A maldição da Sucessão escrita por Pms
Notas iniciais do capítulo
- Mais um capítulo para vocês!
Eu acho que estou ficando um pouco ansiosa com essa história. Pois essa é a primeira história que eu escrevo que tem mais de um capítulo ou que eu deixo alguém ler. rsrsrs (Rindo de nervoso)
— Comentem!
(Spoiler nas notas finais)
Harry corre em direção ao som o mais rápido possível com o coração palpitando e varinha na mão, ele se aproxima do quarto para ter a visão do duelo que ocorre e ao se aproximar ainda mais é parado por uma força invisível que o congela no lugar. Sem poder se mover como tivesse sido atingido por feitiço só resta a Harry olhar para dentro do quarto do seu filho, e ver e ouvir Gina implorar pela vida do filho.
— Saía da frente! – ordenada uma voz fria.
— Por favor! Eu faço qualquer coisa...
A suplica termina com raio de luz verde que atinge o seu corpo.
Harry grita ao ver Gina cair olhando sem vida em sua direção. E tenta com todas as forças se mover.
— Avada Kedrava!
Com outro raio verde iluminando o quarto, Harry perde a sua família novamente. A figura encapuzada desparece e juntamente com ele some o efeito do feitiço, Harry entra no quatro e a visão parece partir seu corpo em dois, Gina está fria jogada no chão ao lado do berço que continha seu filho que parecia estar dormindo com seus olhos fechados e um rosto pacífico. Harry se ajoelha no quarto destruído com os olhos fechados tentando tirar a imagem da cabeça, lágrimas escorrem e embasa seus óculos. Seu peito parecia estar inchando, a sua garganta aperta como estivesse um nó, que aperta cada vez mais o sufocando. A sensação real leva Harry a colocar a mão em sua garganta encontrando lá uma corda em volta de seu pescoço.
— Achou que poderia se livrar de mim, Harry Potter? – a voz fria do Lorde das trevas sussurra em sua mente.
Um chiado é ouvido e a sensação da corda sobre os dedos de Harry desaparece dando lugar a algo áspero e pegajoso ao mesmo tempo que continua se enrolar. Harry abaixa o olhar e se depara com a pele esverdeada com manchas, o chiado é ouvido de novo e ao olhar de soslaio vê uma cabeça de cobra, a cabeça de Nagini sobre o seu ombro.
Harry acorda assustado olhando para os lados com a mão segurando o pescoço. Fechando os olhos e controlando a respiração ele se acalma o suficiente para poder focar e notar o que rodea, o que o faz perceber a ausência de seus óculos. Semicerrando os olhos ele identifica estantes de livros e móveis cobertos por um pano branco e percebe estar deitado num sofá e então se recorda do que havia acontecido.
Harry se levanta sentindo seu corpo protestar e encontra seu óculos ao lado do abajur e os coloca novamente. Por estar mais alerta e calmo ele começa a ouvir as vozes ao lado de fora, vozes distantes e alteradas. Ele então saí do que supõe ser o escritório e caminha no extenso corredor seguindo as vozes que parecem vir da sala de estar.
— Harry quase morreu hoje por sua causa! – Harry identifica a voz de Rony alterada. – Agora você vem incriminar o meu irmão!
Harry estranha o comentário de Rony.
— Eu não estou incriminando seu irmão. Eu só estou perguntando por que o nome dele está envolvido com um vendedor de poções ilegais! – rebate Pansy no mesmo tom de Rony.
— O que está acontecendo? - pergunta Harry rouco por causa da garganta entrando no local recebendo a atenção dos dois.
Harry avalia o estado dos dois, ambos ainda estão vestidos com as mesma roupas só que estão desleixados. Parkinson já não está mais com a maquiagem e seu cabelo está solto e sua gargantilha sumiu, porém há um bracelete em seu pulso que não estava lá. Rony está somente com a blusa branca sem a gravata. Harry se lembra de que todos haviam caído na água do lago, inclusive ele que também está da mesma forma que Rony.
