A maldição da Sucessão escrita por Pms


Capítulo 16
Capítulo 16: Um presente para Draco.


Notas iniciais do capítulo

- Mais um capítulo para vocês!

—Comentem!



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— Senhorita Granger, o senhor Malfoy está aqui. – avisa sua secretária na porta.

— Obrigada, mande ele entrar. – Hermione fecha o arquivo que estava lendo.

Hermione se arruma em sua cadeira e põe sobre o rosto uma feição neutra. A saída da secretária é seguida pela entrada de Malfoy.

— Malfoy. – cumprimenta Hermione cordialmente.

Malfoy acena com a cabeça em cumprimento enquanto se assenta em umas das cadeiras à frente da mesa.

— O que significa isso? – questiona Hermione sem perder tempo tirando o pesado livro de ouro de uma das gavetas e o colocando sobre a mesa.

— Para mim parece se tratar de um livro.  – responde Draco com um singelo sorriso.

— Um presente seu. – afirma Hermione firme. – Você pode não ter assinado o cartão, mas o brasão da sua família na primeira página me disse que é seu presente.

A feição calma de Malfoy começa a deixar Hermione nervosa.

— Então você me chamou aqui para agradecer? – pergunta Draco indiferente.

— Não. – responde Hermione veemente. – Eu pedi para que viesse aqui para te devolver o livro.   

— É mal educado devolver presentes.

— Não tanto quanto receber recompensas por fazer o meu trabalho. – Rebate Hermione. – Para isso, eu já recebo o meu salário.

Draco acena com a cabeça considerando a resposta como uma retórica perfeita.

— Sei que você é acostumado a presentear pessoas quando elas fazem o que querem. – continua Hermione. – Principalmente os bruxos do Ministério, mas os tempos mudaram, Malfoy. O que você chama por presentes são chamados agora de corrupção.

 - Você acha que foi uma tentativa de corrupção? – Draco semicerra os olhos. – Granger, a ideia de presentear você veio de Astória. Na família dela a um lema que eles seguem sobre dever favores as pessoas e pagarem suas dívidas.

— E me manipular também é um lema? – acusa Hermione. – Depois de refletir sobre tudo e pensar com mais cuidado, percebi que você me manipulou para conseguir a informação que queria.  Primeiro despertou minha curiosidade sobre a Lei, depois despertou minha desconfiança com Blásio que havia terminado com a secretária três dias antes de ele estar lá conversando com ela.

Malfoy escuta em pleno silêncio.

— Você vai negar?

— Sobre o que?

Hermione respira fundo e empurra o livro para ele.

— Pode levar.

Draco olha para o livro e se inclina na cadeira para pegar algo no bolso na calça. Sem demonstrar qualquer expressão e com tranquilidade ele tira do bolso e coloca sobre a mesa um broche que Hermione logo reconhece pelas siglas F.A.L.E e a silhueta de uma cabeça de elfo.

— Elfos são criaturas muito leais e mesmo que sejam livres e pagamos pelo seus serviços, eles tendem a ser fiéis as pessoas para quem trabalham. – expõe Draco.

— Não estou entendendo. – interpõe Hermione.

— A elfa me contou, Granger. – expõe Draco colocando também uma varinha sobre a mesa o que deixa Hermione tensa. – Transformar um elfo num espião era uma coisa que eu já esperava, mas dar a ela uma varinha com permissão para atacar quando necessário como também aparatar aurores para a mansão realmente foi melhor do que eu imaginava.

— O que você fez com ela? – pergunta a Hermione acusadoramente.

— Eu não machuquei a Elfa. – responde Draco. – Se foi isso o que você pensou.

Hermione limpa a garganta e coloca as mão juntas sobre a mesa.

—  A ideia não foi minha. – conta ela. – Quando o Ministério soube que você tinha um elfo em sua tutela eles a treinaram por causa dos recentes acontecimentos.

— Como se ter aurores vigiando a minha casa o dia inteiro já não fosse o suficiente. – comenta Draco.

— Você não pode criticá-los por desconfiar. – argumenta Hermione.

— Então você não pode criticar os métodos que uso para conseguir as coisas.

