“ Eu deveria ter ido atrás dele, mesmo com os riscos...”

Edward fez uma careta e Rosalice se levantou do sofá – Eu não deixaria você se arriscar novamente.

Rolei meus olhos – Lice...murmurei, meu pai me olhou com seu semblante marmorizado de preocupação e medo.

— Ainda não fomos condenados, podemos juntar testemunhas e provar que o filho de Rosalice é filho de um lobo e não um hibrido.

—É uma possibilidade válida! Afirmou Carlisle.

— Seja como for, as matilhas irão proteger a Jasmee e nosso filho, ninguém nem mesmo um Volturi irá encostar neles – Disse Seth acolhendo minha irmã em seus braços.

— Também temos algo que pode nos ajudar, ou alguém! Disse meu pai aproximando-se da mamãe e olhando para mim.

Jake me olhou se soslaio.

Meu pai riu ao ler meus pensamentos – Não, os Volturi são poderosos demais para envenena-los.

—Uf! Reclamei – Não faço a menor ideia do que está falando.

Edward sorriu.

— Zoran Barthóry! Disse Lice.

Jake fez uma careta – Será que podem parar de falar em códigos?

Eu sorri – Desculpa mas como o Zo pode nos ajudar?

— Ele não contou tudo a você! Afirmou meu pai.

—E ele tinha algo para me contar? Ergui as sobrancelhas.

— Zo é filho da primeira mulher a dar à luz a um híbrido,Isabel Isabel Báthory! Explicou meu pai – Ele é o primeiro hibrido.

— Sim isso eu sei – respondi.

— Nós soubemos da existência de um clã cigano se deslocava a cada três meses para não ser localizado, porque eles acreditam que o hibrido por trás a caça aos imortais é Zoran Báthory, o primeiro hibrido, filho de Isabel, conhecido como Zo Báthor, foi visto pela última vez a  1.500 anos  ajudando um padre a expulsar vampiros de Volterra, esse padre era Marcus Volturi.

Meus olhos se arregalaram – Zo é amigo de um Volturi.

— Eles romperam faz algum tempo- Disse tio Jasper.

Olhei para minha família pensativa, embora eu soubesse que minha irmã e meu pai estavam dentro da minha cabeça, não havia entendido porque Zo havia ocultado essa parte da historia da sua vida – E o que desejam que eu faça?

— Você sabe o que fazer! Respondeu meu pai.

Fechei meus olhos e suspirei, em seguida dei alguns passos caminhando pela sala, o silêncio denunciou que todas as atenções estavam voltadas para mim, levei a minha mão até s correntinha em meu pescoço que Zo havia me dado e segurei o pingente voltando a olhar para eles – Preciso pensar.

— Espera! Disse Jake nos interrompendo – Você não pretende leva-las com vocês até esses caras, pretende? Perguntou ele encarando meu pai.

—Jacob eu compreendo sua preocupação...

—É mesmo? Da mesma forma que compreendia a quatro anos atrás.

— Jake! Seth se colocou entre os dois – Se acalma, nós estamos do mesmo lado.

— Sim estamos Seth – Disse Jake o encarando – Eu vou lutar ao seu lado para proteger sua mulher e seu filho, mas eu acho que todos esqueceram aqui que Renesmee tem algo de diferente, se eles descobrirem isso acho que vão poupa-la?

— Jacob tem razão! Disse Carlisle – Por isso precisamos de Zo, ele pode ir conosco como testemunha.

Jake olhou para mim e balançou a cabeça – Vocês podem levar esse cara e até o presidente se quiserem, mas as garotas ficam em La Push sob a proteção de ambos os bandos.

— Espera! Eu disse em um tom de incompreensão com uma expressão de negativa e dei um sorriso ironico – Desde quando você decide por mim Jacob Black?

Ele me encarou surpreso – Eu só quero proteger você.

— Eu sei, eu compreendo e agradeço mas não pode tomar decisões por mim.

— Filha! Disse mamãe se colocando ao lado de Jake – Talvez o Jake esteja certo, nós fizemos as coisas do nosso modo e quase perdemos você.

Respirei profundamente, aquilo só podia ser sacanagem.

— Renesmee, escute Jacob e seus pais! Disse meu avô – Se os Volturi acreditarem que escodemos você deles, ai sim estaremos condenados.

Olhei para Rosalice e balancei a cabeça concordando, embora ser tratada como uma garota indefesa me aborrecesse eu precisava admitir que eles tinham razão, me senti uma grande egoísta, o olhar de minha irmã era de medo e incertezas, enquanto isso eu estava tendo crise de birra por meu maldito orgulho feminista.

— Eu preciso pensar! Falei dando as costas para todos e sai novamente da sala.

Tudo estava ficando cada vez mais dificil.