— Harry, você está bem? – pergunta Rony se aproximando.
— Estou. – Harry pigarreia para melhor a sua voz. – Por que vocês estão discutindo?
— Ela está dizendo que Jorge está envolvido com a venda da poção ilegal. – aponta Rony para Parkinson. – Só que ela não tem nenhuma prova dessa afirmação, só a palavra dela o que já não é muito confiável.
— Primeiramente ela tem nome. – rebate Pansy. - E eu não estou acusando o seu irmão estou perguntando. Eu só achei estranho porque Jackson citou o nome de seu irmão.
— Jackson? – Questiona Harry olhando para ela.
— Aquele cara de cavanhaque era Jackson disfarçado. – explica Pansy e Harry entende o porquê de achar aquele cara familiar. – Ele que vendeu a poção alucinógena para Dawlish, como foi ele que vendeu para o Theo que vendeu para Gladstone. Foi ele também que deu a poção esmeralda para Dawlish. Eu devia ter pensado que deveria ter sido alguém da Comissão de poções já que somos os únicos que tem acesso as receitas.
— E qual a relação de Jorge nisso? – Pergunta Harry mesmo recebendo o olhar reprovador de Rony.
— Ele disse que tinha conseguido os ingredientes alucinógenos com o Jorge Weasley.
— Ela está mentindo, Harry. – interrompe Rony. – Eu trabalho com Jorge e nunca vi nada disso na loja.
— E só porque você nunca viu a gente deve descartar a possibilidade. – rebate Pansy.
— Chega! – Harry interrompe. – Você tem como provar que essas informações são verdadeiras?
— Eu dei veritaserum para Jackson. Não deu tempo de pegar as provas porque eu fui interrompida.
— E como vamos saber que você fala a verdade? – Rony questiona para ela. – Aliás, não foi você que ficou negociando com aqueles bruxos. Quem me garante que não foi você que armou para que fôssemos capturados.
— Até que é muito lógico eu colocar a minha vida em risco levando os bruxos mais famosos para a área de corrupção do Ministério.
— O que você falou? – Harry a interrompe.
— Vocês não conhecem o lugar porque só bruxos poderosos e alguns corruptos vão lá. – explica Parkinson. – Era no Dragão Dourado que maior parte da corrupção do Ministério acontecia na época antes da guerra e lá onde isso acontece ainda, era lá onde os bruxos de sangue puro conseguia as suas regalias. Vocês achavam mesmo que a corrupção e agregadores para causa do Lorde das trevas acontecia no Ministério?
Harry está espantado com a fala dela.
— Mas o Quim..
— Vocês acham mesmo que o Quim Shacklebolt simplesmente faria aquele lugar desaparecer depois da guerra, sendo que a metade dos bruxos que trabalham ainda no Ministério eram apoiadores do Lorde das trevas....
— Como o seu pai. – Acusa Rony. – Falando nele, onde ele está? Você tem falado com ele ultimamente já que ele não está mais em Azkaban? Acho que ele gostaria de bater um papo com a filha depois de muito tempo sem vê-la.
Pansy endurece o rosto para Rony e por um momento Harry vê algo mais além do que raiva passar sobre seus olhos antes de ela se retirar da sala.
Harry olha para o amigo o censurando.
— Você realmente acredita nela! – Rony pergunta estupefato. – Você não está vendo que ela está mentindo. Harry, ela foi falar com o cara sozinha enquanto por coincidência nós éramos enfeitiçados.
— Quem te enfeitiçou? – pergunta Harry se lembrando da dançarina.
— Foi a dançarina. – cora Rony. – Só não conta para Hermione.
— Olha Rony, eu vou falar com Parkinson e entender melhor essa história. – avisa Harry andando na mesa direção que Pansy havia ido. – Aliás, onde estamos?
