Conforme havia sido combinado eu retornei ao local do confronto com os recém-criados, sedentos com o cheiro de Bella eles haviam mordido a isca e caído diretamente no centro da clareira, onde os surpreendemos.

— Isso não é nada justo! Reclamou Seth – Vocês se divertindo e eu sendo babá?

— bebê chorão! Leah o provocou enquanto acertava um dos vampiros com um golpe só, Leah era rápida demais e isso sempre a deixava um pouco empolgada.

—Belo golpe! Sussurrei.

—Obrigada!

—Sério? Estou começando a acreditar que não foi Nessie quem bateu a cabeça no acidente.

— Deveria ter ficado quieto- Disse Sam o repreendendo.

— Um deles sentiu o cheiro deles! Disse Leah saltando sobre o vampiro, Sam a ajudou e Paul também terminou o serviço, apesar de termos uma vantagem por um breve momento ambos os lados estavam se defendendo.

— O que faremos agora Jacob? Perguntou Quil.

—Deixe o Sam liderar— respondi.

— Tem algo errado! Disse Sam – Cadê a sanguessuga dos cabelos vermelhos?

—Merda!

— Sam!

—Vai, vai Jacob!

Eu corri, o mais rápido que pude, Victoria e Riley não estavam com o seu pequeno exército porque haviam descoberto o nosso plano – Jacob!

—Estou a caminho a Seth.

Ao me aproximar do grande pico o som da arvore sendo quebrada ao meio me fez salta, o garoto loiro tinha Seth preso em volta de um dos braços prontos para cravar suas presas enquanto um pouco mais adiante Edward enfrentava Victoria em uma tentativa desesperada de proteger Bella.

— Seth!- Eu saltei para cima de Riley e como ele era um recém-criado não tão forte e experiente como um vampiro mais velho com facilidade eu o acertei, jogando Riley no chão.

— Não! - Victoria chorou, a voz de bebê dela esganiçou com a descrença enquanto eu despedaçava o garoto debaixo de mim, fúria, raiva, as imagens de Nessie na cama do hospital dominaram minha mente Riley gritou num rogo de tortura. - Victoria!  O pequeno acampamento se encheu com o grito penetrante de agonia de Riley mas logo sessou,  quando virei para Victoria com a cabeça de Riley presa entre meus dentes.

Apesar de não ter gastado nenhum olhar de despedida com Riley, Victoria pareceu ter se dado conta de que estava sozinha. Ela começou a se afastar de Edward, um desapontamento frenético brilhando em seus olhos e aí começou a se afastar mais rapidamente.

Ela se virou e vôou para o refúgio da floresta como se fosse uma flecha lançada de um arco.

Mas Edward foi mais rápido – como uma bala de revólver. pegando suas costas desprotegidas na beira das árvore e, com um último, simples passo, a dança estava acabada.

A boca de Edward alisou o pescoço dela uma vez, como uma carícia e em seguida houve sons dos esforços de Seth o ajudando com o serviço, em seguida, não houve nenhum som discernível que tornasse aquela uma imagem de violência, a confusão ígnea de cabelos já não estava mais conectada com o resto do corpo. As ondas laranjas da vampira caíram no chão, e saltitaram uma vez antes de saírem rolando em direção às árvores.

Longe dali o combate ainda não havia se encerrado.

Corri de volta a Clareira enquanto Sam e os outros ajudaram os Cullen, ao me aproximar o terror me consumiu ao ver Leah avançar com a guarda baixa sobre o vampiro.

— Leah não! Ordenou Sam.

Eu saltei na direção do vampiro a tirando da sua linha de frente e acabei baixando minha guarda também, eu lutei contra seus braços que se envolveram em torno do meu corpo, mas parecia impossível sair do laço que ele havia armado em volta de mim, comecei a sufocar, mas logo em seguida seus braços folgaram e eu cai nu no chão me contorcendo de dor.

— Jacob! Gritou Sam minutos depois em sua forma humana.

— Você é uma idiota Leah! Reclamou Paul- Nós dissemos para não os atacar de frente.

—Ela não podia perder a oportunidade de se exibir!

— Eu tinha tudo sob controle – Respondeu ela em sua defesa.

— Chega! Ordenou Sam – Precisamos ajudá-lo.

Senti as mãos gélidas de Carlisle tocar meu corpo e gritei.

— Precisam ir! Pediu o médico – os que irão chegar não podem encontrá-los aqui.

Sam concordou e em seguida senti várias mãos tocando meu corpo me tirando do chão – Vamos levá-lo, Carlisle irá logo depois.

Por alguns minutos eu observei o céu nublado decorado com as folhas das árvores, me machucar definitivamente não estava em meus planos e o desespero me consumiu – E Nessie? Como eu cuidaria da minha Ness e a protegeria se agora não podia sequer mover meu corpo?

A culpa me dominou, eu era um grande imbecil.

As arvores acompanharam meu silencio por alguns minutos até eu ser colocando sobre a minha cama – Jacob! Sussurrou Sam e eu apenas o encarei em silêncio – Não se culpe!

Eu fechei meus olhos e uma careta dominou o meu rosto.

O cheiro doce e enjoativo do vampirou dominou o quarto, Carlisle passou pela pequena porta cumprimentando Sam e em seguida se aproximou de mim abrindo sua maleta – Você vai precisar ser forte! Disse ele em um tom gentil de voz e virou seu rosto na direção de Sam – Ele está se curando depressa demais preciso que me ajudem a colocar a clavícula dele no lugar.

Sam assentiu caminhando até a porta e Paul e Embry entraram segundos depois.

Eu gemi quando Sam e Paul me levantaram ajudando com que eu me sentasse, o choque de temperatura causado pelas mãos do médico vampiro contra minha pele me fez gemer, e meu grito ecoou por toda a casa.

Sam e Embry me seguraram enquanto as mãos do médico faziam seu trabalho, mesmo com meus gritos eu podia ouvir o estalar de meus ossos sendo colocados no seu devido lugar.

Sam e Embry lentamente me deitaram na cama enquanto Carlisle envolvia meus braços que estavam cruzados sobre meu peito em uma atadura.

 - A dor vai aliviar, pena que a morfina faz um efeito muito rápido por causa da temperatura do corpo dele – explicou o médico a Sam respondendo uma pergunta que havia sido feita por ele.

Eu fechei meus olhos em meio a minha dor, mas a dor que eu sentia não era devido aos meus ferimentos, era por saber que enquanto eu estivesse naquela cama eu não veria a minha menina.