, lendo coisas que só o fez perder tempo e paciência.

Ainda um pouco tonto pelo sono e pela noite de bebedeira no Pub com Rony e Hermione como uma tradição de véspera de Natal, olha para o relógio e sem animo algum se levanta da cadeira para começar a se arrumar para ir ao Ministério deixar alguns pergaminhos antes de ir para a Toca. Sua capa de auror naturalmente avermelhada que na maioria Harry mantém na cor preta pela discrição quando está no trabalho de campo, hoje não será necessária, nem sem distintivo, só suas roupas casuais.

Ao descer os degraus ele se depara com a árvore de Natal sendo montada sozinha, algo que ele havia pedido há uma semana atrás para Monstro fazer, os presentes embaixo da árvore o recorda que veria seu filho novamente, o que acaba alegrando-o um pouco e distanciando sua mente dos recentes acontecimentos.

— Monstro já fez o café da manhã. – anuncia Monstro.

Harry se assenta a mesa e olha para o café pouco natalino de Monstro que consiste no prato com ovos, bacon, salsichas, pão frito, cogumelos e feijão e uma xícara de café.

— Irei para Toca logo após passar no Ministério. – avisa Harry comendo.

Monstro ouve com as costas viradas para Harry, que revira os olhos para a persistência de Monstro em odiá-lo.

Harry termina o seu café e usando a Rede de flu vai para o Ministério. O saguão naturalmente lotado de bruxos andando de um lado para outro se encontra quase vazio.

— Feliz Natal! – deseja Harry ao segurança.

— Harry! – grita uma voz atrás dele.

Harry se vira e vê o Auror loiro mel ainda em treinamento que não se recorda o nome correndo em sua direção.

— Feliz Natal! – deseja a ele.

— Feliz Natal! – deseja o auror ofegante pela corrida. – Um curandeiro do Hospital St. Mungus mandou uma carta pedindo que um auror fosse até lá para explicar para senhora Dawlish que não é permitido visita ao Gladstone, além da família e também retirar os jornalistas que ficam cercando os curandeiros atrás de informação. Debbie pediu que fosse você já que a senhora Dawlish o conhece.

— Debbie? Desde de quando você tem tanta intimidade com a vice-chefe? –questiona Harry.

— Desde que ela me pediu para chamá-la assim. – esclarece o jovem auror.

— Você é secretário dos chefes? Não sabia que existia esse cargo. – brinca Harry.

— Acho que existe, porque é o que estou fazendo desde de que me tornei auror em treinamento.

Os dois riem e por um segundo Harry sente que por algum motivo o auror loiro mel era um conhecido passado.

— Pode deixar que vou até o Hospital St. Mungus. Só leve isso para a “Debbie”. – Harry entrega os pergaminhos a ele. – Obrigado. Qual é seu nome mesmo?

— Dênis.

 Harry volta a Rede de flu.

 

 

 

Adentrando as instalações da loja abandonada chamada “Purge and Dowse Ltd” a visão de manequins velhos é substituída pela recepção tumultuada, com bruxos sentados em bancos de madeira por todos os lados.  Harry vai até uma bruxa que dá informações que está com chapéu de Papai Noel na cabeça e lhe informa que estava ali para conversar com a senhora Dawlish, a bruxa bufa e o guia até uma sala reservada depois da recepção.

A senhora Dawlish se encontra sentada na cadeira discutindo com uma curandeira que Harry reconhece mesmo que ela esteja de costa para ele, Parvati Patil vestida com o uniforme habitual avental e vestes verde-claras com o emblema de uma varinha e um osso cruzados não nota a entrada dele e continua a tentar explicar para senhora Dawlish.

— Senhora Dawlish eu compreendo que está preocupada, mas a visitação só está aberta a familiares no momento. – explica ela impaciente.

— Não acredito! Vocês chamaram um Auror para me tirar daqui! – exclama a senhora Dawlish ao ver Harry, o que faz que Patil perceba a presença dele na sala.

Harry iria falar quando Parvati interrompe.