— Na Mansão Parkinson.
Harry sobe a grande escada e anda por outro corredor extenso quando avista um porta preta entreaberta, com flores pintadas no parapeito e na porta Harry logo deduz ser onde Pansy estaria.
— Esse deve ser o seu quarto. – Harry fala ao abrir a porta e vê-la sentada com o joelhos em cima do banco sem sapatos abaixo da janela aberta olhando para o gramado.
Harry analisa o aposento que se encontra sem os lençóis sobre os móveis diferente do resto da mansão. O quarto divergente do que Harry esperava é bem delicado, a cama provençal amadeirada com um dossel em verde jade igualmente a cor das paredes é detalhado por flores rosa claro, na verdade o quarto todo parecia um conjunto de uma coisa só por causa dos mesmos detalhes encontrados, seja penteadeira, tapete, cortinas ou abajur.
— Qual foi a dica? As flores. – deduz ela apontando para a parede.
Harry se aproxima dela e repara o cigarro entre seus dedos e além de ter a visão completa de seu decote por causa da diferença de altura.
— Então era assim que você escondia de seus pais que fumava? – Harry acena para a janela aberta disfarçando o olhar.
— Claro, até porque eu só comecei a fumar quando eles já não moravam mais aqui. – Pansy oferece o cigarro acesso para Harry. – E beber também.
Harry ao aceitar o cigarro e se atenta ao bracelete em seu pulso, semelhante ao que estava no pescoço dela horas antes.
— E você, Potter? – pergunta ela. – Como escondeu dos outros que fuma e bebe? Até porque não seria bem visto o Salvador do mundo bruxo fumando ou bebendo antes dos 21 anos.
Harry tira o cigarro da boca para responder ignorando a ênfase dela no Salvador.
— Eu comecei a fumar e beber depois que me separei de Gina. – Harry responde dando batidas no cigarro em cima do cinzeiro improvisado de Pansy.
— Sim, claro. O coração partido tira da gente o nosso melhor lado. – caçoa ela cruzando os braços e se encostando na parede. – Me diz uma coisa, Potter. O que aconteceu para o seu relacionamento com a ruiva terminar? Você traiu ela ou ela te traiu? O que fez o casal maravilha terminar?
— Casal maravilha? – Harry franze a testa achando engraçado o termo. – Onde você ouviu isso?
— Revistas. – Ela balança a cabeça como se fosse óbvio. – Não muda de assunto não. Me responda!
Harry admira o gramado pela janela antes de olhar para Parkinson e vê-la com a sobrancelhas erguidas esperando a resposta.
Harry não tinha muita certeza se gostaria de falar sobre isso até porque o relacionamento está em pausa de acordo com as palavras de Gina e falar sobre isso talvez traria cicatrizes passadas.
— Eu não sei. – confessa ele olhando para o cigarro em sua mão. – A gente começou a querer coisas diferentes depois da guerra e após o nascimento do Tiago isso se destacou ainda mais.
— Como assim? Ela queria menina e você queria um menino. – Brinca Pansy. – Pode ficar tranquilo, Potter. Eu não vou vender essa sua história para nenhuma revista, não vale a pena, a história de sua separação já está ultrapassada.
Harry se engasga com a revelação e acha cômico saber que Gina e ele não interessa mais ninguém ao não ser a Parkinson. O que o faz pensar que ele realmente nunca havia conversado verdadeiramente sobre o fim de seu relacionamento com alguém, ao não ser Rony e Hermione, que ambos conheciam Gina e não queriam tomar partido de nenhum lado o que fez Harry se sentir inseguro ao contar como realmente se sentia em relação a Gina.
— Para começar, eu quis ser auror e ela entrou para Harpias, duas carreiras totalmente exigentes, desgastantes e cheias de viagens. Nossas carreiras vinham sempre em primeiro lugar até que ela acabou ficando grávida. – Harry volta-se o olhar para Parkinson que aparenta estar realmente interessada. - Então as brigas começaram a ficar frequentes e o final você já sabe.