— Isso não faz o menor sentindo. –Opôs Hermione. – O Ministério só agiu dessa forma por causa do que você chama de métodos o que é sinônimo para manipulação e corrupção. Você me manipulou para conseguir o que queria em vez de simplesmente perguntar ou esperar a lei ser anunciada e ainda me presenteou por ter sido manipulada. Igualmente ao que fazia antigamente.

Hermione aperta as mãos sobre a mesa começando a ficar brava.

— Prefiro estar preparado caso Ministério decida congelar as minhas posses para usufruir, que é o que eles pretende fazer. – fala Draco. - Sei que eu não vou ter a possibilidade de ir contra isso já que a desculpa usada vai ser o passado sombrio da minha família.

 - Você só está falando assim do Ministério porque o sistema não privilegia mais você. – aponta Hermione. – Ou a pureza do sangue.

— Sim, verdade. – confirma Draco. – Eles agora estão privilegiando vocês, salvadores do mundo bruxo. O que torna tudo mais incrível é que as pessoas privilegiadas mudaram mas quem privilegia continua sendo as mesmas.  

Hermione franze a testa confusa com a declaração.

— Fique com o livro. – diz Draco se levantando da cadeira casualmente deixado o broche e a varinha na mesa.  – Tenho dois desses e Astória realmente acredita que você vai gostar. Tenha uma boa tarde, Granger.

Hermione não sabe se deve ficar brava ou desconfiada mais do que já estava quando Draco se retira de seu escritório.

 

 

Astória sente seus músculos relaxarem sob a água quente, enquanto inala o perfume dos sais que foram colocados na água, a sua pele avermelhada por causa da temperatura já começa a ficar enrugada pelo tempo excessivo que ela esteve dentro da banheira. Mas só ali, ela realmente sentia uma sensação de paz se instalar em seu corpo cansado. Seu corpo doente ainda se recupera da mudança de tempo e com os últimos acontecimentos sobre assassinatos e fuga de Azkaban a deixaram muito tensa fazendo o seu corpo ficar ainda mais frágil.

Astória se afunda na água mantendo só até a boca submerso na água para que com os olhos fechados possa sentir a luminosidade do fim do dia que a janela em mosaico atrás da banheira permite passar, a luz que tem tonalidade azul por causa da flor azul bem no centro da janela. O banheiro todo é uma mistura de azul bebê com branco, resultado de uma reforma feita para ela como presente de boas vinda de Draco, aliás, quase tudo havia sido reformado, o quarto principal, o jardim, biblioteca e tudo a pedido de Draco que queria transformar a Mansão Malfoy o mais possível parecido com um lar do que um covil de feiticeiros das trevas.

Para Astória é estranho e a faz se sentir mal ao pensar que está num ambiente onde foi pisado pelo Lordes das trevas, ás vezes, em seus piores pesadelos ela acha que pode vê-lo, algo que ela acredita que também perturbe Draco num grau mais elevado quando ela o pega olhando para a marca desbotada em seu antebraço num cômodo específico da mansão o que justificaria a necessidade urgente dele de mudar cada aspecto da mansão o máximo possível. Astória sabe que a imagem do Lorde das trevas perturba Draco tanto quanto a perturba, porém diferentemente de Draco, ela nunca esteve em frente ao Lordes das trevas para poder descrevê-lo detalhadamente o que ela agradece imensamente, ouvir somente as histórias sobre o Lordes das trevas é o suficiente para deixá-la traumatizada.

O lordes das trevas, o bruxo que seu pai se aliou quando o Ministério caiu, seu pai nunca se tornou um comensal ou foi suficientemente estúpido em declarar verbalmente seu apoio ao governo tirânico e seus ideais, somente estava lá como um bruxo da suprema corte quando tudo ocorreu e não se opôs, como se isso não fosse o suficiente para declará-lo como apoiador. No entanto, diferentes dos outros declarados como apoiadores seu pai não foi preso e permanece livre em sua grande Mansão Greengrass.