— Senhora Dawlish ele só está aqui para que não tenhamos problemas com você e nem com os jornalistas que anda insistindo invadir este ambiente. – Parvati se esforça para manter a voz calma. – Se você realmente se importa com o Gladstone você iria para casa e deixaria ele descansar. Assim, voltaria outra hora quando tudo estivesse mais calmo.

A senhora Dawlish parece pensar um pouco antes de concordar com a cabeça.

— Voltarei. – avisa se retirando da sala.

Parvati se joga no encosto da cadeira soltando um longo suspiro que segurava desde de que a Senhora Dawlish apareceu.

— Obrigado, Harry. Sua presença teve mais efeito do que eu tentando convencê-la há uma hora.

— Ela é persistente. – diz Harry. – E os jornalistas?

— Abre a porta e verá.

Harry faz o que é pedido, atrás da porta está dois bruxos um com o bloco e outro com uma câmera que logo correm ao serem pego espionando. Harry até tenta alcançá-los,  mas eles desaparecem no mesmo lugar que Harry havia entrado, provavelmente aparatam quando saíram da vitrine do outro lado.

— Conseguiu pegá-los? – pergunta Parvati ainda sentada na cadeira quando ele retorna para a sala.

— Não.

— Sua presença atraiu eles para ouvirem atrás da porta, talvez esperassem novas informações.

— Vocês deviam colocar um segurança na entrada para evitar esse tipo de situação. Vou ver se consigo um auror para trabalhar como segurança durante esse tempo. – Harry fecha a porta quando adentra na sala. – Sei que não posso perguntar, mas como Gladstone está?

— Ele está vivo, não era veneno no copo dele.

— Não era?

Harry havia visto a bebida espalhada no chão e a olho nu parecia nada mais do que Champanhe, mas pela forma como Gladstone vomitava sangue realmente parecia que ele tinha sido envenenado.

— Não, também achei estranho. – Parvati vira e olha através de Harry antes de continuar a falar em um tom baixo. – Não tinha nem veneno no corpo dele, só resquício de bebida alcoólica e uma poção estranha.

— Que tipo de poção? – Harry questiona se sentindo mais interessado.

— Não sei, a amostra foi para a Comissão de Poções. O mais bizarro foi quando Gladstone parou de vomitar sangue, ele ficou desesperado e começou a falar coisas estranhas, falando que alguém estava o perseguindo e que vigiava a sua casa.

— Quem?

— Ele não falou, só disse que vestia uma capa preta. – Parvati se levanta da cadeira. – Talvez ele só esteja alucinando, os últimos acontecimentos deve ter mexido com a cabeça dele.

— Espero que sim, não precisamos de mais publicidade negativa no momento.

— Você não acredita, não é? Sobre que tudo que está ocorrendo seja volta de Você-sabe-quem.

— Ele morreu Parvati. Eu sei que é meio difícil de acreditar já que ele voltou depois da morte dos meus pais, mas eu realmente acredito que isso só é boato.

— Espero que seja. – caminha para a porta.

— Espere, como está sua irmã? – Harry pergunta mesmo não sabendo se é adequado.

— Ela está bem, considerando tudo o que ocorreu, ela está bem. – Fala Parvati tristemente.

Padma Patil, irmã de Parvati, infelizmente acabou tendo o mesmo destino dos pais de Neville, a maldição Crúcio acabou dando ferimentos irreversíveis e foi o que levou Parvati a se tornar curandeira, para que pudesse cuidar da irmã.

— Feliz Natal, Harry. – Parvati deseja a ele e se retira da sala.

— Feliz natal. – deseja Harry sussurrando.

Harry passa pela recepção e se retira do Hospital, sua mente trabalha com as novas informações recebidas. Que tipo de poção Gladstone estava bebendo? Teria relação a poção de Dawlish com a poção de Gladstone? Por que Gladstone está tendo alucinações? Por que a cada minuto que passa os casos ficam cada vez mais difíceis de ser resolvidos?

Harry sem perceber caminha pelas ruas congeladas de Londres tentando responder suas próprias perguntas em pensamento, aparatar para a Toca iria tirar ele de sua linha de raciocínio, não que ele tivesse consciência que estava andando em vez de aparatar como qualquer bruxo faria. A sua cabeça está tão cheia que o resto está no automático. 