Harry começa a se sentir desconfortável novamente ao se lembrar a frustração que sentia, pois ter sua família era uma sonho que tinha sido concretizado, Tiago é um sonho concretizado, e tudo saiu do controle de uma forma que às vezes ele desejava que Tiago não tivesse nascido. Não que ele não amasse seu filho, mas ver o garoto somente em finais de semana ou quando o seu trabalho e de Gina permitia e perder coisas importantes como a primeira palavra de Tiago deixou Harry muito triste. Era como se ele tivesse sendo privado de sua família novamente, primeiro de seus pais e depois de seu único filho.
— Então o filho de vocês foi um acidente?
— Bem, foi. – Harry responde constrangido se apoiando na parede.
— Sabia que eu realmente nunca pensei que se tornar mãe fosse um plano da Weasley. – Pansy comenta indiferentemente.
— Sério? – Harry coloca o resto do cigarro no cinzeiro.
— Quando eu a via andando pelos corredores com uma vassoura na mão eu sentia que ela queria ser muito mais do uma cópia da mãe dela... – Pansy para com a boca aberta. – Pensando nisso, ela é igualzinha à sua mãe, não é?
— Gina não é igual a minha mãe. – rebate Harry.
— Ela é sim. Ela tem a mesma aparência da sua mãe e o primeiro filho de vocês é igualzinho a você. – Pansy aponta como tivesse acabado de descobrir uma grande descoberta. – É como a segunda versão da sua família. Que estranho!
— Você não sabe o que está falando. – murmura Harry. – Vem cá, como é que você sabe da minha mãe e sobre meu filho?
— Potter, não tem como nenhum bruxo não saber sobre seu filho e sua mãe. – enfatiza Pansy. – Ela meio que salvou o mundo bruxo ao dar luz a você e depois fazer um feitiço que nem o Lorde das trevas pôde prever. Já pensou que você estava à procura de uma substitua para sua mãe? Dizem que procuramos nossos pais em nossos parceiros. Já no seu caso, você não teve a sua mãe então talvez você....
— Então você acertou em cheio ao procurar seu pai no Malfoy. – ralha Harry em voz alta.
Pansy olha em choque para ele pelo comentário dito de forma agressiva.
Harry quase se arrepende por ter elevado a voz já que pela feição de espanto dela dá a impressão que ela não estava dizendo aquelas coisas com uma pretensão mal intencionada. Na verdade, ela só estava tendo uma conversa na qual ela achava comum.
Pansy volta a admirar para além da janela abraçando seus joelhos. E Harry mexe as mãos incomodado com sua explosão desnecessária. Harry sabe que só alterou o tom de voz porque a conversa estava tomando um rumo que ele não estava gostando.
Depois de minutos com silêncio pairando sobre os dois, Harry começa incerto tentando reverter sua explosão:
— E você? Porque o seu relacionamento com Theo Nott terminou?
Pansy o encara como estivesse analisando-o. Harry não desvia o olhar dela e dá um singelo sorriso.
— O que eu tinha com o Theo não era um relacionamento era só um caso. Foi bom tê-lo por perto por causa das viagens e presentes e também ele entendia um pouco do que eu estava passando já que o pai dele também já tinha sido preso. – Pansy mexe no vestido sobre os seus joelhos. - Só que nunca iríamos dar certo.
Harry a observa e a ouve atentamente. É uma surpresa vê-la falar abertamente sem comentários sarcásticos ou deboche.
— E também ele não queria ir para América...
Pansy para de repente de falar e arregala os olhos como tivesse falado demais. Harry se assenta no banco ao lado dos pés dela.
— Você quer ir para América? – pergunta Harry mostrando interesse.
— Sim, mas com a fuga e todo o resto não posso sair da Inglaterra. – declara ela. – Eu não tenho permissão por motivos investigativos, que é mesma desculpa que foi usada desde de sempre.