Após me sentar no degrau da escadinha da varanda Jacob se sentou ao meu lado – Não precisa se sentir assim Ness...

— Me desculpe.

Jake sorriu e segurou meu queixo – Você não está errada no que disse, eu realmente não tenho o direito de decidir por você.

—É não tem – eu sorri timidamente – Mas eu deveria ajudar minha familia e acabo de descobrir que me tornei mais um problema para eles.

— Você não é um problema – Disse ele olhando em meus olhos – Entendeu.

Eu sorri balançando a cabeça – Eu senti falta disso! Afirmei deitando a cabeça no ombro dele.

— Achei que Zoran Báthory tivesse sido protetor.

Meu sorriso se desfez e olhei para ele – Jake, o que há de errado com você?

— Não ha nada de errado- ele disse se levantando e caminhou na direção da floresta.

— Claro que há- eu respondi me levantando e caminhando atrás ele – Jake, eu quero saber – eu disse segurando o brço dele.

 Ele sorriu  dando um  beijo em minha  testa – não ha nada de errado Ness – afirmou ele – Só estamos preocupados.

— Se tivesse me contaria? Eu perguntei olhando nos olhos dele.

Jake afirmou com a cabeça – Eu preciso ir, preciso conversar com Sam.

Suspirei e o abracei forte, ficamos em silêncio por alguns segundos e então ele se afastou – Descanse! Ele disse caminhando novamente.

Eu concordei mantendo meu silêncio e apenas o observei desaparecer na floresta.

Virei meu corpo e meu pai me observava em silêncio da varanda, eu estava 24 horas em  casa e tinha que lidar com problemas, ameaças e preocupações, compreendi a pergunta que Zo havia me feito sobre quem Renesmee amava, eu tinha sentimentos por Zo não havia sido atoa tudo que havia acontecido entre nós dois, mas desde meu reencontro com Jacob novos sentimentos haviam florado, diferente de Zo, diferente do que eu sentia ainda quando era uma menina.

Sentimentos que eu não conseguia decifrar.

— É normal se sentir confusa – meu pai disse assim que passei a seu lado na varanda – Sabe que pode contar conosco, não sabe?

Eu sorri timidamente, talvez eu precisasse baixar a minha guarda – Eu sei, obrigada pai.

Ele sorriu e eu entrei na casa.

(...)

Muitas decisões prcisavam ser tomadas, e a principal delas envolvia Zo, pensativa eu cruzei a sala ignorando meus tios que conversavam e subi as escadas caminhando para  quarto de Rosalice – Toc, toc – eu disse ao chegar na porta como se não soubesse que ela já me esperava.

— Eu acho que essa noite você não vai sentir a minha falta! Disse Seth dando um beijo em minha irmã e ela sorriu.

— Como se Nessie te substituisse.

Seth riu caminhando aé a porta – Jacob disse que ia se reunir com Sam?

Confirmei com a cabeça.

—Eu imaginei, eu preciso ir, cuida bem na mana e do sobrinho.

— Pode deixar – respondi sorrindo e caminhei até a cama sentado a frente de Lice – Hum, você já gosta de comida humana?

Lice limpou os lábios – o bebê gosta e antes que pergunte como sei disso,eu sinto.

— Consegue ler a mente dele?

— Não são pensamentos, são reações, ele sente felicidade com chocolate, ele ama carne.

— Isso é bem interessante – Falei pegando um pedaço do bife dela e comi.

Ela me olhou sorrindo – Eu senti muito a falta de ter momentos como esse Nessie, momentos de irmãs – Disse ela curvando meu corpo e me abraçando forte.

— Eu também senti – sussurrei retribuindo ao abraço e fechei meus olhos – Mas agora estou aqui isso que importa.

Minha irmã se afastou e olhou em meus olhos -  que acha de um programa de irmãs, filmes, pipoca, refrigerante...

Uma expressão de dor se apossou de meu rosto  eu sorri – Faz muito tempo que não tomo refrigerante.

— Meus Deus Renesmee, você era prisineira e não sabia.

Rimos juntas e eu me levantei da cama – Vou tomar um banho e volto.

— E eu preparar nossas guloseimas.

—Fechado.

Novamente rimos enquanto saiamos juntas do quarto, Lice seguiu para cozinha e eu entrei no meu quarto, após fechar a porta me encostei na mesma e suspirei, levei uma das mãos ao pigente em meu pescoço e removi, não foi necessário fazer muita frça para quebrar a garrafinha, caminhei até a cama e me sentei deixando a pequena rosa ao meu lado junto com os restos do pigente enquanto desenrolava o pedaço de papel lendo o que havia escrito nele.

ULITSA BOLSHAIA NIKITSKAIA, 54 121069 - MOSCOU - RÚSSIA.