Harry passa em frente a uma igreja com luzes piscando e um presépio metros de distância do hospital quando a resposta para uma de suas perguntas surge em uma figura familiar parada na lateral da igreja. Esquecendo seu orgulho ou qualquer questionamento relacionado ao motivo daquele pessoa estar lá, Harry se aproxima da figura que ainda olha para algo dentro da igreja.

— Parkinson! - cumprimenta ao se aproximar dela para não assustá-la.

— Potter? – Pansy franze a testa em estranheza. – O que quer?

— Você está trabalhando no caso de Gladstone? – Harry pergunta sem demora.

— Por que a pergunta? – Pansy arqueia a sobrancelha.

Harry tenta não revirar os olhos e procura uma resposta que não seja grosseria. 

— Lembra que você disse que a poção encontrada na casa do Dawlish era alucinógena. – recorda ele. – No corpo de Gladstone foi encontrado uma substância de poção e ele está tendo algum tipo alucinação, talvez seja a mesma poção.

Pansy desvia seu olhar de Harry para a janela e permanece em silêncio. Harry curioso olha também para o mesmo lugar e o que vê o surpreende de início, dentro da igreja há um coral cantando ao que parecia ser uma música natalina.

— Eles me lembram o coral de Hogwarts. – comenta ela depois de minutos em silêncio ainda olhando para o coral. - Sempre quis cantar no coral, mas nunca tive coragem de me inscrever.

Harry não sabe como reagir a mudança brusca de Parkinson, certos momentos ela parece odiá-lo e em outros parece estar bem com a presença dele. Particularmente, hoje é um dia que ela parece estar mais amável se Harry poderia dizer isso.

— Por quê? - questiona Harry receoso estranhando o rumo da conversa que mudou rapidamente.

— Sabe que eu não sei, talvez eu achava que devia gastar meu tempo com coisas mais importantes como aulas das Artes das Trevas. – Pansy ri e olha para Harry através do capuz que também ri com o comentário. - De qualquer forma eu deveria ter participado seria uma lembrança boa de Hogwarts. Está indo para casa ou foi chamado para uma missão?

— Estou indo para casa, não para minha, mas para a Toca. - responde Harry e ao perceber a confusão no rosto de Pansy conclui. - A casa do Weasley.

— Claro, como não pensei nisso! – diz Pansy com sarcasmo e retorna o olhar para o coral.

— E você? - Pergunta Harry incerto.

— Casa. - Pansy aperta o sobretudo em volta de si para tentar se esquentar e suspira. - Não estou no caso de Gladstone, mas posso tentar pegar o relatório com uma pessoa e te entregar.

Harry pensa seriamente na proposta que passa pela sua mente, o lógico seria pedir para que Pansy trabalhasse com ele já que ela conseguiria mais rapidamente outras informações trabalhando na Comissão de poções. Ele não poderia negar que ela foi eficiente descobrindo sobre a poção Esmeralda.

— Eu sei o que você está pensando e a resposta é não. - exclama Pansy. - Por mais que eu tenha prazer em ver você me pedir ajuda depois de dizer que o trabalho era fácil, eu não quero me aliciar aos aurores já que eles parecem estar morrendo feito moscas.

Harry sorri, pois era exatamente a resposta que ele esperava dela caso ele tivesse perguntado.

— Era uma oferta que nem passou pela minha cabeça. - mente olhando para a cara de descrença dela. - Eu preciso ir, então pego o relatório na sexta. Feliz Natal, Parkinson!

— Feliz Natal, Potter!

Pela primeira vez, Harry e Pansy conversaram civilizadamente um fato que Harry não notou realmente por estar mais concentrado em poder finalmente encontrar algumas possíveis respostas para o caso de Dawlish. Pois se a poção for a mesma teria Gladstone para dizer onde a conseguiu.

 

 

A Toca

A Toca continua cheia e animada como sempre foi, enfeitada ao máximo possível com coisas natalinas e um banquete farto sobre a mesa. O lugar que Harry chamava de lar por mais que nunca tivesse realmente morado na Toca.