— Mas o Malfoy saiu da Inglaterra? - argumenta Harry.
— Como o pai dele também não foi para Azkaban, já o meu passou dias maravilhosos lá. – retruca ela brava desviando o olhar. – Você é obcecado pelo Draco, não é? Isso é doença, sabia?
Harry nota a tentativa de evasão em seus últimos comentários. Não só pela mudança abrupta de assunto como também pela postura corporal que mostra o oposto do que ela tentou passar na fala, a forma que ela morde a boca por dentro, semicerra os olhos franzindo a sobrancelha e principalmente pelo os braços cruzados abaixo de seus seios demonstra um certo ressentimento. Harry consegue perceber que sem a maquiagem as feições delas são mais visíveis e verídicas.
Harry fica tentando a se aprofundar na conversa relacionada ao Malfoy, já que pela primeira vez o nome dele foi citado entre eles.
— Vocês não se falam mais, não é? – tenta Harry.
— Você estava me vigiando no baile. – confirma Pansy mais para si do que para ele.
— Não. – Harry mente.
— Nunca pensei que você fosse tão ruim em mentir. - comenta Pansy olhando para ele. –Como você conseguiu sobreviver sendo um péssimo mentiroso é realmente um dos mistérios.
- Talvez eu não tenha tanta prática quanto você. – Zomba Harry dando um sorriso de lado.
— Potter. – começa Pansy.- Eu não sou obrigada a ter uma amizade eterna com ele só porque éramos amigos em Hogwarts e...
O barulho de algo sendo derrubado no andar de baixo interrompe a fala dela.
— É melhor irmos embora antes que o Weasley quebre tudo lá embaixo– fala Pansy colocando os pés no chão para colocar os salto alto novamente. – Além disso, ainda é feriado de ano novo.
Harry fica desapontando por ela encerrar o assunto. A relação dela e de Draco era algo que aguça o interesse de Harry, a curiosidade é o que faz dele ser um auror e mesmo que não parece ele ainda vigia Pansy.
— Olha, me desculpe por Rony. Ele é super protetor referente a família dele. – Harry começa tentando prosseguir um outro assunto de seu interesse. – Mas você sabe que ele tem o direito de ficar desconfiado ainda mais que você não tem nenhuma prova.
Pansy se levanta após colocar o salto e pega a sua bolsa que está no chão que Harry não tinha visto e estende para ele um mini caderno.
— O que é isso? – pergunta Harry pegando o caderno e folheando.
— Isso é o que peguei antes de sairmos. São anotações de quem vende algo no Dragão dourado. – explica Pansy. – O nome do Jackson está anotado somente como Jack, mas isso pode servir como prova suficiente para irmos falar com ele.
Harry folheia o caderno onde está escrito vários nomes, porém o nome que importa para ele é aquele escrito “Jack Jones – venda de poções.”
— Você sabia desse caderno porque você já esteve lá por causa de seu pai, não é? – Harry arrisca ao se lembrar das palavras do bruxo que os capturou.
— Sim. - Harry nota ela perder um pouco a compostura que para disfarçar mexe em seu cabelo e acaricia o pescoço o que faz Harry se lembrar da gargantilha.
— O que aconteceu com sua gargantilha? - pergunta ele.
— Está aqui. – estende o pulso que está o bracelete. – Eu usei um feitiço modificador de forma. Achei que ficaria mais bonito no meu pescoço do que em meu pulso.
Pansy toca no bracelete em seu pulso e Harry percebe um olhar pensativo.
— Era o bracelete do meu pai. – conta ela surpreendendo Harry. – Eu pensei que ele havia vendido para o cara do Dragão dourado para pagar as dívidas de jogo dele, por isso, eu sei do caderno. E também sei que o Dragão dourado é um lugar de corrupção, pois foi lá que meu pai se tornou apoiador oficial de Você-sabe-quem.