Mansão Greengrass, sua casa, que foi um dia seu lar, o lar com telhado todo pintado de azul, o portão preto ordenado com um pouco de dourado com quatro estátuas guardando a frente da mansão e com um caminho feito por árvores em vasos até a grande escadaria da entrada. A mansão poderia ser impressionante só pela fachada, porém o que realmente é de admirar é o lindo jardim atrás da Mansão, com paredes feitas só de grama que formam labirintos que levam ao um só lugar, o coreto de madeira no centro de todo o jardim. Astória retorna em sua mente para os momentos de brincadeira entre ela e Daphne, onde as duas passavam pelos labirintos até se encontrarem no centro, no coreto onde Astória se sentava para descansar e Daphne fazia as pétalas de flores começarem a voarem envolta para que Astória não ficasse triste por não poder correr como ela.

Astória ama a primavera e o outono as estações onde ela pode sair para o lado de fora sem se preocupar se ficaria doente, ama o quanto pode ser libertador se sentir livre fora da mansão após a temporada de inverno. Daphne e ela podiam brincar entre as flores até o dia escurecer até que a elfa doméstica pedisse que entrassem e juntas deitadas na cama ouviam sua mãe ler uma história que não se parecia em nada com um história infantil.

Sua mãe, Demétria, uma bruxa contemplada pela beleza por muitos pelo seu rosto fino e lábios grossos e olhos azuis que dependendo da luz poderiam parecer verdes ou azuis, sua bela aparência em conjunto com suas elegantes roupas a tornava um destaque para qualquer lugar que fosse. A beleza, educação e sangue puro é tudo o que se pode esperar de uma esposa bruxa de sangue puro, embora Demétria fosse lembrada pela sua elegância, educação e principalmente beleza o que realmente admirável é seu sorriso raro quase nunca visto mas quando dado era inigualável quando não comparado com os sorrisos das filhas.

Apesar de Demétria ser conhecida por sua beleza para Astória o que destacava sua mãe das outras bruxas era o amor que Demétria demonstrava para suas filhas.  Demétria que se mostrava ser fria e distante socialmente em seu lar somente com suas filhas era completamente amorosa, ela penteava os dourados cabelos das filhas sem qualquer uso de magia, lia diversas histórias, observava suas filhas brincarem no jardim e escrevia cartas todos os dias para as filhas enquanto as mesmas estudavam em Hogwarts. A preocupação e zelo de Demétria pelas filhas chegava a ser até sufocante em certos momentos o que até gerou um desentendimento com seu marido ao proibir Astória de frequentar Hogwarts.

 Apolo, seu marido também reconhecido pela beleza o que igualava ele a sua esposa e pelo seu gosto refinado foi o anfitrião de muitos jantares deliciosos e bailes esplêndidos, bailes e jantares que Astória quase nunca participava por proibição de sua mãe que zelava por sua saúde. A pequena Astória proibida de participar ficava escondida observando tristemente tudo por frestas de portas sua irmã brincar com outras crianças que um dia iriam se tornar seus amigos em Hogwarts.

 Astória se perde na lembranças de infância nos olhos azul-céu de Daphne, a risada alta de seu pai e o sorriso brilhante de sua mãe. Embora sejam lembranças felizes, as mesmas a entristece fazendo a sentir falta de casa mesmo que as últimos tempos tudo tenham sido conturbado por ela finalmente ter conseguido enxergar seus pais como eles realmente são: preconceituosos e egoístas.

 O toque suave em seu cabelo a faz despertar do sono que ela não tinha percebido que havia caído.

— Quando você chegou? – pergunta Astória sonolenta para o Draco que está em pé ao lado da banheira.

— Há poucos minutos. -  Draco se assenta num banco perto da banheira.

— Como foi a reunião com Granger?

— O que eu esperava. – responde Draco observando-a enquanto ela joga água no braço banhando-se.

Astória olha de relance para Draco que está fitando a água da banheira.

 – Visitei o Theo. -  Continua Draco.

— Como ele está?

— Ele pode agora participar do convívio com os outros pacientes. – conta Draco. – Ele ainda acha que alguém está o perseguindo então os curandeiros o mantém nas poções calmantes.

Quando Draco entrou na sala do convívio ficou surpreso ao ver Theo calmo e tranquilo pitando estranhamente um quadro, diferente dos outros pacientes que estavam falando coisas estranhas e andando de um lado para outro ou jogando xadrez sozinhos, porém ao se sentar em frente a ele viu em seus olhos uma alienação completa ao que o rodeava que nem notou a presença de Draco.