Harry chega um pouco atrasado por causa de sua escolha de andar um pouco antes de ir para a Toca, como todos estavam a sua espera sua chegada é anunciada no momento que ele aparata no gramado ao lado de fora da Toca. De longe era possível ouvir as vozes e risadas entusiasmada, Harry se sente feliz que pelo menos por umas horas sua mente estaria ocupada com outras coisas e com a proibição feita por Molly sobre falar de trabalho durante a ceia, garantia a ele que ninguém perguntaria a respeito dos casos de Dawlish ou Gladstone, por mais que todos estivessem curiosos.

— Harry, querido, que bom que chegou! – exclama Molly o abraçando alegremente na porta. – Monstro já trouxe os presentes.

— Me desculpe o atraso. Tive um contratempo.

— Tudo bem, importante que você chegou.

Harry cumprimenta a todos, Rony, Hermione e Jorge que estão sentados no sofá conversando, Andrômeda, Senhor Weasley, Percy e esposa que estão envolta da mesa e procura por Gina e seu filho. Os dois descem as escadas, Gina com o pequeno Tiago no colo minutos antes de Harry decidir subir para procurar por eles no andar de cima.

Harry se impressiona ao ver como Tiago cresceu em questão de semanas, e suas características já estavam começando a mudar e ele parecia até mais pesado pela forma como Gina desce a escada. Ninguém que visse Tiago poderia negar que ele era filho de Harry, seus olhos verdes e cabelo preto o deixa quase um clone de Harry se não fosse pela falta do óculos e a cicatriz na testa, a marca registrada de Harry Potter, e suas pequenas sardas quase imperceptível nas bochechas, presente genético de Gina que até chegou a dizer que achava um desrespeito o filho parecer tanto com Harry sendo que ela que havia carregado ele por nove meses.  

— Olha quem chegou, Tiago! – exclama ela para Tiago usando uma voz aguda que ela costuma fazer. – É o papai!

— Papai! – Tiago repete e faz o coração de Harry saltar no peito.

— Vai para o papai! – Gina entrega Tiago para os braços estendidos de Harry.

— Como você cresceu! – diz Harry suavemente para Tiago que leva as mão para os óculos de Harry.

— Não mexa nos óculos de seu pai, Tiago. – ordena Gina agarrando as mãozinhas de Tiago. – É bom ver você, Harry.

Harry sorri para Gina que também retribui o sorriso em sinceridade, apesar das discussões e da separação os dois estavam bem um com a presença do outro. O que todos que estavam na cozinha e na sala observando a interação em silêncio ficaram feliz em ver.

Harry visitou com frequência Tiago na Toca nas semanas que a senhora Weasley o trazia para suas visitas depois que ele e Gina se separam, já a Gina ele só tinha visto antes da separação, ou seja a seis meses atrás, seus treinos com as Harpias a obrigava ficar em constante viagens e Harry com seu horário de trabalho volátil de auror dificultou os dois se encontrarem pessoalmente, submetendo suas interações por cartas ou chamadas por Flu.

Apesar que só tivesse passado seis meses, Gina parecia diferente da Gina que ele havia visto na última vez, ela parecia mais alta e mais magra ou talvez fosse a percepção de Harry já que na época ela estava no tempo de amamentação e ainda não havia iniciado o treinamento com as Harpias.

— É bom ver você também Gina.

— Harry! – um garoto de cabelo azul desce as escadas rapidamente e abraça a cintura de Harry.

— Teddy! Como você está? – pergunta Harry bagunçando o cabelo do garoto.

— Estou bem, você trouxe meu presente? – pergunta o garoto entusiasmado.

— Teddy! – repreende Andrômeda. – Não é hora de abrir os presentes.

 - É hora de comer. Vamos comer! –anuncia Molly.


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Notas finais do capítulo

-Sei que esse menino não tem olhos verdes. Até procurei meninos de olhos verdes mas achei esse menino muito fofo.

—Ansiosos para o próximo capítulo?



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