— Ficou bonito em seu pescoço. - Elogia Harry.
— Obrigado. Falando nisso, como está o seu pescoço? – Pansy se aproxima dele e se agacha um pouco erguendo o queixo dele para analisar.
Harry sente os dedos gélidos dela de início que após segundos em contado com seu queixo áspero vão se aquecendo. Enquanto a atenção dela estava no pescoço de Harry, a dele também está voltada para o pescoço dela, pois com a posição sentada dele em comparação a dela permiti a ele ter a visão perfeitamente de seu pescoço, rosto e busto.
Com a proximidade e sem a gargantilha ou cabelo para encobrir, Harry consegue encontrar duas pintas quase imperceptíveis em cada lado entre seu pescoço e clavícula. A semelhança do posicionamento e a vista que ele está tendo o faz recordar da “visão” que tivera no Dragão dourado e ele não pode de deixar de pensar qual seria a sensação de beijar ou passar a língua entre o pescoço e a clavícula dela, se a pele dela se arrepiaria em contato com seus dedos e como soaria seu nome ao sair dos lábios dela, ela iria suspirar igualmente ao que ele ouviu na visão.
— Parece bom para mim. – diz ela se afastando deixando somente a sensação dos dedos dela no queixo de Harry. - O feitiço que eu lancei tirou a marca da corda.
Harry assente desconcertado sentindo uma pressão indesejada nas partes inferiores.
— Vamos. - Harry se levanta rapidamente e vai em direção a porta com o caderno em uma de suas mãos.
Ao notar que Parkinson não o segue ele se vira e a vê olhando para o quarto. Harry identifica uma melancolia em seus olhos castanhos o que é bem diferente do olhar selvagem que ela lança para as pessoas.
— Vamos. – Diz ela após notar Harry olhando para ela.
Antes de sair ela acena a varinha e segundos depois os panos vão cobrindo novamente os móveis.
Já estava a noite quando Harry e Rony aparatam em frente a Toca.
— Será que a superstição do primeiro a passar pela porta ainda está valendo? – pergunta Rony brincando já que essa superstição não valeria mais por conta do horário e por várias pessoas já deviam ter entrado e saído da Toca.
— Por via das dúvidas acho melhor deixar eu passar primeiro sendo que bruxos de cabelo preto que trazem sorte. – Harry entra na brincadeira.
— Estamos precisando de sorte. – Rony bate no ombro de Harry. – Quer tomar um firewhiskey?
— O que você acha!
Harry e Rony são recebidos por Hermione na porta.
— Como foi? - pergunta ela depois de cumprimentar Rony com um beijo.
Eles adentram a Toca em direção a cozinha onde se encontra Gina e Percy. Rony acena com a varinha para os copos enquanto Harry pega a garrafa.
— Então como foi? – insiste Hermione.
— Um desastre. – Responde Rony observando Harry encher seu copo. - Fomos capturados logo que chegamos ao tal Dragão dourado e Harry quase morreu enforcado e afogado.
— Rony. – Repreende Harry ao ver as feições assustadas de Hermione e Gina.
— Então era uma armação? - pergunta Hermione.
— Não, só o plano que deu errado. – alivia Harry. – Entretanto, conseguimos pegar o nome do vendedor de poções que ironicamente é um funcionário da Comissão de poções.
— Um funcionário do Ministério? – pergunta Hermione surpresa.
— Sim, ele vende as poções proibidas o que faz sentindo já que ele tem acesso as receitas. – explica Harry sentindo o líquido queimar ao descer.
— Vocês vão prender esse funcionário? – questiona Gina.
— Vamos interrogá-lo primeiro para ele confessar e depois iremos prendê-lo.
— Mas o que isso tem a ver com os assassinatos? – pergunta Percy.
— Essa poção foi encontrada na casa do Dawlish. E também na casa do Gladstone. – explica Harry. – Precisávamos saber para descartar a possibilidade de envenenamento.