— Me encontrei com Blásio. – fala Draco. – Ele disse que a Pansy preferiu voltar para o apartamento dela em vez de passar a noite na casa dele.

Astória para de se banhar e o encara.

— Ela voltou para o apartamento dela mesmo depois de ser atacada? – questiona Astória incrédula.

Draco estava no escritório de Blásio o esperando enquanto o mesmo conversava com um cliente quando um voador passou pela janela e pouso na mesa, Draco logo deduziu que o voador era de Pansy pelo fato de ser um corvo. Os voadores, chamado popularmente por esse nome, são pergaminhos transfigurados em pássaros comuns, pois o tamanho de um pássaro é o que necessário para mensagens rápidas sejam entregues, essa comunicação se tornou bastante comum durante a guerra já que todas as cartas e rede de flu eram interceptadas pelo Ministério e qualquer patrono poderia ser visto, já o pássaro poderia voar até o receptor da mensagem sem causar desconfiança e ser transfigurado novamente em pergaminho.

Draco que particularmente não gosta desse método transfigurou o voador, pois sabia que voadores eram só utilizados em caso de emergências e não estava errado sobre isso já que Pansy pedia um encontro urgente num Pub perto da casa de Blásio, por mais que o pedido fosse para Blásio, Draco escolheu ir já que ele ainda estava em reunião com cliente.

Draco não precisou ouvir de Pansy o quanto ela não o queria ali, ele pode ver na feição dela quando ele surgiu em seu campo de visão que não era bem-vindo, seu olhar de repulsa e desprezo eram indicativos suficientes, mas mesmo não sendo convidado se sentou num banquinho ao lado dela e avaliou o rosto dela que tinha um corte abaixo do olho. Draco sabendo o quanto Pansy poderia ser teimosa começou a conversa para aliviar a tensão para que assim ela contasse o que havia acontecido, embora Pansy parecia querer deixá-lo falando sozinho ela contou a ele sobre a visita surpresa e nada amigável que havia recebido dos parceiros de negócios de Theo o que justificava o corte na bochecha.

Não precisou de palavras para que Draco soubesse que a visita tinha a assustada e por isso achou melhor que ela dormisse na casa de Blásio para sua segurança.

— Às vezes a teimosia de Pansy chega a ser inacreditável. – exclama Draco. - Como foi o seu dia?

— Confortável.

— Ninguém aceitou o seu convite para o chá. – afirma Draco.

— Sim, pelo jeito ninguém quer estar associado a Mansão Malfoy. – Responde tentando passar indiferença.

— Hipócritas. – Resmunga Draco.

— Eu sinto falta das nossas viagens. – confessa Astória para Draco inclinando a cabeça para trás.  – Da minha irmã.

 - Quando tudo isso acabar iremos viajar novamente. - Draco acaricia a bochecha de Astória suavemente. - Está pronta para sair?

— Ou você poderia entrar. – sugeri Astória estendendo a mão molhada em sua direção.

— Você está muito tempo na água. – Draco analisa os dedos da mão que estão franzidos.

— E você acabou com a minha tentativa de te seduzir. – Astória puxa sua mão de volta.

— Vou tirar a roupa. – Draco dá um beijo rápido em seus lábios antes de se levantar desabotoando a blusa.

Astória deita a cabeça na borda da banheira e o observa tirar a roupa, peça por peça, até ele adentrar na banheira no lado oposto a ela. Com a metade inferior do corpo submerso na água ela pode explorar com o olhar as cicatrizes rosadas que cortam seu peito, ombros e descem até o abdômen como também a marca negra desbotada em seu antebraço esquerdo.

Duas marcas que é dado somente para Astória o privilégio de ver e tocá-las, usualmente Draco as esconde o máximo possível de todos e até de si mesmo, pois as marcas trazem memórias a qual ele prefere esquecer, marcas que mostram sua fraqueza e fracasso. Por outro lado, para Astória as marcas são aquilo que o tornou no homem que ele ama, cada uma delas o moldaram para o que ele é agora, ás vezes, irreconhecível quando comparado ao seu eu passado. Ela poderia ficar olhando para ele o dia todo, admirando sua pele marcada, seu cabelo que se perde na claridade, seus olhos azul cinzentos que atualmente carregam preocupação.

— Você está me encarando. – avisa Draco sorrindo maliciosamente acariciando a perna dela embaixo da água.

— Eu sei. – ela sorri em resposta inclinando a cabeça para o lado o analisando. – O que te preocupa?

Draco não fica surpreso pela dedução correta dela ou tenta desmentir. Ambos tinham a facilidade de ler e saber o que o outro precisava sem ao menos colocar em palavras, sabiam o que precisavam fazer e sempre só havia duas opções: dar conforto ou confrontar. Draco soube que Astória precisava chorar quando foi atacada com a poção de fedor no Beco diagonal mesmo que ela tivesse chegado na mansão furiosa sem qualquer lágrima nos olhos, ele soube e simplesmente a abraçou e pediu para que ela chorasse e Astória soube que Draco precisava ser confrontado quando seus pais deram a ideia que ele fugisse com eles, descumprindo ordens e enganando o Ministério.  

— Tudo. – suspira Draco passando a mão sobre o cabelo.

— Senhor. – chama Dinny, a elfa doméstica, na porta do banheiro. – Chegou uma carta.

Draco assenti com a cabeça permitindo a entrada de Dinny no banheiro.

— Você verificou? – pergunta Draco para ela quando se aproxima da banheira.

— Sim, a Dinny verificou.

Por causa dos recentes acontecimentos nada poderia entrar na mansão sem verificação de perigo.

  - Obrigado. – agradece Draco pegando a carta e o abridor de carta com Dinny.

Draco abre a carta que após aberta produz um silvo agudo de apito e joga chuva de confeites nele.

— Pode dar risada! – Brinca Draco para Astória que está dando risada da cara que ele fez.

— Por que enviaram uma carta festiva para você? – Astória pergunta para Draco que está tirando os confetes do cabelo.

— Dinny quer avisar que o jantar estará pronto em alguns minutos. – informa Dinny.

— Dinny pegue mais sais de aroma para mim. – pede Astória apontado para a bancada do banheiro.

Astória brinca com a água cheia de confetes da banheira enquanto espera Draco ler a carta e Dinny trazer sais.

— De quem é? – pergunta ela após ele virar a carta ao contrário para checar se tinha algo a mais escrito.

— Não tem assinatura. – responde Draco com semblante sério estendendo a carta para ela. – Não tem endereço.

Astória se aproxima para ler a carta que está somente escrito uma frase: “Um agradecimento por seu trabalho. Agradeça-me depois.”

Astória e Draco se entreolham confusos e saltam quando o barulho de vidro se estilhaçando os assusta. Os dois olham em direção ao barulho para ver Dinny rodeada por cacos de vidros dos recipientes que estavam na bancada.

— Dinny, pede desculpa aos senhores. – clama Dinny estralando o dedo trazendo a vassoura para varrer os cacos. – Dinny, vai limpar rapidamente.

— Tudo bem, Dinny. – acalma Astória. – Pode voltar para o jantar.

A elfa assenti freneticamente antes de sair do banheiro.

Astória olha para vassoura que está varrendo sozinha os cacos e sente um calafrio percorrer o seu corpo como lembrete que ela estava a muito tempo dentro da água.

— Vou sair. – avisa ela a Draco que voltou examinar a carta.

Astória se levanta com cuidado e pega o roupão do gancho e o veste.

Caminhando para sair do banheiro ela para em frente ao espelho que está todo rachado e analisa sua aparência pálida. Seu cabelo loiro dourado e seus olhos azul-céu se destacam perante a sua pele branca como porcelana o que a deixa aparentar ser frágil, algo que sua mãe dizia o tempo todo para ela, algo que agora ela odeia ouvir. Como as marcas que Draco esconde Astória gostaria de poder esconder sua fragilidade.

 Dando uma última olhada para o agora preocupado Draco, ela se retira do banheiro sabendo que a carta será um dos assuntos que o iria preocupar ainda mais e causar mais preocupação é últimas das coisas que ela quer fazer.


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Notas finais do capítulo

Coreto é uma cobertura, situada ao ar livre, em praças e jardins, para abrigar bandas musicais em concertos, festas e romarias.



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