— Então o caso não está solucionado? - pergunta Percy.
— Não, infelizmente. – Harry enche o copo novamente.
— Já que vocês chegaram. – começa Percy. – Os outros já estão sabendo disso, eu gostaria de informa que fui nomeado chefe do Departamento de Cooperação Internacional em Magia.
— Parabéns, Percy! – Harry levanta o copo para ele.
— Quando você foi nomeado? – pergunta Rony depois de dar tapinhas no ombro do irmão.
— Quim me chamou no Ministério para me oferecer o cargo essa semana. – conta Percy orgulhoso. – Vou assumir o cargo semana que vem. Um ano novo e um cargo novo.
— Só toma cuidado para não se corromper Percy. – brinca Rony que pela fala está um pouco bêbado. - Pelas palavras de Parkinson ainda existe corruptos no Ministério.
— Como assim? - pergunta Percy.
Harry e Rony conta tudo o que Parkinson havia contado, recebendo em resposta olhares desacreditados dos três, principalmente de Hermione. No entanto, as feições de dúvida estava estampada ao final da conversa.
— Nossa! – exclama Percy. – Vou ir dormir. Amanhã tenho que trabalhar. Boa noite.
— Também. – Hermione diz e acena para Rony segui-la. – Boa noite.
— Boa noite. – Gina e Harry falam juntos.
Rony, Hermione e Percy se retiram da cozinha restando somente Harry e Gina.
— Gina. – chama Harry ao vê-la se levantar para se retirar da cozinha também.
Harry mexe no copo em suas mãos tentando achar uma forma de começar.
— Você realmente quer que o nosso relacionamento volte? – Ela arregala os olhos em surpresa. – Você está fazendo isso por nós ou pelo Tiago? O que realmente você quer?
Harry se atrapalha um pouco com as perguntas.
Desde do que Gina havia dito no Natal, Harry pensou diversas formas de como inserir a conversa, mas sempre recuava esperando o momento certo. Após a conversa que teve com Parkinson que o fez questionar a si e como ele nunca realmente havia ouvido Gina, ele percebeu que não existe o momento certo se os dois estiverem disposto a terem essa conversa.
— Harry, eu quero que nosso relacionamento volte. – responde Gina. – Em parte por Tiago e principalmente por nós. Por que está perguntando isso?
— Porque em nossa última briga você disse que queria mais do que já tínhamos. – expõe Harry. – O que mudou?
Gina coloca as mãos nos bolsos traseiros e olha para o chão.
— Harry. – suspira ela. – Eu estava confusa, eu tinha acabado de entrar para as Harpias quando eu descobri que estava grávida e depois de meses eu tinha um ser que dependia de mim para tudo. Eu amo o Tiago, só que eu ainda não estava preparada para ser mãe e esposa sendo que eu estava ainda aprendendo a ser uma adulta e jogadora. Muita coisa estava acontecendo rápido demais.
— O que você quer, Gina? – pergunta Harry fitando ela seriamente. – Ser mãe do Tiago é uma coisa para sempre. Mas ficar comigo e formar uma família ainda é uma escolha.
— Eu também te faço a mesma pergunta, Harry. – rebate ela. – O que você quer? O que você espera de mim?
Harry recorda da conversa com Parkinson, a semelhança entre sua mãe e Gina, e a sua segunda família ser idêntica a sua primeira família e outras coisas que passam por sua cabeça. Será que ele queria Gina ou só a ideia que ela representava? Ele ainda ficaria com ela sabendo que só seria os dois para sempre? O que tornou Gina a mulher de sua vida? Foi o desespero da guerra ou já havia escolhido ela antes disso?
— Eu não sei. – responde Harry sinceramente.
— Eu também não.
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Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!Notas finais do capítulo
- No próximo capítulo teremos um flashback de Draco.
— Me perdoem por qualquer erro.